Táxis | Associação Poder do Povo entrega carta contra aumento de tarifas

A Associação Poder do Povo entrega hoje nas instalações da DSAT uma carta onde revela estar contra o aumento das tarifas de táxis. Governo ainda não tomou uma decisão, mas Cheong Weng Fat, vice-presidente, defende que os aumentos são “injustificados”

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] sector dos táxis quer aumentar o valor da bandeirada, mas nem todos estão a favor dessa posição. O Governo ainda não tomou uma decisão sobre a matéria, mas a Associação Poder do Povo está contra um possível aumento e entrega hoje nas instalações da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) uma carta onde justifica a sua posição.

Segundo um comunicado, Cheong Weng Fat, vice-presidente da associação, acha injustificado o aumento das tarifas cobradas pelos taxistas, uma vez que o preço de combustível de táxis sofreu uma redução, reduzindo o que, na opinião de Cheong Weng Fat, é uma das maiores despesas dos taxistas.

Além disso, como os cidadãos não estão satisfeitos com o serviço de táxis, Cheong Weng Fat quer que o Governo não só não aprove a proposta de aumento como melhore a fiscalização dos táxis, por forma a limpar a imagem do sector.

Não há consenso

Mesmo sem uma decisão do Governo, o possível aumento da bandeirada, que actualmente se situa nas 17 patacas, não gera consensos. Kuok Leong Son, presidente da Associação de Mútuo de Condutores de Táxi de Macau, disse ao Jornal do Cidadão que as tarifas de táxis não são actualizadas há mais de dois anos. Devido ao aumento contínuo dos custos do funcionamento de táxis, o responsável espera que o Governo possa aprovar a proposta de aumento, entregue à DSAT em Fevereiro deste ano.

O assunto foi abordado no programa semanal da TDM Fórum Macau, onde Cheang Chong Fai, presidente da Associação dos Consumidores das Companhias de Utilidade Pública de Macau, disse concordar com o aumento, por ser um dos direitos dos taxistas.

Ainda assim, o responsável lembrou que o sector tem a obrigação de prevenir as ilegalidades cometidas pelos taxistas, tal como o abuso na cobrança de tarifas. Cheang Chong Fai sugere que seja criado um sistema de videovigilância dentro de táxis, por forma a assegurar os direitos dos taxistas e dos passageiros.

Kuok Leong Son lembrou que as ilegalidades são cometidas por uma minoria de taxistas. O presidente da associação, para além de apoiar os aumentos da bandeira, apoia também a instalação de um sistema de videovigilância. Ainda assim, Kuok Leong Son disse estar desiludido com o Governo, uma vez que não foi ainda divulgada a proposta de lei de revisão do regulamento dos táxis. O diploma ainda não chegou à Assembleia Legislativa.

 

Rádio-táxis: continuam a faltar veículos

A nova empresa que gere o serviço de rádio táxis recebe, em média, quatro mil pedidos por dia, mas apenas 800 a 900 chamadas tiveram, de facto, direito a transporte. Os responsáveis da empresa fala da continuação da insuficiência ao nível do fornecimento de veículos, pois apenas 50 estão em operação.

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