DesportoTorneio da Soberania vai contar com Hélio Sousa, um dos heróis de Riade Diana do Mar - 7 Dez 2018 O “fininho” de Setúbal, como ficou conhecido Hélio de Sousa, campeão do mundo de sub-20 em 1989, em Riade, vai marcar presença no Torneio da Soberania [dropcap]O[/dropcap]s veteranos do Vitória de Setúbal vão voltar a representar Portugal no Torneio da Soberania, a disputar nos próximos dias 14 a 16. No regresso a Macau, os sadinos trazem Hélio Sousa, um histórico do clube, campeão do mundo de sub-20 em Riade, 1989, (Arábia Saudita) e actual seleccionador nacional de sub-19. “Se bem que é a segunda vez que o Vitória de Setúbal participa no nosso torneio, este ano traz uma referência muito especial para o torneio: o Hélio Sousa. É o cartaz mais importante da equipa”, realçou Francisco Manhão, fundador e antigo presidente da Associação dos Veteranos de Futebol de Macau, a entidade que organiza o evento e ontem deu ontem a conhecer as equipas que vão integrar a 18.ª edição da prova. Além de Portugal, representado pelo Vitória de Setúbal, bem como de Macau, Hong Kong, Taipé, participa a China (representada pela província de Sichuan), a Coreia do Sul e o Vietname. Francisco Manhão não arrisca avançar com um favorito, embora destaque em particular o potencial de três das oito formações de antigos futebolistas. É o caso da Coreia do Sul, cuja hegemonia no Torneio da Soberania – onde se sagrou campeã por oito vezes, a última das quais na competição do ano passado – não deixa ninguém indiferente. “Penso que é a equipa mais disciplinada e, portanto, tem uma grande vantagem”, apontou. Para Francisco Manhão, o Vietname também desperta grande interesse desde logo porque, desta vez, traz mesmo a selecção nacional de veteranos, sendo de esperar que também tenha “uma palavra a dizer no torneio”. Olhar atento também para o Vitória de Setúbal e não só porque conta com Hélio Sousa. “Este ano parece que vem mais bem preparado, começaram os preparativos com bastante antecedência e tiveram muitas competições em que participaram”, realçou Francisco Manhão, dando o exemplo de uma conquista recente dos sadinos num torneio em Angola. Já da China vem uma equipa da província de Sichuan, que fará a sua estreia. “É sempre bom [ter] uma equipa nova”, apontou Francisco Manhão. E a RAEM? “O mais importante é a equipa da RAEM ter ganhado a primeira edição. É dar oportunidade para as outras equipas também, não é? Macau não pode ganhar sempre”, gracejou. O torneio divide-se em dois grupos: o primeiro, de equipas por convite, junta Portugal, Coreia do Sul, Malásia e Vietname, enquanto o segundo as restantes quatro formações (Macau, Hong Kong, China e Taiwan), cuja ordem vai ser definida por sorteio na próxima quinta-feira. A final realiza-se domingo, dia 16, no relvado do Canídromo. Sonhos antigos Francisco Manhão faz um balanço positivo da prova, que entra no 18.º ano, enaltecendo o crescente interesse de muitas equipas em alinharem, nomeadamente de Portugal, dando o exemplo do Estoril. “Isto é bom sinal”, observou Francisco Manhão, para quem o torneio tem sido “bem promovido” por via de elementos do Vitória de Setúbal, do Marítimo e do Sporting. “Acho que isso ajudou bastante a promover o interesse desses clubes” pela prova. Francisco Manhão não esconde que gostaria de contar com o Benfica ou o FC Porto, mas reconhece as limitações. “É muito difícil [trazê-los], porque têm muitas exigências e somos uma associação sem fins lucrativos que está sempre dependente de subsídios” para organizar o evento desportivo de cariz anual, orçado em aproximadamente um milhão de patacas. Em paralelo, apontou, não seria “justo”: “Se conseguíssemos oferecer aquilo que eles pedem, como seria com as restantes equipas?” “Eu bem gostaria que viesse o Benfica ou o Porto porque, de facto, têm equipas de veteranos muito poderosas, com estrelas antigas e seria um bom cartaz para o torneio”, admitiu. A pensar em 2019 Para 2019, “ano especial”, dado que se assinalam os 20 anos da RAEM e da Associação dos Veteranos de Futebol de Macau, Francisco Manhão gostaria de fazer mais: “Em vez de ser só quatro dias de torneio penso que deve fazer mais alguma coisa, como uma exposição fotográfica desde a primeira edição [do Torneio da Soberania] e outras actividades desportivas para ter mais impacto e despertar o interesse do público em geral”.