Jazz | “The Bridge” e “Chak Seng Latin Group” actuam este sábado

A fim de celebrar o Dia Internacional do Jazz, que se assinalou no último domingo, o Clube de Jazz de Macau promove, este sábado, um concerto com dois grupos musicais locais, “The Bridge” e “Chak Seng Latin Group”. O evento acontece no Grand Lisboa Palace a partir das 19h

 

Os eventos musicais promovidos pelo Clube de Jazz de Macau estão de regresso e, desta vez, o concerto serve para celebrar o Dia Internacional do Jazz que se celebrou este domingo. O Clube, que teve o apoio da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), leva ao palco do “Grand Pavillion”, no Grand Lisboa Palace, no Cotai, o espectáculo com duas bandas de jazz locais, os “The Bridge” e o colectivo “Chak Seng Latin Group”. O cartaz apresenta não apenas sonoridades de jazz, mas faz também uma fusão com outros estilos musicais.

A banda “The Bridge” já é bem conhecido do público local, pois há cerca de 30 anos que actua em inúmeros locais e salas de espectáculos do território. O grupo é composto por sete músicos, nomeadamente Phil Reavis, Humphrey Cheong, Wilson Chan, Ramon Joaquin, Andrew Cheong, José Chan e Ray Elma.

Por sua vez, o “Chak Seng Latin Group” é liderado pelo pianista de jazz e saxofonista Lam Chak Seng, residente de Macau e formado pelo Conservatório Real de Haia, na Holanda. O músico actua ainda com o guitarrista Chen Hanchong, o vocalista Chen Xiaoman, o saxofonista Zhang Yichen, o trompetista Tong Xiaoshu, o baterista de Guangdong Chen Qing Xiang e ainda o baixista Zhu Nan.

Todos são músicos experientes que já actuaram em diversos festivais de música não apenas na Ásia, mas por todo o mundo. O grupo é conhecido do grande público pelas actuações versáteis que passam por sonoridades diversas que vão além do jazz e que incluem a música latina, pop e raras adaptações do jazz chinês tocado e composto no sudeste do país. No ano passado o grupo recebeu o convite para actuar na competição China Blackpool Latin Dance na província de Guangdong.

Lembrar Herbie Hancock

O concerto tem um custo de 300 patacas e termina por volta das 23h. Esta iniciativa, além do apoio da SJM, teve o suporte do Fundo de Desenvolvimento da Cultura. A edição deste ano do Dia Internacional do Jazz teve como objectivo lembrar o enorme percurso musical de Herbie Hancock, pianista americano nascido em Chicago, com 83 anos.

A efeméride, promovida pela UNESCO, incluiu uma série de concertos realizados em todo o mundo, de Pequim a Washington, com vista a reduzir as diferenças culturais entre povos com recurso ao jazz, para que, através da música, se promova um mundo com um maior diálogo entre os povos. Macau adere, assim, com o concerto de sábado, a esta iniciativa de cariz global.

De frisar que desde 2021 que o Clube de Jazz de Macau não promovia espectáculos no território. A última iniciativa, intitulada “Jazz on the Rocks”, contou com músicos locais e as cantoras Annie e Winnie. Também em 2021 o Dia Internacional do Jazz foi celebrado com os “The Bridge” e “Tomos Griffiths Big Band”.

2 Mai 2023

Clube de Jazz de Macau promove dois eventos este mês 

“Jazz on the Rocks” é o nome do evento que acontece esta quinta-feira no restaurante Vic’s, na Doca dos Pescadores. Para este espectáculo o Clube de Jazz de Macau convidou músicos locais e as cantoras Annie e Winnie. Mas o clube celebra ainda, no dia 30 deste mês, o Dia Internacional do Jazz com um grande espectáculo protagonizado pelos The Bridge e Tomos Griffiths Big Band

 

O Clube de Jazz de Macau regressa em força este mês com dois eventos que prometem mostrar o que de melhor o território tem ao nível de músicos. A primeira iniciativa, “Jazz on the Rocks” acontece já esta quinta-feira, dia 16, no restaurante Vic’s, no hotel Rocks, na Doca dos Pescadores. Entre as 19h e as 23h, os amantes deste género musical poderão ouvir os acordes de músicos como José Chan e Andrew, bem como as vozes de Annie e Winnie.

