Balanço | Tufão Pakhar passa por Macau com menos intensidade que o Hato

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]ois tufões fustigam com violência regiões do Mar do Sul da China. Depois do Hato ter colhido, pelo menos, dez vidas em Macau, foi a vez de Hong Kong registar um morto à passagem do Pakhar. Por cá, contabilizaram-se apenas feridos ligeiros e inundações de dimensão reduzida. Autoridades de Macau ponderam uma revisão profunda ao mecanismo de resposta a tufões

Depois da tempestade costuma vir a bonança. Isso não aconteceu este fim-de-semana em Macau, Hong Kong e nas regiões circundantes. Na quarta-feira o tufão Hato devastou a RAEM, deixando no seu rasto, pelo menos, dez vítimas mortais e 244 feridos. Além disso, o desastre natural deixou a olhos vistos os problemas e as falhas de infra-estruturas tanto no domínio da construção, como na falta de luz e água, deixando a cidade num caos. Assim que houve notícia de um possível segundo tufão, que viria a ser baptizado como Pakhar, temeu-se o pior. Porém, os efeitos da última tempestade foram bem menores, com a intensidade das rajadas máximas a não chegar a metade da dos ventos mais intensos do seu antecessor.

Apesar da menor intensidade, o Pakhar originou 107 incidentes registados pelo Cento de Operações de Protecção Civil (COPC). No rescaldo do tufão de ontem, Leong Iok Sam, director da COPC, revelou que o Pakhar fez oito feridos ligeiros, seis homens e duas mulheres.

Depois da calamidade de quarta-feira de manhã, que deixou Macau fragilizada em todos os sentidos, temia-se que apesar da intensidade menor, os estragos pudessem ser grandes. Situação que não ocorreu, mas ainda assim registaram-se 56 casos de queda de objectos como painéis publicitários, toldos e janelas. Aliás, Leong Iok Sam revelou que grande parte dos feridos ligeiros se deveu à queda de objectos suspensos que não chegaram a ser removidos na sequência da passagem do Hato. Nove árvores que não foram abaixo com o tufão de quarta-feira acabaram por cair ontem, devido ao seu estado de fragilidade.

Neste sentido, o director da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, Li Canfeng anunciou uma medida para dar resposta aos problemas de estrutura de edifícios revelados pela força do Hato. “Coordenámos associações de engenheiros e de peritos em electricidade para acorrerem aos prédios necessitados de intervenção”, disse. O dirigente revelou que há mais de vinte equipas para ajudar à remoção de objectos suspensos em fachadas e nos revestimentos exteriores, assim como para o reforço de janelas. Foi também aberta uma linha de apoio para responder a estas a situações com o número 85903800.

O Pakhar resultou ainda em 16 inundações de pequena intensidade, sendo que oito ocorreram em Macau, seis na Taipa e duas em Coloane.

Transportes parados

Ontem, por volta das 7h25, foram encerradas as pontes que ligam Macau à Taipa. As condições de segurança nas estradas deterioraram-se, tal como seria de esperar, levando à ocorrência de 31 acidentes rodoviários.

No que diz respeito ao transporte por ferry, o Terminal do Porto Exterior encerrou tendo ficado cerca de 100 pessoas a aguardar que o sinal de alerta baixasse para conseguirem embarcar. A circulação de barcos foi retomada no Porto Exterior às 14h30 de ontem, enquanto que no novo Terminal da Taipa as operações regressaram à normalidade às 16h.

Durante a tarde de ontem todos os postos fronteiriços retomaram o seu normal funcionamento.

O Aeroporto Internacional de Macau cancelou 65 voos com partida ou chegada prevista para domingo.

Na região vizinha, a Autoridade Aeroportuária de Hong Kong reportou 300 voos cancelados, ou com atrasos significativos, e cerca de 42 aviões abortaram a aterragem e tiveram de ser desviados para outros aeroportos na sequência da passagem do Pakhar. Meia centena de aviões não puderam descolar e ficaram na pista do Aeroporto de Hong Kong a aguardar a melhoria das condições meteorológicas.

