China / ÁsiaSeul e Tóquio concordam em cooperar de perto sobre Pyongyang Hoje Macau - 12 Mai 2017 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] novo Presidente da Coreia do Sul e o primeiro-ministro japonês concordaram ontem, num primeiro contacto telefónico, em cooperar de perto para lidarem em conjunto com a Coreia do Norte, cujo programa de mísseis ameaça os dois países. Fontes oficiais japonesas descreveram o primeiro telefonema entre o novo Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, como “positivo e cheio de significado”, com os dois a concordarem em cooperar estreitamente para lidar com Pyongyang. Os dois líderes falaram durante 25 minutos, tendo concordado em encontrar-se o mais rapidamente possível para aprofundar as conversações. Já o gabinete de Moon informou que, ao longo do telefonema, o Presidente sul-coreano transmitiu a Shinzo Abe que ambos não devem deixar que o historial de conflitos entre os dois países fragilize a cooperação, especialmente no que toca a lidar com a Coreia do Norte. Matéria delicada No mesmo telefonema, os dois líderes abordaram o controverso tema do acordo de 2015 sobre a compensação a pagar a mulheres sul-coreanas, forçadas a serem escravas sexuais de militares japoneses durante a II Guerra Mundial. O gabinete de Moon disse que este transmitiu a Abe que o acordo era “emocionalmente difícil” de aceitar por parte do grande público sul-coreano. O acordo entre os dois países, muito impopular na Coreia do Sul, implica pagamentos monetários às vítimas destes crimes. A Coreia do Sul, por seu lado, comprometeu-se a resolver o problema, motivo de queixa do Japão, da instalação de uma estátua de uma mulher – a representar as vítimas de abusos – em frente à embaixada japonesa em Seul. As fontes oficiais japonesas escusaram-se a confirmar que o Presidente sul-coreano tenha dito a Abe que a sociedade sul-coreana tem dificuldade em aceitar o acordo de 2015. Segundo as mesmas fontes, Abe disse a Moon que o acordo tem de ser “gerido adequadamente”, sem entrar em mais pormenores. Os dois lados, sublinhou, têm a responsabilidade de respeitar o acordo, um tratado diplomático reconhecido internacionalmente.