João Luz Manchete PolíticaXangai | Sam Hou Fai quer integrar recursos para quadros qualificados Numa reunião com governantes de Xangai, o Chefe do Executivo sugeriu o desenvolvimento conjunto de projectos de investigação científica e tecnológica e a integração de recursos para formar quadros qualificados. Sam Hou Fai defendeu também o reforço da cooperação de empresas e instituições académicas das duas cidades Uma comitiva do Governo da RAEM, liderada pelo Chefe do Executivo, reuniu na segunda-feira ao fim da tarde com o secretário do Comité Municipal de Xangai do Partido Comunista Chinês, Chen Jining e o vice-secretário do Comité Municipal e presidente do município de Xangai, Gong Zheng. O encontro fez parte da agenda que incluiu a visita a pólos industriais e empresas do sector tecnológico. Na reunião com os representantes políticos de Xangai, Sam Hou Fai defendeu que as duas cidades deveriam “desenvolver em conjunto projectos de investigação especializada a nível de ciência e tecnologia, aprofundar a cooperação financeira transfronteiriça, integrar os recursos educacionais para formar quadros qualificados multidisciplinares”. No plano do turismo, o Chefe do Executivo sugeriu a promoção conjunta de itinerários “multi-destinos” no mercado internacional e cooperação ao nível da indústria das convenções e exposições. As indústrias do futuro foram uma das tónicas principais da passagem da comitiva da RAEM por Xangai. O Chefe do Executivo propôs o reforço da cooperação e intercâmbio das empresas de tecnologia e das instituições académicas entre as duas cidades, adoptando a filosofia “Indústria-Academia-Investigação”. Tu cá, tu lá O governante da RAEM disse esperar o forte apoio de Xangai no incentivo a empresas tecnológicas “a explorar oportunidades de negócios em Macau, em prol de um desenvolvimento conjunto”. Cumprindo a necessária menção aos importantes discursos proferidos por Xi Jinping durante a última visita a Macau, Sam Hou Fai repetiu aos altos cargos do Partido Comunista Chinês de Xangai que Macau está a implementar o espírito dos discursos e a empenhar-se na diversificação da economia e construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre em Hengqin. Durante a parte da manhã, a comitiva da RAEM visitou a Cidade Científica de Zhangjiang e duas empresas científicas. Segundo o Gabinete de Comunicação Social, Sam Hou Fai convidou as empresas a investirem em Macau. A agenda política do dia fechou com uma deslocação à comunidade ecológica de inovação do Espaço Mosu, onde os representantes de Macau ficaram a conhecer a plataforma de incubação e aceleração de modelos de inteligência artificial. O périplo pelo Interior da China levou ontem a comitiva de governantes da RAEM a Nanjing, cidade na província de Jiangsu que foi capital do país durante várias dinastias imperiais.
João Luz Manchete PolíticaAL | Sam Hou Fai realça trabalho dos deputados para ordem constitucional Num jantar com todos os deputados, antes da eleição do novo hemiciclo, o Chefe do Executivo enalteceu o trabalho dos legisladores na salvaguarda da “ordem constitucional da RAEM estabelecida pela Constituição e pela Lei Básica”. Entre os deputados presentes esteve Ron Lam, afastado das próximas eleições por não ser fiel à RAEM e à Lei Básica Na sexta-feira, Sam Hou Fai ofereceu um jantar a todos os deputados da 7ª legislatura, que terminará na primeira reunião (em meados de Outubro) do novo elenco de legisladores apurados nas próximas eleições legislativas. O Chefe do Executivo brindou os deputados com elogios e realçou os êxitos alcançados pelos deputados, que “proporcionam alicerces sólidos para a nova legislatura”, na salvaguarda efectiva “da ordem constitucional da RAEM estabelecida pela Constituição e pela Lei Básica”. Segundo um comunicado emitido pelo Gabinete de Comunicação Social, o governante salientou que os deputados asseguraram “o funcionamento eficaz e suave da estrutura com predominância do poder executivo estabelecida pela Lei Básica, apoiou sempre, colaborou e fiscalizou o Governo na governação segundo a lei, exerceu efectivamente os poderes e funções atribuídos pela Lei Básica”. Entre os “resultados frutíferos” dos trabalhos legislativos, Sam Hou Fai destacou a “modernização do sistema jurídico da RAEM”, nomeadamente o aperfeiçoamento do regime jurídico da defesa da segurança do Estado. Participaram no jantar todos os deputados, incluindo os que estão de saída. Um deles foi Ron Lam, que apesar dos elogios de Sam Hou Fai sobre a salvaguarda “da ordem constitucional da RAEM estabelecida pela Constituição e pela Lei Básica”, foi desqualificado das próximas eleições alegadamente por não ser fiel à RAEM e à Lei Básica. No devido lugar No total, durante os quatro anos de actividade, os deputados da sétima legislatura aprovaram 86 leis. Além disso, Sam Hou Fai elogiou os trabalhos dos deputados para a “elevação da capacidade governativa da RAEM, o desenvolvimento da diversificação adequada da economia”, assim como eu áreas importantes para o bem-estar da população. O Chefe do Executivo indicou que nos últimos quatro anos, o funcionamento da Assembleia Legislativa (AL) proporcionou “três importantes experiências e inspirações”. A primeira foi garantir a implementação firme do princípio “Macau governada por patriotas”. A segunda foi o cumprimento correcto das funções e responsabilidades da AL “para assegurar o funcionamento suave da estrutura com predominância do poder executivo”. A terceira foi a continuidade da melhoria da eficiência e qualidade legislativas “para assegurar a conformidade legal dos projectos da RAEM e salvaguardar o ambiente e o prestígio da Macau alicerçada no Estado de Direito”. Por último, Sam Hou Fai disse esperar que Kou Hoi In, Chui Sai Cheong e os deputados que deixarão o cargo em breve continuem a apoiar o Governo na governação segundo a lei e a contribuir com esforços e sugestões para o desenvolvimento, prosperidade e estabilidade da RAEM a longo prazo.
