Andreia Sofia Silva PolíticaTelecomunicações | Lei relativa à rede de convergência chega à AL em 2020 [dropcap] O[/dropcap] secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, anunciou ontem na Assembleia Legislativa (AL) que a proposta de lei relativa à rede de convergência, que traz a rede 5G para o território e que irá permitir a chegada ao mercado de quatro operadoras, deverá chegar à Assembleia Legislativa no final de 2020. No que diz respeito aos actuais contratos de concessão nesta área, Raimundo do Rosário assegurou que essa é matéria para o próximo Governo, mesmo que o seu nome esteja a ser falado para continuar a assumir funções no Executivo de Ho Iat Seng. “Os contratos terminam a 30 de Outubro de 2021, ainda têm a duração de dois anos e portanto caem no âmbito do próximo Governo. Vamos verificar quais os activos [das concessionárias] que serão tratados”, adiantou. Para já, uma coisa é certa: a nova proposta de lei relativa à rede de convergência vai permitir uma partilha de activos entre operadoras, garantiu um responsável do Governo. “Esperamos que as empresas de telecomunicações possam partilhar os seus equipamentos, como cabos e redes, com vista a diminuir os seus custos, e também para afectar o menos possível a população. No regime de convergência vamos regular toda essa matéria.”
Hoje Macau China / ÁsiaTelecomunicações | Operadoras chinesas lançam hoje serviços 5G [dropcap]A[/dropcap]s três principais operadoras de telecomunicações na China vão começar hoje a comercializar serviços de internet de quinta geração (5G), num momento em que o país procura expandir a sua tecnologia globalmente, num cenário de rivalidade com Washington. A China Mobile, a maior operadora do mundo em termos de número de assinantes, disse que a quinta geração de internet móvel estará disponível a partir de hoje e cobrirá 50 cidades em todo o país, incluindo Pequim e Xangai. As concorrentes China Telecom e China Unicom também oferecem serviços 5G nas principais cidades, segundo os seus portais. A internet 5G, que é 100 vezes mais rápida do que as redes 4G existentes, poderá transmitir grandes quantidades de dados a grande velocidade – transferir um filme levará apenas alguns segundos. As redes sem fio 5G destinam-se a conectar carros autónomos, fábricas automatizadas, equipamento médico e centrais eléctricas, pelo que vários governos passaram a olhar para as redes de telecomunicações como activos estratégicos para a segurança nacional. Austrália e Nova Zelândia baniram as redes 5G da Huawei, por motivos de segurança nacional, após os Estados Unidos e Taiwan, que mantém restrições mais amplas à empresa, terem adoptado a mesma medida. Também o Japão, cuja agência de cibersegurança classificou a firma como sendo de “alto risco”, baniu as compras à Huawei por departamentos governamentais. A gigante das telecomunicações disse em Outubro que assinou cerca de 60 contratos em todo o mundo com operadoras para implantar a sua tecnologia 5G.
Hoje Macau China / ÁsiaTelecomunicações | Operadoras chinesas lançam hoje serviços 5G [dropcap]A[/dropcap]s três principais operadoras de telecomunicações na China vão começar hoje a comercializar serviços de internet de quinta geração (5G), num momento em que o país procura expandir a sua tecnologia globalmente, num cenário de rivalidade com Washington. A China Mobile, a maior operadora do mundo em termos de número de assinantes, disse que a quinta geração de internet móvel estará disponível a partir de hoje e cobrirá 50 cidades em todo o país, incluindo Pequim e Xangai. As concorrentes China Telecom e China Unicom também oferecem serviços 5G nas principais cidades, segundo os seus portais. A internet 5G, que é 100 vezes mais rápida do que as redes 4G existentes, poderá transmitir grandes quantidades de dados a grande velocidade – transferir um filme levará apenas alguns segundos. As redes sem fio 5G destinam-se a conectar carros autónomos, fábricas automatizadas, equipamento médico e centrais eléctricas, pelo que vários governos passaram a olhar para as redes de telecomunicações como activos estratégicos para a segurança nacional. Austrália e Nova Zelândia baniram as redes 5G da Huawei, por motivos de segurança nacional, após os Estados Unidos e Taiwan, que mantém restrições mais amplas à empresa, terem adoptado a mesma medida. Também o Japão, cuja agência de cibersegurança classificou a firma como sendo de “alto risco”, baniu as compras à Huawei por departamentos governamentais. A gigante das telecomunicações disse em Outubro que assinou cerca de 60 contratos em todo o mundo com operadoras para implantar a sua tecnologia 5G.
