Acentuam-se medidas de prevenção contra dengue e zika

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde anunciaram ontem que vão intensificar as medidas de prevenção e as acções de eliminação de mosquitos, para reduzir o risco de propagação da febre de dengue e do vírus Zika.

As medidas de prevenção vão ser aplicadas “em 122 locais com maiores incidências de queixas de higiene”, de acordo com um comunicado.

Os Serviços de Saúde referiram ainda que até ao momento foram registados “três casos importados de febre de dengue do sudeste da Ásia e as queixas registadas sobre a proliferação de mosquitos, este ano, são maiores do que no período homólogo do ano passado”. Por estas razões, os Serviços de Saúde decidiram implementar medidas de prevenção da proliferação de mosquitos.

As autoridades indicaram ainda terem aumentado a frequência de inspecções e desinfestação química em locais que consideraram ser de elevado risco, como floristas, templos, hotéis e postos fronteiriços.

Por fim, os Serviços de Saúde pediram aos residentes do território que tomem medidas de prevenção, como a eliminação de águas estagnadas nas zonas perto de habitações e do local do trabalho, para que a possibilidade de proliferação de mosquitos seja menor.

Em 2017, foram registados em Macau pelo menos 16 casos de febre de dengue.

31 Mai 2018

Zika | Governo adverte para elevada possibilidade de casos

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário para os Assunto Sociais e Cultura de Macau, Alexis Tam, advertiu ontem para a “grande possibilidade” de se verificarem casos importados do vírus Zika em Macau perante o cenário “preocupante” nas regiões vizinhas.
Alexis Tam deixou o alerta durante uma reunião interna de trabalho, em que “ordenou aos Serviços de Saúde e outros serviços da sua tutela a levarem a sério a situação e tomarem medidas de prevenção e de resposta [perante o eventual] aparecimento do Zika em Macau”, indica um comunicado divulgado pelo seu gabinete.
“Apesar de ainda não existirem casos diagnosticados de Zika em Macau até agora, à medida que se tem agravado a epidemia nos países e regiões vizinhas, Macau enquanto cidade turística e com muito movimento de pessoas, tem uma alta possibilidade de ser afectada”, advertiu Alexis Tam.
Segundo os mais recentes dados, foram sinalizados casos de Zika num total de 72 países e regiões no mundo.
Em Singapura, foram registados mais de 300 casos, tendo sido igualmente afectados outros países do Sudeste Asiático, como a Tailândia, Indonésia, Filipinas e Vietname.
Além disso, em Hong Kong, Taiwan e China também foram registaram casos importados do vírus, salienta a mesma nota.

14 Set 2016

Zika e Dengue | SS alertam para propagação de mosquitos

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SS) registaram elevados níveis de propagação de mosquitos em Macau durante o mês de Julho. O controlo realizado pelo organismo permite perceber que a população deve redobrar cuidados e estar atenta a sintomas, num alerta que chega depois de Taiwan ter registado mais um caso de infecção por Zika importado.
Os SS indicam que detectaram em Julho um elevado índice de propagação de mosquitos, depois de terem instalado 860 mecanismos de vigilância de reprodução de mosquitos, que pretendem fazer uma recolha mensal para proceder ao cálculo da propagação de mosquitos ao ar livre. A taxa apresentou uma subida de mais de 68%, sendo que em Macau os bairros sociais de São Lourenço e do Fai Chi Kei registaram o valor mais elevado, com 76% e 70,1%, respectivamente. Em relação ao valor das ilhas, Coloane salta em primeiro lugar com 81,06%. Chegando-se assim à conclusão que o risco de propagação da febre de dengue em Macau é elevado.
O Departamento de Saúde de Taiwan identificou o sexto caso de doença por vírus do Zika. A vítima é uma mulher de 44 anos que foi até Miami, nos Estados Unidos, entre 31 de Julho e 11 de Agosto. No dia 12 de Agosto regressou a Taiwan e entretanto sentiu-se mal. Recorreu a uma consulta e após feitos os exames foi confirmado diagnóstico.
O vírus da Dengue e do Zika transmite-se através da picada do mesmo mosquito, que se reproduz em águas estagnadas. Atendendo às características do território, os SS pedem à população que redobre os cuidados de limpeza e reforce a protecção nomeadamente através do uso de repelentes.