Hoje Macau PolíticaMacau / Xangai | Sam Hou Fai defende maior intercâmbio O Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, defendeu ao jornal Jiefang, de Xangai, a necessidade de um maior intercâmbio com a cidade conhecida como a capital financeira do país. As declarações foram proferidas no contexto de uma entrevista concedida àquela publicação. “Quando Macau passou para [a administração] da China, em 1999, o primeiro Chefe do Executivo [da RAEM], Edmund Ho, disse-me que como Macau era um pequeno território, teria de estabelecer laços estreitos com Xangai caso quisesse acompanhar o desenvolvimento nacional”, começou por dizer. “Xangai foi sempre uma região prioritária no intercâmbio e cooperação com Macau, e temos um crescente intercâmbio nas áreas da cultura, finanças, turismo, juventude, educação, ciências e tecnologia”, defendeu Sam Hou Fai. O governante máximo da RAEM disse ainda pretender aumentar a cooperação na área das grandes indústrias, a fim de combinar as vantagens de ambas as cidades. Um dos exemplos apontados pelo Chefe do Executivo diz respeito ao facto de Xangai ser forte nas indústrias transformadoras, pelo que Macau pode ser um canal importante de ligação e acesso das empresas de Xangai nos países de língua portuguesa e espanhola.
João Santos Filipe Manchete PolíticaFunção Pública | Sam Hou Fai quer reduzir a Administração O Executivo vai continuar a limitar a contratação pública. Sam Hou Fai justificou a medida com a necessidade de garantir a “utilização racional dos recursos públicos” e pediu uma administração que responda “razoavelmente às necessidades reais do desenvolvimento económico e social” O Chefe do Executivo pediu à Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública para simplificar e “optimizar” o número de pessoal e assegurar a “utilização racional dos recursos públicos”. A lista de tarefas foi deixada durante a segunda reunião do Grupo de Liderança da Reforma da Administração Pública, realizada em Julho, mas apenas divulgada ontem pelo Governo através do Gabinete de Comunicação Social (GCS). Segundo a versão oficial, durante o encontro com a presença de todos os secretários, Sam Hou Fai indicou que a “Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública deve […] promover gradualmente a simplificação da estrutura dos serviços públicos e a optimização da estrutura do pessoal, tomando em consideração a realidade de cada serviço público”. O líder do Governo afirmou também que “com base no princípio da gestão centralizada, optimizar-se-á o mecanismo de contratação e gestão dos serviços públicos, assegurando-se a utilização racional dos recursos públicos”. O comunicado insiste na política do anterior Governo de quotas de contratação na Função Pública, de forma a limitar o número de funcionários públicos. Neste sentido, Sam apontou que “a optimização deve ser feita através” da “padronização das áreas funcionais, estudo de um mecanismo de acesso entre carreiras e estabelecimento dos critérios básicos de afectação do pessoal de todos os níveis”. Limitar o tamanho Sobre a “estrutura orgânica” da Administração, o governante avisou que “há que definir critérios para o limite máximo da dimensão da estrutura, rever a distribuição de funções e proceder à fusão dos serviços públicos com funções relacionadas”. Ao mesmo tempo, que pediu ao Governo para continuar com a “racionalização das estruturas orgânicas da Administração Pública e das funções dos diversos serviços públicos” para aumentar a “eficácia do funcionamento da Administração Pública”, Sam Hou Fai insistiu na necessidade de “ser pragmático e responder razoavelmente às necessidades reais do desenvolvimento económico e social de Macau”. A informatização da máquina administrativa foi outro dos temas abordados, e na nota de imprensa consta que Sam Hou Fai “ordenou” que “todos os serviços públicos devem aperfeiçoar gradualmente o seu sistema informático”. Este aperfeiçoamento, explicou o dirigente, visa “aumentar ainda mais a capacidade de prevenção de riscos”. Contudo, a informação não especifica os riscos a que Sam Hou Fai se referiu.
João Luz Manchete PolíticaUm País, Dois Sistemas | Sam diz que princípio está numa nova fase O Chefe do Executivo indicou que o princípio “Um País, Dois Sistemas” entrou, outra vez, numa nova fase devido a “mutações drásticas e complexas” com que Macau se debate na “conjuntura interna e externa”. Sam Hou Fai realçou a evolução do princípio no discurso do aniversário da função do Exército de Libertação do Povo “Presentemente, grandes mudanças, inéditas nos últimos cem anos, estão a acelerar a evolução do mundo, e o mundo entrou num novo período de turbulência e mudanças. Macau debate-se com as mutações drásticas e complexas que se verificam na conjuntura interna e externa e a prática de ‘Um País, Dois Sistemas’ também entrou numa nova fase.” Foi desta forma que Sam Hou Fai fechou o discurso por ocasião da recepção comemorativa do 98.º aniversário do estabelecimento do Exército de Libertação do Povo (ELP), na sexta-feira. O governante garantiu que, em conjunto com a guarnição do ELP, o Executivo irá “persistir no caminho certo” e “escrever novos capítulos de desenvolvimento de alta qualidade da causa ‘Um País, Dois Sistemas’”. O anúncio da entrada numa nova fase do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’ tem sido uma constante nos últimos anos, assim como a referência a “grandes mudanças, inéditas nos últimos cem anos”, que abrem portas a “períodos de turbulência”. O Chefe do Executivo prometeu que o seu Governo “continuará, como sempre, a manter a estreita ligação e a sincera cooperação com a Guarnição em Macau, a unir e liderar os compatriotas de Macau para valorizar ainda mais, e salvaguardar com empenho, a estabilidade e a harmonia sociais, nada fáceis de alcançar”. Quase um século Sam Hou Fai relembrou que, ao longo dos noventa e oito anos, o “honroso e grandioso Exército de Libertação do Povo Chinês, sempre norteado pelos ideais nobres e convicções firmes, tem acompanhado a evolução dos tempos com empenho e espírito inovador, honrando a tradição gloriosa com a conduta de excelência”. “O Exército cresce enquanto combate, inova enquanto guarda e transmite a tradição, e progride na construção de causas. Estreitamente alinhado com os passos do desenvolvimento da pátria e do povo, realizou grandes conquistas históricas, que o tornam numa força firme para salvaguardar a paz mundial”, acrescentou o Chefe do Executivo. Sam Hou Fai destacou também o objectivo do ELP definido “sob a orientação do pensamento de Xi Jinping”, que é “transformar as forças armadas do povo em forças de classe mundial que obedeçam ao comando do Partido, possam lutar e vencer e mantenham uma conduta excelente” Além disso, o Chefe do Executivo referiu que desde o estacionamento em Macau, o ELP “tem sempre persistido na defesa da soberania, da segurança e dos interesses do desenvolvimento do país, na implementação abrangente e precisa dos princípios ‘Um País, Dois Sistemas’ e “Macau governada pelas suas gentes” com alto grau de autonomia, e na observância escrupulosa da Lei Básica, da Lei do Estacionamento de Tropas”.