Miguel Khan, vice-presidente do Clube de Jazz de Macau, disse ao HM que um dos objectivos é a aposta em mais parcerias com restaurantes e espaços hoteleiros.

“A ideia é promover o jazz e os músicos locais, e não só. Queremos começar a fazer mais eventos em espaços de restauração e ao ar livre que permitam que mais pessoas possam ir aos nossos eventos sem que sejam dentro de quatro paredes. Estamos a tentar promover os espaços abertos em Macau.”

Dia 30 de Abril o Clube de Jazz de Macau celebra o Dia Internacional do Jazz com uma festa no Four Seasons que, além de alguns músicos locais que habitualmente enchem os palcos, como é o caso dos The Bridge, traz uma novidade: a Thomas Griffiths Big Band. Thomas Griffiths trabalhou no Venetian, na área do entretenimento, durante alguns anos e sempre esteve ligado às sonoridades da Broadway. Só depois decidiu formar a sua própria banda, tendo misturado essas músicas com a sonoridade do jazz. O público poderá também assistir à actuação de músicos de Zhuhai, além de estar prevista a realização de uma jam session.

“Com a quantidade de músicos que teremos naquela noite queremos que vão para o palco e que participem numa jam session mais prolongada”, adiantou Miguel Khan, que disse esperar que estes dois espectáculos sejam “uma lufada de ar fresco”.

“De certeza que o Thomas [Griffiths] vai trazer uma animação diferente até pela sua presença em palco e também pelas músicas que canta. Vamos ouvir um estilo diferente do jazz, será uma coisa mais vocal, cantada, e não apenas um jazz mais instrumental”, adiantou.

Novas parcerias

Miguel Khan adiantou que, nos últimos tempos, o Clube de Jazz de Macau tem tido mais actividade e também mais procura. Permanece o problema da falta de uma sede, mas a entidade prefere apostar primeiro na fidelização de um público e de sócios com a realização de mais eventos.

“Queremos ver como o público reage aos nossos eventos. Sabemos a realidade de Macau, já tentamos lançar o clube e sabemos das dificuldades para arranjar uma sede. Mas queremos ter argumentos para pedir esse espaço e precisamos muito da assistência, para mostrar que [as pessoas] verdadeiramente querem de novo o clube de jazz. Se não conseguirmos apoio do Governo vamos ver se temos algum patrocinador.”

O facto de a pandemia ter praticamente fechado Macau ao exterior levou os espaços de restauração e hoteleiros a procurarem parcerias para a realização de eventos. “É difícil promover a música se estamos sempre fechados dentro de quatro paredes, para atrairmos também potenciais novos sócios. Precisamos de espaços abertos e maiores e os hotéis têm tido essa necessidade de atrair os locais e oferecer coisas diferentes, e vimos aí uma oportunidade de parceria. Tentamos trazer alguma novidade e reinventarmos os eventos de jazz”, rematou o vice-presidente do clube.

13 Abr 2021

D2 Jazz Festival arranca este fim-de-semana com quatro bandas locais 

O D2 Jazz Festival arranca esta sexta-feira, uma iniciativa da discoteca da Doca dos Pescadores com produção e programação dos None Of Your Business. Bandas como os The Bridge, Yaya Quintet, Mars Lee Trio feat. Hon Chong Chan e The Hot Dog Express tocam num local onde habitam, por norma, os sons da música electrónica

 

[dropcap]E[/dropcap]sta sexta-feira e sábado, dias 9 e 10, vão ouvir-se sons de jazz num local bastante improvável para tal acontecer: a discoteca D2. Numa altura de pandemia em que os turistas e clientes escasseiam, os proprietários do espaço nocturno pretendem apostar em noites alternativas, tendo assim surgido o D2 Jazz Festival. A produção e programação está a cargo dos NOYB – None Of Your Business.

