João Luz SociedadeEstudo | Ponte HKZM “rouba” 42,7% de passageiros aos terminais marítimos Um estudo encomendado pelo Governo revelou que desde a abertura da Ponte HKZM as pessoas que visitam Macau alteraram o seu padrão de viagem. Mais de 40 por cento admitiram deixar de usar os terminais marítimos. Por outro lado, a ponte trouxe mais passageiros ao Aeroporto de Macau [dropcap]A[/dropcap] curiosidade para circular na ponte que faz a maior travessia marítima, e para usar uma estrutura que custou muitos, mas mesmo muitos, milhões de patacas, foi a razão principal para fazer a travessia pela Ponte HKZM, de acordo com um estudo encomendado pela Direcção dos Serviços do Turismo (DST). Entre as respostas aos 3.070 inquéritos, recolhidos entre Abril e Setembro de 2019 no átrio de partida dos postos fronteiriços, 62,5 por cento apontou o custo e a dimensão da ponte como motivação para a travessia. O facto de a viagem ser mais barata dessa forma foi a justificação dada por 21,7 por cento dos utilizadores. A análise, intitulada “Impacto da abertura da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau na indústria turística”, demonstra a forma como a infra-estrutura alterou o padrão de deslocação dos visitantes a Macau, incluindo a diminuição do uso dos terminais marítimos. Nesse aspecto, os resultados mostram que 42,7 por cento dos visitantes de Macau indicaram que irão reduzir o uso dos terminais marítimos (Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa e Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior) devido à abertura da Ponte HKZM. O padrão de viagens terrestres e marítimas dos visitantes de Hong Kong, em específico, mudou significativamente, com 60,6 por cento a indicar que irão reduzir o uso dos terminais devido à abertura da ponte. Aeroporto concorrido O relatório também assinala que, embora a maioria dos visitantes use o mesmo posto fronteiriço para entrada e saída da RAEM, a abertura da ponte fez com que visitantes que entram utilizem mais o Aeroporto Internacional de Macau. Dessa forma, entre os que entraram em Macau pela Ponte HKZM, 23,7 por cento saíram pelo Aeroporto Internacional de Macau. O mesmo se verificou na direcção oposta, ou seja, entre os visitantes que viajam via aérea para Macau, 21,9 por cento dos visitantes usaram a ponte para sair da cidade. Por outro lado, mais de 70 por cento dos visitantes que entraram em Macau, disseram fazer “viagens Macau-Hong Kong”, e 60 por cento “itinerários multi-destinos”. Entre os inquiridos, o nível de satisfação quanto a esta forma para entrar e sair de Macau foi de perto de 90 por cento. Passe rápido A partir de amanhã, o pagamento das portagens na Ponte HKZM pode ser feito com o cartão Macau Pass. A novidade, dada pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, tem como objectivo “concretizar e implementar as estratégias para o desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”. Em paralelo, a partir de 1 de Janeiro de 2020, serão ajustadas as “categorias dos veículos e tarifação da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau”, ou seja, na “1.ª categoria dos automóveis” o número de assentos passa de 7 lugares passa para 9 lugares. Estes veículos vão usufruir de tarifa gratuita nos dias de feriados e festividades do Estado.
