Grande Prémio | Tiago Monteiro frustrado com a “lotaria de Macau”, parte em 14.º na primeira corrida

[dropcap]T[/dropcap]iago Monteiro parte este sábado da 14.º posição para a primeira corrida do Grande Prémio de Macau e no domingo da 26.º, que deixou o piloto português com “uma frustração muito grande”, como reconheceu à Lusa.

“É uma frustração muito grande, o tempo que fiz não é um tempo de competição é um tempo de aquecer pneus”, lamentou Tiago Monteiro no final da qualificação para a Corrida da Guia da Taça do Mundo de Carros de Turismo de domingo, na qual o britânico Rob Huff foi o mais rápido, com o tempo de 2.29,019 minutos.

Tiago Monteiro fez 2.29,919 minutos na qualificação para a corrida de sábado, enquanto na qualificação para as corridas de domingo, o piloto português fez a sua melhor volta em 2.32,183.

“Infelizmente, temos vindo a falar da lotaria de Macau, dos acidentes que há em Macau, muitas vezes aproveitei isso, mas desta vez apanhei com tudo em cima e cada vez que ia à pista havia um acidente”, disse, referindo-se ao icónico traçado citadino de 6,12 quilómetros, considerado uma das provas mais perigosas do mundo.

Pelo facto de ser “uma lotaria”, Tiago Monteiro reforçou que “tudo pode acontecer em Macau”: “Mas não estou com grande esperança”, admitiu.

Já em relação à corrida que se disputa no sábado, para a qual o piloto português arranca do 14.º lugar da grelha de partida, o objetivo passa por ficar entre os dez primeiros. “Amanhã [Sábado] estou em 14.º e gostava de entrar no ‘top 10’”, afirmou.

O 66.º Grande Prémio de Macau decorre até domingo e, para além, de Monteiro, o primeiro português a vencer a Corrida da Guia da Taça do Mundo de Carros de Turismo, em 2016, participa ainda o português André Pires, no 53.º Grande Prémio de Macau de motos, depois de em 2018 ter ficado em 19.º lugar.

15 Nov 2019

Distracção rouba pódio a Tiago Monteiro na corrida japonesa do WTCR

[dropcap]U[/dropcap]ma distracção de Tiago Monteiro (Honda) roubou ao piloto português a possibilidade de subir ao pódio pela segunda vez este fim de semana na ronda japonesa da Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR).

Depois de ter sido terceiro na primeira das três corridas do fim de semana, no sábado, o piloto português terminou na sexta posição a segunda, este domingo, ganha pelo húngaro Norbert Michelisz (Hyundai).

Na terceira e última corrida do fim de semana, o português largou da segunda posição da grelha e rapidamente ultrapassou o sueco Johan Kristoffersson (VW). No entanto, o antigo campeão de ralicrosse ultrapassou Monteiro logo na segunda curva, com uma manobra mais agressiva.

“Ainda lhe toquei na porta, mas foi apenas uma pancadinha de amor”, brincou o sueco, no final.
Tiago Monteiro rodou quase toda a prova na segunda posição, mas viria a deixar passar o argentino Esteban Guerrieri (Honda), que luta pelo título. Na última volta da corrida, o japonês Tomita Ryuichiro, piloto convidado para esta prova, despistou-se e obrigou à entrada do ‘safety car’.

Os pilotos seguiram a baixa velocidade, o que levou a uma distração do piloto português da Honda, que seguiu em direção às boxes. Quando se apercebeu que a corrida ainda não tinha terminado, reentrou em pista, mas já atrás do italiano Kevin Ceccon (Alfa Romeo).
Monteiro cruzou a meta a 10,394 segundos de Kristoffersson.

“Foi um erro de comunicação”, explicou o piloto portuense. “Pensei que era a última volta, mas, de facto, temos de a concluir. Estava a falar com a equipa pela rádio, distraí-me e dirigi-me para as boxes. Regressei imediatamente à pista, mas o Kevin passou-me. Foi estranho porque ainda estamos com o ‘safety car’, mas os comissários decidiram assim. Foi um golpe duro de digerir.

Fiquei muito confuso com as decisões tomadas este fim de semana [pelos comissários]”, explicou o português. Tiago Monteiro somou, ainda assim, 48 pontos ao longo de todo o fim de semana (nove nas qualificações, 39 no somatório das três corridas), ascendendo à 16.ª posição, com 106 pontos.

