Hoje Macau China / ÁsiaAmbiente | Fábrica em Tianjin é totalmente abastecida com electricidade verde Uma fábrica em Tianjin da Danfoss, uma gigante global do sector de refrigeração, atingiu 100 por cento de uso de energia verde desde segunda-feira, informou a empresa. A electricidade verde refere-se à electricidade com zero ou quase zero emissões de dióxido de carbono no processo de produção, o que é importante para alcançar a neutralidade de carbono para uma empresa, bem como a transformação e actualização de todo o sector, noticia o Diário do Povo. A Danfoss assinou em Novembro um contrato de compra de energia verde de 10 anos com a State Grid (Tianjin) Integrated Energy Service Co., Ltd. e a Tianjin Yinghua New Energy Technology Development Co., Ltd. para comprar energia verde da recém-construída quinta solar de Yinghua. O parque solar, a 20 quilómetros da fábrica da Danfoss, tem uma capacidade instalada de 142,8 megawatts e uma capacidade anual de geração de energia de 165 milhões de quilowatts-hora (kWh). A fábrica consome 45 milhões de kWh de energia por ano. Estima-se que, com a mudança para a energia verde, as emissões de carbono da fábrica diminuam em 28.000 toneladas por ano. “Isso representa um marco importante para a Danfoss no seu caminho rumo à meta de neutralidade de carbono”, disse Xu Yang, presidente da Danfoss China. A empresa disse que suas operações podem ser descarbonizadas numa abordagem de três etapas, que consiste em reduzir, reutilizar e reaproveitar. “Primeiro, aplicamos soluções eficientes em termos de energia, como bombas de calor, para reduzir o nosso consumo de energia. Em segundo lugar, reutilizamos parte da energia que já foi usada uma vez. Por fim, analisamos como podemos obtê-la de fontes renováveis”, disse Torben Christensen, director de sustentabilidade e chefe de serviços globais da Danfoss.
Hoje Macau SociedadeMacau promove produtos dos países de língua portuguesa na China As autoridades de Macau anunciaram ontem que vão levar 28 empresas locais, incluindo várias que vendem produtos dos países de língua portuguesa, a uma actividade de promoção no norte da China que começa amanhã. O Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) disse, em comunicado, que a Semana de Macau em Tianjin vai decorrer entre 31 de Agosto e 4 de Setembro, numa popular rua pedonal da cidade situada próximo de Pequim. A actividade vai incluir uma área de exposição e vendas, com produtos provenientes dos nove países de língua portuguesa, entre os quais bebidas alcoólicas, café, produtos de saúde e de higiene pessoal, referiu o IPIM. Além de poderem adquirir produtos lusófonos, os visitantes poderão participar em jogos cujos prémios incluem “guloseimas dos países de língua portuguesa e presentes de estilo português”, acrescentou na mesma nota. Durante a Semana de Macau em Tianjin vão decorrer ainda sessões de transmissão ao vivo, nas redes sociais, com celebridades chinesas da Internet, durante as quais os cibernautas poderão encomendar produtos lusófonos, adiantou o IPIM. Comes e bebes O instituto vai montar também um espaço para promover “o papel de Macau como plataforma de serviços para a cooperação empresarial entre a China e os países de língua portuguesa”. Em 1 de Setembro, o IPIM vai realizar uma sessão de bolsa de negócios que irá reunir empresários de Tianjin e de Macau, incluindo uma mostra de produtos dos países lusófonos e degustação de comida e bebida. Há vários anos que o Governo de Macau tem defendido a necessidade de apostar na prestação de serviços financeiros entre a China e o bloco lusófono, para diversificar a economia da região administrativa especial chinesa, muito dependente do turismo. Também a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) vai realizar uma semana de promoção de Macau em Tianjin, com um festival gastronómico, entre 31 de Agosto a 10 de Setembro, num hotel da cidade chinesa. Dois chefes de cozinha do território prepararam vários pratos portugueses e macaenses, disse a DST, referindo-se à gastronomia, considerada a primeira cozinha de fusão do mundo, da comunidade euro-asiática, com muitos lusodescendentes e raízes em Macau.
