EventosFogo-de-artifício | “Super tufão” adia participação de concorrente português Hoje Macau - 13 Set 201810 Out 2018 Um “super tufão”, que deverá atingir Macau este fim-de-semana, obrigou ao adiamento da terceira etapa do Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício que incluía a participação de um concorrente português com um espectáculo inspirado no fado [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]etapa de sábado previa a participação de dois competidores, franceses e portugueses, mas por razões de segurança, devido à passagem do “super tufão” Mangkhut, o evento foi adiado, anunciaram ontem as autoridades de Macau. O Mangkhut, actualmente localizado na parte noroeste do Oceano Pacífico, continua a mover-se em direcção a oeste, prevendo-se um impacto significativo na costa meridional da China durante o fim-de-semana. A organização ainda está a definir uma nova data para a realização da etapa inicialmente prevista para a noite de sábado, mas tudo depende da evolução do tufão, explicou, em conferência de imprensa, um responsável da consultora técnica do evento, a Pirotécnica Minhota, Francisco Carneiro. O espectáculo imaginado pelo Grupo Luso Pirotecnia será “100 por cento português”, adiantou na mesma conferência de imprensa o representante da empresa, Vítor Machado, sublinhando que, além do tema e da selecção musical, também todo o material é ‘made in’ Portugal. Vítor Machado afirmou que este era um desafio, uma vez que “a China tem uma grande tradição pirotécnica”, pelo que para a competição deste ano decidiram investir “numa viagem de sonoridades” que vai “desde os clássicos, como Amália [Rodrigues]” e António Zambujo, até ao Fado In Bossa e aos Beat Bombers Remix, passando por artistas como Rodrigo Leão e Camané, Pedro Abrunhosa, Dulce Pontes, Deolinda e, inclusive, os Gaiteiros de Lisboa. O Grupo Luso Pirotecnia conta no currículo com importantes primeiros prémios conquistados em competições internacionais, nos Estados Unidos, República Checa, Alemanha e França. A empresa portuguesa, que soma participações neste evento desde 1999, vai competir no maior concurso de fogo-de-artifício de Macau, cujo orçamento é de 2,2 milhões de euros. Depois do Hato A 29.ª edição do Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício teve início em 1 de Setembro e deverá terminar em 1 de Outubro, Dia Nacional da China, na baía em frente à Torre de Macau, uma das torres mais altas do mundo. No concurso competem dez equipas: Filipinas, Coreia do Sul, Japão, Bélgica, França, Portugal, Alemanha, Áustria, Itália e China. A 29.ª edição estava para se realizar em 2017, mas a passagem por Macau daquele que foi o pior tufão nos últimos 53 anos obrigou ao cancelamento do evento. “No ano passado já tinha feito a apresentação da 29.ª edição do Concurso, mas por causa do tufão Hato o concurso foi cancelado pela primeira vez”, lembrou a directora dos Serviços de Turismo de Macau, Maria Helena de Senna Fernandes, na apresentação do concurso, em Julho.