O português está a 162 do líder, Esteban Guerrieri que, com o segundo lugar, recuperou a liderança do campeonato. A próxima ronda do campeonato, penúltima das dez provas, disputa-se no circuito da Guia, em Macau, de 14 a 17 de Novembro.

28 Out 2019

Tiago Monteiro ovacionado no regresso ao WTCR, ambiciona lutar pelo título

[dropcap]O[/dropcap] português Tiago Monteiro recebeu ontem a maior ovação da noite, na cerimónia de apresentação da Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR), durante a qual foram apresentadas as três principais novidades do campeonato.

Tiago Monteiro, que este ano vai defender as cores da equipa KCMG com um Honda Civic, está de volta ao campeonato ano e meio após um grave acidente sofrido precisamente em Barcelona, numa sessão de testes, em Setembro de 2017.

“Não esperava. Senti um calor muito grande dentro do peito. É por este sentimento de família que quis regressar à competição. Havia algumas pessoas que não acreditavam que seria possível, mas muitos destes que aqui estavam nunca duvidaram”, declarou à agência Lusa o piloto portuense, ovacionado de pé no momento em que subiu ao palco.

Tiago Monteiro disse acreditar poder “lutar pelo título” em 2019, apesar de saber que “será difícil”, pois “a concorrência é grande”.

O WTCR, que arranca no dia 7 de Abril em Marrocos, terá este ano uma nova corrida, no circuito de Sepang, na Malásia, nos dias 14 e 15 de Dezembro, que servirá de encerramento.

“O título deixa de ser discutido na lotaria que é o circuito de Macau”, explicou o director da competição, François Ribeiro.

Pela primeira vez haverá também uma corrida nocturna, precisamente no traçado malaio, uma vez que o fim de semana será repartido com uma prova do Campeonato do Mundo de resistência em motas. “Será um desafio muito grande, mas era preciso arriscar e trazer novidades”, apontou Ribeiro, que conduziu a cerimónia no Centro de Memória de Barcelona.

Outra alteração prende-se com o sistema de pontuação, que foi alargado a mais cinco pilotos. Se até 2018 apenas pontuavam os 10 primeiros de cada corrida, agora pontuam os 15 melhores.

Haverá ainda cinco pontos suplementares a distribuir pelas duas sessões de qualificação, a de sábado e a de domingo. A pontuação foi, também, uniformizada em todas as provas, deixando de haver circuitos que valiam mais do que outros.

Além de Tiago Monteiro, regressam ainda o francês Yvan Muller, antigo campeão, bem como o britânico Andy Priaulx ou o brasileiro Augusto Farfus (ex-campeão mundial de GT). O sueco Johan Kristoffersson, bicampeão mundial de ralicrosse, também se juntou à grelha do WTCR, que reúne sete campeões mundiais da Federação Internacional do Automóvel (FIA).

Pela primeira vez, haverá ainda um construtor chinês, o Lynk & Co, com quatro carros.
Ao todo, serão 26 os pilotos titulares com 15 marcas diferentes, aos quais se juntarão até um máximo de seis ‘wild cards’ (convidados).

Portugal acolhe a sexta jornada, de 5 a 7 de Julho, em Vila Real, tendo a possibilidade de juntar a Tiago Monteiro mais dois pilotos locais. Bruno Correia continua a ser o ‘dono’ do ‘safety car’ (carro de segurança) na maioria das provas, à excepção de duas, em que será substituído por outro português, Pedro Couceiro.

Aos 57 anos, Gabriele Tarquini é o mais velho campeão em título e este ano procura “renovar o objectivo”. Os pilotos iniciam esta quinta-feira uma jornada de dois dias de testes no circuito de Barcelona, a última antes do início da competição.

28 Mar 2019

Piloto Tiago Monteiro “a recuperar bem” e confiante no regresso à competição em Macau

[dropcap]O[/dropcap] piloto Tiago Monteiro afirmou ontem em Macau estar “a recuperar bem” e mostrou-se confiante em regressar para o ano à “pista especial” onde foi o primeiro português a vencer a Corrida da Guia, em 2016.

“Tivemos momentos complicados nestes catorze meses, mas felizmente as coisas estão a correr bem”, disse o piloto da Honda Civic, que esteve 14 meses parado na sequência de um acidente em Barcelona.

À conversa com os jornalistas, desta vez do lado de fora da competição do Grande Prémio de Macau, Tiago Monteiro lamentou não estar a competir, mas admitiu que tem aprendido muito na condição de espectador.