Hoje Macau China / ÁsiaEmpresa chinesa enviou duas composições para o Metro do Porto As composições, que partiram de Tianjin, são as primeiras a ser exportadas para a União Europeia A fabricante estatal chinesa China Railway Rolling Stock Corp (CRRC) Tangshan enviou para Portugal as duas primeiras composições encomendadas pela Metro do Porto, anunciou a Administração Geral das Alfândegas chinesa. As composições foram colocadas num barco que partiu do porto de Tianjin, no norte da China, revelou a Administração Geral, num comunicado divulgado na segunda-feira, que sublinhou que estas são as primeiras carruagens chinesas exportadas para a União Europeia. As primeiras composições, cujo fabrico terminou em Julho, foram enviadas para um período de testes na cidade de Tangshan, na província de Hebei, também no norte da China, disse na altura a CRRC Tangshan. Zhou Junnian, presidente da CRRC Tangshan, disse num comunicado que, devido ao “impacto adverso trazido pela covid-19”, a produção da primeira composição só arrancou “em Novembro de 2021”, sendo concluída “após mais de oito meses de esforços”. A empresa chinesa tinha recebido em Outubro de 2020 autorização para iniciar o fabrico de 18 composições, após a Metro do Porto ter obtido um visto prévio do Tribunal de Contas (TdC). Na altura, fonte oficial da Metro do Porto disse à Lusa acreditar que a CRRC Tangshan poderia entregar pelo menos “uma ou duas unidades” até ao final de 2021, com as restantes composições entregues até 2023, ao ritmo de um por mês. Segundo a fabricante chinesa, cada uma das composições terá 72 carruagens, uma capacidade máxima de 346 passageiros e velocidade máxima de 80 quilómetros por hora. Cortar caminho O contrato assinado em Janeiro de 2020, no valor de 49,57 milhões de euros, inclui serviços de manutenção durante cinco anos, avançou o Ministério do Comércio chinês. As composições irão servir as novas linhas Rosa, no Porto, entre São Bento e a Casa da Música, e o prolongamento da linha Amarela, entre Santo Ovídio e Vila d’Este, em Vila Nova de Gaia, ambas já em construção. Estas novas linhas vão acrescentar seis quilómetros e sete estações à rede, representando um investimento global na ordem dos 300 milhões de euros. Actualmente, a frota da Metro do Porto é constituída por 102 veículos: 72 do tipo Eurotram e 30 do tipo Tram-train. Com o investimento em 18 veículos da CRRC Tangshan, a frota do Metro do Porto passará a contar com 120 unidades. O Metro do Porto opera em sete concelhos da Área Metropolitana do Porto com uma rede de seis linhas, 67 quilómetros e 82 estações.
João Luz Grande Plano MancheteCovid-19 | Tianjin testa 15 milhões e aperta restrições a três semanas das olimpíadas A três semanas do início dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, Tianjin vê-se a braços com uma luta para conter um surto de covid-19. A metrópole que fica a pouco mais de 100 quilómetros da capital testou 15 milhões de habitantes, restringiu saídas da cidade e cortou ligações com Pequim Com agências A megametrópole portuária de Tianjin, a pouco mais de 100 quilómetros de Pequim, trava uma batalha intensa para conter a pandemia e a disseminação da variante ómicron. As autoridades municipais começaram no domingo testar os cerca de 15 milhões de habitantes, e ontem a Comissão Nacional de Saúde revelou que os casos positivos locais passaram de 3 para 21, com infecções sintomáticas. Destes casos, pelo menos dois correspondem à nova variante ómicron. As autoridades de saúde nacionais e locais não têm dúvidas em definir Tianjin como o primeiro verdadeiro campo de batalha contra a nova variante da covid-19 na China, além de fazer soar alarmes na capital. O Global Times adianta que o surto criou um ambiente de incerteza em Pequim, elevando probabilidades de alastramento. Para já, os esforços focam-se em assegurar respostas prontas, nomeadamente através de rastreios rápidos para interromper o desenvolvimento de cadeias virais antes das celebrações do Ano Novo Chinês e dos Jogos Olímpicos de Pequim, que arrancam no dia 4 de Fevereiro. Todas as infecções