Hoje Macau China / Ásia5G | Huawei nega ter “instruções” do Estado para espionagem A rede 5G e a Huawei estiveram em debate no Parlamento Europeu esta quarta-feira. A gigante tecnológica chinesa voltou a rejeitar as acusações de espionagem lançadas pelos Estados Unidos, afirmando que se o fizesse estaria a cometer suicídio [dropcap]A[/dropcap] companhia tecnológica Huawei negou quarta-feira, num debate no Parlamento Europeu, ter “instruções” do Estado chinês para instalar ‘backdoors’ (portas de acesso) em dispositivos móveis de quinta geração (5G), notando que isso seria “um suicídio” para a empresa. “As pessoas perguntam sempre qual é a relação entre a Huawei e o Estado chinês. É a mesma relação que têm outras empresas privadas ou internacionais que operam na China, como a Siemens ou a Nokia: temos de pagar os nossos impostos e respeitar as leis”, afirmou o representante chefe da Huawei para as instituições europeias, Abraham Liu. O responsável respondia a uma questão relacionada com acusações de espionagem que têm recaído sobre a tecnológica chinesa, nomeadamente sobre a alegada instalação de ‘backdoors’ em equipamentos 5G, num debate público promovido pelo Parlamento Europeu, em Bruxelas. “Nunca recebemos qualquer instrução para instalar ‘backdoors’ nos nossos equipamentos 5G”, vincou Abraham Liu, afastando, assim, “qualquer obrigação legal” para o fazer. E reforçou: “Como empresa privada […], não temos qualquer motivação para fazer algo desse género porque se o fizéssemos isso seria cometer suicídio”. “Nunca faríamos algo que pudesse pôr os dados pessoais dos nossos clientes em perigo”, salientou Abraham Liu. Na sua intervenção inicial, o responsável observou que “a Huawei tem sido um parceiro de confiança da Europa durante 20 anos”. “Temos crescido juntos, mas sabemos que ainda têm dúvidas sobre nós e, por isso, viemos ao Parlamento Europeu responder a todas as vossas questões”, adiantou Abraham Liu. Europa aberta O debate de quarta-feira foi organizado pelos eurodeputados Maria Grapini (dos socialistas europeus), Franc Bogovic (do Partido Popular Europeu), Bill Newton Dunn (do partido Renovar a Europa) e Jan Zahradil (dos conservadores e reformistas), em parceria com a tecnológica chinesa, e foi subordinado ao tema “Manter um ecossistema global aberto com a Huawei: uma perspectiva europeia”. Assumida como uma prioridade europeia desde 2016, a aposta no 5G já motivou também preocupações com a cibersegurança, tendo levado a Comissão Europeia, em Março deste ano, a fazer recomendações de actuação aos Estados-membros, permitindo-lhes desde logo excluir empresas ‘arriscadas’ dos seus mercados. Bruxelas pediu, também nessa altura, que cada país analisasse os riscos nacionais com o 5G, o que aconteceu até Junho passado, seguindo-se depois uma avaliação geral em toda a UE e a adopção de medidas comuns para mitigar estas ameaças, isto até final do ano. Nessa análise feita aos riscos nacionais, os Estados-membros detectaram a possibilidade de ocorrência de casos de espionagem ou de ciberataques vindos, nomeadamente, de países terceiros, segundo um relatório divulgado na semana passada. Apesar de Bruxelas rejeitar incidir no documento sobre uma determinada empresa ou sobre um determinado país, certo é que a tecnológica chinesa Huawei tem vindo a ser acusada, principalmente pelos Estados Unidos, de espionagem através das redes 5G. A Europa é o maior mercado da Huawei fora da China. De um total de 50 licenças que a empresa detém para o 5G, 28 são para operadoras europeias.
Hoje Macau China / Ásia5G | Huawei nega ter “instruções” do Estado para espionagem A rede 5G e a Huawei estiveram em debate no Parlamento Europeu esta quarta-feira. A gigante tecnológica chinesa voltou a rejeitar as acusações de espionagem lançadas pelos Estados Unidos, afirmando que se o fizesse estaria a cometer suicídio [dropcap]A[/dropcap] companhia tecnológica Huawei negou quarta-feira, num debate no Parlamento Europeu, ter “instruções” do Estado chinês para instalar ‘backdoors’ (portas de acesso) em dispositivos móveis de quinta geração (5G), notando que isso seria “um suicídio” para a empresa. “As pessoas perguntam sempre qual é a relação entre a Huawei e o Estado chinês. É a mesma relação que têm outras empresas privadas ou internacionais que operam na China, como a Siemens ou a Nokia: temos de pagar os nossos impostos e respeitar as leis”, afirmou o representante chefe da Huawei para as instituições europeias, Abraham Liu. O responsável respondia a uma questão relacionada com acusações de espionagem que têm recaído sobre a tecnológica chinesa, nomeadamente sobre a alegada instalação de ‘backdoors’ em equipamentos 5G, num debate público promovido pelo Parlamento Europeu, em Bruxelas. “Nunca recebemos qualquer instrução para instalar ‘backdoors’ nos nossos equipamentos 5G”, vincou Abraham Liu, afastando, assim, “qualquer obrigação legal” para o fazer. E reforçou: “Como empresa privada […], não temos qualquer motivação para fazer algo desse género porque se o fizéssemos isso seria cometer suicídio”. “Nunca faríamos algo que pudesse pôr os dados pessoais dos nossos clientes em perigo”, salientou Abraham Liu. Na sua intervenção inicial, o responsável observou que “a Huawei tem sido um parceiro de confiança da Europa durante 20 anos”. “Temos crescido juntos, mas sabemos que ainda têm dúvidas sobre nós e, por isso, viemos ao Parlamento Europeu responder a todas as vossas questões”, adiantou Abraham Liu. Europa aberta O debate de quarta-feira foi organizado pelos eurodeputados Maria Grapini (dos socialistas europeus), Franc Bogovic (do Partido Popular Europeu), Bill Newton Dunn (do partido Renovar a Europa) e Jan Zahradil (dos conservadores e reformistas), em parceria com a tecnológica chinesa, e foi subordinado ao tema “Manter um ecossistema global aberto com a Huawei: uma perspectiva europeia”. Assumida como uma prioridade europeia desde 2016, a aposta no 5G já motivou também preocupações com a cibersegurança, tendo levado a Comissão Europeia, em Março deste ano, a fazer recomendações de actuação aos Estados-membros, permitindo-lhes desde logo excluir empresas ‘arriscadas’ dos seus mercados. Bruxelas pediu, também nessa altura, que cada país analisasse os riscos nacionais com o 5G, o que aconteceu até Junho passado, seguindo-se depois uma avaliação geral em toda a UE e a adopção de medidas comuns para mitigar estas ameaças, isto até final do ano. Nessa análise feita aos riscos nacionais, os Estados-membros detectaram a possibilidade de ocorrência de casos de espionagem ou de ciberataques vindos, nomeadamente, de países terceiros, segundo um relatório divulgado na semana passada. Apesar de Bruxelas rejeitar incidir no documento sobre uma determinada empresa ou sobre um determinado país, certo é que a tecnológica chinesa Huawei tem vindo a ser acusada, principalmente pelos Estados Unidos, de espionagem através das redes 5G. A Europa é o maior mercado da Huawei fora da China. De um total de 50 licenças que a empresa detém para o 5G, 28 são para operadoras europeias.
