Falsificação informática | Detida por desfalque de 70 mil renminbis

A Polícia Judiciária (PJ) deteve no passado sábado uma residente de Macau por suspeitas da prática do crime de burla de valor elevado com recurso a falsificação informática. Em causa está o facto de a suspeita ter recorrido às redes sociais e a capturas de ecrã forjadas para se fazer passar por três pessoas diferentes para burlar um homem em cerca de 70 mil renminbis.

De acordo com informações reveladas ontem em conferência de imprensa, a burla aconteceu a pretexto da troca de dinheiro, com a vítima a mostrar-se interessada em trocar 17.120 renminbis por 20 mil patacas. Se nas primeiras vezes, a suspeita respondeu com a transferência do montante acordado e a apresentação de uma captura de ecrã onde constava o respectivo valor, nas vezes seguintes, o resultado não foi o mesmo.

Isto porque, após as primeiras transacções terem corrido favoravelmente, a vítima recorreu novamente à suspeita para trocar, por duas ocasiões, 10.000 e 13.000 renminbis e 10.000 e 12.040 renminbis. No entanto, apesar de, tal como da primeira vez, a apresentação das capturas de ecrã ter bastado para convencer o homem da veracidade da operação, a vítima acabaria por não reaver os montantes.

Depois de investigar, a PJ viria a confirmar que a suspeita se fez passar por três pessoas diferentes para aliciar a vítima, acabando por detê-la na noite do passado sábado quando esta tentou sair de Macau pelas Portas do Cerco.

Após a detenção, a vítima admitiu a prática do crime. Por seu turno, a vítima revelou que, no total, dos 120 mil renminbis investidos, 50 mil foram trocados com sucesso e 70 mil ficaram perdidos.

21 Set 2021

China pode ajudar a superar insuficiência de capitais em Portugal

[dropcap]O[/dropcap] secretário-geral da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Norberto Rosa, disse à agência Lusa, em Macau, que a China pode ajudar a superar a insuficiência de capitais em Portugal.

“Naturalmente que um dos problemas em concreto que Portugal tem é a insuficiência de capitais e, portanto, a China [que] tem feito investimentos, mais na aquisição de activos existentes, era fundamental que passasse também a fazer investimentos em novas indústrias e em novos sectores”, sustentou Norberto Rosa.

“Aí [na China] existe capital em excesso e nós temos insuficiência de capital: penso que poderá ser uma boa simbiose entre a economia portuguesa e a economia chinesa”, acrescentou o responsável à margem da assinatura de um acordo de cooperação entre associações de bancos lusófonos e de Macau.

O acordo foi assinado por iniciativa da Associação de Bancos de Macau, em conjunto com a Associação Portuguesa de Bancos, Associação Moçambicana de Bancos, Associação Santomense de Bancos e a Associação Profissional de Bancos e Estabelecimentos Financeiros da Guiné Bissau.

“A importância [do protocolo] é muito grande, por não só permitir uma maior cooperação com os países de expressão portuguesa, como também a sua articulação com a China e com o mercado chinês”, afirmou o secretário-geral da Associação Portuguesa de Bancos.

Norberto Rosa lembrou que na sexta-feira, “curiosamente, e por coincidência, deu-se a emissão dos ‘Panda Bonds’, [sendo] que [Portugal] foi o primeiro país da área do euro a fazer essa emissão, o que mostra perfeitamente o bom relacionamento actual existente com um país com a dinâmica de desenvolvimento da China, Portugal e todos os outros países de expressão portuguesa”, justificou.

3 Jun 2019

Renminbi | Macau pode ser relevante na internacionalização da moeda

As relações de cooperação económica entre o território e os países de língua portuguesa podem ser utilizadas no processo de internacionalização do Renminbi, considera Lionel Leong. O secretário para a Economia e Finanças defendeu ainda a criação e um centro de formação de talentos financeiros em Macau

 

[dropcap]M[/dropcap]acau, enquanto plataforma entre a China e os países lusófonos pode contribuir para a internacionalização do Renminbi. A ideia foi deixada pelo secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, na Conferência dos Governadores dos Bancos Centrais e dos Quadros da Área Financeira entre a China e os Países de Língua Portuguesa na passada sexta-feira.

“Temos expectativas de que através de uma articulação exacta entre os novos sectores das actividades financeiras com características próprias, os elementos e os componentes integrantes que sustentam a plataforma de prestação de serviços financeiros entre a China e os países de língua portuguesa de Macau possam ser continuamente enriquecidos, assim como o aproveitamento pleno da rede de conexão existente entre Macau e os países de língua portuguesa no sentido de promover o aprofundamento contínuo da cooperação financeira recíproca, contribuindo para o processo de internacionalização do Renminbi”, disse o secretário, de acordo com uma nota da Autoridade Monetária de Macau.

O governante exaltou ainda a emissão recente de obrigações Panda efectuada por Portugal “com grande sucesso”.

Lionel Leong espera também que “Macau possa prestar serviços relacionados com a emissão de obrigações, principal actividade do mercado de capitais”, contribuindo para o aumento do número de projectos de cooperação entre a China e os países de língua portuguesa.

Talentos financeiros

Na área financeira, o secretário deixou ainda expresso o desejo de transformar Macau num centro de formação de talentos tendo em conta as relações com os países lusófonos. Para o efeito, o território já está a desenvolver intercâmbios com as instituições de ensino superior e a “aproveitar as capacidades dos peritos chineses nesta matéria acrescentou Leong.

No mesmo encontro, Benjamin Chan, presidente do conselho de administração da autoridade monetária de Macau sublinhou o crescimento das transacções entre a China e os países de língua portuguesa “de um nível de 18,3 mil milhões de dólares americanos (em 2004) para um valor próximo dos 150 mil milhões de patacas (em 2018)”.

O responsável destacou o alargamento de trocas comerciais além do comércio de mercadorias, abrangendo agora áreas como as infra-estruturas, os recursos naturais e as finanças”.

 

Criação de bolsa de valores em estudo

A criação da bolsa de valores de Macau vai ser alvo de estudos. A ideia foi deixada pelo presidente da Autoridade Monetária de Macau (AMCM), Benjamin Chan à margem da Conferência dos Governadores dos Bancos Centrais e dos Quadros da Área Financeira entre a China e os Países de Língua Portuguesa, de acordo com a Rádio Macau. “Macau vai fomentar este papel no âmbito da cooperação entre a China e os países de língua portuguesa. Preparamo-nos para designar uma companhia para elaborar estudos sobre a viabilidade da criação, em Macau, desta bolsa de valores”, disse citado pela mesma fonte, sendo que a ideia de se criar uma bolsa de valores em Macau remonta à década de 1980.

3 Jun 2019