Ilhas | Leong Chon Kit quer IA na caça aos mosquitos

Leong Chon Kit, membro do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários das Ilhas, defendeu a utilização de tecnologia com recurso à inteligência artificial para lidar com os mosquitos e roedores no território. A posição foi tomada antes da ordem do dia da reunião de ontem, que decorreu no Salão do Complexo Comunitário de Seac Pai Van.

Segundo Leong, os principais pontos da cidade em que existem ratos deviam ter instalado um sistema térmico para registar os movimentos dos animais, de forma a compreender como melhor “atacar” o problema. Para o conselheiro, com a inteligência artificial seria igualmente possível estudar o fenómeno das pragas de roedores e conseguir tomar as medidas de prevenção adequadas.

Quanto ao problema dos mosquitos, Leong Chon Kit apontou a necessidade de se instalar um sistema de monitorização da reprodução deste tipo de insectos, de forma controlar as pragas nas alturas críticas do ano.

Por sua vez, Wong Leong Kuan, coordenador-adjunto, considerou que actualmente o Mercado Municipal de Coloane tem poucos vendedores frequentes, o que contrasta com o que se passa na vila, cada vez com mais turistas.

Neste sentido, Wong Leong Kuan sugeriu que além de vender comida e vegetais, o mercado possa abrir algumas bancas para a venda de produtos mais atractivos para os turistas, de forma a aproveitar melhor o espaço.

2 Mai 2023

Sin Fong Garden | MP sugere boa-fé de todos os envolvidos em acção cível

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Ministério Público achou por bem vir a público esclarecer o que se passa com o processo em torno do Sin Fong Garden. Em comunicado, promete tudo fazer para que haja um desfecho rápido do que está a atrasar a reconstrução. E pede boa-fé

É um comunicado emitido na sequência de “algumas opiniões” que existem “na sociedade” sobre a demora no procedimento da recolha de provas na acção de indemnização civil, intentada pelo Ministério Público (MP), em representação da RAEM, no âmbito do caso Sin Fong Garden. O MP entendeu que chegou a hora de esclarecer o que se passa e recorda o processo, prometendo fazer o possível para que esta história tenha um desfecho quanto antes.

O Sin Fong Garden ganhou estatuto de caso quando, a 10 de Outubro de 2012, se verificaram pilares danificados no edifício. Com vista a garantir a segurança dos moradores, o Governo tomou várias medidas urgentes, recorda o MP, entre elas a disponibilização de abrigo aos moradores afectados, bem como a realização de obras de reforço temporário e de supervisão da estrutura do prédio. Com estas obras, o Executivo gastou mais de 12,8 milhões de patacas, sendo que “existem ainda outras despesas a pagar no futuro”.

“Tendo em conta que o pagamento das despesas, por conta do erário público, afecta o cofre da RAEM e os interesses comuns dos cidadãos da RAEM, o Governo tentou recuperar a quantia mediante negociação com as pessoas envolvidas neste caso, mas sem sucesso”, escreve o MP. A solução foi avançar para tribunal, sendo o MP o representante da RAEM.

Em Outubro de 2015, foi intentada uma acção cível junto do Tribunal Judicial de Base (TJB) contra os responsáveis pelo caso Sin Fong: o promotor do empreendimento com problemas, o promotor do empreendimento Soho Residence (a obra vizinha que terá estado na origem de tudo isto) e a companhia responsável pela demolição do edifício que deu lugar ao actual estaleiro do Soho Residence, empresa essa responsável pelas obras de fundação do novo edifício. Com a acção, pretendia-se determinar quem é o responsável pelo incidente do Sin Fong Garden e exigir o reembolso das quantias pagas com o erário público.

Compasso para a demolição

No final de Junho do ano passado, depois de tomar conhecimento de que todos os proprietários do Sin Fong Garden tinham dado o seu consentimento para a demolição e reconstrução do edifício, o MP pediu ao tribunal a autorização da realização antecipada da perícia no prédio a demolir e no estaleiro vizinho. O objectivo desta antecipação solicitada era minimizar o impacto causado pela acção intentada no TJB à reconstrução do Sin Fong.

O TJB nomeou três peritos. Porém, os vários envolvidos na construção e venda do Sin Fong Garden interpuseram recurso da decisão do tribunal. Sobre este apelo ainda não há qualquer decisão.

De acordo com as explicações do MP, os três peritos concluíram a análise pericial e apresentaram ao tribunal o respectivo relatório. “Neste momento, de acordo com a lei processual civil, aguarda-se que as partes se pronunciem sobre o relatório pericial apresentado.”

O Ministério Público garante estar atento à “expectativa da reconstrução do edifício” por parte dos proprietários. Atendendo a este contexto, promete “impulsionar, nos termos da lei, a aceleração do procedimento pericial”. O MP deixa ainda um apelo: sugere a todas as partes do processo para “impulsionarem, em conjunto, o andamento e a conclusão do respectivo procedimento pericial o mais cedo possível, de acordo com os princípios de cooperação e de boa-fé consagrados na lei processual civil”. Só assim é que o processo de reconstrução do Sin Fong poderá ser iniciado com a maior brevidade possível.

Dengue | Casos locais podem chegar às três dezenas

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] director dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), Lei Chin Ion, diz ser possível existirem mais casos de dengue no território que ainda não estão identificados dado o período de incubação. Os números avançados poderão, nas próximas semanas chegar aos 30, refere o Jornal do Cidadão.