Hoje Macau China / ÁsiaHuawei | Satisfação por UE avaliar riscos sem visar “países ou empresas específicas” [dropcap]A[/dropcap] tecnológica chinesa Huawei mostrou-se “satisfeita” com a avaliação ontem divulgada sobre riscos nas redes móveis de quinta geração (5G) na União Europeia (UE), por não visar “países ou empresas específicas”, pedindo que Bruxelas se “guie por factos”. “É com satisfação que observamos que a UE cumpriu o seu compromisso de adoptar uma abordagem baseada em evidências, analisando minuciosamente os riscos, em vez de visar específicos países ou actores”, refere a Huawei Europa numa declaração enviada à agência Lusa. A reacção da companhia surge depois da divulgação de um relatório da Comissão Europeia, que revela que os Estados-membros da UE detectaram, numa análise feita aos riscos nacionais relativos às redes móveis 5G, ameaças de espionagem ou de ciberataques vindas, nomeadamente, de países terceiros. “Somos uma empresa 100% privada, detida pelos seus funcionários, e a cibersegurança é uma das nossas principais prioridades: o nosso sistema completo de garantia de cibersegurança abrange todas as áreas do processo e nosso sólido histórico comprova que isso funciona”, argumenta a Huawei. A companhia adianta esperar, “à medida que a UE passa da identificação dos riscos [com o 5G] para a criação de um necessário quadro de segurança comum para gerir e mitigar esses riscos”, que “este trabalho continue a ser guiado pela mesma abordagem baseada nos factos”. Licença para operar A Europa é o maior mercado da Huawei fora da China. De um total de 50 licenças que a empresa detém para o 5G, 28 são para operadoras europeias. Assumida como uma prioridade desde 2016, a aposta no 5G já motivou também preocupações com a cibersegurança, tendo levado a Comissão Europeia, em Março deste ano, a fazer recomendações de actuação aos Estados-membros, permitindo-lhes desde logo excluir empresas ‘arriscadas’ dos seus mercados. Bruxelas pediu, também nessa altura, que cada país analisasse os riscos nacionais com o 5G, o que aconteceu até Junho passado, seguindo-se depois uma avaliação geral em toda a UE, ontem divulgada. O relatório ontem publicado por Bruxelas reúne as conclusões a que os países da UE chegaram nessas avaliações nacionais, indicando que “a introdução das redes 5G ocorre no âmbito de um complexo cenário global de ameaças à segurança cibernética”. “No geral, as ameaças consideradas mais relevantes” e apontadas no relatório estão “relacionadas com o comprometimento da confidencialidade, da disponibilidade e da integridade” dos dados nestes países, indica o executivo comunitário no documento, precisando que um desses riscos se refere à “espionagem de tráfego ou de dados através da infraestrutura das redes 5G”. A Comissão nota, no relatório, que “em particular os países terceiros mais hostis podem exercer pressão sobre os fornecedores de 5G a fim de concretizarem ciberataques para atenderem aos seus interesses nacionais”. Isto porque estes países de fora da UE têm “capacidades – intenção e recursos – para realizar ataques contra redes de telecomunicações dos Estados-membros da UE”, acrescenta. Segundo Bruxelas, “as mudanças tecnológicas introduzidas com o 5G irão aumentar a dimensão de um [possível] ataque e o número de pontos de entrada com potencial para os invasores”. Até final do ano, os Estados-membros da UE vão, então, encontrar medidas comuns para mitigar estas ameaças.
