China / ÁsiaChina | Investimento no exterior cai devido ao aumento das restrições Hoje Macau - 17 Set 2017 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Ministério do Comércio da China disse ontem que o investimento chinês além-fronteiras caiu devido ao aumento nas restrições, que visa desencorajar a compra de clubes de futebol e outros cativos considerados desnecessários ao desenvolvimento do país. Segundo dados ontem anunciados, o investimento chinês no estrangeirou recuou 41,8%, nos primeiros oito meses do ano, face ao mesmo período do ano passado. Entre Janeiro e Agosto, as empresas chinesas investiram 68,7 mil milhões de dólares no exterior. Encorajadas pelo Governo, as empresas chinesas aumentaram nos últimos anos os investimentos além-fronteiras, como forma de assegurarem fontes confiáveis de retornos e adquirirem tecnologia avançada. Comunicação especial Os reguladores chineses emitiram este ano, no entanto, um raro comunicado conjunto, no qual advertem para investimentos “irracionais” além-fronteiras, nos sectores imobiliário, entretenimento e desporto, nos quais abundam “riscos e perigos ocultos”. As autoridades afirmaram que querem que as empresas se foquem em activos necessários à economia chinesa. O Ministério chinês do Comércio anunciou ontem que os investimentos feitos este ano foram sobretudo no sector manufactureiro, vendas por atacado, retalho e tecnologias de informação. Algumas das empresas chinesas cujas aquisições no exterior praticamente pararam nos últimos meses detêm participações em importantes empresas portuguesas, como a Fosun e o HNA Group. A Fosun é a maior acionista do banco Millennium BCP com 25,1% do capital, também detém 85% da seguradora Fidelidade (os restantes 15% do capital são da CGD) – que por sua vez é ‘dona’ do Grupo Luz Saúde – e ainda conta com uma participação de 5,3% na Redes Energéticas Nacionais (REN). A HNA é acionista da TAP através do consórcio Atlantic Gateway e da companhia brasileira Azul. Segundo dados oficiais portugueses, desde que a China Three Gorges comprou 21,3% da EDP, em 2012, o montante do investimento chinês em Portugal já ultrapassou os 10.000 milhões de euros.