Cinema | Extensão de Macau do DocLisboa arranca na segunda-feira

A grande festa lisboeta do cinema documental chega a Macau pela quinta vez. De 30 de Outubro a 4 de Novembro serão exibidas nove películas de realizadores portugueses apresentadas na 14ª edição do DocLisboa, assim como quadro filmes produzidos localmente

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s amantes do cinema documental têm motivos para estarem contentes com a semana que se aproxima. Segunda-feira começa a extensão de Macau do festival DocLisboa, uma parceria que já vai na quinta edição e que conta com um cartaz com projecções até sábado dia 4 de Novembro.

O evento organizado pelo IPOR, e que se realiza na Sala Dr. Stanley Ho, no Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, contará com nove obras de realizadores portugueses que já apresentaram as suas obras no XIV Festival Internacional de Cinema DocLisboa. Serão igualmente apresentados quatro filmes produzidos em Macau no âmbito da colaboração com o Programa Académico da União Europeia em Macau, a Creative Macau e a Inner Harbour.

A sessão que marca o arranque do festival tem no cartaz o filme “Crash” de Hong Heng Fai, “Outlander” de Lam Sin Tong, Jiang Minling, Kwok Fu Wa, “The Real Beauty Be Yourself”, de Cory Chio, Sandra Mo, Tania Tan, Betty Tam “Layla e Lancelot”, da portuguesa Joana Linda.

Na próxima terça-feira será a vez do multipremiado filme “Ama-San” de Cláudia Varejão, que arrebatou o melhor filme da Secção de Competição Portuguesa do Doclisboa. A película mostra a visão da cineasta sobre a vida de três mulheres que fazem pesca de mergulho em conjunto há três décadas na vila piscatória da Península de Shima, no Japão.   

Cartaz de peso

Entre os nomes dos cineastas que apresentam as suas obras em Macau destaque para Luciana Fina, Marília Rocha, Bruno Ferreira, Celso Rosa, Kate Saragaço-Gomes e Ana Isabel Freitas.

O festival encerrará com chave de ouro com o filme “O Espectador Espantado” de Edgar Pêra, uma película que inverte a lógica da visualização audiovisual virando a lente para quem vê um filme. A obra do conhecido realizador é uma espécie de manifesto ou ensaio de investigação sobre a natureza do espectador de cinema nas suas diferentes formas.

Na sessão de fecho será exibido também um filme local, “Macau, Música é Diferença”, de Catarina Cortesão Terra e Tomé Quadros. A película é um retrato da atmosfera cultural da cidade.

Em comunicado, o director do IPOR, João Neves, destaca o caminho e o carácter da extensão da conhecida mostra de cinema documental. É também dado destaque à forma como a criação documental portuguesa, local e do Interior da China se misturam num cartaz heterogéneo de qualidade.

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