A companhia de bandeira de Hong Kong, Cathay Pacific Airways alertou os passageiros para possíveis atrasos para hoje tanto em partidas, como em chegadas.

A tempestade tropical resultou em múltiplas estradas bloqueadas devido à queda de árvores, andaimes e inundações, incluindo na ilha de Hong Kong e nos Novos Territórios. Também os serviços de autocarros e metro ficaram afectados pela passagem do Pakhar.

Registou-se a morte de uma pessoa, um condutor de uma carrinha que se despistou numa auto-estrada em Yuen Long na altura em que os ventos do tufão se começavam a intensificar. Do acidente resultaram ainda dois feridos com alguma gravidade.

Menos intenso

Por volta das 13h de ontem, quando o Pakhar já estava a 150 quilómetros de Macau, movendo-se para noroeste, a uma velocidade de 25 quilómetros/hora, o sinal de alerta era reduzido para 3 e o tufão tocou terra na cidade de Taishan, na província de Guangdong. Nessa altura, já quase esquecido o Pakhar, as ruas de Macau voltaram aos trabalhos de remoção de lixo e detritos.

Neste domínio, o novo tufão trouxe um pouco mais de caos ao terreno. “Recolhemos um grande volume de lixo nestes últimos dias, todos os dias a quantidade foi aumentando”, explica José Tavares, presidente do conselho de administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM).

Na quarta-feira, logo a seguir ao sinal 8 do Hato ter sido retirado, as ruas começaram a ser limpas, tendo sido removidas 1700 toneladas de lixo. No dia seguinte, foram retiradas 2500 toneladas e na sexta-feira a quantidade de detritos removidos ascendeu às 2900 toneladas.

A quantidade anormal forçou o IACM a mobilizar mais recursos humanos, tendo as operações sido facilitadas pelos mais de 3000 voluntários que ajudaram os serviços municipais a limpar as ruas de Macau. A partir de ontem à tarde, as autoridades da província de Guangdong disponibilizaram uma dezena de veículos para a recolha de lixo.

O facto é que o Pakhar teve uma intensidade menor do que a do Hato, além de ter passado um pouco mais ao lado de Macau. O tufão de ontem registou uma força de vento média de 106 km/hora, seguindo uma trajectória final mais encostada para leste, ainda assim mais próxima de Macau do que estava previsto. A rajada mais forte registada ontem foi de 125.3 quilómetros/hora.

Por volta das 8 da manhã os ventos também aumentaram um pouco, tendo tocado a terra por volta das 9h, ou seja, com uma hora de antecedência em relação às previsões dos Serviços de Meteorologia e Geofísica.

A chuva foi mais intensa do que fora prognosticado, tendo-se registado uma precipitação de 56.6 milímetros, um nível superior ao que era esperado.

As chuvadas originaram inundações que chegaram aos 15 centímetros de altura de cheias, sendo que a maré subiu 1,5 metros. Porém, as inundações não foram severas porque o Pakhar não coincidiu com o horário normal da maré cheia.

Exército nas ruas

Na passada sexta-feira, um contingente de mil soldados do Exército de Libertação Popular foi para as ruas ajudar na operação de limpeza e remoção de detritos.

Ontem, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, lembrou que “o dever do Exército de Libertação Popular é salvaguardar a segurança nacional, enquanto o salvamento deve estar a cargo da polícia e dos bombeiros”. Porém, devido à gravidade do tufão Hato, o Governo da RAEM pediu ao Governo Central a participação dos tropas. De acordo com Wong Sio Chak, “o pedido foi feito na manhã do dia 24 e de uma forma muito rápida foi conseguida a autorização”.

