Comunicação | Global Media com parcerias na China, Moçambique e Cabo Verde

China, Moçambique e Cabo Verde são os próximos países onde a Global Media Group vai avançar com parcerias nos ‘media’ para reforçar a “afirmação de uma rede global”, disse ontem à Lusa o responsável do grupo em Macau

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] grupo já garantiu nos últimos meses 12 parceiros internacionais [em Portugal, Brasil e Macau] de forma a estabelecer uma plataforma entre a China e países de língua portuguesa”, indicou o presidente do Global Media Group de Macau, Paulo Rego. O próximo passo é “avançar para a China, Moçambique e Cabo Verde”, revelou, escusando-se a adiantar números sobre o investimento total ou parcial do projecto.

As declarações foram feitas à margem de um debate sobre o futuro das redes globais no espaço lusófono, no âmbito das comemorações do quarto aniversário do semanário luso-chinês Plataforma Macau e do anúncio do novo jornal ‘online’ trilingue (em português, chinês e inglês) do Global Media Group, o Plataforma.

Entre as marcas do Global Media Group em Portugal contam-se a rádio TSF e títulos de imprensa centenários e de referência como o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias, o desportivo O Jogo e a marca digital de informação económica, Dinheiro Vivo. Na área de revistas, é ainda detentor da Volta ao Mundo, Men’s Health e Womens Wealth, de venda autónoma, a Notícias Magazine e a Evasões, distribuídas pelos jornais do grupo.

Além dos negócios

Durante o debate, a secretária-adjunta do Fórum para a cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa, Glória Batalha Ung, sublinhou o reforço da cooperação económica e comercial entre a China e países de língua portuguesa na última década, mas também das relações na área cultural, jurídica e na comunicação social. “Não é só fazer negócios: tudo conta para o sucesso desta plataforma”, explicou.

Para o presidente da Associação dos Advogados de Macau “a cultura é uma mais-valia”, mas, defendeu, “se a língua não tiver interesse económico, a língua morre, (…) não se fazem negócios”. Jorge Neto Valente sustentou que “o que está em movimento é um relacionamento de interesses de vária ordem, nomeadamente económico e comercial, onde é normal que existam disputas e litígios”. O jurista defendeu ainda um centro de arbitragem em Macau, à semelhança do que acontece em Hong Kong.

Já o director de informação e programas dos canais portugueses da Teledifusão de Macau (TDM), João Francisco Pinto, lembrou que “Macau está na República Popular da China, um fundamental actor económico mundial” e que “será esse um dos pontos fundamentais a despertar o interesse no espaço lusófono, (…) essencial na criação de pontes que a TDM já iniciou há alguns anos”.

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