Andreia Sofia Silva EventosEscultura | Ren Zhe apresenta “Lendas da Cavalaria” em Macau O MGM apresenta durante um ano a exposição do conhecido escultor chinês Ren Zhe inspirada nas personagens dos romances sobre artes marciais de Jin Yong, ou ainda na cultura Jianghu, que remete para os antigos forasteiros que viviam no país. As mostras, apresentadas no MGM Cotai e na Barra, intitulam-se “MGM X Ren Zhen – Exposição de Vendas de ‘Lendas da Cavalaria'” e “Exposição de Trajes e Armas de Jin Yong Wuxia Drama” Já foi inaugurada na Galeria M Art, no MGM Cotai, a exposição do escultor chinês Ren Zhe, intitulada “MGM X Ren Zhe – Exposição de Vendas de Lendas de Cavalaria”, que mostrará ao público, incluindo coleccionadores, ao longo de um ano, 20 esculturas. Segundo um comunicado do MGM, podem ser vistas e adquiridas “as primeiras esculturas oficialmente autorizadas, em todo o mundo, de personagens clássicas dos romances de artes marciais de Jin Yong”, bem como esculturas da série “Warriors” [Guerreiros], criada pelo próprio artista. Apresentam-se, assim, as personagens clássicas dos romances de Jin Yong, nomeadamente “Os Heróis da Águia”, “Os Heróis do Condor”, “A Espada do Céu” e o “Sabre do Dragão” ou “A Raposa Voadora da Montanha Nevada”. Incluem-se ainda esculturas como “Qi Gu”, “Jing Ling” e “Shen Se”. “Lendas de Cavalaria apresenta peças distintas e históricas dos vários corpos de trabalho do artista”, retratando a cultura Jianghu (江). Jianghu é um termo que remete para um período histórico na China em que os forasteiros que viviam no país se uniam numa espécie de irmandade, ganhando a vida através dos trabalhos manuais que executavam. Muitos deles eram, além de artesãos, mendigos, ladrões ou mesmo artistas marciais, pertencendo às camadas mais baixas da sociedade. A cultura Jianghu inspirou muitos romances e filmes sobre artes marciais, numa influência que se nota até aos dias de hoje nas muitas publicações ao dispor no mercado. Foi este universo que Ren Zhe transportou para as suas peças. Jin Yong, nascido em Zhejiang em 1924 e falecido em Hong Kong em 2018, foi um conhecido escritor chinês “wuxia”, cujas obras abordaram precisamente o mundo das artes marciais e cavalaria na antiga China, pautado pela cultura “Jianghu”. De frisar que “wuxia” é o nome dado a um género literário chinês muito próprio, onde impera o universo da fantasia, artes marciais e antigos guerreiros. Vestuário na Barra Na zona da Barra apresenta-se, em simultâneo, a “Exposição de Trajes e Armas de Jin Yong Wuxia Drama”, com ligação ao universo das obras do escritor chinês. Ambas as exposições são descritas como sendo “vibrantes”, conectando “o espaço de exposições do MGM ao bairro da Barra com o tema unificador dos ‘heróis de Jianghu'”. As mostras incluem ainda manuscritos e outros artigos de arte desenhados por Ren, incluindo a colecção “ARTI-DIVINE”, uma série de produtos decorativos e “RE-DIVINE”, uma colecção de vestuário neo-chinês. A MGM diz ser “a primeira empresa que, em todo o mundo, promove a apresentação da decoração e vestuário neo-chinês de Ren Zhe, que reinterpreta os elementos culturais tradicionais chineses através de um artesanato contemporâneo requintado”. Tratam-se de duas exposições que revelam “o espírito de cavalheirismo e coragem dos heróis clássicos”, em que “todos os coleccionadores e aficcionados de arte mais exigentes podem participar neste encontro [em torno] de ‘Jianghu'”, onde o “heroísmo” é protagonista. Nascido em 1983, Ren Zhe formou-se na Academia de Artes e Design da Universidade de Tsinghua, uma das mais conceituadas do país, sendo reconhecido pelo trabalho que combina a cultura tradicional chinesa com técnicas contemporâneas ocidentais. A sua filosofia de trabalho e espírito artístico consistem na canalização “de uma presença externa formidável, desencadeando o ímpeto de uma energia impetuosa”. O artista pretende ainda “gravar imagens exteriores baseadas no carácter intrínseco” ou ainda “encarnar [nas obras que cria] o essencial do espírito”, através de uma criação que vem do interior. Uma das últimas grandes exposições de Ren Zhe aconteceu em 2019, no Templo Imperial Ancestral de Pequim, junto à Cidade Proibida, intitulada “Qi — Ren Zhe Sculpture Exhibition” [Qi – Exposição de Escultura de Ren Zhen], que “causou sensação no mundo da arte”. Com esta mostra, o artista chinês tornou-se no primeiro artista contemporâneo a expor neste espaço histórico da capital chinesa. O trabalho de Ren Zhe tem também muita procura em leilões por parte de coleccionadores de arte, descreve a MGM.
