Rua da Felicidade | IC desvaloriza aumento de rendas

O Instituto Cultural (IC) considera que o aumento das rendas na Rua da Felicidade é uma consequência do funcionamento do mercado e que é preferível haver rendas caras, a não ter turismo na zona. As declarações foram prestadas ontem, segundo a Rádio Macau, por Deland Leong Wai Man, após a 7.ª reunião plenária do Conselho Consultivo para o Desenvolvimento Cultural.

“Prevemos que no futuro possa haver um ajustamento do valor da renda. Se através do projecto de revitalização conseguirmos trazer mais movimento para a zona, mais fluxo económico, então o ajustamento da renda é um ajustamento económico, que resulta do funcionamento das regras de mercado livre”, afirmou Leong, quando confrontada com um potencial aumento do valor cobrado pelas lojas. “Preferem rendas baixas, mas sem que se explore actividades comerciais ali, ou rendas caras, com mais visitantes, negócios e mais lojas naquela zona?”, perguntou de forma retórica. “É uma opção e o funcionamento do mercado livre”, completou.

Leong Wia Man destacou ainda o número de turistas atraídos pelo Grande Prémio, principalmente a zonas consideradas menos visitadas, no que afirmou “dias normais”, sem que haja eventos. “Durante o Grande Prémio de Macau, nos dois dias, houve uma média diária de visitantes à Fortaleza do Monte de 14 mil a 15 mil pessoas”, informou a presidente do IC. “Comparando com os outros dias normais, normalmente a média máxima diária de visitantes é 3 mil e tal pessoas” partilhou.

O efeito prolongou-se à Rua da Felicidade, em que durante o Grande Prémio foi frequentada por 59 mi pessoas. A lição retirada através destes números, indicou Leong, passa pela necessidade de instalar mais “elementos especiais” nestas zonas, para atrair visitantes.

29 Nov 2023

Rua da Felicidade | Perfuração de fachadas das casas alvo de críticas

Lam Iek Chit, membro do Conselho do Património Cultural, critica a colocação de suportes aparafusados nas fachadas das casas da Rua da Felicidade para a iluminação decorativa da zona pedonal. O responsável considera que existiam alternativas para não prejudicar o traço original das casas históricas e preservar o património

Fotografia do jornal Cheng Pou

 

O plano pedonal da Rua da Felicidade levou à colocação de suportes aparafusados às fachadas das casas para a instalar o sistema de iluminação decorativa, acção que mereceu críticas do urbanista Lam Iek Chit, membro do Conselho do Património Cultural. Segundo o jornal Cheng Pou, o responsável entende que não havia necessidade de colocar aparafusar as fachadas dos edifícios históricos.
Considerando que a situação não é grave no que diz respeito à preservação daquele local histórico, Lam Iek Chit entende que a prática “não é a ideal” e que haveria alternativas.

O responsável cita mesmo a “Carta de Burra”, documento do ICOMOS Austrália [Conselho Internacional de Monumentos e Sítios da UNESCO, em português] com o nome da cidade australiana, que contém orientações para a conservação e gestão de locais com significado cultural.

As orientações determinam o respeito pelo tecido urbano existente e que em caso de necessidade de intervenção esta seja sempre feita de forma prudente, com o mínimo impacto possível nos monumentos e locais históricos.

Para Lam Iek Chit, as intervenções e instalação dos suportes com parafusos na Rua da Felicidade vai contra estes princípios. “Não era necessário colocar parafusos nas fachadas. Como é que esta acção pode estar de acordo com as sugestões de prudência e intervenções mínimas nos monumentos?”, questionou.

O urbanista critica a aprovação do Instituto Cultural (IC), acusando o organismo de não ser prudente, pois poderiam ter sido usadas colunas para a instalação de iluminação pública, ou ainda a colocação de outro tipo de estruturas para iluminar a rua, como é prática, por exemplo, no Largo do Senado. “Não se abrem buracos no edifício do Instituto para os Assuntos Municipais ou no edifício da sede dos CTT, pois não?” questionou.

Tijolos com história

A Rua da Felicidade, outrora lugar de prostituição, jogo e consumo de ópio, contém casas construídas no período da dinastia Qing, com cerca de 150 anos. Neste sentido, o urbanista tem dúvidas sobre o estado de conservação e estabilidade dos edifícios mais antigos da cidade construídos com tijolos cinzentos. “Podem não estar em bom estado, tal como acontece noutros monumentos [construídos com tijolos cinzentos]”, rematou o membro do Conselho do Património Cultural.