Hoje Macau PolíticaCiência | Sam Hou Fai pede mentalidade nova para atrair talentos O Chefe do Executivo entende que Macau tem de se emancipar da mentalidade actual para “concretizar o objectivo orientador de ‘atrair, reter e estabilizar’ empresas e quadros de inovação científica e talentos de ciência e inovação de alta qualidade”. A ideia foi defendida num discurso ontem durante a primeira reunião plenária deste ano do Conselho de Ciência e Tecnologia. Sam Hou Fai focou-se em matérias ligadas a ciência e tecnologia, uma das quatro indústrias prioritárias indicadas pelo Governo Central para Macau no âmbito da política “1+4” elaborada para diversificar a economia, onde o Governo da RAEM está a intensificar os seus esforços para optimizar o ambiente para desenvolver as indústrias ligadas à ciência e tecnologia. Para tal, o governante realça a necessidade de potenciar as vantagens de Macau “em termos de conectividade interna e externa a fim de promover o crescimento da indústria de tecnologia de ponta”. “Estamos profundamente conscientes de que o crescimento da indústria tecnológica injectará um novo ímpeto na economia de Macau, criará empregos de alta qualidade e proporcionará um palco para os jovens de Macau perseguirem os seus sonhos e as suas aspirações. Assim sendo, a indústria tecnológica será um capítulo relevante para desenvolvimento futuro de Macau”, apontou Sam Hou Fai. Um dos passos para desenvolver o sector será unir todos os sectores da sociedade de Macau para “implementar seriamente o espírito consagrado nos discursos importantes proferidos pelo Senhor Presidente Xi Jinping durante a sua visita a Macau”. O Chefe do Executivo recordou que o líder chinês “reconheceu vivamente o trabalho de investigação científica das instituições do ensino superior de Macau” durante a passagem pelo território.
João Luz Manchete PolíticaGrande Baía | Sam Hou Fai termina périplo em Foshan O Chefe do Executivo regressou a Macau na terça-feira à noite depois de um périplo de três dias por cidades da Grande Baía. Na última paragem, em Foshan, Sam Hou Fai sugeriu articulação entre a indústria de medicina tradicional chinesa de Foshan e as universidades de Macau, assim como a cooperação na chamada “economia prateada” O líder do Governo regressou na terça-feira à noite a Macau depois de uma visita de três dia a cidades da Grande Baía, que culminou em Foshan, cidade vizinha da capital de província, onde reuniu com ao secretário do Comité Municipal de Foshan do Partido Comunista da China (PCC), Tang Yifeng. Sam Hou Fai salientou as vantagens de combinar a “indústria da medicina tradicional chinesa de Foshan, em articulação “com os quadros qualificados de instituições de ensino superior de Macau e as capacidades em investigação científica”. Este nível de cooperação pode “elevar ainda mais a competitividade nuclear das respectivas indústrias dos dois territórios”, apontou. Também ao nível dos cuidados para idosos, as duas cidades devem estabelecer pontes, na óptica do Chefe do Executivo. “Tendo em conta a procura dos idosos de Macau para passarem a velhice no Interior da China, podem-se potenciar as vantagens dos serviços integrados dos cuidados a idosos com os cuidados de saúde de Foshan”. As semelhanças de costumes e afinidade cultural entre as duas cidades foram também trunfos elencados pelo governante para a promoção da “economia prateada”. A “forte indústria manufactureira” de Foshan é outro factor que Sam Hou Fai gostaria de aproveitar, tanto ao nível da cooperação indústria-universidade-investigação, unindo empresas da cidade chinesa a universidades de Macau, como aproveitando o papel de plataforma da RAEM para promover os produtos de Foshan nos países de língua portuguesa. Sete estrelas Antes da visita a Foshan, o Chefe do Executivo passou pela cidade mais a ocidente das que integram o projecto da Grande Baía: Zhaoqing. Aí, Sam Hou Fai agradeceu aos líderes políticos “o empenho na protecção, a longo prazo, da qualidade da água do Rio Xijiang, garantindo, de forma eficaz, a segurança da água potável para a população de Macau”. O líder do Governo da RAEM destacou também o papel de Zhaoqing enquanto a “única ‘cidade-porta’ da Grande Baía que liga as regiões sudoeste e também um dos elos importantes para impulsionar o intercâmbio das culturas chinesa e do ocidente. Importa referir que Zhaoqing faz fronteira com a província de Guangxi. Sam Hou Fai referiu que a cidade tem uma “rica tradição cultural” ligada à medicina tradicional chinesa, que Macau poderia ajudar a chegar aos mercados da União Europeia e países lusófonos. O património ecológico e natural de Zhaoqing foi outro aspecto destacado pelo Chefe do Executivo como oportunidade para forma uma “sinergia de vantagens e desenvolver, em conjunto, rotas ‘premium’ de ‘uma viagem com vários destinos’”.
Hoje Macau PolíticaGrande Baía | Sam Hou Fai em visita de três dias Macau vai ter um “parque industrial de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico” e a construção do projecto pode ter em conta o modelo de Shenzhen adoptado em Qianhai e Hetao. As declarações foram prestadas por Sam Hou Fai durante uma visita a Shenzhen, onde foi recebido por Meng Fanli, secretário do Comité Provincial de Guangdong do Partido Comunista Chinês (PCC) e secretário do Comité Municipal de Shenzhen do Partido Comunista Chinês. O Chefe do Executivo está numa visita oficial à Grande Baía desde domingo, que termina hoje, para promover Macau como uma plataforma para as vendas das empresas tecnológicas de Shenzhen para o exterior, através do território enquanto “ponto ligação entre a China e os países da língua portuguesa”. Em relação à promoção cultural e do turismo, Sam pediu às autoridades de Shenzhen que ponderem um reforço da cooperação, sob a política ‘uma exposição nas duas cidades’, para que Macau possa beneficiar com o desenvolvimento da cidade chinesa a nível das exposições e convenções. O roteiro de domingo de Sam Hou Fai incluiu também a passagem por Huizhou, onde foi recebido por Liu Ji, secretário do Comité Municipal de Huizhou do PCC e presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular de Huizhou. Nesta cidade, Sam Hou Fai apelou aos responsáveis do Interior por uma maior cooperação a nível do turismo.