O festival promete proporcionar “um fim de semana de concertos marcados pelo jazz feito em Macau, com interpretações que vão dos clássicos do género às composições mais contemporâneas”, sempre com o objectivo de “celebrar o género musical nas suas diversas expressões”, lê-se num comunicado.

Ao HM, Manuel Correia da Silva, ligado aos NOYB, contou que esta é a oportunidade de levar o jazz a outros palcos do território. “É um desafio interessante ter a oportunidade de o espaço do D2 se abrir a este tipo de diversificação de oferta cultural e de entretenimento. Isso permite também que se aumente a oferta de espaços em que o jazz se apresenta à cidade.”

Macau é um território há muito familiarizado com este género musical, mas esta é a primeira vez em que este se apresenta ao seu público numa sala com outras dimensões. “O jazz tem estado presente em Macau há muitos anos, mas limitado a espaços muito específicos, e este é mais um espaço que se torna amigo do jazz, de alguma maneira. Para nós é a continuação de uma parceria, mas com um conteúdo diferente que é também inovador”, defendeu Manuel Correia da Silva.

O responsável da NOYB assegura que o D2 Jazz Festival acaba por ser “um bom resultado da crise gerada pela covid”, uma vez que existe a “necessidade de conseguir diversificar a oferta, uma vez que estão muito limitados, e há um tipo de clientes habituais que neste momento não estão em Macau”. Do outro lado, estão os músicos e bandas ávidos por tocar em público.

“Neste momento nós e muitas outras associações temos de nos virar para as bandas locais e conseguir o máximo de oportunidades. Isso tem trazido uma dinâmica interessante à cidade”, disse Manuel Correia da Silva.

The Bridge e companhia

O D2 Jazz Festival abre portas esta sexta-feira com os The Bridge, uma banda bastante conhecida no território criada em 1989 pelos músicos Phil Reaves e José Chan. Para este festival, o grupo faz-se acompanhar da voz de Yaya, que também actua com o Yaya Quintet.

A cantora Yaya tem mais de 10 anos de experiência de palco e fez parte da banda local Black Sheep durante sete anos. Além de interpretar clássicos do Jazz, Yaya compõe ainda os seus originais tendo sido seleccionada para integrar o projecto  “iBand Macau” – uma compilação de temas de bandas independentes, lançada desde 2009. Para o D2 Jazz Festival Yaya faz-se acompanhar do seu quinteto de músicos de diferentes géneros garantindo dar uma nova roupagem aos clássicos do jazz que vai interpretar. Depois das sonoridades jazz o público poderá dançar ao som do DJ Herbie Bangkok a.k.a. A Long.

No sábado, dia 10, é a vez de se ouvirem as sonoridades de Mars Lee Trio feat. Hon Chong Chan. Mars Lee é guitarrista e fundador da Associação de Promoção de Jazz de Macau.

Hon Chong Chan formou-se na The Collective School of Music de Nova York e na Beijing Contemporary Music Academy, tendo estudado guitarra e jazz com alguns dos grandes mestres enquanto adquiria experiência em apresentações internacionais. O músico tocou em Pequim, Guangzhou, Zhuhai e Nova Iorque.

Mais perto de casa, apresentou-se no Festival Internacional de Música de Macau, na Semana de Jazz de Macau, no Festival de Jazz de Guangzhou e no Festival de Jazz de Shenzhen. Para este concerto, o Hon Chong Chan vai apresentar não só alguns dos temas mais conhecidos do jazz como originais estreados no Festival Internacional de Música de Macau.

Os Hot Dog Express actuam também no sábado e deverão apresentar o jazz numa na sua versão electrónica contemporânea. A banda local é composta por músicos provenientes de Macau, Austrália, Canadá e Filipinas e traz a palco o resultado das suas diferentes origens e influências. O festival encerra com um DJ Set de Herbie Bangkok a.k.a. A Long. Os bilhetes custam 180 patacas e dão direito a duas bebidas.

