China | Dívida de empresas estatais trocada por acções

São a estrutura central da economia chinesa. E estão cheias de dívidas. O governo quer agora ver acções a privados para solucionar o problema

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Conselho de Estado chinês divulgou na quarta-feira uma série de medidas para reduzir ainda mais as dívidas das empresas estatais no seu mais recente esforço para controlar os riscos financeiros.

A China fornecerá um apoio mais forte para a troca de dívidas por acções, vai promover a reforma de propriedade mista e melhorar as políticas sobre reorganizações e falência de empresas, disse uma nota divulgada depois de uma reunião executiva presidida pelo primeiro-ministro Li Keqiang.

As empresas estatais continuarão a ser prioridade na campanha de recuperação e o trabalho deve ser executado com meios orientados pelo mercado e baseados na lei, segundo a nota.

A proporção dívidas/activos das empresas industriais com um facturamento anual de mais de 20 milhões de yuans caiu para 55,5% no fim de 2017, face aos 56,1% de há um ano atrás. A proporção para as empresas controladas pelo Estado ficou em 60,4%.

Os programas de troca de dívidas por acções receberam destaque durante a reunião. O governo alargará o canal ao capital privado para a troca de dívidas por acções das empresas estatais. As instituições de investimento em acções serão incentivadas a participar do processo, com medidas para permitir o estabelecimento de fundos de private equity concentrados na troca de dívidas por acções.

As instituições financeiras como bancos, companhias estatais de investimento de capital e seguradoras, serão apoiadas para conduzir trocas de dívidas por acções usando unidades existentes ou criando novos departamentos. Haverá directrizes específicas do governo para melhorar a qualidade das trocas e executar os acordos relacionados o mais breve possível. Medidas serão adoptadas para melhorar a governança corporativa. Um mecanismo de controlo de dívidas será estabelecido e capitais corporativos podem ser reabastecidos por ofertas adicionais de acções ou entrada de investidores estratégicos. A reforma de propriedade mista será promovida.

As políticas sobre a reestruturação de dívidas e falência também serão melhoradas. Governo, empresas e bancos assumirão juntos as perdas de acções resultantes da falência das “empresas zombie”, que têm altas dívidas e prejuízos.

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