João Santos Filipe SociedadePedidos mais meios de pagamento electrónico A Associação das Mulheres defende que o Governo deve incentivar o Metro Ligeiro e os Parques de Estacionamento a aceitar mais meios de pagamentos electrónicos, como Alipay e Unionpay. A posição da associação foi tomada através de um comunicado feito pela associação para elogiar o Governo pelo facto de os autocarros terem passado a aceitar estas formas de pagamento. No comunicado, Hui Ho Chi, chefe do gabinete dos deputados Wong Kit Cheng e Ma Io Fong, afirmou que no futuro o Metro Ligeiro vai ser o principal meio de transporte, pelo que tem de aceitar mais meios de pagamento electrónico. Actualmente, estes meios podem ser utilizados nos balcões de pagamento do metro, mas não podem ser utilizados nas máquinas de pagamento. Por esta razão, o também membro do Conselho Consultivo do Trânsito sugere que o Governo siga as práticas do Interior e de Hong Kong, e que permita aos passageiros fazerem o pagamento com códigos QR gerados pelo telemóvel. Por outro lado, Hui Ho Chi também indicou que ainda não existe um sistema de pagamento unificado nos parques de estacionamento e nos parquímetros. Face a este cenário, o chefe do gabinete dos deputados das Mulheres espera que o Governo exija no concurso público a instalação de parquímetros novos e que as concessionárias dos parques de estacionamento disponibilizem mais meios de pagamento electrónico.
Pedro Arede PolíticaPagamentos electrónicos cresceram 259%, mas adesão de idosos é baixa Referindo-se ao aumento exponencial da utilização de pagamentos electrónicos em Macau nos últimos tempos, o Centro da Política da Sabedoria Colectiva considera que há ainda muito trabalho pela frente, nomeadamente ao nível da adesão dos idosos e de alguns estabelecimentos comerciais ao sistema. Segundo apontou ontem um dos membros do organismo, Lei Weng Kin, por ocasião de debate sobre pagamentos electrónicos, apesar de o volume de transações no final de 2020 ter atingido 2,32 mil milhões de patacas, representando um aumento de 259 por cento em relação a 2019, a taxa de penetração deste tipo de pagamentos entre a população idosa é ainda baixa. “Muitos idosos que estão sozinhos sentem dificuldades em acompanhar o ritmo dos novos tempos e não sabem utilizar a internet, nem os smartphones. Além disso, alguns estabelecimentos geridos por proprietários mais velhos, acabam por não aderir aos métodos de pagamento electrónico por serem contrários à mudança”, referiu Lei Weng Kin. Além disso, o responsável afirmou que existem estabelecimentos a apontar melhorias ao sistema “Simple Pay”, justificando a não adesão com a aplicação de taxas de serviço. Isto, tendo em conta que todos os espaços aderentes não podem recusar pagamentos electrónicos. Discos pedidos Perante o cenário, o vice-presidente do Centro da Política da Sabedoria Colectiva, Ngan Iek Hang, considera que o Governo deve lançar um plano de incentivos destinado aos proprietários dos estabelecimentos para suavizar as taxas de serviço fixadas entre os 0,8 e 1,0 por cento, a que estão sujeitos por cada transacção. Além disso, Ngan Iek Hang vai sugerir que o Governo se associe a instituições financeiras na organização de workshops destinados a idosos, de modo a divulgar o funcionamento desta tecnologia. Por último, e de olhos na Grande Baía, a responsável defende ainda a criação de legislação específica relativa aos pagamentos electrónicos. “Como o pagamento electrónico já acontece de forma transfronteiriça, o Governo deve estudar a legislação apropriada para oferecer garantias de verificação de identidade e segurança contra fraudes, para que os residentes de Macau não encontrem obstáculos para viver na Grande Baía.