6 Out 2020

Phil M. Reavis, músico da banda “The Bridge”: “A música, com o tempo, torna-se visceral”

Phil M. Reavis é professor de Inglês e músico em Macau desde 1982. Veio para dar aulas e agora é um dos rostos associados ao jazz local. Autodidacta, toca saxofone tenor com a banda local “The Bridge”. Ao HM, falou do que pensa relativamente ao estado do género musical no território

Como é que veio para Macau?

Vim para o território em 1982. Já tocava, na altura, mas só para mim. Apesar de professor era, acima de tudo, um desportista e treinador. Tive muita sorte. Cresci numa cidade operária dos Estados Unidos que tinha muitos campos para a prática de desporto. Com o salto em altura consegui uma bolsa que me deu acesso à universidade, com pagamento total de propinas. Acabei os estudos e comecei a trabalhar como professor, mas acabei por ir para o Camboja como treinador de uma equipa internacional que englobava várias modalidades. Com o agravamento da situação política naquele país fui destacado para o Vietname. Foi aí que conheci a minha mulher. Por sermos de cores diferentes, não éramos um casal bem visto. Recordo-me quando os Estados Unidos obrigaram todos os dependentes de quem estava no exército ou a trabalhar para o Governo a irem embora, e queriam que a minha mulher também o fizesse. Mas não éramos casados e, por isso, ela conseguiu ficar. Acabámos por ir para o Laos ensinar Inglês cerca de seis anos. Voltámos aos Estados Unidos. Pensava que poderia ter mais oportunidades se fizesse um mestrado em Estudos Migratórios, mas acabei por aceitar um emprego numa universidade. Na Universidade do Minnesota o movimento negro estava no auge, o que me incomodava muito. A minha mulher era branca e nada daquilo fazia sentido para mim. Aliás, durante a minha infância e adolescência não senti, de todo, a discriminação. Lembro-me da primeira vez que senti isso na pele. Estava no ensino secundário quando vi uma caixa enorme que tinha lá dentro um saxofone e fiquei encantado. Um amigo disse-me que podíamos ter aulas a um preço simbólico e o direito a ter o instrumento. Fui falar com o professor, que não me aceitou. O meu amigo voltou a insistir e lá consegui, mas em vez de uma caixa grande, tive uma caixa pequena com um clarinete. Agora, enquanto docente, estava no meio das questões raciais mais profundas dos Estados Unidos. Convidámos, na altura, um poeta para vir falar com os estudantes e, quando ele chegou e se deparou com uma plateia de brancos e negros, não quis falar para os brancos. Era tudo tão absurdo. Apareceu, mais tarde, a oportunidade de vir para Macau dar aulas de Inglês numa escola chinesa. Tínhamos, eu e a minha mulher, de ficar cinco anos para dar início ao departamento de Inglês. Tivemos muita sorte. Naquela altura, em Macau, já havia uma consciência muito grande de que se as pessoas quisessem progredir na vida teriam de aprender línguas. Tinha alunos espectaculares e que aprendiam muito depressa. Havia a combinação de dois factores fundamentais: queriam muito aprender e o território estava aberto. Acabaram-se os problemas raciais e essas coisas absurdas.

Onde é que andou a música durante esse tempo?

Comecei a tocar ainda no ensino secundário. Dada a situação em que me senti discriminado, acabei por aprender sozinho. Ao longo do tempo, chegava a casa e “fechava-me no armário” para tocar. Tinha um bom ouvido e achava que, se tocasse o que ouvia de forma perfeita, podia ir avançando. A música, com o tempo, torna-se visceral. Mas foi realmente em Macau que comecei a tocar para os outros. Vi um folheto de um concerto de jazz promovido pelo clube da altura. Ao perceberem que também tocava, convidaram-me a fazê-lo, mas em público. Foi em Macau que comecei a tocar realmente.