foram encontradas nos distritos de Jinnan e Nankai e os pacientes enviados para isolamento hospitalar. Até ontem, ainda não era claro quantos dos casos correspondiam à variante ómicron. Os dois casos identificados com a variante que está a alastrar no mundo inteiro foram detectados no sábado em testes voluntários. De acordo com o Global Times, os restantes 18 casos foram encontrados em testes de rastreio a grupos de risco devido à proximidade, sem ligação a um caso importado que foi notícia no mês passado. Entre as cerca de duas dezenas de infectados, 15 são crianças com idades compreendidas entre os 8 e os 13 anos. Uma das maiores preocupações das autoridades prende-se com o facto de os dois indivíduos infectados com ómicron não terem viajado recentemente para fora de Tianjin. Esforços de campanha Para já, as autoridades impuseram barreiras que isolaram zonas e edifícios consoante as classificações de risco de transmissão. Um prédio num complexo residencial em Jinnan foi isolado devido ao alto nível de risco, enquanto três outros edifícios residenciais no mesmo complexo e dois edifícios num outro bloco de apartamentos foram classificados como de risco médio. Além das residências e percursos de casos positivos, a determinação do risco por zonas foi feita também recorrendo a testes ambientais. Segundo o Global Times, entre os 70 testes ambientais, 14 acusaram positivo, enquanto nos testes realizados em áreas comuns de edifícios e elevadores foram encontrados dois locais infectados. Na noite de domingo, as autoridades de Tianjin fecharam a cidade, impedindo que os habitantes saíssem, excepto em situações estritamente necessárias e devidamente autorizadas. À luz verde das autoridades, ou aprovação dos empregadores para a saída, soma-se a necessidade de apresentar resultado negativo no teste de ácido nucleico válido em 48 horas e código de saúde verde. Além dos testes em massa, que estavam previstos terminar ontem à noite, desde sábado à noite e até ao início de segunda-feira, as autoridades tinham colocado em quarentena 75.680 pessoas. Outra medida preventiva está no telemóvel, com o código de saúde dos residentes que não receberem o resultado do teste de ácido nucleico dentro de 24 horas a mudar para cor de laranja, o que os impede de entrar em locais públicos, incluindo transportes como o metro ou os autocarros. Os habitantes vacinados nas últimas 48 horas estão isentos de efectuar o teste de ácido nucleico. Cavar um fosso Uma reunião de emergência do centro de comando da luta contra a pandemia, que incluiu o líder da cidade do Partido Comunista da China, Li Hongzhong, e presidente do município, Liao Guoxun, foi definida a resposta rápida “para cumprir a responsabilidade de Tianjin ser como um ‘fosso’ de castelo para proteger Pequim”, cita o jornal oficial. Uma das frentes para cavar o fosso entre Tianjin e a capital é o controlo da intensa rede de transportes que liga as duas cidades. Além da proibição de viagens para e de Pequim, as autoridades estabeleceram postos de controlo e canais especiais nas auto-estradas e estações de transportes. Desde domingo, que duas linhas da rede de metropolitano foram encerradas, enquanto no Aeroporto Internacional de Tianjin Binhai foram cancelados 144 voos. Face ao iminente encerramento da cidade, a população acorreu em massa aos mercados e lojas para comprar mantimentos. Em declarações ao Global Times, um cidadão de apelido Liu contou que o supermercado perto de sua casa estava completamente lotado às 7 da manhã de domingo, com uma fila de espera a alongar-se por mais de 200 metros. Os media locais deram conta também de casos de ruptura de stock de legumes e outros alimentos e da suspensão de serviços de entregas de mercearias. Para apaziguar as preocupações da população, o gabinete de comércio de Tianjin emitiu um comunicado a referir que os dois distritos mais afectados pelas restrições vão ser auxiliados com um plano de emergência para assegurar o abastecimento de bens essenciais. Foi também garantido que as reservas de vegetais são suficientes para alimentar a metrópole durante