O secretário para a Segurança chegou mesmo a mostrar-se emocionado com um caso de um soldado chinês que apesar de a mulher ter falecido ficou em Macau a ajudar às operações de limpeza, faltando ao funeral da esposa.

O secretário para a Segurança não quis avançar com uma estimativa dos prejuízos causados pelos tufões que assolaram Macau. “Ainda estamos em fase de socorro, remoção de lixo e assistência à população, ainda não fizemos essa contabilidade, mas os prejuízos não serão pequenos”, comenta. No entanto, Wong Sio Chak, realça que apesar dos danos materiais serem avultados, existem perdas para a população que não são contabilizáveis através de patacas.

28 Ago 2017

Tufão Hato | Voluntários ajudaram a limpar as ruas

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]ssociações e cidadãos arregaçaram as mangas para ajudar a limpar uma cidade que se transformou, sexta-feira e sábado, num sítio nauseabundo. A limpeza era urgente antes da chegada do tufão Pakhar

Fosse a recolher lixo ou a distribuir comida e água, centenas de voluntários fizeram “o que podiam e o que não podiam” pelo regresso à normalidade em Macau, após a passagem do tufão Hato.

As zonas mais afectadas pelas inundações foram invadidas por verdadeiros ‘exércitos’ empenhados em remover as toneladas de lixo amontoado nas ruas.

Tsé Fung foi um dos muitos jovens que trocou o refrescante conforto do ar condicionado de casa pelo intenso calor da rua. Por volta das 16h00 encontrava-se pela Rua dos Ervanários.

“A minha casa não foi afectada, mas este é o meu bairro, por isso, tinha de vir ajudar”, disse o estudante de 19 anos à agência Lusa, com a voz abafada pela máscara que usa a cobrir a boca e o nariz, como tantos outros, para não respirar o cheiro nauseabundo, durante uma pausa ao fim de seis horas consecutivas de labuta.

Sio, de 37 anos, pôs mãos à obra na véspera. Faz-se o que pode e o que não pode pela terra onde nasceu: “Se vês algo [como isto] tens de reagir”.

“Não há recursos humanos suficientes para dar resposta a tudo”, lamentou, enquanto ajeita as luvas de borracha que vão até ao cotovelo.

“As pessoas estão simplesmente a seguir os seus instintos porque não esperam – nem podem esperar – nada. Só se valem a si próprias”, sublinhou, antes de voltar a pegar na vassoura.

“Um trabalho excepcional”

Não muito longe andava Sandra Carrilho, de 45 anos, que também começou na sexta-feira a ajudar a remover o lixo, inserida num grupo que conheceu na véspera nestas andanças.

“Hoje há imensa gente na rua”, comparou, antes de fazer um ponto da situação: “Não se podia circular aqui, mas os voluntários limparam isto tudo e no Porto Interior, onde moro, o trabalho também foi excepcional”.

“As pessoas têm noção da gravidade, havia comida solta, dispersa na rua, daí o esforço enorme para se recolher todo o lixo até porque pode voltar a haver inundações”, observou.

Enquanto filas de dezenas de contentores aguardavam vez para serem ‘tombados’ para o camião do lixo, chegaram “reforços” sob a forma de carrinhas de caixa aberta de particulares e empresas que estacionam ao lado de mobílias e electrodomésticos sem salvação.

A onda de voluntariado não se cingiu apenas à recolha de lixo, uma vez que houve também muita gente a distribuir comida e água.

Ana Cristina Vilas, por exemplo, além de recolher lixo, foi distribuir água em Coloane na sexta-feira. No sábado, com o apoio de amigas, decidiu ajudar outros e de outra forma: comprou centenas de tecidos da loja onde se costuma abastecer, gastando mais de quatro mil patacas.

Isto além de ter lançado antes um apelo pelo Facebook nesse sentido para que “a única loja de tecidos do centro da cidade”, que estava a vender “tudo ao desbarato não feche as portas”.

