Festival Internacional de Cinema de Macau – Nos bastidores da indústria

Tetsu Negami, Clockworx CO.Ltd, Japão: “Um festival profissional”

[dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] a primeira vez que aqui está, qual é a sua primeira impressão? 

Estou com muito boa impressão e a minha intenção é encontrar projectos que me chamem a atenção. Se o conseguir, já é muito bom. Para ser honesto, e nesta fase, ainda não encontrei um projecto para financiar, dado os estágios muito iniciais em que se encontram, mas penso que vou acompanhar o seu desenvolvimento. Acho que no futuro somos capazes de investir e mesmo co-produzir.

O que acha da forma como este encontro da industria está a ser conduzido?

Todos os festivais têm de ter esta componente de mercado. Neste caso está feito de forma muito profissional e que pode vir a ter frutos. Estou surpreendido.

Para o ano, vai cá estar?

Sim.

Gilbert Lim, Sahamongkolfilm, Internationl Co Ltd., Tailândia: “No bom caminho”

É o responsável por uma das maiores produtoras e distribuidoras da Tailândia e é a segunda participação que tem neste festival. Quais as diferenças entre o ano passado e este ano?

Acho que este ano está muito melhor. Está tudo muito bem organizado. A localização é excelente. O maior problema que encontrei no ano passado, e por ser a primeira edição, teve que ver com a logística que falhou em alguns aspectos. Mas, ainda assim, enquanto primeiro festival foi bastante bom. Mas esta segunda edição está mesmo muito bem organizada.

Macau pode vir a ser um local importante enquanto plataforma na área da indústria do cinema?

Penso que é uma situação possível tendo em conta que Macau, de alguma forma, é um lugar que é uma espécie de cruzamento entre o ocidente e o oriente. Gostava muito que o Governo de cá contiuasse a apoiar este festival.

Como é que vê o futuro do festival?

Não se pode julgar um festival de cinema pelos primeiros dois ou três anos. Este tipo de eventos tem de continuar para que se possa ter uma ideia acerca da sua importância para o local onde é realizado. Mas, para já, este estará no bom caminho.

Para o ano, vai cá estar?

Sim.

 

Fred Tsui,  Media Asia film, Hong Kong: “Macau é mais do que casinos, é cultura”

O que é que Macau tem para mostrar, tendo em conta a realização de um festival de cinema em Hong Kong, e o mercado da região vizinha?

Em termos de natureza, os festivais têm todos a mesma. Depois é uma questão de localização e de tempo. Mas Macau tem aspectos únicos dos quais pode usufruir. Já toda a gente conhece Hong Kong. Mas, de Macau normalmente as pessoas apenas conhecem o território por causa dos casinos, sendo que na realidade, a RAEM é muito mais. O facto de ser um festival organizado pelos serviços de turismo também faz sentido porque o território tem muito a oferecer aos visitantes. Macau é mais do que casinos, é cultura e é preciso dizer isso às pessoas.

Quais as maiores diferenças que encontra entre a edição do ano passado e a deste ano?

Começa pelos hotéis onde estamos. No ano passado estávamos na Taipa e era muito longe. Este ano estamos muito bem, mesmo em frente do Centro Cultural onde tudo acontece. É tudo muito conveniente e está muito bem organizado. O próprio espaço é óptimo. Está tudo melhor este ano. E mesmo no que respeita aos projectos que estão a ser mostrados, são muito melhores. No ano passado fiquei com a sensação de que os projectos apresentados vieram por convite e, este ano, sente-se que houve uma selecção cuidadosa.

Para o ano, vai cá estar?

Sim, claro!

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