“É um bocado frustrante estar em Macau e não correr”, no entanto, estar a acompanhar a equipa também é “interessante” porque se “aprende muito de fora”.

Quanto à pista onde já perdeu a conta às vezes em que competiu e na qual já se sagrou campeão, o piloto de 42 anos lembrou as adversidades da pista citadina, considerada uma das mais perigosas do mundo.

“É uma pista citadina muito diferente das outras e muito específica, um alcatrão bastante escorregadio (…) muito irregular, curvas muito cegas”, sublinhou.

Ao volante de um Honda Civic, o português regressou à competição na penúltima ronda em Suzuka, no Japão, 415 dias depois do acidente em Barcelona.

No entanto, Macau já estava fora da equação há muito tempo por indicação médica, de forma a evitar um embate que pudesse colocar em causa a recuperação. “Correr riscos era desnecessário”, sublinhou.

Questionado sobre as hipóteses de um piloto português regressar à Fórmula 1, o piloto, que em 2005 obteve a melhor classificação de um português na Fórmula 1 com um terceiro lugar nos Estados Unidos, mostrou-se pouco confiante.

Apesar de haver “bons pilotos portugueses”, é muito difícil entrar na modalidade mais importante do automobilismo porque é “cada vez mais caro chegar lá”.

18 Nov 2018

WTCR | Tiago Monteiro ficou a uma posição de pontuar no Japão

[dropcap]T[/dropcap]iago Monteiro terminou no domingo a terceira corrida do fim de semana no Japão da Taça do Mundo de Carros de Turismo, a WTCR, na 11.ª posição ficando a um lugar de pontuar no regresso à competição após mais de um ano de ausência.

O piloto português, que tinha sido 15.º na primeira corrida da prova japonesa, no sábado, voltou a repetir o mesmo resultado na segunda, ganha pelo britânico Rob Huff (VW). Já na derradeira corrida do fim de semana, Tiago Monteiro mostrou-se mais à vontade aos comandos do Honda Civic e subiu de 15.º ao 11.º lugar final neste regresso após 415 dias de ausência da competição devido a um acidente sofrido em Setembro do ano passado, numa sessão de testes em Barcelona.

O italiano Gabriele Tarquini (Hyundai) aproveitou uma penalização de cinco segundos atribuída ao compatriota Kevin Ceccon (Alfa Romeo) para vencer e assumir a liderança isolada do campeonato, com 291, mais 40 do que Yvan Muller (Hyundai), quando falta disputar apenas a décima e última prova, em Macau.

A conselho médico, Tiago Monteiro, que terminou a 23,259 segundos do italiano, não vai marcar presença na prova de encerramento da temporada, para evitar qualquer embate que possa provocar um retrocesso na recuperação das lesões sofridas no acidente do ano passado. O piloto, de 42 anos, vai falhar assim, pelo segundo ano consecutivo, a participação no Grande Prémio de Macau, que tem lugar no fim de semana de 17 e 18 de Novembro, depois de ter vencido a corrida da Guia em 2016.

29 Out 2018

Automobilismo | Tiago Monteiro falha regresso ao GP Macau

O piloto português deixa uma vaga em aberto na Honda da equipa Boutsen Ginion Racing que poderá ser ocupada por André Couto. Contudo, o piloto não confirma a notícia, nem a eventual participação na Guia

[dropcap]O[/dropcap] português Tiago Monteiro vai falhar pelo segundo ano consecutivo a participação no Grande Prémio de Macau, depois de ter vencido a corrida da Guia em 2016. A confirmação foi avançada ontem pelo piloto através de um comunicado de imprensa, e está relacionada com o acidente sofrido durante uma sessão de testes, em Setembro do ano passado.

“De acordo com os seus médicos, [Tiago Monteiro] não alinhará na ronda de Macau. Mas estará presente mais uma vez como embaixador da marca nipónica”, pode ler-se numa nota de imprensa em que é revelado o regresso à competição do último português a alinhar na Fórmula 1.

Com esta confirmação, a equipa Boutsen Ginion Racing fica com uma vaga em aberto num dos dois Honda Civic Type R TCR que vão participar na prova da Taça Mundial de Carros de Turismo (WTCR). Além do holandês Tom Coronel, a outra viatura da equipa poderá ser ocupada por André Couto ou pelo chinês Ma Qing Hua. Contactado pelo HM, o piloto de Macau não quis alongar-se sobre a situação: “Estou a trabalhar na minha participação em Macau”, limitou-se a responder o vencedor do Grande Prémio de Macau de 2000, em Fórmula 3.

