Casinos | Segmento VIP cresceu no ano passado, mas proporção nas receitas diminuiu

As receitas geradas pelo jogo VIP voltaram a crescer no ano passado, mas o peso que ocupou no total arrecadado pelos casinos encolheu

 

[dropcap]O[/dropcap] jogo VIP continuou a deter a fatia de leão no bolo das receitas arrecadadas pelos casinos, mas o peso que ocupa diminuiu no ano passado, revelam dados divulgados pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ).

As receitas angariadas nas salas de grandes apostas atingiram 166.097 milhões de patacas no ano passado – mais 10,6 por cento face a 2017 –, contribuindo com 54,8 por cento para o total arrecadado pelos casinos. Uma proporção que encolheu 1,8 pontos percentuais comparativamente a 2017.

O segmento VIP tem visto o peso que representa nas receitas totais da indústria do jogo sofrer altos e baixos nos últimos anos: em 2017 foi de 56,6 por cento; em 2016 correspondeu a 53,2 por cento e em 2015 a 55,3 por cento – isto quando em tempos idos chegou a ser superior a 70 por cento.

Os casinos fecharam 2018 com receitas de 302.846 milhões de patacas, traduzindo uma subida de 14 por cento. Tratou-se do segundo ano consecutivo de subida das receitas de jogo, depois de 2017 (+19,1 por cento) ter invertido a tendência de queda nos três anos anteriores (-3,3 por cento, em 2016, -34,3 por cento em 2015 e -2,6 por cento em 2014).

Fatias menores

No ‘ranking’ de todo o sector, depois dos casinos (que representam 99,6 por cento dos proventos) – mas a colossal distância – figuraram as apostas nos jogos de futebol que, ao longo do ano passado, renderam 674 milhões de patacas (mais 155 milhões). Seguiram-se as apostas nos jogos de basquetebol, com 222 milhões (mais 37 milhões).

Já as das corridas de cavalos mantiveram a tendência de descida pelo quinto ano consecutivo, com as receitas a sofrerem uma quebra na ordem dos 3 milhões face a 2017 para 104 milhões de patacas, no ano em que o contrato de concessão da Companhia de Corridas de Cavalos, que opera o Macau Jockey Club, foi prorrogado por 24 anos e meio até 31 de Agosto de 2042.

No balanço da indústria de jogo de 2018 entram ainda as corridas de galgos, com apenas 23 milhões de patacas. As contas feitas reflectem apenas os primeiros dois trimestres, devido ao termo do prazo do contrato de concessão para a exploração, em regime exclusivo, das corridas de galgos, da Yat Yuen, em finais de Julho. Já as lotarias chinesas geraram receitas de 13 milhões (mais 3 milhões), registando o segundo pior desempenho da indústria do jogo, a seguir às lotarias instantâneas. O contrato de concessão com a Sociedade de Lotarias Wing Hing foi recentemente prorrogado por um ano, expirando no próximo dia 31 de Dezembro.

Macau contava, no final do ano passado, com 6.588 mesas de jogo e 16.059 ‘slot machines’ distribuídas por um universo de 41 casinos, dos quais dois com actividade suspensa, de acordo com dados da DICJ.

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