22 Ago 2016

Zika | Vírus vai ter legislação. Mosquito “comum” em Macau

A Lei de Prevenção, Controlo e Tratamento de Doenças Transmissíveis vai ser revista para que o vírus Zika possa estar abrangido. Governo diz que o mosquito Aedes, que transmite a doença, é muito comum no território

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]epois da ocorrência do primeiro caso de infecção pelo vírus do Zika na China, o Governo de Macau decidiu avançar para a legislação de combate ao vírus, ao entregar na Assembleia Legislativa (AL) uma proposta de revisão da Lei de Prevenção, Controlo e Tratamento de Doenças Transmissíveis. O diploma, implementado em 2004, não previa os casos de infecção com o Zika, nem os modos de actuação.
Na nota justificativa analisada pelo HM, o Governo afirma que “o mosquito do género Aedes, que transmite o vírus Zika, é muito comum na RAEM”, pelo que existe risco de importação e propagação da doença na região. O isolamento é, por isso, uma das medidas mais fortes.
“Tendo em consideração a transmissibilidade da doença e a possibilidade desta ser transmitida entre pessoas de fontes contaminadas, verifica-se a necessidade de os doentes afectados pelo vírus Zika se sujeitarem a um eventual isolamento e/ou afastamento temporário”, aponta a nota justificativa.
O Executivo explica que a doença pode ter consequências graves, “especialmente para as mulheres grávidas” e diz que, por isso, a confirmação atempada e a aplicação “das devidas medidas de prevenção e controlo são essenciais para o controlo de uma eventual ocorrência futura da epidemia”.
A lei irá adoptar o nome de “doença pelo vírus Zika” com base nas recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), estando prevista a adopção de um código específico “até que um outro código uniformizado a nível internacional venha a ser utilizado”.
Os primeiros casos de infecção com o vírus Zika começaram a surgir em Novembro do ano passado. O Governo lembra que “foram também registados casos esporádicos de infecção da doença após viagens ao exterior em países do Sudeste Asiático como a Tailândia, Camboja, Indonésia e a Índia. Nos últimos dias foi notificado um caso de infecção pelo vírus Zika importado da Tailândia para Taiwan”, lê-se ainda.
De frisar que a OMS veio a declarar o conjunto de casos de microcefalia e doenças do sistema nervoso recentemente verificados no Brasil como uma emergência de saúde pública de interesse internacional, como refere a nota justificativa do Governo.
Oriundo de Jiangxi, homem infectado com o Zika no continente terá viajado da Venezuela, estando actualmente em recuperação no hospital. Até ao momento existem no Brasil cerca de 1,5 milhões de doentes infectados com o Zika, seguindo-se a Colômbia com mais de 22 mil casos.

15 Fev 2016

Zika | Primeiro caso num homem de Jiangxi

As autoridades sanitárias chinesas confirmaram o primeiro caso de infecção com o vírus Zika no país, num homem de 34 anos que esteve na Venezuela e regressou à China a 5 de Fevereiro, noticiou ontem a imprensa oficial.
O infectado está hospitalizado e em quarentena, mas encontra-se já em recuperação, segundo as autoridades.
O homem, natural da província de Jiangxi, no sudeste da China, teve sintomas de febre, tonturas e dores de cabeça a 28 de Janeiro, quando ainda estava na Venezuela, e regressou à terra natal a 5 de Fevereiro, depois de ter feito escala em Hong Kong.
O risco de difusão do vírus é “extremamente baixo” devido às temperaturas frias desta altura do ano na região, asseguraram as autoridades de Saúde chinesas.
Transmitido pela picada de mosquitos do género ‘Aedes’, as autoridades sanitárias suspeitam que o Zika seja a causa de numerosos casos de deformações congénitas em bebés cujas mães foram contaminadas durante a gravidez.
O Brasil é actualmente o país mais atingido no mundo pela epidemia de Zika, com 1,5 milhões de doentes, seguindo-se a Colômbia (22.600 casos).

Emergência mundial

A 1 de Fevereiro, a Organização Mundial de Saúde considerou que o recente aumento de casos de microcefalia e de desordens neurológicas em bebés na América Latina constitui uma emergência de saúde pública de alcance internacional e que existe uma forte suspeita de que o aumento daqueles casos seja causado pelo vírus Zika.
A microcefalia é um distúrbio de desenvolvimento fetal que resulta num perímetro do crânio infantil abaixo do normal, com consequências no desenvolvimento do bebé.
O vírus Zika também é suspeito de causar a síndrome neurológica de Guillain-Barré, que pode causar uma paralisia definitiva.
Os sintomas e sinais clínicos da infecção pelo vírus, transmitida (de forma comprovada) aos seres humanos por picada de mosquitos infectados (na América Latina através do ‘Aedes aegypti’, também vector de transmissão do vírus do Dengue, da febre Chikungunya e da Febre Amarela), são muito parecidos com os da gripe, provocando febre, erupções cutâneas, dores nas articulações, conjuntivite, dores de cabeça e musculares.Geralmente, os sintomas começam a desaparecer quatro ou cinco dias depois.
O período normal de incubação varia entre três a 12 dias.

11 Fev 2016