João Luz SociedadeCovid-19 | Testagem a toda a população descartada Todos os testes realizados nas zonas por onde passou uma turista infectada no fim-de-semana passado deram negativo. Ao longo de cinco dias e quatro recolhas de amostras, foram realizados cerca de 400.000 testes, informou ontem o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. As autoridades indicaram ontem que na quarta-feira foram recolhidas “98.141 amostras de pessoas nas zonas-alvo e nos postos regulares de testes de ácido nucleico, tendo todos os resultados sido negativos”, no dia que fechou o ciclo de “4 testes em 5 dias”. Recorde-se que a medida foi implementada em zonas da cidade por onde passou uma turista do Interior da China, com 60 anos de idade, que testou positivo no sábado passado. O centro de coordenação de contingência sublinhou que os indivíduos alvo que não fizeram os quatro testes de ácido nucleico durante os cinco dias que terminaram na quarta-feira vão ficar com o código de saúde amarelo. A falta pode resultar na recusa “de entrada em estabelecimentos públicos, a utilização de transportes públicos, bem como a saída da RAEM”. Entretanto, ontem realizou-se uma testagem em massa a toda a população e trabalhadores da zona de cooperação aprofundada em Hengqin. As amostras foram recolhidas entre as 11h e as 18h, em 20 postos de recolha, e tiveram como alvos os residentes permanentes e visitantes que trabalham na Ilha da Montanha.
Hoje Macau SociedadeCovid-19 | Registado 68.º caso, mais um segurança de hotel designado para quarentenas Foi hoje detectada uma nova infecção por covid-19, o 68.º caso desde o início da pandemia, anunciaram hoje as autoridades de saúde, numa altura em que o território está prestes a terminar os testes em massa à população. Trata-se de mais um segurança de um hotel onde decorrem quarentenas obrigatórias para quem chega a Macau, que tinha sido colocado em isolamento a 25 de setembro e que se encontrava vacinado contra a covid-19. Macau está a concluir testes à covid-19 a toda a população, após ter detetado um caso num viajante, na sexta-feira, e os outros dois casos conexos no dia seguinte, os dois seguranças, um do mesmo local de trabalho, outro de um hotel contíguo. Pelo menos 855 pessoas foram colocadas em quarentena por terem percursos idênticos, em autocarros, aos primeiros dois seguranças diagnosticados. Na sexta-feira, o Governo decretou o estado de emergência imediata. Os testes à população terminaram às 15:00. Esta é a segunda vez que o território organiza testes em massa. Em agosto, após a deteção de quatro casos da variante delta do novo coronavírus, todos na mesma família, o Governo de Macau também decretou o “estado de emergência imediata” e testou toda a população, cerca de 680 mil pessoas. Nenhum caso foi então detetado. Pouco mais de metade da população está vacinada, apesar de a administração gratuita da vacina estar disponível há mais de meio ano.
Pedro Arede Manchete SociedadeCovid-19 | Testagem em massa custou 49 milhões só em testes O programa de testagem em massa da população, que durou três dias, custou ao Governo, só em testes, 49 milhões de patacas, faltando ainda apurar as despesas com recursos humanos e materiais. Os Serviços de Saúde acreditam que Macau poderá ser considerado um local “seguro” a partir de 1 de Setembro, ou seja passados 28 dias sem novos casos Ao longo dos três dias em que decorreu o programa de testagem em massa da população em Macau, foram gastos 49 milhões de patacas só na realização de testes. De acordo com Tai Wa Hou, médico adjunto da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, devido à complexidade da operação, a este custo falta ainda somar todas as despesas implicadas nos gastos com o pessoal e ao nível dos equipamentos. “Vamos daqui para frente fazer essas contas, porque foram utilizados vários recursos humanos e materiais. Por exemplo, é fácil calcular as despesas relativas ao teste ácido nucleico: são 700 mil habitantes a multiplicar por 70 patacas por cada teste, ou seja, são 49 milhões de patacas. Mas não é só esta a despesa, pois [a operação] ainda envolveu vários recursos humanos e materiais. Assim que tivermos os dados vamos anunciar”, apontou ontem o responsável por ocasião da conferência de imprensa de actualização sobre a covid-19. Durante o encontro com a imprensa, Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas, reafirmou que Macau só poderá ser considerado um local “seguro” após terem passado “dois períodos de incubação” de 14 dias, ou seja, 28 dias desde o surgimento do novo surto de covid-19 em Macau. Passados esses 28 dias, a 1 de Setembro, Leong Iek Hou acredita que, se não houver novos casos de covid-19, as medidas de prevenção da pandemia podem vir a ser menos rigorosas e que regiões vizinhas como Hong Kong possam novamente considerar Macau como um local seguro. “Se durante os dois períodos de incubação [duas semanas] não houver novos casos, creio que as zonas vizinhas vão ter novamente confiança em nós. Acho que as medidas de prevenção vão ser mais relaxadas e menos rigorosas. Estamos sempre a acompanhar a situação juntamente com as autoridades de Hong Kong”, transmitiu. Contudo, a responsável fez questão de frisar que actualmente “não é possível dizer que o risco é zero” e que, por isso, é necessário continuar a insistir nas medidas de anti-epidémicas. Preparar o recomeço A pensar no regresso às aulas, a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEDJ) anunciou ter transmitido ontem às escolas algumas instruções específicas. Dessas directivas, fazem parte indicações sobre a desinfecção dos espaços e arranjos especiais para a realização de testes de ácido nucleico. “Há várias informações que prestámos às escolas (…) relacionadas sobretudo com os trabalhos de desinfecção, os preparativos e organização de materiais. A partir do dia 28 de Agosto [as escolas] devem providenciar testes gratuitos de ácido nucleico. Entrámos em comunicação com Zhuhai para que possa haver um arranjo para que os estudantes e professores possam fazer o teste em Zhuhai”, explicou Wong Ka Ki, Chefe de Departamento do Ensino não Superior da DSEDJ.