Hoje Macau China / ÁsiaHuawei | Satisfação por UE avaliar riscos sem visar “países ou empresas específicas” [dropcap]A[/dropcap] tecnológica chinesa Huawei mostrou-se “satisfeita” com a avaliação ontem divulgada sobre riscos nas redes móveis de quinta geração (5G) na União Europeia (UE), por não visar “países ou empresas específicas”, pedindo que Bruxelas se “guie por factos”. “É com satisfação que observamos que a UE cumpriu o seu compromisso de adoptar uma abordagem baseada em evidências, analisando minuciosamente os riscos, em vez de visar específicos países ou actores”, refere a Huawei Europa numa declaração enviada à agência Lusa. A reacção da companhia surge depois da divulgação de um relatório da Comissão Europeia, que revela que os Estados-membros da UE detectaram, numa análise feita aos riscos nacionais relativos às redes móveis 5G, ameaças de espionagem ou de ciberataques vindas, nomeadamente, de países terceiros. “Somos uma empresa 100% privada, detida pelos seus funcionários, e a cibersegurança é uma das nossas principais prioridades: o nosso sistema completo de garantia de cibersegurança abrange todas as áreas do processo e nosso sólido histórico comprova que isso funciona”, argumenta a Huawei. A companhia adianta esperar, “à medida que a UE passa da identificação dos riscos [com o 5G] para a criação de um necessário quadro de segurança comum para gerir e mitigar esses riscos”, que “este trabalho continue a ser guiado pela mesma abordagem baseada nos factos”. Licença para operar A Europa é o maior mercado da Huawei fora da China. De um total de 50 licenças que a empresa detém para o 5G, 28 são para operadoras europeias. Assumida como uma prioridade desde 2016, a aposta no 5G já motivou também preocupações com a cibersegurança, tendo levado a Comissão Europeia, em Março deste ano, a fazer recomendações de actuação aos Estados-membros, permitindo-lhes desde logo excluir empresas ‘arriscadas’ dos seus mercados. Bruxelas pediu, também nessa altura, que cada país analisasse os riscos nacionais com o 5G, o que aconteceu até Junho passado, seguindo-se depois uma avaliação geral em toda a UE, ontem divulgada. O relatório ontem publicado por Bruxelas reúne as conclusões a que os países da UE chegaram nessas avaliações nacionais, indicando que “a introdução das redes 5G ocorre no âmbito de um complexo cenário global de ameaças à segurança cibernética”. “No geral, as ameaças consideradas mais relevantes” e apontadas no relatório estão “relacionadas com o comprometimento da confidencialidade, da disponibilidade e da integridade” dos dados nestes países, indica o executivo comunitário no documento, precisando que um desses riscos se refere à “espionagem de tráfego ou de dados através da infraestrutura das redes 5G”. A Comissão nota, no relatório, que “em particular os países terceiros mais hostis podem exercer pressão sobre os fornecedores de 5G a fim de concretizarem ciberataques para atenderem aos seus interesses nacionais”. Isto porque estes países de fora da UE têm “capacidades – intenção e recursos – para realizar ataques contra redes de telecomunicações dos Estados-membros da UE”, acrescenta. Segundo Bruxelas, “as mudanças tecnológicas introduzidas com o 5G irão aumentar a dimensão de um [possível] ataque e o número de pontos de entrada com potencial para os invasores”. Até final do ano, os Estados-membros da UE vão, então, encontrar medidas comuns para mitigar estas ameaças.
Hoje Macau China / ÁsiaHuawei | Desconfiança da UE “pode ser ultrapassada” A tecnologia 5G esteve em debate em Bruxelas. O responsável da gigante tecnológica chinesa, Hui Cao, apelou aos países europeus para que se guiem pelas regras e não pela discriminação [dropcap]A[/dropcap] tecnológica chinesa Huawei disse ontem acreditar que a desconfiança da União Europeia (UE) relativa aos seus equipamentos móveis de quinta geração (5G) “pode ser ultrapassada” sem que os Estados-membros tenham de a excluir dos seus mercados. “Até agora, tivemos anúncios de que a maioria dos Estados-membros irá tratar a Huawei com base em factos e, por isso, terão em conta que somos uma empresa internacional que quer desenvolver o seu negócio na Europa. No que toca às avaliações de riscos relativas ao 5G, nós acreditamos, veementemente, que a Europa irá tomar uma decisão final baseada na não discriminação e no respeito pelas regras”, afirmou à agência Lusa o responsável pelo departamento estratégico e de políticas da Huawei Europa, Hui Cao. Em declarações prestadas no final de um almoço-debate sobre o 5G, no centro de cibersegurança da empresa, em Bruxelas, o responsável notou que “qualquer acusação feita à Huawei requer provas”. “Devemo-nos manter fiéis aos factos e ao respeito pelas regras” e “acreditamos que tudo pode ser ultrapassado”, reforçou Hui Cao. Assumida como uma prioridade desde 2016, a aposta no 5G já motivou também preocupações com a cibersegurança, tendo levado a Comissão Europeia, em Março deste ano, a fazer recomendações de actuação aos Estados-membros, permitindo-lhes desde logo excluir empresas ‘arriscadas’ dos seus mercados. Bruxelas pediu, ainda, que cada país analisasse os riscos nacionais com o 5G, o que aconteceu até Junho passado, seguindo-se uma avaliação geral em toda a UE para, até final do ano, se encontrarem medidas comuns de mitigação das ameaças. A Comissão Europeia está agora a ultimar a análise colectiva dos riscos encontrados pelos Estados-membros, devendo publicar esta informação num relatório que será divulgado nas próximas semanas. Hui Cao garantiu, assim, que a Huawei não está preocupada com estas medidas europeias. “Na Huawei estamos a fazer negócios, somos uma empresa com centenas de operadores e respeitamos na totalidade as leis locais. A regulação é o mais importante”, insistiu o responsável nas declarações prestadas à Lusa, notando que são estes “fundamentos que fazem com que a Huawei sobreviva no mercado”. Novos desafios Já falando sobre o novo executivo comunitário – que entra em funções no início de novembro e que terá como uma das vice-presidentes a dinamarquesa Margrethe Vestager, responsável por coordenar a área digital – Hui Cao disse “admirar a visão visionária” da nova Comissão. Porém, antecipou “enormes desafios”, nos quais a Huawei também está envolvida, em áreas como “a pressão geopolítica, as questões comerciais e também os desafios a nível digital e ambiental”. Os Estados Unidos e a Huawei estão envolvidos numa guerra global por causa da cibersegurança e das infraestruturas a nível mundial, que já levou à criação de limites (ainda não em vigor), por parte da administração norte-americana, nas compras feitas à companhia chinesa. Washington tem tentado também exercer a sua influência junto dos aliados, nomeadamente europeus, para que excluam a Huawei dos seus mercados, alegando estar em causa espionagem chinesa nos equipamentos 5G, acusações que a empresa tem vindo a rejeitar. A Europa é o maior mercado da Huawei fora da China. De um total de 50 licenças que a empresa detém para o 5G, 28 são para operadoras europeias.
