Hoje Macau SociedadeSaúde | Registados casos de Chikungunya e dengue Os Serviços de Saúde anunciaram ontem a ocorrência de mais um caso importado de febre Chikungunya, o 12º desde o início do ano, ao qual se junta um caso local. Além disso, houve ainda o registo de um caso importado de febre do dengue. O 12º caso importado de febre Chikungunya foi detectado numa residente com 77 anos, que terá sido infectada em Jiangmen, onde esteve entre 24 e 31 de Agosto. “Após regressar a Macau, apresentou febre e dores nas articulações dos membros no dia 2 de Setembro, mas não procurou assistência médica. No dia 3, devido ao agravamento contínuo dos sintomas, deslocou-se ao Centro de Saúde do Porto Interior para receber assistência médica e o exame sanguíneo deu positivo para o vírus Chikungunya”, foi revelado. A mulher encontra-se fora de perigo e em situação estável. O caso importado de dengue foi o 13º do ano e foi identificado num homem com 73 anos que vive na Areia Preta. A infecção terá acontecido na cidade de Yunfu, na província de Guangdong, entre 7 de Julho e 28 de Agosto, com o homem a admitir ter sido “picado várias vezes por mosquitos”. O diagnóstico foi feito posteriormente a 3 de Setembro. Como consequência dos casos mais recentes, as autoridades realizaram operações de eliminação química dos mosquitos em duas zonas da Areia Preta, junto à residência dos diagnosticados.
Hoje Macau China / ÁsiaFebre de chikungunya | Guangdong regista queda de casos A província chinesa de Guangdong, no sudeste do país, registou 1.387 novos casos locais de febre chikungunya entre 03 e 09 de Agosto, uma descida face aos 2.892 contabilizados na semana anterior, no âmbito do surto iniciado em Julho. A maioria das infecções recentes concentrou-se na cidade de Foshan, seguida da capital provincial, Cantão, e de Zhanjiang. Neste período, não foram registados casos graves nem mortes associadas à doença, segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças de Guangdong, citado no domingo pela televisão estatal CCTV. A febre chikungunya é uma doença viral causada pelo vírus homónimo e transmitida principalmente por mosquitos do género Aedes, que se reproduzem em pequenas acumulações de água. Os sintomas mais comuns incluem febre alta, dores articulares e erupções cutâneas. Citado pela CCTV, o director do Instituto de Prevenção e Controlo de Doenças Infecciosas de Guangdong, Kang Min, afirmou que o aumento de casos em Foshan mostra sinais de contenção e que o total semanal mantém tendência de queda. No entanto, advertiu que a doença continua a abranger uma vasta área geográfica e que a elevada mobilidade internacional da província, conhecida como a “fábrica do mundo”, aumenta o risco de casos importados. As autoridades de saúde recordaram que a eliminação de criadouros de mosquitos, o controlo de exemplares adultos e a protecção contra picadas são as principais medidas para travar a transmissão. O governo provincial, que administra uma população de cerca de 126 milhões de habitantes, tinha notificado até 4 de Agosto mais de 7.000 casos da doença. A época de tufões e chuvas intensificou a actividade dos mosquitos na região, o que, segundo as autoridades, obriga a manter medidas de vigilância e controlo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu em Julho medidas preventivas para evitar epidemias como as de há 20 anos, após a detecção de surtos de grande escala em ilhas do Índico como Mayotte, Reunião ou Maurícia, e a propagação da doença a países próximos como Madagáscar, Somália ou Quénia.