Hoje Macau PolíticaVisita | Sam Hou Fai na Grande Baía Sam Hou Fai, Chefe do Executivo da RAEM, realiza desde ontem e até amanhã, uma visita oficial a seis cidades da Grande Baía, nomeadamente Shenzhen, Huizhou, Dongguan, Cantão, Zhaoqing e Foshan. Segundo um comunicado oficial, esta visita “vem na sequência da deslocação do Chefe do Executivo, no passado mês de Abril, às três cidades da Grande Baía, nomeadamente Zhuhai, Zhongshan e Jiangmen”, sendo que nesta estadia o governante terá encontros “com os dirigentes das seis cidades” a fim de “trocar ideias de forma aprofundada sobre o impulsionamento contínuo do desenvolvimento da Grande Baía, o reforço da cooperação com benefícios mútuos, entre outros temas”. O programa de viagem inclui ainda “visitas a empreendimentos em desenvolvimento e respectivas empresas nas áreas de inovação tecnológica, de recursos energéticos, entre outras, no intuito de conhecer a situação de desenvolvimento das indústrias importantes daquelas cidades”. Durante a ausência de Sam Hou Fai, o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, exerce, interinamente, as funções de Chefe do Executivo.
Hoje Macau SociedadeBurlas | Imagens de Sam Hou Fai manipuladas com IA Um vídeo com imagens de Sam Hou Fai manipuladas com recurso a ferramentas de Inteligência Artificial está a ser utilizado para burlar os residentes. O alerta foi deixado pela Polícia Judiciária (PJ), através de um comunicado em língua chinesa, divulgado na tarde de ontem. Segundo o material divulgado pela PJ, as imagens mostram Sam Hou Fai a discursar e ao lado são prometidos investimentos que garantem um retorno de 6 mil patacas até 14 mil patacas por dia. No entanto, esta é apenas uma forma de levar os residentes a fornecerem numa plataforma online os seus dados bancários, que depois são utilizados para lhes tirar dinheiro da conta. “O vídeo mostra uma peça de notícias com Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau, Sam Hou Fai, a participar num evento público. O vídeo foi gerado com recurso a tecnologia de IA para se fazer passar pelo Chefe do Executivo de Macau e promover um projecto de investimento online, tentando enganar o público”, foi comunicado pela PJ. “Até ao momento não foram detectadas quaisquer vítimas desta fraude”, foi acrescentado. No mesmo comunicado, a PJ informa a população que este método de burlas tem sido utilizado com muita frequência fora da RAEM e que os objectivos passam sempre por ganhar muito dinheiro ao obter os dados bancários das vítimas.
Hoje Macau PolíticaUniversidade de Pequim | Sam Hou Fai agradece formação de quadros O Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, reuniu na segunda-feira com o reitor da Universidade de Pequim, Gong Qihuang, com quem trocou impressões sobre cooperação nos domínios do ensino superior, da investigação académica e da formação de quadros qualificados de alta qualidade. Como não poderia deixar de ser, Sam Hou Fai salientou o seu Governo “está a implementar plenamente o espírito consagrado nos discursos importantes do Presidente Xi Jinping proferidos durante a sua visita a Macau, e a concentrar todos os esforços no impulsionamento da diversificação adequada da economia local e na construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”. O Chefe do Executivo enalteceu a excelência do ensino da instituição, assim como o prestígio internacional e que coloca a Universidade de Pequim entre as melhores do ranking mundial das universidades, e lembrou o número crescente de alunos de Macau que frequentam a instituição. Como tal, o governante agradeceu ao reitor Gong Qihuang o apoio na “formação de quadros qualificados para a RAEM em todas as vertentes na qualidade de suporte ao desenvolvimento da economia local”.
Hoje Macau PolíticaCooperação | Sam recebeu presidente da Academia Chinesa de Ciências Sociais O Chefe do Executivo reuniu na sexta-feira com o presidente e secretário do Grupo de Liderança do Partido da Academia Chinesa de Ciências Sociais, e director e secretário do Comité do Partido da Academia Chinesa de História, Gao Xiang. Segundo o Gabinete de Comunicação Social, Sam Hou Fai “disse que o Governo da RAEM toma como orientações as ‘quatro expectativas’ solicitadas pelo Presidente Xi Jinping”, e tem como prioridade “a construção de ‘um centro, uma plataforma e uma base’. O governante terá referido que a Academia Chinesa de Ciências Sociais, enquanto “instituição superior do país na área de estudo e pesquisa de ciências sociais”, realiza intercâmbio e cooperação de forma ampla com as instituições de ensino superior de Macau nas áreas de estudos e pesquisas de ciências sociais, culturais e humanas”. Como tal, o Chefe do Executivo enalteceu o contributo “constante” da academia nacional para o “desenvolvimento da RAEM”. Sam Hou Fai sugeriu também que a Academia Chinesa de Ciências Sociais e as instituições de ensino superior da RAEM aproveitem as vantagens da plataforma de Macau, “para promover oportunidades e difundir a excelência da cultura tradicional chinesa e assim contar bem as histórias de Macau e da China”.
Hoje Macau PolíticaMUST | Sam Hou Fai promete ambiente favorável O Chefe do Executivo discursou no sábado na cerimónia de graduação 2025 da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST), prometendo que o Governo, “em colaboração com todos os sectores da sociedade, irá proporcionar mais oportunidades, um palco maior e um ambiente mais favorável para os estudantes e a geração jovem desenvolverem os seus talentos, trabalharem, criarem os seus próprios negócios e concretizarem as suas aspirações”. Além do sucesso profissional, Sam Hou Fai expressou o desejo de que “o espírito patriótico e amor a Macau continue a ser transmitido de geração em geração, e que o princípio de ‘Um País, Dois Sistemas’ prossiga”. Sam Hou Fai salientou o estímulo dado pelo Presidente Xi Jinping, que visitou a MUST em Dezembro do ano passado, trocando impressões com professores, estudantes e investigadores da universidade, e dando “orientações e atenção valiosas”.
Hoje Macau PolíticaSaúde | Sam Hou Fai reúne com dirigente de Comissão Nacional O Chefe do Executivo recebeu na terça-feira na Sede do Governo o sub-director da Comissão Nacional de Saúde, Cao Xuetao, com quem trocou impressões sobre o desenvolvimento da indústria big health e a formação de profissionais de saúde. Sam Hou Fai salientou que o Governo vai continuar “a cooperar com a Comissão Nacional de Saúde, de forma a reforçar a prática clínica para estudantes de saúde de Macau, intensificar a formação médica e o intercâmbio de quadros qualificados e elevar o nível dos serviços de saúde de Macau”. O governante afirmou que a RAEM está concentrada no desenvolvimento da indústria big health e que irá aprofundar a sinergia da Grande Baía nesse domínio. De acordo com o Gabinete de Comunicação Social (GCS), o Chefe do Executivo referiu que a entrada em funcionamento do Hospital das Ilhas reflecte “a atenção e a importância do país ao bem-estar da população da RAEM”. O GCS não adiantou qualquer comentário ou declaração proferida pelo responsável da Comissão Nacional de Saúde na reunião com o Chefe do Executivo.