Hoje Macau China / ÁsiaHuawei | Desconfiança da UE “pode ser ultrapassada” A tecnologia 5G esteve em debate em Bruxelas. O responsável da gigante tecnológica chinesa, Hui Cao, apelou aos países europeus para que se guiem pelas regras e não pela discriminação [dropcap]A[/dropcap] tecnológica chinesa Huawei disse ontem acreditar que a desconfiança da União Europeia (UE) relativa aos seus equipamentos móveis de quinta geração (5G) “pode ser ultrapassada” sem que os Estados-membros tenham de a excluir dos seus mercados. “Até agora, tivemos anúncios de que a maioria dos Estados-membros irá tratar a Huawei com base em factos e, por isso, terão em conta que somos uma empresa internacional que quer desenvolver o seu negócio na Europa. No que toca às avaliações de riscos relativas ao 5G, nós acreditamos, veementemente, que a Europa irá tomar uma decisão final baseada na não discriminação e no respeito pelas regras”, afirmou à agência Lusa o responsável pelo departamento estratégico e de políticas da Huawei Europa, Hui Cao. Em declarações prestadas no final de um almoço-debate sobre o 5G, no centro de cibersegurança da empresa, em Bruxelas, o responsável notou que “qualquer acusação feita à Huawei requer provas”. “Devemo-nos manter fiéis aos factos e ao respeito pelas regras” e “acreditamos que tudo pode ser ultrapassado”, reforçou Hui Cao. Assumida como uma prioridade desde 2016, a aposta no 5G já motivou também preocupações com a cibersegurança, tendo levado a Comissão Europeia, em Março deste ano, a fazer recomendações de actuação aos Estados-membros, permitindo-lhes desde logo excluir empresas ‘arriscadas’ dos seus mercados. Bruxelas pediu, ainda, que cada país analisasse os riscos nacionais com o 5G, o que aconteceu até Junho passado, seguindo-se uma avaliação geral em toda a UE para, até final do ano, se encontrarem medidas comuns de mitigação das ameaças. A Comissão Europeia está agora a ultimar a análise colectiva dos riscos encontrados pelos Estados-membros, devendo publicar esta informação num relatório que será divulgado nas próximas semanas. Hui Cao garantiu, assim, que a Huawei não está preocupada com estas medidas europeias. “Na Huawei estamos a fazer negócios, somos uma empresa com centenas de operadores e respeitamos na totalidade as leis locais. A regulação é o mais importante”, insistiu o responsável nas declarações prestadas à Lusa, notando que são estes “fundamentos que fazem com que a Huawei sobreviva no mercado”. Novos desafios Já falando sobre o novo executivo comunitário – que entra em funções no início de novembro e que terá como uma das vice-presidentes a dinamarquesa Margrethe Vestager, responsável por coordenar a área digital – Hui Cao disse “admirar a visão visionária” da nova Comissão. Porém, antecipou “enormes desafios”, nos quais a Huawei também está envolvida, em áreas como “a pressão geopolítica, as questões comerciais e também os desafios a nível digital e ambiental”. Os Estados Unidos e a Huawei estão envolvidos numa guerra global por causa da cibersegurança e das infraestruturas a nível mundial, que já levou à criação de limites (ainda não em vigor), por parte da administração norte-americana, nas compras feitas à companhia chinesa. Washington tem tentado também exercer a sua influência junto dos aliados, nomeadamente europeus, para que excluam a Huawei dos seus mercados, alegando estar em causa espionagem chinesa nos equipamentos 5G, acusações que a empresa tem vindo a rejeitar. A Europa é o maior mercado da Huawei fora da China. De um total de 50 licenças que a empresa detém para o 5G, 28 são para operadoras europeias.