“Esta é a única forma de ajudar os pequenos comerciantes” afectados pelas inundações, sublinhou Ana Cristina Vilas, mostrando os panos húmidos dentro do ‘trolley’ de compras que, quando estiverem secos, vão servir o “Dress a Girl Around the World”, pelo qual é responsável em Macau desde Abril.

“São pessoas que conheço há 30 anos”, enfatiza a funcionária pública que, depois da experiência de trabalho que viveu na quinta-feira, o dia a seguir à passagem do tufão Hato, decidiu tirar um dia de férias na sexta-feira.

“Não tínhamos água nem ar condicionado. Não tínhamos condições para trabalhar. Chegámos ao mais baixo possível e por isso fui antes ajudar quem precisa”, realçou.

Por todo o lado

A Associação dos Jovens Macaenses (AJM) também organizou acções de rua. Na sexta-feira, a partir das 18h00, cerca de 70 pessoas ajudaram a limpar a zona adjacente ao Mercado Vermelho. No sábado houve outras tantas na zona da Almeida Ribeiro.

Ontem foi dia de “andar a correr de um lado para o outro a distribuir comida aos idosos ou a limpar as ruas”, contou ao HM Guiomar Pedruco, presidente da AJM.

“Não houve muita destruição mas houve muito lixo. As pessoas das lojas estavam desesperadas”, recorda Guiomar Pedruco, que tece uma crítica à actuação do Executivo.

“Houve gabinetes que não tiveram água e electricidade e o Governo deveria ter reunido esses funcionários públicos para ajudarem a limpar as ruas, em vez de estes ficarem sentados nos seus gabinetes.”

Guilherme e Cíntia Leite Martins, criadores do projecto Mana Vida, também organizaram uma acção de limpeza na vila de Coloane, que ficou também bastante afectada.

28 Ago 2017

Tufão Pakhar | Sinal 3 içado às 13h00 deverá manter-se “durante algum tempo”

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) de Macau baixaram hoje o alerta de tempestade tropical para sinal 3 depois de o tufão Pakhar, o segundo em menos de uma semana, ter ‘tocado’ terra na província de Guangdong.

O sinal 8 de tempestade tropical foi substituído pelo sinal 3 pelas 13:00, quando o Pakhar se localizava a cerca de 150 quilómetros de Macau, movendo-se a uma velocidade de 25 km/h em direção a noroeste.

O sinal 3 significa que o centro da tempestade tropical movimenta-se de forma a que se façam sentir em Macau ventos entre 41 km/h e 62 km/h com rajadas de cerca de 110 km/h.

O sinal 3 vai continuar içado “por mais algum tempo”, segundo os SMG, sendo que os serviços sugerem ainda à população que evite andar na rua, pois poderão ocorrer ventos e chuvas fortes. 

O tufão Pakhar ‘tocou’ terra na cidade de Taishan em Guangdong, província adjacente a Macau, uma hora antes do previsto.

O aviso de grau amarelo de ‘Storm Surge’, o mais baixo de uma escala de 3, continua em vigor, mas os Serviços Meteorológicos e Geofísicos não descartam a possibilidade de o substituir por um grau mais elevado devido ao nível da água.

O aviso ‘Storm Surge’ de nível amarelo indica a possibilidade de que “o nível de água atinja valores inferiores a 0,5 metros acima do nível do pavimento”.

Segundo o Centro de Operações de Proteção Civil (COPC), até às 12:30 foram registados 95 incidentes na sequência da aproximação a Macau do Pakhar, incluindo 16 devido a inundações.

Em comunicado, o COPC reportou ainda quatro casos de incêndio em caixas elétricas e dois casos de corte de energia, a somar a dez ocorrências de queda de árvores e cabos elétricos e a uma de deslizamento de terras.

Um total de 140 voos cancelados

Pelo menos 140 voos foram hoje cancelados até às 06:00 em Hong Kong devido à passagem do tufão Pakhar, informou a autoridade aeroportuária da antiga colónia britânica.