A Rua da Felicidade esteve fechada ao trânsito no período da semana dourada, numa iniciativa que faz parte de um plano de revitalização de zonas históricas que o Governo está a levar a cabo com operadoras de jogo, como acontece também, por exemplo, na Barra ou Porto Interior.

12 Out 2023

Negócios confiantes na parceria entre Governo e jogo na revitalização de zona antiga de Macau

Reportagem de Catarina Domingues, da agência Lusa

O plano de revitalização da tradicional rua da Felicidade, uma parceria entre o Governo de Macau e a operadora de jogo Wynn que arrancou dia 29, é visto com expectativa por comerciantes afectados pela pandemia da covid-19. “As lojas não sabiam como gerir os negócios quando a pandemia se alastrou pelo mundo inteiro, por isso vamos ver como é que estas actividades vão impulsionar o comércio”, disse à Lusa a proprietária da Pa Ka Cheong, que vende chás medicinais.

“Claro que tenho [esperança], disso não há dúvidas”, admitiu Chen Pek Chun, enquanto, lá fora, um rancho folclórico actuava para membros das autoridades e da Wynn Macau, que percorriam a passo lento a rua da Felicidade, seguidos de jornalistas e convidados. Pelo caminho, ainda instalações de coelhos e lanternas em celebração do festival do Bolo Lunar, que arrancou dia 29; actuações de marionetistas e grupos de teatro; jovens a fazerem directos para as redes sociais ou a posar para fotografias. “Uma boa experiência” para Ana Manhão, do restaurante de comida macaense “Belos Tempos”.

“Já ando aqui há mais de 10 anos, então acho que é uma boa iniciativa, porque é sempre uma coisa nova, não sabemos qual vai ser o resultado, mas vamos ver”, disse a chefe de cozinha, para quem a pedonalização do bairro também tem um lado negativo, já que as viaturas deixam de poder parar à porta para as entregas durante o dia. “Mas, em vez de estar sempre a dizer mal, vamos ver o que podemos [fazer para] recuperar”, notou a macaense, afirmando que o impacto da covid-19 foi “muito mau” para o negócio de restauração.

A rua da Felicidade, que nos tempos antigos foi uma zona de prostituição, com bordéis, casas chá e de ópio, e que é actualmente um dos pontos mais turísticos da região, esteve dia 29 fechada ao trânsito, a título experimental, entre as 11:00 e a 01:00. A iniciativa, que se estendeu a algumas ruas adjacentes, é o primeiro projeto de uma operadora de jogo em Macau no âmbito do programa de revitalização dos bairros antigos.

Com vista à diversificação da economia local, fortemente dependente das receitas dos casinos, a aposta em elementos não jogo foi uma das exigências das autoridades da região administrativa especial para a atribuição das seis concessões de jogo em Janeiro. Uma imposição que visa apoiar uma das políticas que o Governo determinou como prioritária, a de revitalizar as zonas antigas do território.

“A Wynn vai continuar a cooperar com a estratégia de desenvolvimento diversificado moderado” de Macau e “com diferentes partes interessadas da comunidade, contribuindo para o desenvolvimento ordenado do turismo comunitário e não relacionado com o jogo”, notou a empresa norte-americana em comunicado.

Ao longo das últimas semanas, as seis operadoras apresentaram as estratégias para a cidade, com a Sands China a anunciar hoje, entre outros projetos, um plano de incubação para pequenas e médias empresas na rua das Estalagens, centro histórico de Macau, e a transformação das Casas-Museu da Taipa num destino para fotografias de casamento.

No caso da MGM China Holdings Limited, a operadora assinou com o Governo um programa de revitalização para a área da Barra e à volta da Doca D. Carlos I, para criar um parque cultural e criativo. O Galaxy Entertainment Group projectou para os antigos estaleiros navais de Lai Chi Vun, em Coloane, um salão de exposições, uma pista de gelo e uma quinta urbana.

Nos planos da SJM Resorts está a revitalização e conservação das pontes-cais n.º 14 e 16 e do antigo casino flutuante Palácio de Macau, no Porto Interior. Já as pontes-cais n.º 23 e 25 vão integrar elementos culturais e artísticos, num projeto da Melco Resorts, que, em conjunto com o Governo, vai ainda revitalizar a zona da Fortaleza do Monte.

Ainda não são conhecidos os valores totais que as operadoras vão desembolsar, embora estas se tenham comprometido a aplicar mais de 100 mil milhões de patacas em elementos não relacionados com o jogo.