Hoje Macau China / ÁsiaRede 5G | Santos Silva rejeita pressão dos EUA mas admite que as suas informações sao importantes [dropcap]O[/dropcap] ministro dos Negócios Estrangeiros rejeitou ontem que o Governo tenha recebido pressão dos Estados Unidos sobre as infraestruturas para redes 5G, admitindo, no entanto, que a análise dos riscos terá em conta as informações do aliado militar. “O memorando que foi assinado a propósito da rede 5G foi assinado entre uma empresa portuguesa de capital francês, a Altice, e uma empresa chinesa, portanto, não vincula o Estado português a nenhum título”, assegurou Augusto Santos Silva à margem de um almoço-conferência da Associação de Amizade Portugal-EUA, que decorreu ontem em Lisboa. “Aquilo que vincula o Estado e que nós estamos a cumprir é o processo de decisão que foi acertado a nível europeu, nos termos do qual até ao dia 15 de Julho as autoridades de segurança nacional e de comunicações de cada Estado-membro fazem a análise de risco e vulnerabilidades associada à rede de 5G – qualquer que seja o operador e qualquer que seja o fornecedor”, afirmou Santos Silva. O ministro adiantou que, a partir de Outubro, Portugal irá trabalhar ao nível europeu para chegar a uma orientação comum. Nessa altura, admitiu, Portugal terá em conta “todas as informações, todos os riscos, todas as vulnerabilidades”. “Evidentemente, damos especial atenção à informação que nos é prestada por um aliado militar muito consistente e muito próximo”, concluiu. Na semana passada, o coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), Lino Santos, disse à lusa que a implementação da rede 5G vai aumentar a “superfície de conflito” e a “vulnerabilidade” do ciberespaço, e que Portugal está a preparar-se para isso. Lino Santos explicou que à medida que se introduzem e digitalizam novos processos e tecnologias, a vulnerabilidade do ciberespaço aumenta, reconhecendo que todos os dias surgem novas ameaças. A gigante chinesa das telecomunicações Huawei disse na quarta-feira que o veto dos Estados Unidos aos seus produtos não vai parar a expansão das suas redes 5G, afirmando que continuará a liderar o desenvolvimento desta tecnologia. “Posso dizer claramente a todos que sobre a questão do 5G não vamos ser afectados de todo, nem nos contratos que assinámos, nem naqueles que vamos assinar”, afirmou o vice-presidente da Huawei Technologies, Ken Hu, numa conferência de imprensa, no âmbito do Mobile World Congress, em Xangai. Ken Hu ressaltou que a multinacional conseguiu assinar 50 contratos comerciais, até à data, para o desenvolvimento do 5G – 28 na Europa, 11 no Médio Oriente, seis na região Ásia-Pacífico, quatro nas Américas e um em África. Segundo a empresa, Washington tem pressionado vários países a excluírem a Huawei na construção de infraestruturas para redes 5G, acusando a empresa de estar sujeita a cooperar com os serviços de informação chineses.
Hoje Macau EntrevistaAndrus Ansip, vice da Comissão Europeia, fala em cautela com Huawei sobre rede 5G [dropcap]A[/dropcap] Comissão Europeia pediu hoje aos Estados-membros cautela sobre dispositivos de quinta geração móvel (5G) da Huawei, pelas suspeitas de espionagem, mas recusou tomar partido dos Estados Unidos contra a China, afirmando nunca ter recebido “chamadas de Washington”. “Nunca dissemos que temos de banir alguns fabricantes [dos mercados europeus]. O que dizemos é que temos de fazer uma avaliação dos riscos e depois, com base nessa informação, podemos dizer se a Huawei pode avançar, se banimos ou não alguns fabricantes e se temos de investir para proteger as nossas linhas de produção, a privacidade dos nossos cidadãos”, afirmou em entrevista à agência Lusa, em Bruxelas, o vice-presidente da Comissão Europeia Andrus Ansip. Falando a propósito da polémica com a fabricante chinesa Huawei, sobre a qual recaem suspeitas de espionagem nos dispositivos 5G, o responsável do executivo comunitário pela área do Mercado Único Digital, admitiu que Bruxelas “está preocupada com as empresas chinesas” e que os Estados-membros também “devem estar”. “Gostaríamos de cooperar com aqueles que respeitem as leis nacionais e não estamos prontos para colaborar com aqueles que estão dispostos a violar as suas próprias regras”, notou Andrus Ansip. Na semana passada, Bruxelas apresentou medidas para os países da União Europeia (UE) adoptarem na implementação do 5G, permitindo-lhes excluir empresas “por razões de segurança nacional”. Nessa recomendação, a Comissão Europeia pediu, também, que os Estados-membros façam até Junho uma avaliação nacional das infraestruturas da rede 5G, analisando, desde logo, “riscos técnicos e os riscos associados ao comportamento de fornecedores ou operadores, incluindo os provenientes de países terceiros”, isto é, fora da UE. Depois, deverá ser feita uma avaliação geral dos riscos na União, até Outubro, de forma a encontrar uma “abordagem comum” às ameaças. Até ao final do ano, os Estados-membros devem chegar a acordo sobre medidas de mitigação, que podem passar por questões como requisitos de certificação, testes, monitorização, assim como a identificação de produtos ou fornecedores considerados potencialmente não seguros. Apesar desta actuação, Andrus Ansip rejeitou que a UE esteja a tomar partido