China / ÁsiaOposição da Tailândia diz que tem maioria mas não há resultados oficiais Hoje Macau - 25 Mar 201926 Mar 2019 [dropcap]A[/dropcap]comissão eleitoral da Tailândia diz que vai esperar pela contagem total dos votos para anunciar resultados oficiais, mas o partido da oposição declarou que conseguiu eleger o maior número de deputados e que vai tentar formar governo. As primeiras eleições após o golpe de Estado de 2014 realizaram-se ontem, domingo, mas a comissão eleitoral disse que só vai anunciar “ao fim do dia” de hoje os resultados relativos a 350 circunscrições no final do dia e que a contagem sobre as restantes 150 podem demorar vários dias. O partido Pheu Thai afastado do poder na sequência do golpe militar de 2014 diz que conseguiu vencer a maioria das circunscrições e que, por isso, vai tentar formar um novo executivo. Os resultados oficiais ainda não foram divulgados, mas fontes ligadas aos militares indicam que o partido Palang Pracharat, no poder, “conseguiu o voto popular”. Informações não confirmadas oficialmente referem que 92% dos votos já foram contados pela Comissão Eleitoral. Os primeiros resultados preliminares não oficiais indicam que o Phalang Pacharat conseguiu 7,5 milhões de votos, seguido do Pheu Thai com sete milhões de votos e que a formação anti-militar Anakot Mai conseguiu 5,1 milhões de votos. Oficialmente, devido ao complexo sistema eleitoral tailandês que integra circunscrições e listas partidárias, desconhece-se ainda qual dos partidos vai conseguir o maior número de lugares da Câmara Baixa do parlamento constituída por 500 deputados. De acordo com a Constituição aprovada pelos militares, dos 500 lugares no parlamento 350 são escolhidos pelas circunscrições e os restantes 150 pelas listas dos partidos. Mais de 50 milhões de tailandeses foram chamados a votar nas primeiras eleições após o golpe de Estado de 2014 liderado pelo general Prayut Chan-ocha, atual primeiro-ministro e cabeça de lista do Palang Pracharat. Os deputados devem depois designar o novo primeiro-ministro em conjunto com a decisão dos 250 senadores que são escolhidos pela junta militar, incluindo os chefes dos chefes das Forças Armadas. Prayut, candidato a chefe do governo, partia com vantagem porque necessita apenas de eleger 126 deputados. As eleições não foram acompanhadas por observadores internacionais. A União Europeia não foi convocada, mas decidiu envolver alguns diplomatas que acompanharam de forma incompleta a votação para recolha de informações que vão ser partilhadas a nível interno.