João Luz Manchete PolíticaCooperação | Reunião com 50 representantes consulares O Chefe do Executivo jantou na sexta-feira com representantes de consulados de cerca de 50 países e organizações internacionais a quem salientou a missão de estabelecer uma plataforma de cooperação internacional. Sam Hou Fai sublinhou a importância de estreitar laços económicos, comerciais e culturais O Governo da RAEM organizou na sexta-feira uma recepção e jantar que contou com a com a presença de representantes de consulados-gerais de cerca de 50 países e organizações internacionais. No discurso na recepção aos representantes, Sam Hou Fai referiu que “Macau está empenhado em construir uma plataforma de cooperação internacional”, e uma “plataforma de abertura ao exterior de alta qualidade”. O líder da RAEM indicou que o objectivo é tornar Macau “numa janela importante para o intercâmbio e aprendizagem mútuos entre a civilização chinesa e a civilização ocidental”. Dirigindo-se aos convidados internacionais, Sam Hou Fai apontou à cooperação económica e comercial, ao intercâmbio cultural e à conexão de pessoas entre Macau e aqueles países, e garantiu que o seu Executivo irá articular com a estratégia de desenvolvimento nacional, “tendo como força motriz a inovação de regimes jurídicos e a optimização de políticas”. O objectivo passa por “promover de forma coordenada o progresso comum do Governo e do mercado, de Macau e do mundo, em prol da construção de uma plataforma de intercâmbio internacional, mais inclusiva, mais conveniente, e mais eficaz”. Sam Hou Fai vincou também o empenho do seu Executivo na “reforma da administração pública, na elevação constante da eficiência da governação, na inovação do conceito de servir”, e na criação de “um ambiente que facilita ainda mais a vida das pessoas e das empresas”. O governante indicou ainda que todos os países e regiões são bem-vindos para aproveitar o papel de Macau enquanto plataforma de cooperação internacional, e convidou “empresas e turistas de todos os países” a “experimentarem a vitalidade do desenvolvimento de Macau e da China”. Alargar o círculo O Chefe do Executivo mencionou também alguns dos conceitos políticos típicos da RAEM, como a ideia de que o princípio “Um País, Dois Sistemas” “demonstra êxitos mundialmente notáveis”. Depois de salientar a imperiosa necessidade de assegurar a soberania e segurança nacional, Sam Hou Fai destacou a importância de garantir “plenamente um alto grau de autonomia de Macau, manter inalterados por um longo tempo o sistema capitalista e a respectiva maneira de viver, o seu estatuto de porto franco internacional e de zona aduaneira autónoma, e o sistema de direito europeu continental em Macau”. O Chefe do Executivou vincou que “Macau está disposta a partilhar as oportunidades de desenvolvimento com todos os países e regiões, alargando o ‘círculo de amigos’ internacional para alcançar uma cooperação cada vez mais abrangente”.
João Luz Manchete PolíticaCooperação | Sam Hou Fai realça contacto próximo com Jilin O Chefe do Executivo recebeu o secretário do Partido Comunista da província de Jilin, com quem trocou impressões sobre o reforço da cooperação nas áreas do turismo, saúde, economia e tecnologia. Sam Hou Fai destacou a proximidade cultural e comercial com a província que faz fronteira com a Coreia do Norte e a Rússia O Chefe do Executivo recebeu na terça-feira, na Sede do Governo, o secretário do partido comunista chinês da Província de Jilin, Huang Qiang, com quem discutiu as áreas estratégicas para o reforço de cooperação entre os dois territórios. Os responsáveis acordaram estreitar laços “nas áreas de turismo e cultura, medicina e saúde, economia e comércio, e ciência e tecnologia”, reforçando “ininterruptamente o intercâmbio”, indicou o Gabinete de Comunicação Social. Sam Hou Fai “indicou que o contacto entre os residentes das duas regiões é cada vez mais frequente, assim como a relação turística, económica e comercial”. Proximidade apesar da distância de mais de 2.500 quilómetros que separam Macau da província no nordeste do país, que faz fronteira com a Coreia do Norte e a Rússia. O Chefe do Executivo salientou a base “sólida” da indústria de Jilin e que o Governo da RAEM está “empenhado em promover a indústria de Big Health, que também é uma das cinco indústrias prioritárias daquela província”. A província de Jilin é fortemente industrializada, em particular na extracção de minérios, petróleo e gás natural. Os recursos naturais e ecológicos também foram destacados por Sam Hou Fai, indicando a Huang Qiang que Macau tem aprofundado a integração intersectorial do “turismo +”, de forma a “expandir os mercados de visitantes”. Como tal, “os recursos e as vantagens das duas regiões poderão complementar-se, fortalecendo a cooperação turística”, concluiu. Pai nosso Como é costume nestes encontros com dirigentes nacionais, o Chefe do Executivo recordou a série de discursos do Presidente Xi Jinping, proferidos durante a sua visita a Macau no ano passado. Sam Hou Fai vincou que as palavras de Xi definiram “definiu novas exigências para o futuro desenvolvimento da região, as quais o Governo da RAEM se compromete a cumprir e a implementar”. O líder local reiterou também que “desde o retorno à pátria, Macau tem sofrido grandes mudanças, cujo desenvolvimento socioeconómico tem sido acelerado, e que a implementação do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’ com características singulares de Macau obteve grande sucesso”. Em relação à “diversificação adequada e do desenvolvimento de alta qualidade da economia local”, Sam Hou Fai disse esperar “que ambas as partes iniciem um intercâmbio e uma cooperação mais profunda e alargada”.