dos Estados Unidos, que acusam a Huawei de espionagem industrial e outros 12 crimes e que, por isso, proibiram a utilização de produtos da marca em agências governamentais, estando ainda a pressionar outros países, como Portugal, a excluírem a empresa no desenvolvimento das redes 5G. “Muitos chineses dizem que a UE decidiu apoiar os Estados Unidos nesta guerra comercial. Desculpem, [mas] na Europa temos os nossos interesses e as nossas preocupações e temos de proteger a segurança da nossa população e das nossas empresas”, salientou o responsável. E reforçou: “Não estamos a ser influenciados pelos Estados Unidos. E não, não recebi chamadas de Washington”. “Temos de proteger a nossa população e as nossas empresas e não é para apoiar um em vez do outro no seu conflito”, insistiu Andrus Ansip. O responsável indicou à Lusa que tem estado em contacto com a Huawei, tendo-se reunido em Março, em Bruxelas, com o actual presidente executivo da companhia (cargo rotativo), Ken Hu, para discutir a cibersegurança e o 5G a pedido deste empresário chinês. “A Huawei já tem outra postura agora. Nós reunimo-nos aqui, neste escritório, e disseram que entendiam totalmente as preocupações dos cidadãos europeus. Isto já é uma mudança porque no início diziam que não havia fundamentação para qualquer preocupação e agora perceberam que há grandes preocupações e comprometeram-se a ser abertos, transparentes, respeitadores dos padrões europeus”, destacou Andrus Ansip. Segundo o responsável, este é já “um bom caminho para chegar a um consenso”. Tão importante como a luz Andrus Ansip previu também que, no futuro, a infra-estrutura móvel de quinta geração (5G) seja tão necessária como a electricidade, já que esta rede, mais rápida e potente, abrangerá toda “a vida real”. “Quando não há electricidade, enfrentamos sérios problemas. Se, no futuro, não houver 5G, não haverá electricidade, não haverá gás, não haverá vida, estaremos a voltar atrás na história”, salientou o responsável do executivo comunitário para a área do Mercado Único Digital. Assumido como uma aposta da Comissão Europeia em 2016, altura em que foi criado um plano de acção, o 5G será, segundo Andrus Ansip, “necessário para tudo e todos”. “Não só a indústria europeia vai precisar de 5G […], como todas as partes da vida real. Os hospitais, os bancos, toda a vida vai depender do 5G”, precisou. O 5G é a quinta geração de rede móvel e vem suceder ao 4G. Nesta nova tecnologia móvel haverá mais velocidade, maior cobertura e mais recursos. Além de ser aplicado às comunicações móveis, o 5G será ainda crucial para áreas do quotidiano, mas também para potenciar outros avanços tecnológicos, nomeadamente nos carros autónomos. Isto porque a potência desta rede de quinta geração vai além da rapidez nos ‘uploads’ e ‘downloads’ e assenta, sobretudo, na redução da latência, ou seja, do tempo de resposta de um aparelho a partir do momento em que recebe a ordem até a executar. Quanto menor for a latência, mais rápida é a reacção de um aparelho accionado à distância. Isto aplica-se aos electrodomésticos e a outros aparelhos, incluindo os que estão ligados à internet, que passarão a ser mais eficientes, nas áreas do entretenimento, agricultura, indústria, saúde, energia e na realidade virtual. “O 5G não se centra só numa velocidade 10 vezes superior e num consumo 10 vezes inferior, mas sim no aumento exponencial da informação. O 5G significa também o fim da latência e isso é muito melhor [porque] permite usar o 5G em qualquer área, como nas dos carros autónomos”, adiantou Andrus Ansip. O responsável notou que, tal como estava previsto em 2016, um dos objectivos de Bruxelas continua a ser o de “as redes 5G atingirem, pelo menos, 100 Mbps [megabyte] por segundo, quer sejam zonas rurais ou urbanas” da União Europeia (UE). “Os operadores têm de comercializar redes 5G em pelo menos uma grande cidade por país até 2020 e fazê-lo de forma abrangente até 2025”, referiu o vice-presidente da Comissão Europeia. Ao todo, será necessário “um investimento de cinco mil milhões de euros” nesta tecnologia nos próximos anos, estimou Andrus Ansip, tendo em conta a aposta do sector privado, como também as verbas comunitárias alocadas. Andrus Ansip adiantou à Lusa que o 5G é, “definitivamente, uma prioridade” de Bruxelas, razão pela qual o executivo comunitário tem feito e vai continuar a fazer “investimentos em quantias notáveis”.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul torna-se na sexta-feira no primeiro país do mundo a disponibilizar rede 5G [dropcap]A[/dropcap] Coreia do Sul começa, na sexta-feira, a disponibilizar a rede móvel de quinta geração (5G) através de três operadoras, tornando-se no primeiro país com esta tecnologia, que pretende estender a todo o território, foi hoje anunciado. O 5G será disponibilizado na Coreia do Sul por três operadoras nacionais: a KT Corporation, a SK Telecom e a LG Uplus. Em comunicado, a KT refere que esta tecnologia, que sucede ao 4G, poderá “conectar simultaneamente um milhão de dispositivos por quilómetro quadrado”. A estimativa da companhia é de que, até ao final do ano, “mais de três milhões de sul-coreanos tenham mudado para o 5G”, segundo o vice-presidente da KT, Lee Pil-Jae. Por seu lado, a SK Telecom