A favor de Ma Qing Hua está o facto de já ter representado este ano a Boutsen Ginion Racing nas ruas rondas do Interior da China, nomeadamente nos circuitos de Ningbo e Wuhan.

A lista de inscritos para o Grande Prémio vai ser apresentada esta tarde em conferência de imprensa, e a prova está agendada para o fim-de-semana de 15 a 18 de Novembro.

Regresso no Japão

Tiago Monteiro não vai estar em Macau, contudo, nem tudo são más notícias para o português de 42 anos. O piloto da Honda vai regressar à competição entre 27 e 28 de Outubro no circuito de Suzuka, no Japão, o mesmo que marcou a sua estreia pela Honda, em 2012.

“Não há palavras para descrever a sensação de estar de volta. Houve alturas em que tudo pareceu mais complicado, mas nunca perdi a esperança nem o foco. Ter estado ao longo de todo o ano nas provas em que devia estar a correr e não o fazer, dilacerou-me, mas também me deu ainda mais força e motivação, por isso tenho a certeza que todos os meus sentimentos vão estar à flor da pele em Suzuka”, afirmou Tiago Monteiro.

“Este será um regresso cauteloso e sem objectivos desportivos. Quero sobretudo divertir-me e sentir-me confortável com o meu andamento para depois poder regressar em 2019 a tempo inteiro”, acrescentou.
Tiago Monteiro sofreu um acidente durante um treino, em Setembro do ano passado, em Barcelona, e ficou afastado da competição durante um ano e um mês.

18 Out 2018

Tiago Monteiro espera participar em provas do WTCR

O piloto português Tiago Monteiro disse, em conferência de imprensa, no fim-de-semana da prova de Vila Real da Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR), que almeja regressar à competição antes do final da presente temporada.

 

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] piloto português, de 41 anos, sofreu um violento acidente em Setembro de 2017, numa sessão de testes privados da Honda, em Barcelona, não tendo regressado ao volante em competição desde então. Contudo, Monteiro tinha esperanças reais de regressar à competição no circuito urbano de Vila Real no passado fim-de-semana, porque a evolução da sua saúde nos últimos meses tem sido muito positiva.

“A nível da visão estou quase 100 por cento recuperado, as cervicais e o ombro também, mas o traumatismo craniano foi muito forte e teve consequências maiores do que se pensava inicialmente”, referiu o portuense aos jornalistas. O piloto afirmou que a equipa médica que o tem acompanhado, tanto em Portugal, como em Miami, analisou todos os exames e concluiu que ainda era cedo para o regresso ao volante. “O impacto foi muito violento e deixa sempre sequelas. Apesar de estar a recuperar, era perigoso voltar a arriscar o impacto em menos de 12 meses após o acidente”, sublinhou.

Confiante, o ex-piloto de Fórmula 1 afirmou que se sente “completamente pronto e em plena forma” e adiantou que já teve autorização médica para fazer testes em pistas e que estes, “foram positivos”, salientando ainda que sentiu “uma adrenalina incrível” e que não teve “qualquer apreensão”.

O primeiro e único piloto português a triunfar no Circuito da Guia frisou a sua vontade de regressar à competição em algumas das provas finais do WTCR 2018. “A minha concentração e os meus objectivos estão no final da temporada. Agora, o meu objectivo é fazer algumas corridas no final da época para melhor preparar o próximo ano”, disse o piloto que não esconde a vontade de regressar ao circuito citadino da RAEM, lugar de boas memórias.

Enquanto não retorna ao activo no campeonato promovido pela Eurosport Events, Monteiro vai sendo substituído pelo jovem belga Benjamin Lessennes ao volante do Honda Civic da Boutsen Ginion Racing. A temporada inaugural do WTCR é composta por dez provas, sendo que as quatro últimas jornadas são disputadas no continente asiático; duas na China Continental (Ningbo e Wuhan), uma no Japão (Suzuka) e o Grande Prémio de Macau. 