Ventos fortes continuam a afetar as partidas e chegadas nas pistas do aeroporto e as condições vão continuar instáveis durante a tarde, disse a autoridade aeroportuária, citada pela Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK).

A tempestade tropical provocou quedas de árvores, de andaimes e inundações, causando o bloqueio de algumas estradas, incluindo na ilha de Hong Kong e nos Novos Territórios.

Os serviços de autocarros e de metro também foram afetados.

Tanto em Hong Kong como em Macau, os serviços meteorológicos disseram que o tufão Pakhar já tocou terra em Taishan, na província chinesa de Guangdong, e que ponderam substituir o sinal de alerta pelo número 3 ao início da tarde de hoje, quando os ventos fortes já não afetarem os dois territórios.

27 Ago 2017

Inundações voltam a Macau

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] tufão Pakhar volta a inundar algumas zonas da cidade. De acordo com um comunicado da Polícia de Segurança Pública (PSP), as inundações são de diferentes níveis. Os locais afectados são o Terminal de autocarros das Portas do Cerco, a Rua da Missão de Fátima, a entrada da Ponte de Sai Van junto ao Bairro da Barra, o túnel da Praça do Lago Sai Van. Os estaleiros da estação do metro ligeiro na Barra também foram afectados por inundação junto da porta principal e no Silo Jai Alai.
Nas Ilhas, as águas subiram na Rotunda do Aeroporto, Estrada da Baía de Nossa Senhora da Esperança, Rotunda do Istmo, no troço entre a Rotunda da Central Térmica de Coloane e Avenida do Aeroporto.
Segundo o comunicado da PSP, as inundações ligeiras que se verificaram no tabuleiro inferior da Ponte Sai Van, no sentido Taipa-Macau e junto à Avenida Panorâmica do Lago Nam Vam já diminuíram. A polícia aconselha prudência e atenção aos condutores.

27 Ago 2017

Pakhar | Tufão já atingiu terra. Sinal 3 antes das 13h.

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] tufão Pakhar, que hoje levou os Serviços Meteorológicos e Geofísicos de Macau a hastear o sinal 8, já tocou terra na província chinesa de Guangdong, devendo baixar para sinal 3 antes das 13:00

“A pior parte do tufão já passou. Atingiu terra. O sinal 8 continua içado um pouco mais por medida de precaução e para deixar que o conjunto do sistema do sistema do tufão se dissipe ou entre em terra”, disse à agência Lusa a porta-voz dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos, Vera Varela.

Este é o segundo tufão a atingir Macau em menos de uma semana, depois de a tempestade tropical Hato ter causado dez mortos.

A passagem, na quarta-feira, do tufão Hato, o mais forte em 50 anos a atingir a cidade, levou as autoridades a hastear o sinal máximo (10), o que não sucedia desde 1999.

A escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10. Os sinais são hasteados tendo em conta a proximidade da tempestade e a intensidade dos ventos.

“Devido à rápida movimentação durante o seu trajecto o tufão Pakhar já atingiu terra em Taishan, na província de Guangdong. Na passada hora atingiram-se ventos médios [nas pontes] na ordem dos 85 quilómetros horários e rajadas de vento de 110 quilómetros por hora”, afirmou Vera Varela.

Apesar de o tufão já ter tocado terra, “é possível que os ventos se façam sentir em Macau, por esse motivo vai-se manter o sinal número 8 içado por mais algumas horas”, adiantou.

“Agora parece tudo mais sereno. Aliás, consegue ser visível na rua que a chuva e o vento passaram”, afirmou.