considerou, através do seu vice-presidente executivo, Young Sang Ryu, que “é significativo que as empresas de telecomunicações sul-coreanas estejam a disponibilizar serviços e redes com altos padrões de velocidade e qualidade aos seus clientes nacionais”. A expectativa da SK Telecom é ter, no final do ano, mais de um milhão de clientes na rede 5G, que acrescem a um total de 27 milhões de utilizadores dos seus outros serviços de telecomunicações. Para isso, a empresa instalou já 34 mil estações de rede 5G em 85 cidades. A comercialização do 5G na Coreia da Sul era apontada para o segundo semestre deste ano. O país chegou a testar esta tecnologia numa zona limitada dos jogos olímpicos de inverno, em Fevereiro do ano passado, na região de PyeongChang. Também na sexta-feira, na Coreia do Sul, será lançado o primeiro telemóvel com capacidade para 5G da fabricante sul-coreana Samsung, o Galaxy S10 5G. Estas iniciativas colocam a Coreia do Sul à frente na corrida tecnológica do 5G, que envolve outros países como os Estados Unidos e a China, que ficam agora atrás nos avanços. Nesta ‘corrida’ está também a União Europeia (UE), com os Estados-membros a darem passos para que o 5G seja disponibilizado, de forma comercial, em pelo menos uma cidade por país até 2020 e para que haja uma cobertura mais abrangente até 2025. O 5G é a quinta geração de rede móvel e vem suceder ao 1G (criado em 1980), ao 2G (de 1990), ao 3G (de 2000) e ao 4G (de 2010). Nesta nova tecnologia móvel haverá mais velocidade, maior cobertura e mais recursos. Além de ser aplicado às comunicações móveis, o 5G será ainda crucial para áreas do quotidiano, mas também para potenciar outros avanços tecnológicos, nomeadamente nos carros autónomos. Isto porque a potência desta rede de quinta geração vai além da rapidez nos ‘uploads’ e ‘downloads’ e assenta, sobretudo, na redução da latência, ou seja, do tempo de resposta de um aparelho a partir do momento em que recebe a ordem até a executar. Quanto menor for a latência, mais rápida é a reacção de um aparelho accionado à distância. Isto aplica-se aos electrodomésticos e a outros aparelhos, incluindo os que estão ligados à internet, que passarão a ser mais eficientes, podendo trazer benefícios nas áreas do entretenimento, agricultura, indústria, saúde, energia e na realidade virtual. O desenvolvimento do 5G tem, porém, vindo a ser marcado por polémicas relacionadas com a fabricante chinesa Huawei. A Huawei é acusada de espionagem industrial e outros 12 crimes pelos Estados Unidos, país que chegou a proibir a compra de produtos da marca em agências governamentais e que tem tentado pressionar outros, como Portugal, a excluírem a empresa no desenvolvimento das redes 5G. Portugal já disse que não o fará e desvalorizou a polémica. A Huawei tem também rejeitado as suspeitas, insistindo que não tem ‘portas traseiras’ para aceder e controlar qualquer dispositivo sem o conhecimento do utilizador.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Rede móvel 5G arranca no próximo mês [dropcap]O[/dropcap] Governo sul-coreano anunciou ontem que o país irá disponibilizar a rede móvel de quinta geração (5G) em Março, tornando-se o primeiro país do mundo a comercializar esta tecnologia para ‘smartphones’. O anúncio foi feito pelo ministro das Finanças sul-coreano, Hong Nam-ki, durante uma reunião do seu gabinete em Seul, noticiou a agência Yonhap. Estima-se que a velocidade de transmissão de dados sem fios do conjunto de tecnologias 5G seja até 50 vezes superior à das actuais redes 4G e LTE. Ao mesmo tempo, espera-se que a sua implementação multiplique serviços para os utilizadores e oportunidades de negócio para as empresas. Na mesma reunião, o governante adiantou que as três principais operadoras de telecomunicações sul-coreanas planeiam fazer um investimento equivalente a cerca de 2.355 milhões de euros este ano, para a plena implementação da rede 5G na Coreia do Sul. A principal operadora sul-coreana, KT, já havia realizado um primeiro teste de serviços 5G numa área limitada durante os Jogos Olímpicos de Inverno, em Fevereiro do ano passado, na região sul-coreana de PyeongChang. Em Janeiro, a gigante chinesa de telecomunicações Huawei anunciou que lançará um ‘smartphone’ de próxima geração baseado em tecnologia própria, ao invés de usar componentes norte-americanos, ilustrando os esforços para reduzir a dependência de fornecedores dos Estados Unidos. O aparelho, anunciado pela Huawei como o primeiro ‘smartphone’ dobrável de quinta geração, vai ser exibido, na próxima semana, durante o maior evento anual do sector, o Mobile World Congress, em Barcelona.
Hoje Macau SociedadeTelecomunicações | Rede 5G poderá ficar disponível em 2020 [dropcap]D[/dropcap]erby Lau, directora dos Serviços de Correios e Telecomunicações, disse ontem que a entrada em vigor da rede 5G depende do processo legislativo, que está em andamento, prevendo-se que a rede possa estar disponível no próximo ano, noticiou a TDM. Questionada sobre o ponto de situação da criação de um regime de convergência dos diferentes serviços das telecomunicações, Derby Lau referiu que os trabalhos internos estão em fase final e que as operadoras deverão começar a ser ouvidas sobre este assunto no primeiro trimestre do ano.