Andreia Sofia Silva EventosMGM | “Rei do Açúcar” expõe obras no Cotai Zhou Yi, conhecido como o “Rei do Açúcar” na China, apresenta, pela primeira vez em Macau, uma exposição com esculturas feitas com fondant, uma massa de açúcar fundido. O público poderá ver esta mostra permanente de cinco esculturas no espaço “Infinite Harmony” no Spectacle, no MGM Cotai É uma forma doce de começar um novo ano, aliando a doçaria à arte. O MGM Cotai apresenta, desde quarta-feira, a exposição do artista Zhou Yi, conhecido na China como o “Rei do Açúcar”, devido à sua capacidade de fazer grandes e belas esculturas com fondant, uma massa de açúcar fundido muito utilizada na doçaria. As cinco obras podem ser vistas de forma permanente no espaço Infinite Harmony, no Spectacle, sendo esta a primeira vez que Zhou Yi expõe em Macau. Apresentam-se cinco grandes esculturas feitas com materiais habitualmente usados para fazer bolos trabalhados com mestria e talento, recorrendo a técnicas utilizadas na modelagem de alimentos como é o caso da pintura em spray ou esculturas feitas com massa de pasteleiro. Ao mesmo tempo, revelam-se traços da cultura chinesa. Segundo um comunicado, estas esculturas foram criadas em exclusivo para a mostra do MGM Cotai, tendo temas relacionados com o lado clássico da cultura chinesa, como é o caso de “Três Livros e Seis Rituais”, a cultura folk da região de Lingnan, as danças do leão ou a tradição do Yum Cha, uma das refeições mais conhecidas da gastronomia chinesa. Estes trabalhos “rejuvenescem verdadeiramente as vivências e a história [da China], levando a arte a um novo nível”. “A exposição leva o público a explorar o charme do património imaterial e cultural, bem como a cultura chinesa, ao mesmo tempo que conta as grandes histórias chinesas através de um artesanato incrível dos dias contemporâneos”, acrescenta-se ainda na mesma nota. História e cultura A exposição tem curadoria do MGM e da marca Sugar King e foi preparada durante um ano. O autor afirmou que “através dos temas artísticos, que vão desde as tradições folk chinesas aos mitos e figuras históricas, espero poder mostrar a cultura chinesa tradicional para um público mais alargado através do meio artístico bastante popular, a arte com fondant. Acredito que a cultura chinesa necessita de ser vista e reconhecida a fim de realizar o rejuvenescimento da nossa nação”, disse Zhou Yi. A carreira deste artista do açúcar começou com a aprendizagem da escultura chinesa e o trabalho com massa de pasteleiro, tendo depois explorado sozinho a arte feita com fondant e outras técnicas de modelagem de alimentos, a fim de os transformar em obras de arte. Hoje é um artista reconhecido internacionalmente nesta área, tendo já ganho muitos prémios e distinções, como é o caso do Best Award [Melhor Prémio] no evento “Cake International” [Bolo Internacional] em 2017. Zhou Yi ganhou também, no ano passado, o prémio National Culture Inheritance [Herança da Cultura Nacional].
