EventosKodo | Conceito japonês inspira Fortes Pakeong Sequeira Sofia Margarida Mota - 6 Jul 2017 É uma exposição relâmpago. Acontece num stand de automóveis e apresenta sete trabalhos de Fortes Pakeong Sequeira. A ideia é mostrar o que a pintura pode fazer tendo por base o conceito japonês de Kodo, o novo modelo da marca, mas também o ponto de partida para a exploração plástica [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] artista multifacetado local Fortes Pakeong Sequeira alinhou agora num projecto diferente. O convite para a produção de uma exposição individual que tivesse como mote um modelo de carro veio da Mazda. Pakeong não hesitou. Kodo, mais do que uma palavra ou modelo de carro, é um conceito. “A palavra é japonesa e transmite uma ideia para apresentar um carro, mas refere-se sobretudo à ideia de movimento, de andamento fluido”, diz o artista ao HM. Foi esta analogia que deu a Fortes Pakeong Sequeira o mote para começar a produzir os trabalhos que integram a exposição em formato pop up, com data marcada para o próximo sábado. A mostra do artista local reúne sete trabalhos, entre acrílico e marcador sobre tela, sendo que “uns são grandes e outros mais pequenos”, dependendo como sentia o trabalho que ia fazendo. Quando teve conhecimento do convite para a produção da exposição, começou a investigar o conceito que lhe foi dado. “Acabei por perceber que para mim era uma área divertida e que Kodo tinha muito por onde pegar”, conta o artista. Simultaneamente, Fortes Pakeong Sequeira, foi notando que o que teria de tratar seria algo que não se pode tocar, mas que se sente. “É relativo a um objecto irreal, é mais como um sentimento que tem que ver com movimento e mesmo com velocidade”, diz. Para o artista é uma espécie de linha invisível, que anda, e é esta a ideia que pretende transmitir principalmente com as peças que utilizam o desenho a marcador. Em grande formato Por outro lado, não deixa de fazer referência a uma tela de grande dimensão que estará no stand da Mazda de Macau. “Um dos trabalhos novos que fiz é uma peça em grande escala. O nome é apenas Kodo.” É também este o trabalho que materializa a ideia original, feito em apenas uma semana. “Quando comecei esta obra de maior dimensão – três metros por quase dois – era para ser uma peça feita apenas com o recurso a marcador sobre tela.” O objectivo, sublinha, era mostrar com a técnica uma abordagem ao mais básico que o conceito poderia ter. Com o andar da produção, as ideias foram crescendo e Fortes quis transmitir mais. “Depois de dois dias de trabalho senti que não era suficiente. Percebi que havia muito mais coisas que queria dizer e transmitir às pessoas, foi quando comecei a usar acrílico e a cor.” Para o artista, apesar de o trabalho estar associado a uma campanha de publicidade, não deixa de ser interessante. “O conceito da própria marca é muito bom, e capaz de ser passado para a pintura, por exemplo, até porque se trata de uma ideia que vai além do carro, da máquina em si, e pode ser explorado de várias formas.”