João Santos Filipe Manchete PolíticaPagamento electrónico | Governo prepara agregador de sistemas A plataforma Simple Pay foi apresentada na terça-feira a um grupo de comerciantes e, segundo os planos apresentados, deve começar a operar até ao final de Março O agregador de pagamentos electrónicos promovido pelo Governo chama-se Simple Pay e foi apresentado esta terça-feira, numa sessão promovida pela Autoridades Monetária de Macau (AMCM) com comerciantes. Segundo as explicações avançadas na sessão, citadas pelo jornal Ou Mun, quando o novo sistema entrar em vigor os comerciantes apenas vão precisar de actualizar o software dos equipamentos já disponíveis. As explicações dadas na terça-feira, apontam mesmo para uma primeira fase em que a implementação do Simple Pay deve decorrer sem grandes sobressaltos para os comerciantes, uma vez que vai haver uma actualização dos programas terminais de pagamentos, para permitir ler os códigos QR de todas as diferentes plataformas e aceitar os respectivos pagamentos. Na sessão de terça-feira, o representante da AMCM afirmou igualmente que as instituições financeiras já começaram a contactar os comerciantes de forma a que as actualizações possam ser feitas. Quando os equipamentos estiverem prontos a receber o Simple Pay, será colocado um autocolante para que os clientes sabiam que todos os tipos de pagamento ali serão aceites. O Simple Pay vai aceitar pagamentos de UePay, LusoPay, MPay, Tai Fung Pay, AliPay, ICBC Epay, o sistema de pagamento electrónico do Banco da China, entre outros, e outras plataformas que venham a ser lançadas no futuro. Mais clientes Na sessão de esclarecimentos a cerca de 100 proprietários de estabelecimentos comerciais, os representantes da AMCM defenderam o Simply Pay com a maior conveniência para todos de um sistema único de pagamentos. Porém, além da conveniência, a AMCM apontou ainda acreditar que a ferramenta vai contribuir para ajudar os estabelecimentos comerciais a alargar os grupos de clientes e a incentivar o consumo, elevando o volume de negócio. Segundo o regulador, o Simple Pay vai ainda permitir que os estabelecimentos apenas tenham um terminal de pagamento, que permite inclusive servir pessoas do Interior, o maior mercado de turismo da RAEM. Neste momento, ainda não há uma data para a entrada em funcionamento do sistema através do código QR, mas o Governo acredita que o lançamento vai acontecer até ao final de Março, ou seja no primeiro trimestre deste ano.
João Luz SociedadePagamentos electrónicos aumentam 52 vezes em dois anos Desde 2018, o volume de transacções através de pagamento electrónico aumentou 52 vezes, segundo a Autoridade Monetária de Macau. Hoje em dia, existem mais de uma dezena de aplicações móveis, lançadas por instituições financeiras de Macau, que permitem transacções através de Código QR [dropcap]H[/dropcap]á muito que o fim estava anunciado. O dinheiro físico, moedas e notas, pode ter os dias contados. Em apenas dois anos, o volume de pagamentos electrónicos aumentou 52 vezes, segundo avançou Henrietta Lau, vogal do Conselho de Administração da Autoridade Monetária de Macau (AMCM), em declarações à TDM – Rádio Macau. A responsável entende que estamos perante uma mudança de paradigma, uma vez que este método para pagar por bens e serviços passou a ser o preferido em Macau. “Nos primeiros dez meses do ano registámos um volume de transacções na ordem dos 4.700 milhões de patacas – quase quatro vezes mais do que no ano passado. É um grande aumento, mas se compararmos com 2018, o volume de transacções aumentou 52 vezes”, disse Henrietta Lau, no programa Fórum Macau, da TDM – Rádio Macau. A responsável apontou que à medida que a tecnologia avança também os hábitos de consumo se adaptam, obrigando os comerciantes a seguir a tendência. No final de Outubro, cerca de 67 mil estabelecimentos comerciais de Macau aceitavam pagamentos electrónicos, para serem usados pelas mais de 10 aplicações móveis lançadas por instituições financeiras locais. Impressão digital Quanto à necessidade de garantir a segurança dos pagamentos por aplicações móveis, Henrietta Lau afirmou que as instituições financeiras têm de avaliar operações e apresentar relatórios anuais à AMCM, ou quando fizerem alterações operacionais profundas. Em termos de segurança, a responsável recorda que os sistemas de pagamento electrónico têm diversas formas de autentificação, assim como limites máximos de transacção. Por exemplo, para se aceder ao MPay o usurário pode estabelecer a necessidade de impressão digital, além de um código para carregar a “carteira” ou efectuar transacções mais avultadas. Além disso, sempre que um pagamento electrónico falhar, a instituição financeira é obrigada a reportar a falha e para o caso de os problemas se repetirem existem protocolos para ser accionados. A responsável da AMCM revelou ainda que o Governo está a trabalhar com a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego para lançar, no primeiro trimestre de 2021, uma máquina que aceite o pagamento por código QR nos autocarros por outras aplicações, além do MPay, mais usado por pessoas que residem em Macau. Lau adiantou ainda que o pagamento de tarifa de autocarro é mais complicado tecnologicamente do que pagar uma conta de restaurante, porque os transportes podem implicar pagamentos diferenciados. Por exemplo, estudantes e idosos têm descontos, assim como passageiros que tenham feito transferência de outro autocarro público.