9 Out 2023

Rua da Felicidade | Associações entusiasmadas com zona pedonal

A partir de sexta-feira arranca a zona pedonal na Rua da Felicidade, a tempo da Semana Dourada. As associações esperam que face à média esperada de 100 mil visitantes por dia, os comerciantes comecem a sentir os efeitos nos negócios

 

A partir de sexta-feira a Rua da Felicidade passa a estar encerrada ao trânsito, entre as 11h da manhã e a 1 da manhã do dia seguinte. E de acordo com a associação dos Moradores, os residentes e comerciantes estão preparados para a mudança e à espera do aumento do volume de negócios.

Citada pelo jornal Ou Mun, a responsável da Associação de Mútuo Auxílio do Bairro da Rua da Felicidade, Tou Mio Leng, apontou que a alteração é benéfica e que existe a expectativa entre os comerciantes da zona que o encerramento da circulação de veículos consiga atrair mais visitantes. Tou Mio Leng espera que a revitalização aumente o volume de negócios de toda aquela zona e que os efeitos não se limitem à Rua da Felicidade.

Por seu turno, o presidente da Federação da Indústria e Comércio de Macau Centro e Sul Distritos, Lei Cheok Kuan, apontou que o estabelecimento da zona pedonal a tempo da Semana Dourada é muito importante, que se vai assistir à criação de uma nova atracção turística no território. Segundo a previsão da Direcção de Serviços de Turismo, durante a Semana Dourada espera-se a entrada no território de uma média diária de 100 mil visitantes.

Lei explicou igualmente que este tipo de planos tem impacto na economia dos bairros da zona Centro e Sul da cidade, e que a aposta no turismo merece ser elogiada. Segundo as intenções apresentadas pelo Governo e pela concessionária Wynn Macau, sem qualquer tipo de pormenores, o objectivo passava pela realização frequente de actividades culturais e comerciais, como espectáculos, instalações artísticas e mais restaurantes para atrair visitantes.

Além da Rua da Felicidade, o encerramento estende-se também a outros locais, como a Travessa do Mastro, da Travessa do Aterro Novo, da Rua do Matapau e da Travessa de Hó Lo Quai.

Eficácia questionada

O plano de criação de uma zona pedonal na Rua da Felicidade faz parte das iniciativas promovidas pelo Governo e as concessionárias do jogo para revitalizar várias zonas antigas do território, como Barra, Porto Interior, entre outras. No entanto, a eficácia dos planos também tem suscitado algumas dúvidas, como acontece com o deputado Ron Lan. Num artigo de opinião publicado no jornal Son Pou, o deputado questionou a eficácia dos planos à luz de alguns exemplos na Rua da Felicidade, onde a Associação Chap Seng Tong controla grande parte dos imóveis.

Segundo o deputado, os descendentes colectivos da associação não têm tomado conta dos imóveis, que se apresentam desgastados, nem conseguem chegar a um acordo para que se façam obras de manutenção e aproveitamento dos espaços para áreas comerciais.

Neste cenário, o deputado teme que a questão da conservação de património e da emissão de licenças fique impossibilitada e que os planos se limitem apenas ao embelezamento do exterior dos edifícios.

26 Set 2023

Rua da Felicidade | IC espera abertura do Teatro Cheng Peng

No âmbito da transformação da Rua da Felicidade, o Governo espera que o Teatro Cheng Peng, que é privado, abra ao público com elementos culturais e turísticos. O Instituto Cultural indicou que o local deveria voltar a ter a opera cantonense como principal atracção

 

O Instituto Cultural (IC) espera que com a transformação da Rua da Felicidade numa zona pedonal, o Teatro Cheng Peng abra ao público com elementos culturais, turísticos e comerciais. A esperança foi deixada em resposta a uma interpelação escrita de Leong Hong Sai, deputado dos Moradores.

De acordo com a informação de Cheong Lai San, vice-presidente do IC, a gestão privada do Teatro Cheng Peng apresentou em 2011 “um plano de revitalização” para “transformar o teatro num espaço de realização, exposição e formação de espectáculos da ópera cantonense e num centro de exposições culturais”.

Tendo em conta o valor cultural do teatro, o gestor, que nunca é identificado, terá pedido auxílio ao Governo para a “prestação de apoio técnico para a revitalização”. Em 2014, o próprio IC, em comunicado, identificava o empresário William Kuan Vai Lal, como um dos responsáveis pela Companhia Centro Cultural Cheng Peng. William Kuan está preso desde Dezembro de 2021, e encontra-se a cumprir pena de 18 anos de prisão, por vários crimes, relacionados com o caso dos ex-directores das Obras Públicas Jaime Carion e Li Canfeng.

No âmbito da solicitação, até 2015, segundo Cheong Lai San, o IC realizou “estudos sobre a história do teatro, mapeamento espacial, recolha de informações sobre a arquitectura do teatro”, assim como foi reunida informação sobre a ópera cantonense. O IC também terá feito “pareceres técnicos sobre os métodos de restauro” e sobre o “plano de revitalização”.