Dois de Macau

Apesar de não ter pilotos a tempo inteiro na temporada 2018 do WTCR, existe a possibilidade de Macau ter dois pilotos na prova de encerramento da época. A organização do campeonato irá atribuir dois “wildcards” a pilotos locais que participem em provas de carros de Turismo e, segundo o que o HM apurou, há vários candidatos entre os pilotos do território. A introdução este ano do conceito TCR no “Mundial de Turismos” diminuiu os custos por prova, tornando agora a categoria rainha das corridas de Turismos muito mais apetecível aos pilotos privados em comparação com do defunto WTCC.

25 Jun 2018

GP Macau | Apenas um piloto de Portugal ao volante

[dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]oi confirmado na noite de quinta-feira que Tiago Monteiro não irá participar na prova do Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) na 64ª edição do Grande Prémio de Macau. A ausência do piloto portuense significa que o contingente da “metrópole” será o mais pequeno das últimas três décadas.

O piloto português de 41 anos continua ainda em recuperação após o violento acidente sofrido numa sessão de testes privada em Barcelona, no início de Setembro, que lhe afectou a visão e outras funções cognitivas. Monteiro liderava o mundial até à altura do acidente que lhe custou também a participação nas provas de Motegi (Japão) e Ningbo (China).

Depois de ter triunfado na Corrida da Guia o ano passado, tendo sido o primeiro piloto português a conseguir tal feito, Monteiro não poderá defender o título e muito provavelmente ficará arredado da luta pelo ceptro do campeonato. No entanto, nesta fase, o mais importante para o piloto oficial da Honda é mesmo recuperar todas as suas capacidades físicas.

“Não escondo a desilusão de não poder continuar a lutar pelo título no WTCC em Macau. O Circuito da Guia é um dos mais desafiantes e das pistas que mais gosto. Sinto-me preparado para voltar e encontro-me fisicamente capaz, no entanto, o risco de um segundo impacto poderia ser desastroso para o meu corpo, pelo que é necessário esperar um pouco mais”, explicou o piloto português, em comunicado de imprensa.

Tal como na prova da China, o argentino Esteban Guerrieri irá novamente substituir Monteiro no terceiro Honda Civic TC1 de fábrica.

Desde os anos 80

Com a confirmação da ausência de Monteiro, a lista de pilotos portugueses presentes na edição deste ano do evento desportivo de referência da RAEM cai para apenas um representante, André Pires, no Grande Prémio de Motos. Já há mais de trinta anos que a presença de pilotos portugueses não residentes em Macau era tão pequena. Apesar do Grande Prémio de Macau ter gozado sempre uma projecção aceitável em Portugal, até porque o evento tinha a colaboração da Secção de Macau do Automóvel Club de Portugal, só em meados de 1980 é que começaram a aparecer pilotos profissionais do país, tanto nas motas, como nos automóveis, uma comparência que tem sido contínua até aos dias de hoje.

O primeiro piloto profissional de Portugal a competir no Circuito da Guia foi o lisboeta Joaquim Filipe Nogueira que participou na corrida principal do Grande Prémio em 1966, tendo liderado e desistido à segunda volta com um Lotus 22 emprestado por Teddy Yip, visto que o seu Brabham F3-4 ficou preso na alfândega de São Francisco (Califórnia) quando fazia escala para Hong Kong.

10 Nov 2017

WTCC no Japão | Tiago Monteiro cai para quarto lugar

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] húngaro Norbert Michelisz (Honda) e britânico Tom Chilton (Citröen) venceram este domingo as corridas japonesas do campeonato do mundo de carros de turismo (WTCC), no qual o português Tiago Monteiro (Honda), ausente por lesão, caiu para quarto.

No circuito de Motegi, Chilton venceu a primeira manga e Michelisz a corrida principal, enquanto o sueco Thed Bjork (Volvo), quarto e quinto, respectivamente, reforçou a liderança do campeonato, com 228,5 pontos.

Após oito das 10 provas do Mundial de WTCC, Tiago Monteiro, que falhou as últimas duas por estar a recuperar de um violento acidente ocorrido em 7 de Setembro, numa sessão de testes da Honda, em Barcelona, caiu para o quarto lugar, a 28,5 pontos do líder.

Michelisz subiu ao segundo lugar, com 212, mesmo depois de terem sido subtraídos os pontos conquistados na China pela Honda, devido a irregularidades nos injectores, e o holandês Nicky Catsburg (Volvo) ao terceiro, com 209,5

O Mundial de WTCC prossegue em Macau, entre 17 e 19 de Novembro, e termina no Qatar, entre 30 de Novembro e 1 de Dezembro.