três ou quatro dias, enquanto as reservas de arroz, farinha e óleo podem durar 30 dias. A raiz do mal Imunologistas e responsáveis das autoridades de saúde apontam em uníssono que Tianjin é o epicentro da primeira grande batalha em solo chinês contra a variante ómicron. Apesar de a origem do surto ser desconhecida, as possibilidades são várias. Um imunologista, que não se identificou, ouvido pelo Global Times, afirmou que o surto em Tianjin pode facilmente chegar à centena de casos e que bens importados são uma forte possibilidade quanto à fonte da infecção. Recorde-se que Tianjin é uma cidade portuária com um avolumado tráfego de mercadorias e que passou a ser uma espécie de capital não oficial do Governo Central, em especial para assuntos internacionais. Por exemplo, no ano passado foi cidade anfitriã de várias delegações diplomáticas estrangeiras para reuniões de alto nível, incluindo norte-americanas. Além do papel institucional, a cidade concentra também importantes terminais de petróleo e gás natural, tem uma grande base fabril de construção de aviões da Airbus e centros de armazenamentos de dados de empresas tecnológicas chinesas, como a Tencent. Uma das principais preocupações das autoridades face à provável paralisia da cidade é o facto da CanSino Biologics, fabricante de vacinas contra a covid-19, estar baseada em Tianjin. Os meios de comunicação locais citam fontes da companhia que garantem que a produção e as operações não foram, por enquanto, afectadas pelo surto e que só serão tomadas decisões nesses aspectos quando forem apurados os resultados dos testes de ácido nucleico em toda a cidade. O fabricante de vacinas, que está cotado nas bolsas de valores de Xangai e Hong Kong, não prestou informações quanto à possibilidade de interromper as operações. Independentemente das repercussões empresariais, a grande preocupação é Pequim, a escassas semanas da inauguração dos Jogos Olímpicos de Inverno. O director adjunto do departamento de biologia patogénica da Universidade de Wuhan, Yan Zhanqiu, afirmou que o facto de estarmos no Inverno potencia a disseminação das infecções, mas que a resposta capaz e eficiente pode contornar a situação e limitar os danos do surto. “Faltam apenas três semanas para o Ano Novo Chinês. Se conseguirmos identificar a fonte da infecção e tomar as medidas adequadas, o surto em Tianjin será extinto a tempo”, disse Yang ao Global Times. Capital de risco Os viajantes diários entre Tianjin e Pequim, estimados em cerca de 100.000 em 2020, são encorajados a trabalhar a partir de casa. Qualquer pessoa em Pequim que tenha visitado os distritos de Jinnan e Nankai em Tianjin desde 23 de Dezembro de 2021 será sujeita a quarentena domiciliária e testada. A outras pessoas que tinham viajado para Tianjin desde a data acima mencionada foi pedido que se apresentassem imediatamente aos funcionários da comunidade local, empregadores e hotéis. Os postos de controlo de entrada de Tianjin a Pequim implementaram protocolos de inspecção epidémica reforçados. Muitos veículos e pessoas foram persuadidos a regressar. Alguns residentes que regressaram de Tianjin a Pequim nos últimos dias foram convidados a permanecer em quarentena em casa. Mais 157 casos nas últimas 24 horas A Comissão Nacional de Saúde da China anunciou ontem a detecção de 157 casos positivos de covid-19, nas últimas 24 horas, 97 dos quais por contágio local. Entre os casos locais, 60 foram diagnosticados na província de Henan (centro). O município de Tianjin detetou 21 casos, a província de Shaanxi (centro) 15 e a província de Guangdong (sudeste) um. Entre os 60 casos “importados”, 26 foram detectados no município de Xangai (leste). As autoridades de saúde também informaram sobre a detecção de 42 casos assintomáticos, todos oriundos do estrangeiro, embora Pequim não os contabilize como casos confirmados, a menos que manifestem sintomas. O número total de pacientes activos na China continental é de 3.404, entre os quais 27 encontram-se em estado grave. Desde o início da pandemia, 103.776 pessoas foram infectadas no país e 4.636 morreram.
