Educação | DSEJ segura Leong Vai Kei apesar de declarações polémicas

O director dos Serviços de Educação e Juventude afastou a hipótese da subdirectora Leong Vai Kei abandonar o posto e elogiou o trabalho e experiência da colega

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]director dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), Lou Pak Sang, garante que a subdirectora Leong Vai Kei vai continuar no cargo e que foi mal-entendida, quando afirmou que a homossexualidade precisa de ser diagnosticada e tratada. À margem de uma reunião do Conselho de Educação para o Ensino Não Superior, Lou Pak Sang sublinhou ainda o contributo de Leong Vai Kei para o sector local, assim como a experiência da responsável.

“A subdirectora Leong tem muita experiência e reconhecemos a sua capacidade no cumprimento das suas funções. Na verdade, tanto como chefe de divisão e de departamento, ela contribuiu imenso para os nossos trabalhos, com muitas opiniões válidas e um trabalho reconhecido na relação com as escolas”, afirmou Lou Pak Sang, afastando a hipótese de Leong Vai Kei abandonar o posto.

Ao mesmo tempo, negou que a subdirectora Leong tenha mencionado que o facto de duas pessoas do mesmo género se sentirem atraídas seja uma doença: “Queria esclarecer que ela nunca falou da homossexualidade como uma doença. Ela só disse que se há um aluno que não sabe definir a sua orientação sexual, que pode pedir apoio e ser transferido para ser acompanhado por médico”, sublinhou.
Ainda em relação às declarações da mesma subdirectora de que o sexo só deveria ser praticado depois do casamento, Lou escusou-se a fazer qualquer consideração. “Não vou falar sobre esse tema. Mas há certos princípio legais que devem ser respeitados”, apontou.

A ‘número dois’ da DSEJ também mereceu a confiança do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura. Em declarações aos jornalistas, no sábado, Alexis Tam afirmou apoiar a continuidade da subdirectora, sublinhando que Leong Vai Kei exerce funções na DSEJ há mais de uma década e que possui vasta experiência na administração pública, destacando-se pelo trabalho e pelas boas habilitações académicas.

Hino em mandarim

Outro assunto abordado pelo director da DSEJ foi a lei do hino nacional, que vai implementar o ensino da Marcha dos Voluntários nas escolas. Lou Pak Sang afastou o cenário das escolas internacionais de Macau ficarem isentas da medida e a hipótese da letra do hino ser ensinado em outra língua que não o mandarim, mesmo para não falantes do idioma.

“É uma medida que abrange todas as escolas do ensino não-superior, incluindo as internacionais. Se for o hino da República Popular da China, obviamente, que tem de ser cantado em mandarim”, disse Lou.

Contudo, a DSEJ garantiu que vai prestar o apoio necessário às instituições de ensino para a aplicação da medida, nomeadamente através da criação de um livro com orientações para o efeito. “Vamos apoiar a escolas para alcançarem esse objectivo. Vamos ter um manual para ajudar as escolas em relação ao hino nacional, à bandeira e ao símbolo. Para que as escolas possam ter mais informações para os alunos”, foi explicado.

Lou comentou ainda o andamento dos trabalhos sobre o diploma que vai regular o ensino profissional em Macau. O director da DSEJ revelou que já foi feita a consulta pública e que no primeiro semestre do próximo ano o diploma deve entrar em processo legislativo.

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