31 Out 2017

Tiago Monteiro: “Tinha um ajuste de contas com Macau”

Tiago Monteiro era o homem mais feliz no paddock da Corrida da Guia. O piloto portuense de 40 anos venceu uma corrida que há anos sonhava em ganhar

[dropcap]Q[/dropcap]ual é o sentimento de seres o primeiro português a vencer a Corrida da Guia?
Muito feliz. Um alívio grande, pois esta corrida é muito difícil e muito tensa e por isso é que gostamos muito dela. Uma pessoa sabe que acorda todos os dias com uma sensação muito estranha. Hoje de manhã acordei um bocado nervoso. Não tinha muito a perder e não era o meu campeonato mas queremos sempre tentar tudo por tudo. Uma pessoa sabe que arrisca muito aqui e acho que isso tudo, no seu conjunto, faz com que seja uma corrida muito especial.

guia2016-1E como correram as duas corridas?
Saí na terceira posição e sabia que tinha de ter um bom arranque , e a primeira corrida também foi boa, apesar de ter sido o que foi. Não foi propriamente uma corrida, com tantas bandeiras vermelhas. A segunda corrida tive um excelente arranque e toda a gente sabe que isso é a chave e também é uma das minhas especialidades no WTCC. Correu bem aqui, apesar de não conhecer bem este carro e ainda assim safei-me bem. A partir do momento que se está na liderança. Uma pessoa nunca sabe o que é que vai acontecer, há muitas bandeiras amarelas e muitas vermelhas e é melhor está na frente do que estar a ter que recuperar. A partir daí era tentar manter o máximo possível. A corrida estava muito rápida, e não sabia bem se tinha capacidade de aguentar ou não. Tentei não cometer erros, não sabia se faltavam três ou quatro voltas, já sabia que iam ser menos do que o previsto. Enfim, foi um grande alívio.

Soube a vingança?
Há dois anos foi uma grande tristeza a três curvas do fim ter a direcção completamente bloqueada e por isso acho que agora foi uma pequena vingança. Tinha ainda um ajuste de contas com Macau. Foi fantástico! A vitória do António Félix da Costa na corrida de ontem também me deixou muito contente. Somos muito próximos e estou muito orgulhosa e agora ainda estou mais motivado para lhe dar força na partida.

Com tanto percalço na corrida, tiveste algum cuidado em especial?
Estava com medo que até a cancelassem. Seria uma grande frustração , mas poderia acontecer. Estava preocupado, por exemplo, com a temperatura dos pneus, que isto de aumentar e baixar a temperatura não resulta muito bem e não sabia bem como iriam funcionar. Tinha muitas preocupações. Foi uma corrida muito tensa, mas sabe melhor ainda.

21 Nov 2016

Corrida da Guia Macau 2.0: Um título em disputa e Monteiro à espreita

[dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] o segundo e último ano da Corrida da Guia com os TCR. No ano passado tivemos duas corridas que foram inesquecíveis, com acidentes q.b. e a discussão do título do TCR International Series até praticamente à bandeira de xadrez. Este ano voltamos a ter a luta pelo título do TCR ao rubro, com quatro pilotos ainda habilitados a serem campeões.

O inglês James Nash, em SEAT, tem 17 pontos de vantagem sobre o ainda campeão em título Stefano Comini, em Volkswagen. No terceiro lugar, mas com mais 16 pontos de atraso, está o espanhol Pepe Oriola, companheiro de equipa de Nash na já campeã de equipas, a Craft-Bamboo Racing. A 39 pontos do líder está o francês Jean-Karl Vernay, no outro Volkswagen da Leopard Racing, o que quer dizer que Oriola e Vernay irão ter como missão primordial ajudar os seus companheiros de equipa, maia do que tentarem correr por um ceptro já muito difícil de conquistar.

No ano passado, Rob Huff provou que o Honda Civic é o carro a bater no Circuito da Guia. Gianni Morbidelli teve uma temporada de azares; caso contrário, hoje poderia estar a lutar pelo título. E ao lado do italiano vai estar o português Tiago Monteiro. “Macau é a minha pista favorita e quero cá voltar”, disse ao HM o portuense no final de 2014, quando o WTCC se despedia da RAEM. Monteiro cumpriu a promessa.