Hoje Macau China / ÁsiaTianjin vai testar 14 milhões de pessoas após a detecção de dois casos Ómicron A cidade de Tianjin anunciou hoje que irá testar quase 14 milhões de residentes depois de detetar dois casos locais da variante Ómicron, os primeiros de transmissão local no país. As autoridades locais disseram que os dois casos estão ligados, e fazem parte das últimas 20 infeções locais detetadas na cidade, todas no mesmo distrito. Tianjin já tinha sido a primeira cidade chinesa a registar um caso de Ómicron em meados de dezembro, embora nesse caso fosse um “importado”, isto é, vindo do estrangeiro. Os testes em massa começaram hoje às 07:00 horas e espera-se que sejam concluídos em cerca de 24 horas. A cidade, situada a pouco mais de 100 quilómetros de Pequim, confinou 29 áreas residenciais, fechou parcialmente duas linhas de metro e cancelou pelo menos 144 voos no aeroporto de Binhai. O epidemiologista Zhang Wenhong, citado hoje pelo oficial Global Times, rejeitou que a variante ómicron seja considerada menos virulenta do que outras mutações e disse que o mundo só deveria “reabrir” quando for construída uma “forte barreira imunológica” e as taxas de mortalidade de covid-19 forem “muito baixas”. Esta semana, o chefe da equipa nacional de peritos médicos da covid-19, Zhong Nanshan, considerou que o país já tinha atingido a “imunidade de grupo” depois de mais de 83% da população já ter recebido vacinação completa. As autoridades chinesas continuam a seguir uma política de casos zero de covid-9, que tem mantido o país praticamente isolado do mundo exterior durante quase dois anos, mas que lhe tem permitido manter um nível de contágio muito baixo em comparação com outros países, reagindo com testes de massa e contenção a qualquer surto, por muito pequeno que seja. A nação asiática começou 2022 em alerta devido a vários surtos desde meados de outubro do ano passado, que resultaram em mais de 7.000 casos – quase 5.000 dos quais transmitidos localmente – mas nenhuma morte. Este ano será um ano-chave para o país, pois acolhe os Jogos Olímpicos de Inverno a partir de fevereiro em Pequim e, em outubro, um grande congresso político do Partido Comunista da China (CPC), que se realiza apenas de cinco em cinco anos e no qual o seu líder, Xi Jinping, procura um novo mandato.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Pequim culpa Washington por “impasse” nas relações bilaterais A China culpou ontem os Estados Unidos pelo que designou “de impasse” nas relações bilaterais, durante um encontro entre diplomatas dos dois países, na cidade chinesa de Tianjin O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Xie Feng, pediu aos EUA que “mudem a sua mentalidade altamente equivocada e política perigosa”, indicou um comunicado difundido pelo ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. O relacionamento entre a China e os EUA atravessa um impasse porque alguns norte-americanos retratam o país asiático como um “inimigo imaginário”, acrescentou Xie, durante o encontro com a vice-secretária de Estado dos EUA, Wendy Sherman. A diplomata dos EUA está na China para debater o tenso relacionamento entre os dois países, em reuniões separadas, com Xie, que é responsável pelas relações com os EUA, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi. Sherman é a representante governamental norte-americana de mais alto nível a visitar a China desde que o Presidente Joe Biden assumiu o cargo, há seis meses. As relações entre as duas potências deterioraram-se rapidamente nos últimos anos, devido a uma guerra comercial e tecnológica e diferendos em questões de direitos humanos. Este fim-de-semana, Wang Yi acusou os EUA de agirem com uma postura de superioridade e de usarem a força para pressionar outros países. “A China nunca aceitaria que outro país alegasse ser superior aos outros”, disse, numa entrevista ao canal de televisão Phoenix Television. “Se os EUA não aprenderem a tratar os outros países da mesma forma, a China e a comunidade internacional têm a responsabilidade de ajudar os EUA a aprender como fazê-lo”, descreveu. O histórico antes de Roma Funcionários da Administração de Joe Biden disseram que as discussões desta semana não visam questões específicas, mas antes manter abertos canais de comunicação de alto nível. Os EUA querem garantir que existem barreiras de protecção para evitar que a competição entre os dois países resulte em conflito, disseram. Uma reunião entre Biden e o Presidente chinês, Xi Jinping, deve fazer parte da agenda, à margem da cimeira do G-20, em Roma, no final de Outubro. Sherman, que chegou na noite de domingo da Mongólia, apresentou “condolências (em nome dos Estados Unidos) para aqueles que perderam familiares”, durante as fortes tempestades e inundações, que mataram, na semana passada, pelo menos 63 pessoas, na província de Henan, centro da China. A reunião segue um encontro tenso, realizado em Março passado no Alasca, entre Wang, o veterano diplomata chinês Yang Jiechi e o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan. John Kerry, enviado especial do Governo Biden para o clima, esteve também em Xangai, para reuniões com o homólogo chinês, em Abril passado.