Contudo, actualmente, o Teatro Cheng Peng ainda não terá condições de abertura ao público, com os novos elementos, pelo que a presidente do IC espera que a situação possa mudar, com as transformações na Rua da Felicidade. “Existem expectativas que sejam criadas mais condições favoráveis para impulsionar os proprietários da Rua da Felicidade e do Teatro Cheng Peng a acelerarem a revitalização e abertura ao público dos edifícios históricos”, apontou a presidente do IC.

Plano conjunto

Segundo o plano desenvolvido pela concessionária Wynn Macau, a zona entre a Rua da Felicidade, a Travessa do Mastro, a Travessa do Aterro Novo, a Rua do Matapau e a Travessa de Hó Lo Quai vão ser “transformadas em zonas pedonais” para criar “uma plataforma de exposições e espectáculos”, de forma a “enriquecer o ambiente cultural e turístico integral da zona da Rua da Felicidade”.

A abertura da zona pedonal está prevista para 29 de Setembro, data de celebração do Festival do Bolo Lunar, com o encerramento ao trânsito a acontecer durante todo o dia, à excepção do período entre a 1h da manhã e as 11h.

O Teatro Cheng Peng abriu em 1875 como um espaço dedicado à ópera cantonesa. Em 1925, de acordo com o portal “Cinema Treasures”, recebeu a primeira tela que permitiu que funcionasse como cinema até à década de 1950. O primeiro filme a ser transmitido foi a Irmã Branca, com a superestrela Lilian Gish. Contudo, na década de 60 voltou a ser reconvertido num espaço para a ópera cantonense.

7 Set 2023

Rua da Felicidade | Via vai fechar ao trânsito a partir de 29 de Setembro

Segundo as propostas da Wynn Macau, que vai financiar o projecto da Rua da Felicidade, a revitalização pode passar pela instalação de canteiros de flores, como acontece no casino da concessionária, a criação de uma “Vila de Delícias” e ainda a instalação de lanternas vermelhas

 

A partir de 29 de Setembro, data de celebração do Festival do Bolo Lunar, a Rua da Felicidade vai passar a estar fechada ao trânsito, à excepção do período entre a 1h da manhã e as 11h. O Plano de Revitalização da Zona Pedonal da Rua da Felicidade vai funcionar de forma experimental, tendo sido apresentado ontem, numa conferência de imprensa no Centro Cultural de Macau.

O projecto para a Rua da Felicidade tem por base a experiência de encerramento ao trânsito da Avenida de Almeida Ribeiro, no início deste ano, e propõe vários objectivos, no seio da política de revitalização dos bairros antigos, como explicou a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U.

“A revitalização dos Bairros Antigos é um dos objectivos importantes do Governo da RAEM”, afirmou Elsie Ao Iong. “Através de planos como este, pretendemos um melhor aproveitamento dos bairros antigos, dos elementos culturais da zona, revitalização da economia, descentralização dos turistas, captação de novos visitantes e incentivar os negócios das Pequenas e Médias Empresas”, acrescentou.

No início, o projecto vai funcionar de forma experimental, sem que haja uma data para a conclusão do período da experiência. Contudo, o Governo deixou o desejo de que os resultados sejam apurados até ao final do ano, altura em que se tomará uma decisão sobre o futuro da Rua da Felicidade.

A iniciativa de revitalização vai ficar a cargo da concessionária Wynn Macau, que assume os custos com a operação, sob a “orientação do Governo”. Esta é uma tarefa que resulta dos novos contratos de concessão que entrarem em vigor no início deste ano, como explicou a secretária. “No âmbito das novas concessões, as operadoras têm de apresentar planos de revitalização dos bairros antigos e com a sua experiência comercial esperamos que lancem planos comerciais para estas zonas”, explicou a governante. “É o conceito das grandes empresas a ajudarem as pequenas”, destacou.

Durante a conferência de imprensa, Elsie Ao Ieong U reforçou que o projecto parte da Wynn Macau, entidade responsável pelo orçamento da iniciativa, que, no entanto, não foi revelado.

Planos de concepção

Apesar de ontem ainda não terem sido avançados planos concretos sobre o futuro da rua, a Wynn Macau apresentou “três projectos” de concepção.

Na primeira sugestão, a concessionária pretende criar na Rua da Felicidade espaços com canteiros de flores, que vão assumir o mesmo estilo dos ornamentos do Casino Wynn Cotai. Esta proposta é tida como positiva, por poder criar mais um ponto de interesse, principalmente para os turistas “poderem tirar fotografias”.

