Union Pay | Mais de 40 detidos em 2017 devido a levantamentos ilegais de dinheiro

Com agência Lusa

 

[dropcap style≠’circle’]Q[/dropcap]uarenta e três pessoas foram detidas no ano passado em Macau por transacções ilegais com recurso a terminais portáteis da UnionPay International, indicou a Polícia Judiciária (PJ). Essas operações resultaram num prejuízo de quase três milhões de patacas para a instituição financeira, segundo a PJ que não indicou, porém, o valor total das transacções.

As operações em causa constituem ilegalidades porque são efetuadas em Macau através das máquinas POS (point of sale) da UnionPay China ou outras fornecidas por terceiros, o que faz com que a UnionPay International não receba a percentagem a que tem direito por a transacção ter sido realizada, de facto, fora da China.

No total, foram abertos 15 inquéritos em 2017 relativos ao crime de levantamento ilegal de dinheiro com cartões Union Pay, dos quais 13 encaminhados para o Ministério Público (MP), tendo sido apreendidas 30 máquinas POS emitidas pelos bancos da China.

Dos 43 detidos (37 homens e seis mulheres), 37 eram provenientes da China e seis de Macau, de acordo com dados fornecidos pela PJ a vários órgãos de comunicação social, incluindo o HM. Após investigação do MP, todos os indivíduos ficaram sob termo de identidade e residência, sendo que os da China foram posteriormente entregues ao Serviço de Migração da PSP para expulsão, segundo a PJ.

Na maioria dos casos detectados, homens oriundos do interior da China angariaram turistas em casinos ou arredores para “lhes prestarem o serviço ilegal de levantamento de dinheiro através de máquinas POS”. Os casos ocorreram também em “algumas casas de penhores e joalharias” que, “para reduzirem custos de exploração e obterem mais lucro, se aproveitaram das máquinas POS da China para também prestarem ilegalmente este serviço”, indicou a PJ.

A polícia especificou que “algumas dessas lojas actuam de uma forma movimentada e mais escondida, recrutando pessoas intermediárias (os chamados ‘barqueiros’) para meterem conversa com os jogadores nos casinos e oferecer-lhes o serviço de levantamento de dinheiro com baixos emolumentos”. “Uma vez acertado o serviço, os jogadores são levados para dentro de uma viatura estacionada fora do casino ou junto duma loja indicada onde foi instalada a máquina POS”, acrescentou a PJ.
Em 2016, o valor das transacções ilegais atingiu 4.995 milhões de patacas, traduzindo-se em prejuízos superiores a 11 milhões para a UnionPay Internacional.

28 Mar 2018

Union Pay | Transacções ilegais somam mais de dois mil milhões

Continuam e estão a subir as transacções ilegais com recurso ao pagamento através da Union Pay chinesa, com residentes envolvidos no crime

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s transacções ilegais com recurso a terminais portáteis da Union Pay International em Macau ascenderam a 2,1 mil milhões de patacas no primeiro semestre, segundo dados da Polícia Judiciária (PJ) facultados à agência Lusa. A verba diz respeito a 12 inquéritos abertos pela PJ relativos ao levantamento ilegal de dinheiro com cartões Union Pay, todos encaminhados para o Ministério Público (MP).
O volume das transacções ilegais com recurso a terminais portáteis da Union Pay International em Macau entre Janeiro e Junho supera por larga margem o apurado em todo o ano de 2015 (1224 milhões de patacas).
As operações em causa são ilegais porque efectuadas em Macau através das máquinas POS da Union Pay China ou outras fornecidas por terceiros, o que faz com que a Union Pay International não receba a percentagem a que tem direito por a transacção ter sido realizada, de facto, fora da China.

Detidos de todos os lados

Segundo os dados facultados pela PJ, no âmbito dos 12 casos sinalizados no primeiro semestre do ano, foram detidas 31 pessoas (oito de Macau, 22 da China e uma de Hong Kong), a quem foi aplicada a medida de termo de identidade e residência, e 22 máquinas POS foram apreendidas.
As transacções ilegais detectadas entre Janeiro e Junho traduziram-se em prejuízos para a Union Pay International na ordem de 5,58 milhões de patacas, contra 2,29 milhões de patacas relativos a todo o ano de 2015.
A maioria dos casos tem ocorrido no interior dos casinos, nas ruas adjacentes ou nos quartos de hotéis com salas de jogo.
“Nos últimos anos, tem-se verificado que alguns criminosos agem de forma movimentada e mais escondida, bem como recrutando intermediários (os chamados ‘barqueiros’)”, explica a PJ numa resposta escrita enviada à Lusa.
Esses intermediários, segundo a PJ, “vão falar com os jogadores nos casinos e oferecem-lhes a prestação do serviço de levantamento de dinheiro com menos emolumentos. Uma vez acertado o serviço para levantar o dinheiro, os jogadores são levados para dentro de uma viatura estacionada fora do casino ou junto de uma casa de penhores ou uma joalharia onde será instalada a máquina POS”, explica a Judiciária.
A PJ indica que, “para controlar a situação”, tem efectuado patrulhamentos não periódicos (nomeadamente nos dias feriados) nos casinos ou nos locais adjacentes e mantido contacto com a Union Pay International e os bancos de Macau.
A par disso, recorda que existe uma ligação com os departamentos de segurança dos casinos, bem como “boa cooperação” com a polícia de Zhuhai.

25 Jul 2016