Hoje Macau China / ÁsiaParceria chinesa dá oficina tecnológica ao Politécnico de Setúbal [dropcap]O[/dropcap] IPS, Instituto Politécnico de Setúbal, inaugurou uma oficina Lu Ban em Indústria 4.0 no âmbito de uma parceria com uma escola chinesa financiada pelo Governo da província de Tianjin. A nova oficina Lu Ban (nome de um antigo artesão chinês), que vai ser inaugurada durante a visita oficial de dois dias do Presidente da China a Portugal, corresponde a um investimento global de 500 mil euros. Trata-se da única oficina Lu Ban a ser instalada em Portugal e a sexta no mundo, depois da Índia, Reino Unido, Indonésia, Tailândia e Paquistão, os outros cinco países que já têm oficinas Lu Ban. Segundo o presidente do IPS, Pedro Dominguinhos, a oficina Lu Ban vai permitir o desenvolvimento de novas competências, designadamente “nas áreas da automação da robótica e da informática aplicada ao processo produtivo”. De acordo com o responsável do IPS, a oficina Lu Ban da Escola Superior de Tecnologia do IPS deverá também permitir o desenvolvimento de “metodologias de ensino e aprendizagem mais práticas e uma maior ligação à indústria da região, porque os equipamentos em causa também vão ser disponibilizados para projectos conjuntos com as empresas”. Por outro lado, o IPS terá uma colaboração constante do corpo docente da Escola Vocacional de Mecânica e Eletricidade (EVME) de Tianjin, de quem passará a ser parceiro privilegiado. “Estamos a falar da iniciativa da nova Rota da Seda, um programa do governo chinês de ocidentalização da sua economia, que, neste caso, é financiada pela escola chinesa de mecânica e electricidade e pelo governo de Tianjin”, disse Pedro Dominguinhos. De acordo com o responsável do IPS, os novos parceiros chineses avaliaram também os politécnicos de Leiria e Lisboa antes de escolherem o IPS. “A própria oficina Lu Ban prevê a produção de materiais para serem partilhados entre Portugal e a China e também o intercâmbio de docentes e estudantes da China para Portugal e de Portugal para a China”, frisou o presidente do IPS.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Antigo presidente da câmara de Tianjin a 12 anos de prisão [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] antigo presidente da câmara de Tianjin, na costa norte da China, foi condenado na segunda-feira a 12 anos de prisão por aceitar subornos, noticiou a agência oficial chinesa Xinhua. Huang Xingguo, presidente do município entre 2007 e 2016, recebeu subornos num valor superior a 40 milhões de yuan, entre 1994 e o ano passado, de acordo com um tribunal de Shijiazhuang (norte). O antigo presidente da câmara oferecia a promoção e requalificação de terrenos, a troco de dinheiro, que por vezes era entregue através de terceiros, indicou o tribunal. A sentença, que inclui uma multa de três milhões de yuan, é inferior à pena inicialmente pedida pelo procurador. Huang confessou os crimes, “mostrou arrependimento”, ajudou a recuperar os ganhos ilegais e deu informações que ajudaram na investigação de outros arguidos, justificou o tribunal. A investigação a Huang começou em Setembro de 2016, quando foi afastado do cargo. Em Janeiro, foi expulso do Partido Comunista Chinês e o caso entregue às instâncias judiciais. Huang era presidente da câmara de Tianjin quando explosões nas instalações químicas da zona portuária da cidade provocaram pelo menos 173 mortos e cerca de 800 feridos. Após ascender ao poder em 2013, o Presidente chinês, Xi Jinping, lançou a maior campanha anticorrupção de que há memória na China. Mais de um milhão de membros do Partido Comunista Chinês foram, entretanto, punidos, entre os quais mais de uma centena de quadros dirigentes, alguns dos quais ministros.
