SociedadePais do Costa Nunes confiantes na escolha da próxima direcção João Luz - 7 Jun 2017 [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]epois de menos de um ano no cargo de directora do Jardim de Infância D. José da Costa Nunes, Lola do Rosário deixa o lugar depois de ser revelado que não irá continuar no próximo ano lectivo. A notícia, avançada pelo Jornal Tribuna de Macau, não preocupa Fátima Oliveira, presidente da associação de pais do infantário da Associação Promotora da Instrução dos Macaenses (APIM). “Confio que vão contratar alguém com capacidade de gestão, que mantenha a qualidade da escola e as características que a distinguem das outras escolas”, afiança. Além disso, Fátima Oliveira explica que o Costa Nunes está a funcionar bem nos dias que correm e que, seja quem for que vier, terá um natural período de adaptação, “tal como Lola do Rosário teve depois de Vera Gonçalves sair”. Quanto à substituição da directora, a presidente da associação de pais não tece qualquer comentário, uma vez que “cabe à APIM decidir quem é mais adequado para gerir o jardim-de-infância”. No entanto, Fátima Oliveira confessa que não ficou surpreendida com a saída de Lola do Rosário. “A própria directora, quando chegou no ano passado, disse publicamente, por várias vezes, que vinha apenas por um ano, não só à associação, como aos próprios pais em reuniões públicas”, explica. De resto, Fátima Oliveira faz um “balanço, em geral, positivo” do mandato de Lola do Rosário”, uma vez que a “direcção da escola sempre colaborou com a associação de pais, estabelecendo uma relação muito saudável e aberta”. A presidente da associação que representa os pais dos alunos do Costa Nunes acrescenta que sempre houve um espírito onde a crítica construtiva sempre foi bem recebida. Fátima Oliveira explica ainda que existem situações que podem ser melhoradas, “acertos que se foram alinhavando com a direcção”. Uma delas prende-se com a forma como os educadores comunicam com os pais, que se pode aprimorar. “Se calhar faria falta orientações mais uniformizadas em relação à comunicação”, adianta. Outra das situações é a resposta que o Costa Nunes tem de dar à crescente entrada de alunos de língua chinesa, “que requer alguns cuidados e adaptação, uma vez que a escola é de matriz e língua veicular portuguesa”, explica a presidente da associação de Pais. Fátima Oliveira acrescenta que nunca ouviu nenhum pai contra a entrada de crianças chinesas, mas que esse facto carece de alguma preparação e de “uma política condizente com a mudança de paradigma”. De resto, Fátima Oliveira perspectiva a continuação da qualidade do Jardim de Infância D. José da Costa Nunes, uma instituição muito “acarinhada pela comunidade portuguesa, macaense e, cada vez mais, pela comunidade chinesa”.