PJ | Alerta para grupos de Whatsapp que burlam investidores

A Polícia Judiciária (PJ) emitiu ontem um comunicado a alertar a população para burlas através de grupos de Whatsapp que simulam dar conselhos de investimento. “Recentemente, a PJ recebeu duas queixas relacionadas com um grupo de investimento de forma privada no Whatsapp. As duas vítimas disseram que tinham sido adicionadas sem saber a um grupo no Whatsapp, e seguiram os ensinamentos de um especialista em investimentos financeiros. Finalmente, perceberam que tinham caído numa armadilha. No total, houve um prejuízo de mais de um milhão de patacas”, referiram as autoridades.

Depois da partilha de informações sobre investimento, membros do grupo elogiam o aconselhamento e contam que depois de seguirem as instruções conseguiram ganhar muito dinheiro.

Plantada a semente do esquema, “um indivíduo diz ser o gerente de investimento deste grupo e contacta a vítima para recomendar-lhe outro projecto de investimento com retornos extremamente elevados”. Os passos seguintes são a instalação de uma aplicação no telemóvel, o registo de uma conta e a transferência de dinheiro para uma conta bancária alegadamente destinada a investimento.

Numa primeira instância, a vítima consegue ganhar algum lucro, o que normalmente leva a um investimento mais avultado. Altura em que a vítima deixa de conseguir aceder aos fundos transferidos, aos prometidos lucros e contactar os burlões.

28 Nov 2023

WhatsApp | Desmentido boato sobre falso esquema

A Polícia Judiciária (PJ) emitiu ontem um comunicado a desmentir um boato que circulou nas redes sociais sobre a opção “bloquear” da aplicação WhatsApp.

Segundo a informação não-factual que foi partilhada, o falso esquema partiria de uma mensagem enviada por uma pessoa desconhecida e quando o receptor clicava em “bloquear” a sua conta na aplicação de conversação era “invadida imediatamente”. A PJ explicitou que “o referido botão de “bloquear” é o verdadeiro recurso de “ferramenta de segurança” do WhatsApp.

Quando o utilizador de WhatsApp receber uma mensagem de uma pessoa que não é dos seus contactos, aparece automaticamente esta alerta”. Além disso, o Centro de Coordenação de Combate às Burlas da PJ revelou “que até ao presente não foi recebida qualquer denúncia em relação à invasão da conta de WhatsApp e que tenha havido prejuízo por causa de clicar o botão ‘bloquear’”.

26 Out 2023

Whatsapp | Mais de 410 mil números de Macau alvo de ataque

Um ataque informático de escala mundial resultou do roubo de dados de telefone de mais de 410 mil números de Macau na aplicação Whatsapp. A subtracção de dados de perto de 500 milhões de contas de Whatsapp afectou números de todo o mundo. Uma notícia avançada pelo portal da especialidade Cybernews indica que quase 500 milhões de conta estavam a ser vendidas na internet num fórum conhecido por servir de suporte a piratas informáticos.

Os ataques envolveram o roubo de dados de contas em 84 países e regiões, com os países mais afectados a serem os Estados Unidos, Egipto, Itália, Arábia Saudita, França e Turquia.

A mesma fonte adianta que a base de dados relativa a números norte-americanos estaria a ser vendida por 7.000 dólares, os dados do Reino Unido por 2.500 dólares e da Alemanha por 2.000 dólares. Segundo o Canal Macau da TDM, o Gabinete de Protecção de Dados Pessoais afirmou estar a acompanhar o caso, mas que não recebeu queixas de residentes de Macau.

As informações roubadas são normalmente usadas para fraudes através da obtenção de informações bancárias, relativas a cartões de crédito ou dados de identificação. Os piratas informáticos costumam enviar mensagens fazendo-se passar por entidades reputadas ou através de chamadas incógnitas com o objectivo de obter informações passíveis de ser usadas em crimes.

28 Nov 2022

WhatsApp regista interrupções

 

A aplicação de mensagens instantâneas tem registado, desde terça-feira, interrupções no serviço na China, suscitando receios de que possa ser parcialmente bloqueado no país, à semelhança de várias outras ferramentas ‘online’ estrangeiras.

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]urante grande parte de terça-feira, o WhatsApp esteve inacessível na China, a menos que os utilizadores recorressem a uma VPN (Virtual Proxy Network), mecanismo que permite aceder à Internet através de um servidor localizado fora do país. Muitos dos utilizadores na China daquele serviço de mensagens instantâneas, que é detido pelo Facebook, são estrangeiros a residir no país, que têm assim uma alternativa ao WeChat, o serviço chinês mais utilizado no país, mas que está sujeito ao controlo e censura impostos pelas autoridades locais.

As interrupções no serviço do WhatsApp surgem num período politicamente sensível para a China. No outono, vai decorrer o congresso do Partido Comunista Chinês (PCC), o mais importante acontecimento da agenda política chinesa, que se realiza de cinco em cinco anos. Na semana passada, o activista chinês e prémio Nobel da Paz de 2010 Liu Xiaobo morreu enquanto cumpria uma pena de prisão de 11 anos por subversão contra o poder do Estado.

Um estudo divulgado esta semana pela Universidade de Toronto mostra como a censura chinesa conseguiu bloquear, em tempo real, imagens de homenagens a Liu, em conversas privadas no ‘Wechat’, ilustrando a sofisticação do sistema de reconhecimento de imagens do aparelho de censura do regime. Na noite de terça-feira, já era possível enviar mensagens através do ‘WhatsApp’ na China, mas não partilhar imagens.

Um pesquisador chinês, conhecido pelo pseudónimo Charlie Smith, considerou que as autoridades optaram por bloquear todas as mensagens não escritas, precisamente porque não conseguiam fazer uma censura selectiva, como no ‘WeChat’, que pertence ao gigante chinês da internet Tencent. Como o conteúdo do WhatsApp é encriptado, “eles optaram por fazer uma censura bruta de todas as mensagens não escritas”, afirmou Smith, citado pela agência Associated Press (AP).

“Não seria de surpreender que tudo no WhatsApp fosse bloqueado, forçando os utilizadores na China a usar serviços não encriptados, censurados e monitorados, como o WeChat”, acrescentou.

Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês disse na terça-feira não ter qualquer informação sobre o que se passou com o WhatsApp.

Com 1,2 mil milhões de utilizadores, o WhatsApp é um dos serviços de mensagens instantâneas mais usado no mundo. É detido pelo Facebook, que está bloqueado na China desde 2009. A plataforma digital de distribuição de vídeos Youtube, a rede de mensagens instantâneas Twitter ou o motor de busca Google também estão bloqueados na China, com Pequim a argumentar que redes sociais a operar fora do seu controlo constituem uma ameaça para a segurança nacional.

As autoridades têm também prestado crescente atenção a aplicações que utilizam mensagens encriptadas. Depois de Pequim ter lançado uma campanha contra ativistas e advogados dos Direitos Humanos no país, em 2015, o Diário do Povo, jornal oficial do PCC, apontou a aplicação ‘Telegram’ como a plataforma onde os advogados coordenavam as suas atividades. Em tribunal, os advogados foram também forçados a confessar como usavam aplicações de mensagem encriptadas para comunicar livremente com colaboradores estrangeiros. O Telegram foi, entretanto, bloqueado no país, e muitos dissidentes chineses optam agora por utilizar o WhatsApp.

20 Jul 2017