Hoje Macau Manchete PolíticaComércio | Chefe do Executivo quer mais investidores lusófonos Sam Hou Fai, Chefe do Executivo, disse ontem que Macau pretende atrair mais investidores de países onde se fala português, a fim de dinamizar a economia local e promover a tão almejada “diversificação económica” O líder do Governo de Macau, Sam Hou Fai, disse hoje que a região quer atrair mais investidores estrangeiros, incluindo dos países de língua portuguesa. Numa conferência de imprensa, o Chefe do Executivo disse que o território tem de “receber os amigos estrangeiros para investir em Macau e também concretizar os seus sonhos em Macau”, principalmente na área da tecnologia avançada. Sam Hou Fai sublinhou que “podem ser provenientes dos países de língua português e espanhola”, pois “desde que sejam a favor da diversificação económica, são sempre bem-vindos”, acrescentou. Sam defendeu que os empresários locais devem “explorar os mercados de língua espanhola e portuguesa e os mercados de África e o Médio Oriente”. O Chefe do Executivo sublinhou que este é “o papel de Macau no palco internacional”, atribuído pelo Governo central chinês. “Temos de conhecer quais são as nossas vantagens e promover ao exterior o nosso rumo de desenvolvimento”, disse Sam. Visita a Portugal em Julho Num comunicado divulgado na segunda-feira à noite, o dirigente já tinha apelado ao sector industrial e comercial da cidade para “atrair mais investimentos de capitais estrangeiros e concentrar em Macau mais recursos [humanos] de alta qualidade”. Os empresários locais devem “tirar pleno proveito do papel singular e das vantagens únicas de Macau” para “explorar activamente os mercados prioritários, como os dos países de língua portuguesa”, acrescentou o líder do Governo. Em 14 de Abril, Sam disse que irá visitar Portugal após as legislativas de 18 de Maio, mas não ofereceu qualquer solução para as restrições à residência de portugueses na região. Macau não aceita desde Agosto de 2023 novos pedidos de residência para portugueses, para o “exercício de funções técnicas especializadas”, permitindo apenas justificações de reunião familiar ou anterior ligação ao território. Aos portugueses resta a emissão de um ‘blue card’, autorização limitada ao vínculo laboral, sem os benefícios dos residentes, nomeadamente ao nível da saúde ou da educação. Ontem o líder do Governo disse que a visita a Portugal “deve ser em Julho” e poderá incluir uma passagem por Espanha, “para assim encontrar mais projectos de desenvolvimento entre Macau e esses países”. Sam disse que a delegação de Macau irá incluir empresários dos sectores industrial, comercial e financeiro da região e “até certas empresas do interior da China”.
João Santos Filipe Manchete PolíticaGrande Baía | Sam Hou Fai considera Jiangmen exemplo a seguir O Chefe do Executivo terminou a visita de dois dias a três cidades da Grande Baía, tendo inclusive passado pela sua cidade natal, Zhongshan, que elogiou devido ao desenvolvimento acelerado Numa visita a Jiangmen, o Chefe do Executivo afirmou que as experiências da cidade do Interior da China são exemplos que Macau deve seguir. As declarações de Sam Hou Fai foram citadas num comunicado divulgado pelo Gabinete de Comunicação Social (GCS), sobre a deslocação do líder da RAEM à Grande Baía. Ao ser recebido na tarde de segunda-feira por Chen Anming, secretário do Comité Municipal de Jiangmen do Partido Comunista Chinês (PCC), Sam Hou Fai afirmou que “a cidade de Jiangmen é muito conhecida pelos seus recursos humanos e pela riqueza histórica cultural dos chineses ultramarinos”. O líder político da RAEM destacou que Macau também tem uma grande comunidade de chineses nascidos fora da China e que deve seguir “as experiências de sucesso de Jiangmen”, para promover este tipo de turismo. Em relação à cooperação entre as cidades, o governante da RAEM indicou “que as duas partes podem aproveitar os recursos comuns para se desenvolverem em conjunto e criarem produtos turísticos de alta qualidade na área do património cultural mundial”. Por outro lado, Sam Hou Fai destacou os “recursos terrestres ricos”, a “boa rede de transportes” de Jiangmen para fora da Grande Baía e uma base industrial bem instalada que, considerou, criar “uma grande perspectiva de avanço integral”. Face às perspectivas de crescimento de Jiangmen, o Chefe do Executivo afirmou que Macau “espera, em conjunto e de mãos dadas, agarrar as oportunidades geradas pelo desenvolvimento da Grande Baía, gozar da actual base aprofundada entre as duas cidades, aproveitar as vantagens-núcleos de cada uma das cidades” e “criar um novo capítulo de desenvolvimento altamente qualificado”. Outras paragens Antes de se deslocar a Jiangmen, a comitiva liderada por Sam Hou Fai fez uma paragem em Zhongshan, a sua terra natal, onde reuniu com Guo Wenhai, secretário do Comité Municipal de Zhongshan do Partido Comunista Chinês e presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Municipal de Zhongshan. De acordo com o comunicado oficial, Sam Hou Fai sublinhou no encontro que Macau e Zhongshan “possuem uma ligação profunda em termos históricos, com trocas de contactos frequentes” e que “têm mantido uma relação amigável”. O Chefe do Executivo elogiou ainda a cidade natal por se ter “desenvolvido rapidamente, apresentando boas tendências de progresso, tanto a nível social como económico, com potencialidades de cooperação com Macau em várias áreas”. Sam Hou Fai afirmou ainda “esperar também que as empresas das duas localidades possam agarrar as oportunidades e trabalhar de mãos dadas na expansão dos seus negócios”.