Hoje Macau China / ÁsiaTianjin | Presidente da Câmara assume responsabilidades sobre explosão [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] presidente da câmara da cidade chinesa de Tianjin, Huang Xingguo, assumiu na quarta-feira a responsabilidade pelas explosões ocorridas no terminal de contentores há uma semana, informou a agência oficial Xinhua. “Como chefe do governo municipal e do Partido [Comunista] em Tianjin, tenho uma responsabilidade inquestionável”, disse Huang. As explosões, cuja causa ainda não foi revelada, aconteceram num armazém da companhia Ruihai International Logistics, pouco antes da meia-noite do passado dia 12 de Agosto, e causaram pelo menos 114 mortos, mais de 700 feridos e 65 desaparecidos, números que oscilam diariamente. Entre os desaparecidos estão vários bombeiros, bem como entre os mortos, a quem Huang chamou “heróis”. O presidente da Câmara instou a que se aplique “tolerância zero” à empresa e às pessoas responsáveis pelo ocorrido “sem se ter em conta quem são e que contactos têm”. Vários dirigentes de nível médio do porto estão a ser investigados e o organismo anti-corrupção do Partido Comunista abriu inquéritos sobre Yang Dongliang, responsável pela Segurança Laboral do país, e Xiong Yuehui, um alto cargo do Ministério de Protecção do Meio Ambiente. Xiong Yuehui foi vice-presidente da Câmara de Tianjin, sob as ordens do actual vice-primeiro-ministro chinês, Zhang Gaoli, um dos sete membros do Comité Permanente do Partido Comunista. As investigações a Yang e Xiong não foram oficialmente ligados às explosões. Economia a salvo Huang sublinhou que são necessários “mais cálculos” para avaliar os danos causados pelas explosões, mas garantiu que não vão afectar os pilares da economia de Tianjin cujo porto é o mais importante do norte da China. “Nas áreas afectadas só há 176 empresas e a maioria delas não realizava negócios de importação e exportação”, acrescentou. A agência de ‘rating’ Fitch Ratings estimou há dos dias um possível custo entre “1.000 e 1.500 milhões de dólares” para as seguradoras, e considerou que a tragédia pode tornar-se “uma das indemnizações por catástrofe mais dispendiosas” para o sector na China, nos últimos anos.
Hoje Macau China / ÁsiaExplosões em Tianjin afectam economia [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s explosões em Tianjin, na China, já causaram prejuízos de quase mil milhões de euros, impediram grandes multinacionais de acederem às suas instalações e podem gerar um impacto económico com duração de vários meses. O desastre matou pelo menos 114 pessoas e gerou receio de contaminação do ar e da água da cidade com poluentes tóxicos, apesar de as autoridades insistirem que são seguros. As explosões destruíram também a zona do porto de Tianjin, uma plataforma chave da segunda economia mundial e maior comercializadora de bens. Uma das imagens mais marcantes do desastre é a de inúmeros carros importados completamente carbonizados, com estimativas de que cerca de 10.000 veículos ficaram destruídos. Mais de 150 empresas listadas na Fortune 500 – a revista norte-americana que apresenta as maiores empresas do mundo – operam em Tianjin, e o seu porto é um dos dez mais movimentados do mundo. A cidade conta com uma população de 15 milhões de pessoas, o dobro de Londres, e uma economia do tamanho da República Checa. “A actividade económica em Tianjin ainda não voltou ao normal, vários dias depois das explosões devastadoras”, indicou a consultora Capital Economics, numa nota aos clientes. “Apesar de a maioria do porto continuar a operar, os danos aos armazéns e instalações de fábricas foram severos”, acrescentou, alertando que “as perturbações devem estender-se às cadeias de abastecimento”.