Hoje Macau SociedadeDengue | Número de casos sobe para 33 O número de casos de dengue identificados em Macau desde o início do ano subiu para 33, depois de ter sido registada a oitava ocorrência local, de acordo com a informação divulgada pelos Serviços de Saúde (SS), na sexta-feira. O caso mais recente foi detectado num estudante com 17 anos, que vive na Rua da Palmeira. O jovem apresentou os primeiros sintomas a 1 de Novembro, com o surgimento de febre. No dia seguinte, surgiram sintomas como dores de cabeça e nos olhos. Como a situação não melhorou, a 6 de Novembro, o aluno deslocou-se ao Centro Hospitalar Conde de São Januário, onde acabou diagnosticado com dengue, após uma recolha de sangue. Na sexta-feira, os SS indicaram que o infectado apresentava um “estado estável” e não era afastada a possibilidade de o número de casos continuar a aumentar, dado que “um dos familiares com quem coabita apresentou sintomas similares”. De acordo com as autoridades, o familiar foi levado para uma instituição médica para tratamento. Numa altura em que a província de Cantão atravessa um surto de dengue, o número de casos em Macau também tem subido de forma continuada. Desde o início do ano, e principalmente nas últimas semanas, foram registados 25 casos importados de dengue, a maior parte do Interior, e ocorreram oito casos identificados locais. Após ter sido identificado o 7.º caso local, a 6 de Novembro, os SS terão realizado fiscalizações locais a cerca de 880 habitações, em 44 edifícios e 66 lojas no rés-do-chão. Além disso foi realizada uma campanha de informação sobre o dengue a 180 edifícios.
Hoje Macau EventosFilme “Mosquito” de João Nuno Pinto nomeado para prémio em festival chinês [dropcap]O[/dropcap] filme “Mosquito”, de João Nuno Pinto, foi nomeado para o principal prémio do Festival Internacional de Cinema da Ilha de Hainan, no sul da China. Num comunicado divulgado na segunda-feira, a organização do festival revelou que “Mosquito” está entre os 12 nomeados para os “Golden Coconut Awards”, na categoria de longa-metragem de ficção, cujo vencedor irá receber 250 mil yuan. A terceira edição do festival vai decorrer entre 05 e 12 de dezembro na cidade de Sanya, com várias sessões de cinema marcadas para as praias da capital de Hainan, um popular destino turístico chinês. “Mosquito”, com argumento de Fernanda Polacow e Gonçalo Waddington, é protagonizado pelo ator João Nunes Monteiro, no papel de Zacarias, um jovem militar enviado para África, na primeira guerra mundial. O drama de guerra “é inspirado na história da chegada do meu avô a África. No entanto, o que se passou durante a sua longa e solitária caminhada pouco se sabe. É aqui que entra a ficção, a fabulação e o sentido que pretendo dar à narrativa”, explica o realizador João Nuno Pinto na nota de intenções. “Mosquito” foi eleito o melhor filme internacional pela crítica da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em novembro. Dias antes tinha recebido dois prémios na Mostra de Valência – Cinema del Mediterrani, em Espanha, de melhor fotografia para Adolpho Veloso, e de melhor banda sonora para o músico Justin Melland. A longa-metragem foi ainda escolhida para abrir a edição deste ano do festival de cinema de Roterdão (Países Baixos), onde integrou também a Seleção Oficial. “Mosquito” é o candidato de Portugal à categoria de Melhor Filme Ibero-Americano dos Prémios Goya de 2021, de Espanha, e foi um dos quatro filmes nomeados para uma candidatura portuguesa à categoria de Melhor Filme Internacional dos Óscares. “Mosquito” é uma produção da Leopardo Filmes, de Paulo Branco, em co-produção com a Alfama Films Production (França), APM Produções (Portugal), Delicatessen Films (Brasil) e Mapiko Filmes (Moçambique), tendo sido rodado no país africano. O filme chegou às salas portuguesas no início de março, pouco antes do encerramento e da declaração do estado de emergência, por causa da covid-19. Ainda que com uma reduzida presença de espetadores em sala, “Mosquito” foi o sétimo filme português mais visto este ano, com 3.570 entradas, segundo dados do Instituto do Cinema e do Audiovisual, contabilizados até ao final de novembro. Além de “Mosquito”, João Nuno Pinto é ainda autor da longa-metragem “América” (2000) e das ‘curtas’ “Don’t swim” (2015) e “Skype me” (2008).