H7N9 | Comerciantes livres do vírus

Os três trabalhadores da banca onde estavam 15 mil aves contaminadas com o vírus H7N9 estão livres de perigo. Hong Kong já está a avaliar eventual perigo de contágio

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s testes efectuados aos três trabalhadores que estavam no mercado provisório do patane confirmam que não estão contaminados com o vírus da gripe das aves H7N9. Um comunicado emitido ontem pelos Serviços de Saúde (SS) confirma os resultados positivos, bem como a obrigatoriedade de isolamento dos doentes para os próximos dez dias. “Os SS continuarão a acompanhar o estado de saúde destas pessoas e ainda não foi detectado qualquer sintoma”, explicaram.
Recorde-se que na noite de ontem foram abatidas cerca de 15 mil aves que estavam contaminadas com o vírus H7N9 no mercado, tendo as autoridades de Macau suspendido a importação de aves da China interior, até ser confirmada a origem do vírus detectado no mercado temporário de Patane. O vírus foi detectado quarta-feira à tarde numa “amostra do ambiente” do mercado (e não num animal), junto à banca de venda número 158, que vendia aves importadas de Gaoming, no sul da China.
As autoridades estão também a tentar contactar três vendedores do mercado onde foi encontrado o vírus para os colocar em isolamento, mas sublinharam não haver notícia de qualquer pessoa com sintomas de gripe ou suspeita de infecção com o vírus. Por outro lado, as autoridades vão proceder à limpeza e desinfecção do local e do mercado abastecedor.

A tempo da festa

O presidente do IACM disse esperar que as aves vivas possam voltar a ser vendidas em Macau no dia 6, ainda a tempo de serem compradas e consumidas nas festividades do Ano Novo Chinês (a partir do dia 8), permitindo assim à população cumprir uma das grandes tradições da época.
Macau não registou até hoje qualquer caso de contágio humano com o H7N9, mas em Março de 2014 o território abateu 7.500 aves por ter sido detectado o vírus num lote de galinhas vivas oriundas de Zhuhai, uma cidade chinesa adjacente. Na altura, as autoridades proibiram a importação de aves vivas durante 21 dias.
Entretanto os inspectores de saúde de Hong Kong estão a investigar se o mesmo fornecedor do interior da China abastece a cidade. O Secretário para a Alimentação e Saúde de Hong Kong, Ko Wing-man, disse ontem que está preocupado com o incidente, mas acrescentou que a situação daquela região era diferente da de Macau, segundo o jornal South China Morning Post.
Ko Wing-man afirmou que, ao contrário de Macau, a empresa de Guangdong não fornece galinha amarela a Hong Kong, mas fornece outras carnes à antiga colónia britânica. “Às vezes ainda nos fornecem galinha amarela, mas vem de Hainan”, disse Ko Wing-Man à Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK). “O risco é relativamente baixo”, acrescentou.

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