Hoje Macau China / ÁsiaTianjin | Armazém tinha 3.000 toneladas de produtos perigosos [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Ministério de Segurança Pública da China confirmou ontem que o armazém no porto da cidade de Tianjin, onde na passada quarta-feira se deram enormes explosões, continha pelo menos 3.000 toneladas de cerca de 40 produtos químicos perigosos. Em declarações reproduzidas ontem pela emissora pública CCTV, o subdirector do departamento de bombeiros do Ministério de Segurança Pública, Niu Yueguang, explicou que, dado que o armazém ficou destruído, ainda não foi possível averiguar as quantidades exactas que continha. Entre estas 3.000 toneladas, 800 eram de nitrato de amónio, 700 de cianeto de sódio e outras 500 de nitrato de potássio, detalhou Niu. Em conferência de imprensa ontem, o chefe do grupo de emergência do gabinete de protecção do meio ambiente de Tianjin, Bao Jingling, disse que os restos de cianeto “podem” ter chegado aos edifícios residenciais próximos do porto, onde se deram as explosões. Bao anunciou que vão ser enviados especialistas para limpar a zona e alertou para a toxicidade destes resíduos. O funcionário explicou também que os pontos de controlo da qualidade do ar não detectaram nenhum novo poluente desde segunda-feira e que os que existem se encontram dentro dos níveis considerados “seguros”. Água suja As chuvas que se registaram em Tianjin nas últimas horas acentuaram a preocupação em relação a uma possível contaminação da zona, perante a possibilidade de a água da chuva provocar uma reacção química com o cianeto que se encontra na zona onde se deram as explosões, ou que este se disperse. Bao assinalou que as equipas de limpeza vão reforçar o isolamento da zona do porto e que vão tratar a água da chuva com produtos químicos para neutralizar as reacções. As autoridades municipais disseram ainda que estão a estabelecer diferentes categorias entre os afectados para, assim, os poderem compensar de acordo com os danos que sofreram, “o mais rápido possível”. Na passada quarta-feira à noite uma enorme explosão em contentores de armazenamento de químicos, incluindo cianeto de sódio, abalou a cidade, causando, até agora 114 mortos, 70 desaparecidos e 700 feridos. Partes da cidade foram evacuadas devido a receios de propagação de químicos. O Tribunal Supremo Chinês já anunciou uma investigação para apurar possíveis negligências por parte da empresa detentora dos contentores. Ainda não se sabe o que causou as explosões mas a hipótese mais forte é que se deveram ao contacto dos produtos químicos com a água usada pelos bombeiros para apagar um incêndio que havia deflagrado previamente.
Hoje Macau China / ÁsiaExplosões | Cerca de 50 ‘sites’ sobre Tianjin censurados [dropcap style=’cirle’]C[/dropcap]inquenta páginas da Internet que continham críticas às operações de socorro e à investigação das explosões ocorridas na quarta-feira no porto de Tianjin, no norte da China, foram encerradas ou suspensas temporariamente pelas autoridades. Um comunicado da Administração do Ciberespaço da China, divulgado ontem pela agência oficial Xinhua, refere que os ‘sites’ “criam pânico publicando informação sem verificá-la ou permitindo aos seus utilizadores divulgar rumores infundados”. Entre os rumores, aponta a administração, estão informações de que “as explosões causaram pelo menos 1.000 mortos” e de que “os supermercados em Tianjin foram saqueados”, além de comentários a defender uma mudança do governo no município. O organismo considera que estas publicações “causam influências negativas”, pelo que revogou em permanência as licenças de 18 ‘sites’ e suspendeu temporariamente outros 32, não especificados. A medida soma-se à censura, anunciada já no sábado, de 360 contas em redes sociais. A Administração do Ciberespaço promete uma postura de “tolerância zero em relação à divulgação de rumores depois de grandes desastres”. Cianeto à solta Desde a tragédia, centenas de utilizadores do Weibo (o Twitter chinês) pediram “a verdade da explosão”, um dos ‘hashtags’ utilizados mais vezes na rede na sexta-feira, e criticaram a censura a órgãos de comunicação locais. Familiares dos bombeiros desaparecidos (85, segundo o balanço mais recente) têm criticado na cidade portuária a falta de assistência e de informação por parte das autoridades. O balanço ontem divulgado indica que 112 pessoas morreram e 95 continuam desaparecidas, havendo 88 cadáveres não identificados. As explosões causaram mais de 700 feridos. Um alto quadro militar afirmou ontem que centenas de toneladas de cianeto, químico altamente perigoso, estavam a ser armazenadas no armazém devastado pelas explosões de quarta-feira e onde já voltaram a ocorrer novas explosões e incêndios. “O volume é de algumas centenas de toneladas, de acordo com estimativas preliminares”, afirmou o general Shi Luze, em conferência de imprensa, referindo que o cianeto foi identificado em duas localizações da zona. A informação dada pelo general Shi Luze é a primeira confirmação oficial da presença dos químicos no armazém. No sábado, especialistas que colaboram na investigação consideraram ser “possível” que os contentores armazenassem cianeto de sódio, entre outros produtos químicos, como nitrato de amónio, nitrato de potássio e carboneto de cálcio. O desastre gerou receios de contaminação tóxica, pelo que foram retirados residentes da zona. Maior porto do norte da China, situado a 150 quilómetros de Pequim, Tianjin é a sede de um município com cerca de 15 milhões de habitantes.