Hoje Macau Manchete PolíticaEconomia | Projectos-chave vão custar mais de 40 mil milhões Sam Hou Fai avançou com uma estimativa para o custo dos quatro projectos destinados a diversificar a economia, numa conferência de imprensa exclusiva para alguns meios locais e média da Grande Baía. O Chefe do Executivo apelou aos jovens para “saírem da sua zona de conforto” e procurarem oportunidades no Interior da China Antes de partir para uma visita oficial a Zhuhai, Zhongshan e Jiangmen, o Chefe do Executivo anunciou detalhes sobre os chamados quatro projectos-chave para diversificar a economia, apresentados nas Linhas de Acção Governativa (LAG) para este ano. Numa conferência de imprensa para meios de comunicação social nacionais, e alguns locais seleccionados, Sam Hou Fai apresentou estimativas de custos para três das quatro grandes infra-estruturas que serão construídas ao longo da próxima década. O projecto que parece ter a factura maior é a Cidade (Universitária) de Educação Internacional de Macau de Hengqin que, segundo a imprensa local, poderá custar 20 mil milhões de patacas aos cofres públicos. O projecto, que será construído na Ilha da Montanha, irá avançar com a Universidade de Macau na dianteira, enquanto a “primeira instituição de ensino superior de Macau a implementar o modelo de extensão pedagógica na Zona de Cooperação em Hengqin”. O objectivo é o alargamento posterior a outras instituições públicas e privadas de Macau e procurar obter autorização para construir mais Laboratórios de Referência do Estado. Segundo as LAG, o projecto tem como objectivo “criar um ambiente pedagógico que esteja uniformizado com o de Macau, e configurar um projecto piloto de integração de Macau com Hengqin no âmbito do ensino superior”. O projecto do Bairro Internacional Turístico e Cultural de Macau é o segundo mais caro na lista, com um custo estimado de 12 mil milhões de patacas. Ainda sem um local escolhido, Sam Hou Fai mencionou a zona do Parque Oceanus e as imediações da Torre de Macau como possibilidades. “Temos de construir algo que seja icónico na região da Ásia-Pacífico e mesmo a nível mundial. Deve também reflectir o intercâmbio cultural entre o Ocidente e o Oriente em Macau e promover os elementos principais da cultura chinesa e do nosso património histórico”, afirmou o Chefe do Executivo, segundo o Canal Macau da TDM. O concurso público para este projecto deve ser lançado na segunda metade deste ano, e deve ter uma duração de dois a três anos. O projecto integrará elementos culturais, turísticos e comerciais, destacando-se o Museu Nacional de Cultura de Macau, o Centro Internacional de Artes Performativas de Macau e o Museu Internacional de Arte Contemporânea. Os ares de fora Os restantes projectos-chave são o Hub (Porto) de Transporte Aéreo Internacional de Macau na margem oeste do Rio das Pérolas e o parque industrial de investigação e desenvolvimento das ciências e tecnologias de Macau. Para este último, Sam Hou Fai não avançou com uma estimativa quanto ao custo. Já o hub de transporte aéreo, tem duas fases previstas. A primeira, tem o objectivo de aumentar a capacidade e os recursos em termos de rotas aéreas internacionais do Aeroporto de Macau e a segunda, aproveitar as vantagens da cooperação com o Aeroporto de Zhuhai. Este projecto tem um custo estimado de 6 mil milhões de patacas. O Chefe do Executivo deixou ainda uma mensagem para a juventude de Macau, aconselhando a aposta nas oportunidades de emprego na Grande Baía. “Temos de sair da nossa zona de conforto e libertar-nos da mentalidade antiga de nos contentarmos a ficar confortáveis no nosso canto. Através de Hengqin, podemos entrar na Grande Baía e compreender o desenvolvimento global do país”, afirmou o governante.
Hoje Macau PolíticaGrande Baía | Sam Hou Fai visita Zhuhai, Zhongshan e Jiangmen O Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, termina hoje uma visita a três cidades da Grande Baía (Zhuhai, Zhongshan e Jiangmen), périplo que começou ontem à tarde. A delegação do Governo da RAEM, liderada por Sam Hou Fai, tem na agenda encontros com os dirigentes das três cidades, “com o intuito de trocar impressões sobre como aprofundar a cooperação bilateral e impulsionar, em conjunto, a construção da Grande Baía”. Segundo um comunicado divulgado na tarde de sábado pelo Gabinete de Comunicação Social, o programa incluiu ainda visitas para Sam Hou Fai “se inteirar do desenvolvimento destas cidades e dos projectos de turismo cultural”. A delegação oficial da RAEM é composta pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas, Tam Vai Man, o comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários, Leong Man Cheong, a chefe do Gabinete do Chefe do Executivo, Chan Kak, o director dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional, Cheong Chok Man, o presidente do Conselho Administrativo do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento, U U Sang e o presidente da Autoridade da Aviação Civil, Pun Wa Kin.
João Luz Manchete PolíticaDesporto | Governo pede apoio de longo prazo O Chefe do Executivo recebeu na sede do Governo o director da Administração Geral Nacional do Desporto, que coordena a comissão dos Jogos Nacionais. Sam Hou Fai pediu apoio para o desenvolvimento do desporto local e mostrou-se confiante de que a organização da 15.ª edição dos Jogos Nacionais será um sucesso O Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, recebeu no sábado na sede do Governo o director da Administração Geral Nacional do Desporto e coordenador da Comissão Organizadora da 15.ª edição dos Jogos Nacionais, Gao Zhidan, de acordo com um comunicado do Gabinete de Comunicação Social (GCS). Os Jogos Nacional, o principal evento desporto chinês, realizam-se de quatro em quatro anos. Esta edição, que irá decorrer entre 9 e 21 de Novembro, será a primeira vez, desde os jogos inaugurais em 1959, que vai incluir provas fora do Interior da China através da organização conjunta de Macau, Hong Kong e Guangdong. Sam Hou Fai e Gao Zhidan trocaram opiniões sobre formas de garantir o sucesso da 15.ª edição dos Jogos Nacionais, da 12.ª edição dos Jogos Nacionais para Pessoas Portadoras de Deficiência e da 9.ª edição dos Jogos Olímpicos Especiais Nacionais. Além da organização dos eventos, os responsáveis abordaram o reforço da cooperação na área desportiva. Sam Hou Fai “disse esperar que, através do aprofundamento constante da colaboração, a Administração Geral continue a apoiar Macau no desenvolvimento do desporto a longo prazo”, indica o GCS. O governante afirmou que os jogos constituem “uma plataforma importante para demonstrar a capacidade integral do país e impulsionar o intercâmbio e a cooperação entre as diversas regiões da nação na área do desporto”. Muito agradecido Sam Hou Fai salientou também que o facto de Macau poder participar na organização das provas da Zona de Competição de Macau, deve-se à confiança e apoio do país a Macau. Em relação às tarefas a cumprir, o Chefe do Executivo reiterou a elevada importância dada aos trabalhos preparatórios, incluindo os esforços na organização de competições, na segurança das instalações desportivas e na formação dos voluntários. Em paralelo, Sam Hou Fai indicou que “o Governo da RAEM irá promover de forma contínua o desenvolvimento do turismo desportivo e de outras actividades correlacionadas, no intuito de injectar mais dinâmica na diversificação adequada da economia de Macau”. O Executivo pretende também usar a oportunidade surgida pelas Jogos Nacionais para “transformar Macau numa cidade saudável e dinâmica”, acrescenta o GCS.
