Nove obras do Mestre Wu Guanzhong até 30 de Julho no Grand Lisboa

[dropcap]A[/dropcap] exposição “Unbroken Kite String – Relação entre o Concreto e o Abstracto – Tributo a Wu Guanzhong no 100º Aniversário do seu Nascimento” é a proposta da Sociedade de Jogos de Macau (SJM) para o mês de Julho no Hotel Grand Lisboa, que decorre no âmbito da iniciativa “Arte Macau”.

O centenário do Mestre Wu Guanzhong foi o mote para a apresentação de nove obras emblemáticas na sua carreira, que soube conciliar a tradicional aguarela oriental com a técnica de pintura a óleo ocidental. Tendo passado por França para estudar pintura na primeira metade do século XX, ficou conhecido pela capacidade de fundir elementos artísticos e estéticos das culturas chinesa e europeia, sem reproduzir cada uma delas, mas “reinterpretando e integrando-as na sua sabedoria e visão poética da arte”, segundo a nota de imprensa da curadoria do evento.

“Ao longo da sua vida, os temas da pintura de Wu Guanzhong’s estiveram sempre ligados à sua terra natal, Jiangnan, cujas impressões foi colhendo e registando de forma recorrente”. “A Pair of Swallows” é um desses exemplos e era também a sua tela preferida, criada em 1988. A imagem que reproduz um par de andorinhas ao longe foi, por esta razão, escolhida como a pintura de destaque desta mostra, estando exposta logo à entrada do átrio do Grand Lisboa.

As restantes oito obras podem ser vistas no 7º piso, no salão Peach Blossom, onde estão expostas as telas “Hibiscuses”, “Flower Basket After Song Masters”, “Lion Grove Garden”, “The Three Gorges of the Yangtze River”, “Sunrise in Mount. Huang”, “Mount. Yulong”, “Spring Shoots Among Bamboos” e “Lotus”, que traduzem a sua preferência pela natureza e pela força e exuberância da primavera.

Pintura Moderna

Nascido em 1919 na província chinesa de Jiangsu, o aclamado artista formou-se no National Art College de Hangzhou em 1942, seguindo para Paris em 1947 para estudar na Escola Superior de Belas Artes. Regressou à China em 1950 para ensinar em diversas instituições universitárias, com destaque para a Academia de Belas Artes da China Central e a Universidade de Tsinghua, onde partilhou a sua visão contemporânea da arte. É hoje considerado o pai da pintura moderna chinesa, tendo falecido em 2010 na cidade de Pequim.

A exposição “Tributo a Wu Guangzhong” estará patente só até ao dia 30 de Julho no Grand Lisboa. Esta é a segunda série de mostras agendada pela SJM, que começou por exibir em Junho “Coin du Jardin by Paul Gauguin” e estreará, durante o mês de Agosto, “Visions of Chinese Tradition – Chinese Lacquer works and Art in Motion – Video Art from Portugal”.

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