O segundo projecto de concepção passa pela criação de “uma vila de delícias”, com oferta de espaços com comida.

Finalmente, foi também proposta a instalação de várias lanternas vermelhas por cima da rua, no que a concessionária defendeu ser um sinal da “longevidade e saúde” da população local.
“A rua da felicidade é antiga, tem um valor histórico e cultural muito rico, com as suas características. Esperamos maximizar estes efeitos, congregar os vários elementos culturais e criar um novo ambiente”, afirmou Linda Chen, presidente da Wynn Macau. “Esperamos maximizar o plano económico, utilizar os recursos económicos locais para revitalizar os bairros antigos e atrair mais turistas, com produtos culturais, para aumentar a capacidade para receber visitantes”, acrescentou.

Moradores apoiam

Após a polémica com a construção da estátua gigante de Kun Iam e do Campo de Aventuras Juvenis, ontem o Governo destacou ter avançado com esta proposta, em que apenas surge como coordenador, depois de ter falado com os moradores e residentes da Rua da Felicidade e zonas adjacentes.

“Entre os moradores e comerciantes, 80 por cento apoiam o projecto. Se consideramos aqueles que não se opõem, então mais de 95 por cento não se mostraram contra esta iniciativa”, afirmou a secretária.

Por sua vez, Deland Leong, presidente do Instituto Cultural, explicou que a consulta junto da população foi feita com base na “Associação de Mútuo Auxílio do Bairro” e que grande parte dos ouvidos até fizeram sugestões sobre o que esperam ver implementado.

No âmbito dos novos arranjos da Rua da Felicidade, o trânsito vai circular no sentido contrário, quando a rua estiver aberta. Quando a rua estiver fechada, a zona de cargas e descargas, assim como as paragens para os autocarros de turismo, passam para a Rua da Alfândega.

20 Ago 2023

IC | Governo planeia fechar Rua da Felicidade ao trânsito

O Instituto Cultural (IC) tem um plano para fechar ao trânsito o Bairro da Rua da Felicidade, de acordo com um projecto apresentado ontem, numa reunião do Conselho Consultivo para o Desenvolvimento Cultural. A iniciativa surge depois de no início do ano o encerramento temporário do trânsito da Avenida de Almeida Ribeiro ter sido considerado um sucesso.

Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o objectivo do Governo passa por criar condições para fixar, preferencialmente em regime de permanência, uma zona pedonal que atraia mais residentes e turistas para aquela zona e contribuir para a revitalização e recuperação de mais um bairro antigo da cidade.

Após a apresentação da proposta, Deland Leong Wai Man garantiu que o projecto teve o “parecer favorável” dos membros do Conselho Consultivo para o Desenvolvimento Cultural.

De acordo com a mesma fonte, a responsável também assinalou que a zona – composta pelas ruas da Felicidade e Matapau e as travessas do Mastro, do Auto Novo e de Hó Lo Quai – deverá ser encerrada à circulação automóvel durante todo o dia, funcionando em regime de trânsito condicionado durante a madrugada e parte da manhã.

Antes da actividade arrancar, o Governo garante que vão ser feitas “negociações e auscultações à população do bairro”. No entanto, a presidente do IC afirmou que, nesta altura, os moradores mostraram “abertura” para que o projecto avance.

25 Jul 2023

Rua da Felicidade | Parte do Teatro Cheng Peng deverá abrir este ano

William Kwan, empresário responsável pela Companhia do Centro Cultural do Teatro Cheng Peng, garantiu que uma parte do teatro pode abrir ao público este ano, incluindo um pequeno museu sobre ópera cantonense.
Tratando-se do primeiro teatro no sul da China, William Kwan referiu ao jornal Ou Mun que tem um valor histórico importante por se tratar de um espaço antigo para divulgar a ópera cantonense.
“Com a ajuda do Governo já foi feita a reparação da estrutura do teatro. A renovação interior do edifício continua e prevejo que partes do teatro, como a sala de ensaios e o museu, possam abrir já este ano”, disse o empresário.
O responsável considerou que o teatro pode oferecer a possibilidade de grupos públicos e associações realizarem actividades culturais, enquanto podem divulgar mais informações sobre ópera cantonense.
William Kwan apela, contudo, que o Governo dê mais apoio à criação de mais instalações na Rua da Felicidade. “O Governo pode criar um parque de estacionamento na Praça da Ponte e Horta e deve discutir com Zhuhai quanto a um planeamento mais rápido do Porto Interior. O ideal seria criar um túnel entre Macau e Wanchai a funcionar durante 24 horas”, concluiu.

17 Fev 2016