27 Ago 2017

Tufão Pakhar: Sinal 3 içado “esta noite ou madrugada”. Sinal 8 amanhã de manhã

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) acabam de informar que o sinal 3 de tempestade tropical deverá ser içado “esta noite ou madrugada”, graças à passagem do tufão Pakhar pelo território.
“Espera-se que os ventos se fortaleçam gradualmente já esta noite e amanhã”, aponta a entidade.
Amanhã, domingo, durante o período da manhã, “perto do meio-dia”, o tufão aproximar-se-á de Macau “cruzando a cerca de 100 ou 150 quilómetros a sudeste”.
Os SMG ponderam ainda içar o sinal 8 amanhã de manhã.
“Na altura, será um momento alto do impacto do ciclone tropical para o território. Aguaceiros e ventos vão tornar-se mais frequentes. Desde modo, os SMG não descartam a hipótese de içar o sinal de tempestade tropical 8, amanhã de manhã”, lê-se no comunicado.

Mais inundações

Os SMG prevêem também a ocorrência de “ligeiras inundações” nas zonas situadas perto do Rio das Pérolas. Hoje as limpezas dos destroços e do lixo continuam para que se possa prevenir a propagação de doenças. O trabalho tem sido feito não só pelo serviço de protecção civil bem como por vários grupos de voluntários.
Deverá ser içado o sinal amarelo de “storm surge” “em breve”. “Recomenda-se à população que toma medidas preventivas contra a tempestade tropical e inundação”, alertam os SMG.
Por volta das 14h00 a tempestade tropical estava localizada a cerca de 720 quilómetros de Macau, à medida que se movimenta em direcção à costa oeste da província de Guangdong.

26 Ago 2017

Tufão Pakhar | Içado sinal 1 de nova tempestade 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] sinal 1 de tempestade, o mais baixo numa escala de 10, foi esta manhã içado em Macau, devido à aproximação do tufão Pakhar, três dias após o Hato ter feito dez mortos.

De acordo com a página dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG), o sinal foi içado às 11:30, localizando-se nessa altura a cerca de 780 quilómetros de Macau. A tempestade encaminhava-se para a costa oeste da província de Guangdong.

A escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10.

Hoje, a Direção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transporte emitiu um comunicado apelando aos cidadãos para que procedam “com a maior brevidade possível à reparação das janelas danificadas e a consolidação das instalações exteriores na fachada, de modo a evitar mais estragos no interior das casas devido a ação da chuva e do vento, e eliminar os riscos subjacentes”.

Na sexta-feira, quando já se previa a chegada do Pakhar, os SMG explicaram à Lusa que a tempestade deve passar próxima de Macau às 12:00 (05:00 em Lisboa) de domingo.

Previam-se “altas possibilidades de ser içado sinal superior” ao 1, mas a subida até ao 8 era ainda improvável, apesar de não descartada.

“Devido à incerteza da trajetória e força da tempestade tropical não está descartada” essa hipótese”, caso o tufão “se desvie mais para oeste, ou seja, para próximo de Macau”, ressalvou na altura a porta-voz dos SMG, Vera Varela.

O Pahkar deve ‘tocar’ terra entre Zhanjiang (na província vizinha de Guangdong) e Macau.

As autoridades alertam para riscos de inundação e aceleraram a recolha do muito lixo disperso pelas ruas devido ao impacto do tufão Hato, que atingiu a cidade na quarta-feira e deixou um rasto de destruição.

Na quinta-feira o Governo anunciou que o diretor dos SMG apresentou demissão. O seu serviço tem sido alvo de duras críticas devido ao ‘timing’ do hastear dos sinais de tufão, que, consoante a intensidade, permitem ativar uma série de medidas, como encerramento de escolas e serviços públicos.

Na sexta-feira, a substituta de Fong, Florence Leong, indicou que “a possibilidade de se içar o sinal 03 no domingo é de 70%”.

Leong disse considerar ser necessário melhorar a prevenção e a comunicação nos alertas à população, mas sem alterar o funcionamento deste departamento.

“Vamos rever o mecanismo e melhorar os nossos trabalhos de previsões”, relativamente à nova tempestade tropical Pakhar.

 

26 Ago 2017