Preocupada com a febre do dengue, Cheong Lai Chan, da Associação de Mútuo Auxílio do Bairro, alerta para a necessidade de trabalhos de limpeza e desinfecção. A responsável esteve na Rua da Praia do Manduco com uma equipa de voluntários e alerta que, naquela zona, existem vários edifícios antigos em que os residentes não têm ainda qualquer consciência no que respeita à prevenção do dengue.

Cheong Lai Chan lamenta ainda, segundo o o Jornal do Cidadão, que as acções promovidas pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) tenham sido tardias visto que só se intensificaram após os três casos confirmados de dengue. De acordo com o mesmo jornal, os Serviços de Saúde (SS) garantem que as acções de desinfestação de mosquitos vão continuar na Rua da Praia do Manduco.

Cheong Chi Hong, médico e membro do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Zona Central, pede também, em comunicado, que o Executivo alargue o âmbito das medidas contra a febre de dengue, nomeadamente nos locais onde se acumula água como é o caso dos antigos edifícios e terraços. A intenção é prevenir que os residentes venham a ser mordidos. O médico apela ainda que, no aparecimento de qualquer sintoma, os residentes se dirijam imediatamente ao médico.

7 Ago 2017

Saúde | Intensificadas medidas contra a febre de dengue

Desde 2014 que não havia casos locais, mas este ano há já três pessoas que foram infectadas em Macau. As autoridades vão reforçar os trabalhos de limpeza, mas recordam que compete também à população ajudar a evitar a proliferação de mosquitos

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau anunciou ontem que vai intensificar as medidas de prevenção e as acções de eliminação de mosquitos devido ao crescente número de casos de febre de dengue, sobretudo daqueles em que a doença foi contraída localmente.

As autoridades decidiram aumentar as operações de limpeza de uma para duas vezes por semana, pelo menos durante os próximos 30 dias, para travar a proliferação dos mosquitos que transmitem a doença, estando previstas mais acções em estaleiros de obras e terrenos particulares, além de jardins ou parques públicos.

Desde 2012, foram alvo de acções de limpeza 4800 “pontos negros”, segundo informações adiantadas em conferência de imprensa.

A outra vertente incide na sensibilização da população para a importância da prevenção, em particular da remoção de águas estagnadas – “o método mais efectivo” para conter a proliferação do mosquito transmissor da doença.

Estas medidas foram anunciadas na sequência da primeira reunião do ano do Grupo de Trabalho para a Prevenção contra a Febre Dengue, que junta organismos públicos como o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e os Serviços de Saúde.

Macau registou, desde o início do ano, oito casos de febre de dengue, sendo que em três a doença foi contraída localmente, um motivo de “preocupação” das autoridades, atendendo a que desde 2014 só tinham sido sinalizados casos importados. No ano passado, foram registados 11 casos, todos importados.

Embora tenha particular incidência entre os meses de Abril a Novembro, as autoridades de Macau manifestaram também preocupação relativamente à ocorrência “mais cedo” do que o habitual de um elevado número de casos de febre de dengue na região.

Hong Kong soma mais de meia centena de casos, Taiwan mais de 100 e a China mais de 200, dos quais mais de um quarto sinalizados na vizinha província de Guangdong, de acordo com dados facultados recentemente pelos Serviços de Saúde.

Face às temperaturas mais elevadas que têm sido registadas este ano e à chegada da época das chuvas, que propicia um clima favorável para a proliferação do mosquito “aedes albopictus” e dificulta a remoção de águas estagnadas, os Serviços de Saúde anteciparam a ocorrência “de dezenas” de casos de febre de dengue em 2017.

O Laboratório de Saúde Pública dos Serviços de Saúde proporciona, de forma gratuita, o teste da febre de dengue a todas as instituições médicas.

4 Ago 2017

Zika e Dengue | SS alertam para propagação de mosquitos

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SS) registaram elevados níveis de propagação de mosquitos em Macau durante o mês de Julho. O controlo realizado pelo organismo permite perceber que a população deve redobrar cuidados e estar atenta a sintomas, num alerta que chega depois de Taiwan ter registado mais um caso de infecção por Zika importado.
Os SS indicam que detectaram em Julho um elevado índice de propagação de mosquitos, depois de terem instalado 860 mecanismos de vigilância de reprodução de mosquitos, que pretendem fazer uma recolha mensal para proceder ao cálculo da propagação de mosquitos ao ar livre. A taxa apresentou uma subida de mais de 68%, sendo que em Macau os bairros sociais de São Lourenço e do Fai Chi Kei registaram o valor mais elevado, com 76% e 70,1%, respectivamente. Em relação ao valor das ilhas, Coloane salta em primeiro lugar com 81,06%. Chegando-se assim à conclusão que o risco de propagação da febre de dengue em Macau é elevado.
O Departamento de Saúde de Taiwan identificou o sexto caso de doença por vírus do Zika. A vítima é uma mulher de 44 anos que foi até Miami, nos Estados Unidos, entre 31 de Julho e 11 de Agosto. No dia 12 de Agosto regressou a Taiwan e entretanto sentiu-se mal. Recorreu a uma consulta e após feitos os exames foi confirmado diagnóstico.
O vírus da Dengue e do Zika transmite-se através da picada do mesmo mosquito, que se reproduz em águas estagnadas. Atendendo às características do território, os SS pedem à população que redobre os cuidados de limpeza e reforce a protecção nomeadamente através do uso de repelentes.

22 Ago 2016