“Roma”, do mexicano Alfonso Cuarón, vence cinco prémios Platino

[dropcap]O[/dropcap] filme “Roma”, do cineasta mexicano Alfonso Cuarón, foi o grande vencedor dos Prémios Platino de Cinema Ibero-Americano, com cinco distinções, incluindo melhor filme e melhor realizador, foi hoje anunciado.

Com nove nomeações, o filme de Cuarón já tinha partido como grande favorito para a sexta edição dos prémios Platino, que se realizaram este domingo, pelo segundo ano consecutivo, na Riviera Maya, no Caribe mexicano.

Além de melhor filme e melhor realizador, “Roma” arrecadou ainda o melhor argumento, melhor cinematografia e melhor direcção de som.

Em nome do cineasta mexicano – que não esteve presente no evento – o produtor Nicolás Celis agradeceu o reconhecimento e exclamou: “Viva o cinema, viva o México e muito mais cinema de qualidade para todos!”.

“Roma”, o primeiro filme produzido pela Netflix a chegar aos Óscares, retrata a vida de uma família de classe média no México dos anos 70. Nos Óscares, o drama semi-autobiográfico filmado a preto e branco venceu Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Fotografia e Melhor Realizador.

Os Prémios Platino são organizados pela Entidade de Gestão de Direitos dos Produtores Audiovisuais e pela Federação Ibero-americana de Produtores Cinematográficos e Audiovisuais.

Na fase de pré-selecção havia várias obras portuguesas e de co-produção portuguesa, candidatas a uma nomeação para os Platinos, nomeadamente os filmes “Cabaret Maxime” (Bruno de Almeida), “Pedro e Inês” (António Ferreira), “Djon África” (Filipa Reis e João Miller Guerra), “Correspondências” (Rita Azevedo Gomes), “Leviano” (Justin Amorim), “Carga” (Bruno Gascon), “Raiva” (Sérgio Tréfaut) e “O homem que matou D. Quixote” (Terry Gilliam).

Havia ainda duas séries de televisão candidatas a melhor minissérie ibero-americana, mas que não chegaram às nomeações: “Sara”, de Marco Martins, Ricardo Adolfo e Bruno Nogueira, e “Três Mulheres”, de Fernando Vendrell, ambas exibidas na televisão pública portuguesa.

No ano passado, Rui Poças foi distinguido com um prémio Platino de melhor direcção de fotografia pelo filme “Zama”, da realizadora argentina Lucrecia Martel.

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