“Rocca Pâtisserie”, pastelaria | Candii Un, co-fundadora

Macau tem, desde o mês passado, uma nova loja de pastelaria francesa. Para já funciona somente online, mas a co-fundadora da “Rocca”, Candii Un, promete um espaço repleto de novidades já em 2016

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]e cores garridas, centros moles e saborosos e enfeites de comer e chorar por mais, os bolos da pastelaria “Rocca” prometem criar um rasto de fãs por essa cidade fora. Por enquanto, só existem online – via Facebook – mas cedo estarão disponíveis numa loja perto de todos nós.
À conversa com o HM, uma das co-fundadoras, Candii Un, confessa que a ideia de criar estas doçarias vem de cedo, mas só a partir de Novembro passado foi possível começar o negócio. “Arrancámos com isto a 5 do mês anterior, mas temos estado em preparativos desde há um ano”, começa por contar.
Candii confessa sentir-se “uma pessoa criativa”, já que, admite, é preciso talento para construir as estruturas que muitas vezes saem da mente dos dois profissionais responsáveis pelas doçarias.
“Considero-me uma pessoa criativa, até porque o design e execução de cada bolo demora bastante tempo e esforço, uma vez que queremos que saiam perfeitos tanto por dentro como por fora”, continua.
A ideia, avança, é fazer com que a beleza do exterior se coadune com o sabor da peça de pastelaria. “Fazemos testes uma e outra vez para combinar o sabor com a arquitectura de cada bolo para conseguirmos fornecer a perfeição ao cliente”, defende.

Amor de facto

A ideia, confessa, surgiu do amor pela pastelaria ao estilo francês, partilhado por Candii e o seu parceiro de negócio. “Abrir esta loja surgiu, claro, da paixão que ambos nutrimos por este tipo de cozinha e pelo trabalho”, explica. “Gostamos tanto de fazer bolos e doces e temos muitas ideias para partilhar com as pessoas”, continuou.
O plano é manter a venda online pelo website oficial e pela página de Facebook até final deste ano e finalmente dar a conhecer um espaço físico à população. “Em Macau, não sabemos de nenhuma loja que venda produtos ao estilo dos nossos e por isso decidimos abrir este negócio para promover o nosso modelo de pastelaria francesa e deixar que as pessoas tenham uma maior paleta de escolhas”, descreve a co-fundadora. Uma “nova tendência” e “energia” são dois elementos que a Rocca pretende integrar no actual mercado de pastelaria local. Tanto a entrevistada como o seu parceiro tiraram um curso intensivo de Pastelaria com vertente em culinária francesa em Hong Kong, pelo que se dizem preparados para enfrentar o desafio.
A ideia de começar a vender online seguiu para a frente porque o duo quis perceber o aceitação da população antes de se lançar às feras. Neste momento, são três as pessoas que trabalham para a empresa, dois deles estando atrás do balcão. “Somos uma equipa de três pessoas, mas duas delas estão responsáveis pelos trabalhos na cozinha como o design dos menus e dos bolos, os testes e a decoração, pelo que o nosso outro parceiros assumiu a pasta do design da marca, promoção, marketing e fotografia”, esclareceu Candii.
Os preços variam entre as 240 e as 520 patacas dependendo do tamanho do bolo, ingredientes e tempo investidos na sua confecção. Tudo pode ser encomendado via Facebook, mas também através de https://r-o-c-c-a.com.

Aglutinar para criar

A ideia para a nomenclatura de “Rocca” surgiu da fusão dos nomes dos seus proprietários que dizem que a base do negócio está na qualidade e sabor das receitas, mas que a imagem também conta. E muito. Para este natal, têm já várias encomendas feitas.
Um bolo demora, em média, dois a três dias a ficar completo e pronto a comer, já que é preciso fazer não só a massa, mas também a cobertura e decoração, que terá que secar. “O feedback tem sido melhor do que o expectável. Estamos muito surpreendidos por ouvir vários clientes a dizer que gostam dos nossos bolos”, confessou.
O pico de comentários positivos surgiu exactamente depois do lançamento da campanha natalícia. “Vamos ter um mês ocupado”, acrescenta.

Benefício prejudicial

O tamanho de um mercado pode funcionar de forma positiva e negativa e é precisamente isso que a co-fundadora explica: “O mercado local nesta área é pequeno e acreditamos que isto pode ser um obstáculo em termos de aceitação, mas também pode funcionar de forma benéfica, já que conseguimos chegar às pessoas por uma via mais directa, sem ter que ultrapassar outros negócios”, define Candii.
Pode pensar-se que a abertura de uma loja pode trazer prejuízo para uma empresa recém-inaugurada, mas a profissional afasta essa ideia, defendendo que se trata de uma estratégia para melhor dar a conhecer os seus produtos e serviços à clientela local. É que sentir o cheiro de bolos acabados de fazer a sair de uma porta não é exactamente o mesmo que abrir uma página de internet. “Temos confiança naquilo que fazemos e vendemos”, frisou.

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