Como era a cena musical local da altura e em que aspectos tem mudado, nomeadamente no jazz?

Era muito limitada. Dentro da comunidade chinesa, a única coisa que era considerada como música era a clássica. O único instrumento real era o piano, por vezes o violino e, quanto muito, a flauta. A cena musical estava parada e agarrada ao virtuosismo da música clássica. Por exemplo, sempre que tínhamos concertos, os professores de música não apareciam. Lembro-me apenas de duas situações em que estiveram presentes. A ideia de ter música num clube ou num bar, penso, parecia-lhes motivo para ser desconsiderada. Mais tarde, tivemos a Casa de Vidro. Foi um grande salto na nossa visibilidade, era perfeita. Já não era a falácia de música nos bares. Era um passo em frente. Acabámos por ter festivais com alguma regularidade e o género teve um grande desenvolvimento no território. Actualmente, as diferenças são muitas e considero que está tudo melhor, principalmente com as novas gerações de músicos.

O que é que aconteceu?

Os jovens agora vão para a universidade para seguir música, por exemplo. Isso dá-lhes competências muito fortes. A escola de música está também muito bem organizada e há toda uma geração de novos artistas. Por outro lado, estamos numa sociedade altamente consumista e isso também se nota na música. As pessoas pensam que se conseguem ganhar dinheiro com ela, então é melhor aprender.

O que é preciso ao nível pessoal para tocar, especificamente, jazz?

O que quer que seja, vem com o tempo. Por exemplo, Ella Fitzgerald, enquanto jovem, canta bem mas, com a idade, a voz dela atingiu outra intensidade. É a maturidade que passa para a música. O mesmo se passa com o jazz. Esta nova geração começa agora a ter uma noção da expressão. Já não se trata unicamente de tocar as notas certas nos tempos certos. Um músico de jazz faz outra coisa: sente. É o sentimento que demora tempo. Se calhar, nos Estados Unidos, pode ser mais fácil para os mais novos que começam a ouvir jazz desde pequeninos na rádio mas, ainda assim, depois vem o tempo. No entanto, os miúdos que saem das escolas correm um grande risco. Quando os ouvimos, são todos iguais e não se pode fazer nada contra isso. Têm o grau académico, mas a questão é saber se conseguem fazer música daquilo. No território, temos uma grande referência que está a fazer muito pelo jazz e pelo seu ensino: José Eduardo.

Há um público em Macau?

Costumava existir, mas foram-se todos embora. Era, em grande parte, a comunidade portuguesa. Na noite de domingo, que marcou o regresso do Clube de Jazz, fiquei muito surpreendido com o público no Live Music Association. Vi jovens chineses, além dos portugueses. Mas lá está, é uma sociedade virada para o consumo e, em Macau, isso é mais evidente ainda. O jazz tem dificuldades. Foi sempre um género alternativo e nunca foi para maiorias. É triste, mas penso que será sempre considerado, de alguma forma, um género menor, até mesmo nos Estados Unidos. Há dois ou três anos, estava num bar com uns amigos que não ganhavam mais de 50 dólares por concerto. É terrível. Muitos deles acabam por saber interpretar mais do que um instrumento, porque lhes dá mais oportunidades de tocar. Mas há muita necessidade de instrumentistas, principalmente que saibam tocar baixo. É o instrumento em que é mais difícil encontrar um substituto e não há banda que não precise dele. Se tivesse agora um filho que quisesse seguir música, o meu conselho seria só que aprendesse baixo.

O que pensa do regresso do Clube de Jazz de Macau?

É um renascer da vontade de ouvir o género com frequência ao mesmo tempo em que se aposta numa geração mais nova, tanto de público, como de músicos. O jazz não tem a visibilidade que deveria, nem nunca teve. Não é ainda visto como uma música séria. É importante também perceber que o mito dos negros tocarem jazz é apenas isso, um mito e uma estupidez. Toda a gente o pode tocar, e bem. Esta política identitária não faz sentido algum.

5 Abr 2017