admin SociedadeEstudo | Ponte HKZM “rouba” 42,7% de passageiros aos terminais marítimos Um estudo encomendado pelo Governo revelou que desde a abertura da Ponte HKZM as pessoas que visitam Macau alteraram o seu padrão de viagem. Mais de 40 por cento admitiram deixar de usar os terminais marítimos. Por outro lado, a ponte trouxe mais passageiros ao Aeroporto de Macau [dropcap]A[/dropcap] curiosidade para circular na ponte que faz a maior travessia marítima, e para usar uma estrutura que custou muitos, mas mesmo muitos, milhões de patacas, foi a razão principal para fazer a travessia pela Ponte HKZM, de acordo com um estudo encomendado pela Direcção dos Serviços do Turismo (DST). Entre as respostas aos 3.070 inquéritos, recolhidos entre Abril e Setembro de 2019 no átrio de partida dos postos fronteiriços, 62,5 por cento apontou o custo e a dimensão da ponte como motivação para a travessia. O facto de a viagem ser mais barata dessa forma foi a justificação dada por 21,7 por cento dos utilizadores. A análise, intitulada “Impacto da abertura da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau na indústria turística”, demonstra a forma como a infra-estrutura alterou o padrão de deslocação dos visitantes a Macau, incluindo a diminuição do uso dos terminais marítimos. Nesse aspecto, os resultados mostram que 42,7 por cento dos visitantes de Macau indicaram que irão reduzir o uso dos terminais marítimos (Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa e Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior) devido à abertura da Ponte HKZM. O padrão de viagens terrestres e marítimas dos visitantes de Hong Kong, em específico, mudou significativamente, com 60,6 por cento a indicar que irão reduzir o uso dos terminais devido à abertura da ponte. Aeroporto concorrido O relatório também assinala que, embora a maioria dos visitantes use o mesmo posto fronteiriço para entrada e saída da RAEM, a abertura da ponte fez com que visitantes que entram utilizem mais o Aeroporto Internacional de Macau. Dessa forma, entre os que entraram em Macau pela Ponte HKZM, 23,7 por cento saíram pelo Aeroporto Internacional de Macau. O mesmo se verificou na direcção oposta, ou seja, entre os visitantes que viajam via aérea para Macau, 21,9 por cento dos visitantes usaram a ponte para sair da cidade. Por outro lado, mais de 70 por cento dos visitantes que entraram em Macau, disseram fazer “viagens Macau-Hong Kong”, e 60 por cento “itinerários multi-destinos”. Entre os inquiridos, o nível de satisfação quanto a esta forma para entrar e sair de Macau foi de perto de 90 por cento. Passe rápido A partir de amanhã, o pagamento das portagens na Ponte HKZM pode ser feito com o cartão Macau Pass. A novidade, dada pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, tem como objectivo “concretizar e implementar as estratégias para o desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”. Em paralelo, a partir de 1 de Janeiro de 2020, serão ajustadas as “categorias dos veículos e tarifação da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau”, ou seja, na “1.ª categoria dos automóveis” o número de assentos passa de 7 lugares passa para 9 lugares. Estes veículos vão usufruir de tarifa gratuita nos dias de feriados e festividades do Estado.
Andreia Sofia Silva SociedadeTransportes | Secretário fala de menos fluxo nos terminais marítimos [dropcap]O[/dropcap] secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, admitiu ontem que os terminais marítimos de Macau e do Pac On têm vindo a perder passageiros desde a abertura da nova ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. “Temos vindo a perder passageiros no terminal de Macau e do Pac On desde a abertura da nova ponte. Vamos tentar fazer o melhor que podemos, as pessoas preferem viajar de camioneta. Se o número de Raimundo do Rosário recusou ainda falar do recurso apresentado em tribunal pela empresa ligada à construção do parque de materiais e oficinas do metro ligeiro, nomeadamente no que diz respeito ao valor de indemnização exigido. “Há uma acção de indemnização relativa ao parque de materiais e oficinas, mas isso está a seguir os seus trâmites. Não me vou pronunciar sobre acções que estão em curso.” O secretário também nada disse sobre os novos contratos dos autocarros, cujo prazo termina a 31 de Outubro e cujas discussões se prolongam há cerca de um ano. “Tenho consciência que falta um mês para o fim dos contratos dos autocarros. Também estou limitado de tempo, mas enquanto não estiver tomada uma decisão não vou dizer mais nada. Não pode ser até Dezembro, porque o contrato acaba a 31 de Outubro. Teremos de tomar uma decisão até lá.”
Andreia Sofia Silva SociedadeTransportes | Secretário fala de menos fluxo nos terminais marítimos [dropcap]O[/dropcap] secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, admitiu ontem que os terminais marítimos de Macau e do Pac On têm vindo a perder passageiros desde a abertura da nova ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. “Temos vindo a perder passageiros no terminal de Macau e do Pac On desde a abertura da nova ponte. Vamos tentar fazer o melhor que podemos, as pessoas preferem viajar de camioneta. Se o número de Raimundo do Rosário recusou ainda falar do recurso apresentado em tribunal pela empresa ligada à construção do parque de materiais e oficinas do metro ligeiro, nomeadamente no que diz respeito ao valor de indemnização exigido. “Há uma acção de indemnização relativa ao parque de materiais e oficinas, mas isso está a seguir os seus trâmites. Não me vou pronunciar sobre acções que estão em curso.” O secretário também nada disse sobre os novos contratos dos autocarros, cujo prazo termina a 31 de Outubro e cujas discussões se prolongam há cerca de um ano. “Tenho consciência que falta um mês para o fim dos contratos dos autocarros. Também estou limitado de tempo, mas enquanto não estiver tomada uma decisão não vou dizer mais nada. Não pode ser até Dezembro, porque o contrato acaba a 31 de Outubro. Teremos de tomar uma decisão até lá.”