Hoje Macau PolíticaSam Hou Fai teme défice mas vai rever orçamento para reforçar apoios O novo líder do Governo de Macau admitiu ontem recear um défice em 2025, devido à desaceleração nas receitas do jogo, mas reiterou que irá rever o orçamento da região para reforçar os apoios sociais. “Estou preocupado, se as receitas de jogo só alcançarem 15 mil milhões [de patacas por mês], poderá resultar em défice orçamental”, disse Sam Hou Fai aos deputados. Recorde-se que Ho Iat Seng tinha previsto receitas de jogo de 240 mil milhões de patacas em 2025, ou 20 mil milhões por mês. Mas, nos primeiros três meses do ano, os casinos de Macau registaram receitas totais de 57,7 mil milhões de patacas, abaixo da meta fixada pelo Governo, apesar de um aumento de 0,6 por cento em comparação com o mesmo período de 2024. “Temos de ter um sentimento de risco”, alertou Sam Hou Fai, durante o debate das Linhas de Ação Governativa (LAG) para 2025, na Assembleia Legislativa. A Lei Básica exige que as contas públicas se mantenham em terreno positivo. O líder do Governo lembrou que a China – de longe a principal fonte de turistas para Macau – caiu em deflação (queda anual dos preços ao consumidor) em Março, pelo segundo mês consecutivo, “mas as poupanças aumentaram”. Sam Hou Fai defendeu que estes dados mostram que a população chinesa tem também “um sentimento de risco”, que já vinha antes do novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciar uma guerra comercial com a China. Tamanho é relativo Na segunda-feira, na conferência de imprensa após a apresentação das LAG, o Chefe do Executivo admitiu que as tarifas impostas por Trump terão um impacto “mais indirecto” em Macau. Sam Hou Fai apontou como prováveis consequências a diminuição, tanto do consumo das famílias locais, como uma quebra no número de visitantes e no consumo, sobretudo em caso de desvalorização do renmimbi. Ainda assim, o líder do Governo garantiu ontem que irá rever o orçamento para 2025, preparado pelo antecessor, para medidas como a criação de um fundo, no valor de 10 mil milhões de patacas, para apoiar pequenas e médias empresas. Sam Hou Fai admitiu que as despesas correntes, com apoios sociais e com a função pública, “só vão aumentar, não diminuir”, mas preferiu concentrar-se na diversificação das receitas públicas. Nos primeiros dois meses de 2025, os impostos sobre o jogo representaram 89,3 por cento das receitas correntes do Governo de Macau.
Hoje Macau PolíticaPME | Associação aplaude medida de bonificação de juros O presidente da Associação Comercial Federal Geral das Pequenas e Médias Empresas de Macau, Wu Keng Kuong, considera que a medida de bonificação de juros nos empréstimos para o comércio local “vai permitir satisfazer as necessidades mais urgentes das empresas”. Foi desta forma, de acordo com o jornal Ou Mun, que o também empresário reagiu à medida anunciada por Sam Hou Fai, na segunda-feira, durante a apresentação das Linhas de Acção Governativa. Apesar deste aspecto positivo, Wu pediu às pequenas e médias empresas (PME) para analisarem a capacidade para pagar as dívidas, no caso de decidirem recorrer ao mecanismo. Wu apelou também às PME para ponderarem os seus modelos de negócio e se a actividade que exercem é economicamente viável. Neste sentido, o responsável defendeu que o Governo deve disponibilizar aconselhamento às PME para fazerem a avaliação, assim como aumentar a literacia financeira dos empresários. “É necessário fornecer assistência financeira para o desenvolvimento sustentável das pequenas e médias empresas, controlando simultaneamente os riscos do sistema financeiro e assegurando a estabilidade do ambiente económico global”, afirmou Wu. Ao mesmo tempo, o empresário destacou a necessidade das empresas se modernizarem e adaptarem-se aos novos modelos de consumo.
Andreia Sofia Silva PolíticaFunção Pública | “Funcionamento do Governo é complicado”, diz CE O Chefe do Executivo disse ontem, no debate com os deputados sobre o relatório das Linhas de Acção Governativa (LAG) para este ano, que “o funcionamento do Governo é muito complicado”, tendo em conta a existência de cerca de 35 mil funcionários públicos “que se dedicam a diferentes sectores sociais”. Além disso, “um só assunto envolve vários departamentos e, por vezes, os órgãos judiciais”. Portanto, “se o Governo for mais eficaz e tiver uma boa coordenação, as coisas funcionam sem sobressaltos”. O governante disse que vai passar a coordenar um “grupo de trabalho para área da administração pública”, admitindo que “alguns funcionários públicos possam ser transferidos para outras áreas onde sejam necessários trabalhadores”. “Vamos optimizar a estrutura dos Serviços de Administração e Função Pública e temos de trabalhar bem com os serviços de Hengqin, nomeadamente os que coordenam os serviços transfronteiriços”, rematou. Tarifas | Deputado defende vantagens em termos de transporte O deputado Cheung Kin Chong afirmou que no cenário de aumento de tarifas pelos EUA, Macau pode tirar vantagens em termos de transporte de carga. “A conjuntura internacional de comércio tornou-se mais complicada e tal vai criar mudanças profundas ao contexto da RAEM. Face à nova conjuntura de comércio global como é que o papel de Macau como hub de transportes pode ser aproveitado?”, questionou. O Chefe do Executivo destacou que a “localização geográfica de Macau traz vantagens” e referiu as obras de expansão do aeroporto e do porto em Hengqin, que estarão “concluídas daqui a dois anos”. “O nosso desejo é aumentar a capacidade do aeroporto e ter mais voos internacionais. Veremos quais as vantagens face aos recursos que Zhuhai tem, pois queremos aproveitar as sinergias com o porto de Hengqin”, rematou. Terrenos | Sam diz que não consegue planear “a 10 ou 20 anos” A necessidade de aproveitar melhor os terrenos sem finalidade atribuída foi um dos pontos desenvolvidos ontem no debate entre deputados e Chefe do Executivo sobre o relatório das Linhas de Acção Governativa para este ano. Porém, Sam Hou Fai admitiu não conseguir “dar uma resposta para o planeamento a 10 ou 20 anos”. “Vamos pensando na finalidade de cada terreno tendo em conta o Plano Director, e se for necessário poderemos alterar as finalidades já definidas”, disse, adiantando que, até à data, foram recuperados pela Administração 85 terrenos com uma área de 108 quilómetros quadrados, e usados 200 mil hectares. “Temos sempre de ter alguns terrenos sem finalidade para a construção de parques industriais e espaços de investigação”, declarou Sam Hou Fai, que no debate deixou algumas ideias para o futuro reaproveitamento das zonas costeiras do território. “Podemos pensar em planos para o terreno do antigo Macau Jockey Club, e temos um grande terreno, muito perto do aeroporto, que estava pensado para a habitação intermédia, mas que pode ser afecto ao desenvolvimento tecnológico. Precisamos também de instalações para o sector do turismo e cultura, como a Barra ou junto aos Ocean Garden. Temos o exemplo de Sentosa, em Singapura. Então será que podemos criar um plano para desenvolver as margens do rio? Ou montar um corredor marginal que consiga albergar actividades culturais e exposições, a fim de nos articularmos com um desenvolvimento mais contemporâneo”, apontou.