“O carro é fácil de conduzir e muito divertido, tal como muito competitivo. Portanto, foi uma honra e um enorme prazer quando fui convidado para me juntar ao TCR International Series aqui em Macau”. O piloto chega a Macau sem compromissos e qualquer pressão em termos de campeonato. “Sei que o nível do TCR International Series é bastante alto. Conheço a maior parte dos pilotos da frente, pelo que estou ciente que a tarefa que tenho pela frente será dura. Se conseguir ficar nos lugares da frente, ficarei contente, pois é esse o meu objectivo. Mas também sei que há um título em disputa e não quero interferir”, realça o ex-piloto de F1 que tem contra ele o facto de não conhecer tão bem o Honda Civic TCR como conhece o Civic WTCC que usa durante o ano no mundial da especialidade.

Monteiro detém o melhor resultado de sempre de um piloto português na Corrida da Guia, ao ter terminado na segunda posição na primeira corrida do WTCC em 2013, resultado que obviamente gostaria de superar. Se o conseguir, o piloto de 40 anos, que sempre se deu bem com os ares de Macau, tornar-se-á o primeiro piloto português a vencer esta corrida depois de, em 1993, Ni Amorim ter estado perto desse triunfo, se os pneus do BMW M3 que conduzia não tivessem sido cortados numa aparente manobra de sabotagem.

Michael Ho, em Honda, Kevin Tse, em Volkswagen, e o estreante Lou Hon Kei, em SEAT, serão os pilotos de Macau nesta corrida, sendo que apenas poderão ambicionar resultados na segunda parte do pelotão e marcar pontos para o TCR Asia Series.

Uma última nota para a presença controversa de seis carros provenientes do Campeonato Chinês de Carros de Turismo (CTCC) cujo verdadeiro andamento comparando com os 30 carros do TCR é uma incógnita a ser descoberta hoje às 11h25.

TCR International Series – Campeonato:

1. James Nash – 262 pt.

2. Stefano Comini – 245 pt.

3. Pepe Oriola – 229 pt.

4. Jean-Karl Vernay -223 pt.

5. Mat’o Homola -175 pt.

6. Gianni Morbidelli – 174 pt

17 Nov 2016

Tiago Monteiro falou do regresso à Guia

[dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]iago Monteiro será o único representante português na edição deste ano da Corrida da Guia do Grande Prémio de Macau. O ex-piloto de Fórmula 1 falou pela primeira vez sobre o desafio que irá ter pela frente nas ruas da RAEM, onde irá tripular um Honda Civic TCR nº81 da equipa sueca WestCoast Racing.

Monteiro voltou a reafirmar que Macau é “um dos locais favoritos” para correr e que sempre teve “gosto em correr de Fórmula 3  e carros de turismo”.  Após ter competido primeiro de Fórmula 3 no Circuito da Guia, na altura como vice-campeão francês da especialidade, o portuense foi presença regular neste evento quando o Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) visitava Macau. Aliás, é uma má memória na última participação no território que dá uma motivação extra ao actual piloto oficial da Honda.

“Tenho uma questão pendente,  já que da última vez que lá estive (em Macau) estava a liderar a corrida a três curvas do fim, quando um problema mecânico me obrigou a abandonar. De certeza que quero algum tipo de vingança”, admite o piloto de 40 anos que é o actual terceiro classificado no WTCC.

Tal como em 2015, este ano a Corrida da Guia irá marcar pontos para o campeonato TCR International Series, competição que tem atraído vários ex-pilotos do WTCC, como Pepe Oriola, James Nash ou Gianni Morbidelli. Apesar de não ter qualquer tipo de pressão para obter resultados, pois não tem qualquer interesse nas contas do campeonato, Monteiro reconhece que não será fácil ombrear com os melhores pilotos deste campeonato  internacional de carros de turismo, sabendo em antemão que o conhecimento da viatura por parte da concorrência é muito maior que o seu.

“Eu sei que o nível do TCR International Series é bastante alto. Eu conheço a maior parte dos pilotos da frente, portanto estou ciente que a tarefa que tenho pela frente será dura, especialmente porque eles completarão uma temporada inteira com os seus carros. Se eu conseguir ficar na frente, ficarei contente pois é esse o meu objectivo”, realça Monteiro, que afirma ainda que “antes de tudo, eu pretendo desfrutar e dar meu máximo, como é habitual”.

Tiago Monteiro detém o melhor resultado de sempre de um piloto português na Corrida da Guia, ao ter terminado na segunda posição na primeira corrida do WTCC em 2013, resultado que obviamente gostaria de superar.

3 Nov 2016