João Luz Manchete SociedadeMGM China | Injecção de 4,8 mil milhões na MGM Grand Paradise A MGM China vai transferir 4,8 mil milhões de patacas para subsidiária MGM Grand Paradise para cumprir os requisitos mínimos de capital do concurso público para renovar a concessão de jogo. Se a concessionária for uma das escolhidas, Pansy Ho será a directora executiva Enquanto a corrida à renovação das licenças de jogo prossegue, as candidatas afinam detalhes corporativos para cumprir os requisitos do concurso público e as imposições da nova lei do jogo. O exemplo mais recente foi a injecção da MGM China na concessionária MGM Grand Paradise de 4,8 mil milhões de patacas para que fique habilitada a concorrer à nova licença de jogo. Desta forma, a MGM Grand Paradise cumpre o requisito de ter, pelo menos, 5 mil milhões de patacas de capital social. De acordo com o documento submetido à Bolsa de Valores de Hong Kong que dá conta da injecção bilionária, Pansy Ho vai passar a deter 15 por cento do capital da empresa e ocupará o cargo de directora executiva na eventualidade da renovação da concessão. A filha de Stanley Ho irá receber anualmente 730 mil acções de Classe B da empresa, assim como uma remuneração de 8 milhões de dólares norte-americanos por ano. Além disso, com base na performance financeira da empresa, Pansy Ho poderá receber como “incentivo” 95 milhões de dólares no final da concessão, indicou ontem a agência financeira Bloomberg. O reforço da posição accionista de Pansy Ho na empresa também decorre da nova lei do jogo, que obriga o director executivo, um residente permanente da RAEM, a deter pelo menos 15 por cento do capital da empresa. Recorde-se que a lei anterior impunha 10 por cento do capital da concessionária. Paradigma em mudança No final da operação na Bolsa de Valores de Hong Kong, a MGM China irá deter quase 85 por cento do capital da subsidiária do grupo que opera em Macau, e a mesma percentagem nos direitos de voto. A empresa-mãe, MGM Resorts International vai passar a deter 0,4 por cento do capital da MGM China, uma considerável redução dos actuais 10 por cento, indicou a empresa em comunicado. As alterações na estrutura accionista da empresa tiveram reflexo imediato no valor das acções que subiram ontem 1 por cento na bolsa da região vizinha. A MGM China anunciou no início do mês um prejuízo de 382,4 milhões de dólares de Hong Kong (HKD) no segundo trimestre de 2022. Em igual período de 2021, a MGM China tinha apresentado um EBITDA (resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) ajustado positivo de 116 milhões de HKD, de acordo com um comunicado citado pela agência Lusa. No primeiro trimestre de 2022, a empresa, com dois casinos em Macau, registou ainda um lucro líquido de 45,7 milhões de HKD. No segundo trimestre, a MGM China registou receitas no valor de 1,1 mil milhões de HKD, menos 53,5 por cento comparativamente com o mesmo período do ano passado. Com agências
Hoje Macau EventosOrquestra de Macau junta-se ao MGM para concerto comemorativo “Comemorando o 50º Aniversário do Dia da Terra: Um Tributo à Natureza” é o nome do espectáculo que junta a Orquestra de Macau e o MGM e que visa celebrar não apenas os 50 anos do Dia da Terra, mas também os 250 anos do nascimento de Beethoven. O concerto decorre este sábado e domingo no The Spectacle, no MGM Cotai [dropcap]D[/dropcap]uas celebrações num só palco. É esta a proposta da Orquestra de Macau (OM) que, com o apoio da operadora de jogo MGM e do Instituto Cultural (IC), dá este sábado e domingo um duplo concerto de comemoração dos 50 anos do Dia da Terra e dos 250 anos do nascimento do compositor alemão Beethoven. O espectáculo intitula-se “Comemorando o 50.º Aniversário do Dia da Terra: Um Tributo à Natureza” e decorre às 14h30 na sala The Spectacle, no MGM Cotai. Segundo um comunicado do IC, o programa do concerto será focado na Sinfonia N.º 6 em Fá maior, Op. 68, “Pastoral” de Beethoven. O IC considera que este espectáculo “proporcionará ao público uma experiência sinfónica especial, com música clássica, tecnologia inovadora e arquitectura moderna”. “Ao som de uma melodia clássica que ilustra na perfeição a unidade do homem com a natureza, o público será levado a apreciar a beleza natural da cidade e a reflectir sobre a importância da protecção do ambiente”, acrescenta a mesma entidade. No mesmo fim-de-semana decorrem ainda outras actividades que visam celebrar os 50 anos da implementação do Dia da Terra, como visitas guiadas ao “Dia da Terra X Arte da Natureza”, um “Workshop de Criação de Bolas de Musgo” e um “Lanche Sinfónico”. Mais em Setembro Depois do espectáculo no MGM, a OM prepara-se para apresentar, já em Setembro, a nova temporada 2020/2021 com a série de concertos “Encontros com a OM em Setembro”, todos com entrada gratuita. O primeiro espectáculo acontece já a 5 de setembro, no grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) pelas 20h, e intitula-se “Um Encontro de Sinfonias”. Nos dias 11 e 12 de Setembro acontece “Um Encontro de Violoncelos” às 20h no teatro D. Pedro V, enquanto que também no dia 12 tem lugar a iniciativa “Música na Biblioteca”, na Biblioteca da Taipa, por volta das 17h15. A 19 de Setembro, no Museu de Arte de Macau (MAM) ocorre a iniciativa “Música no MAM”, às 14h30. No mesmo dia, às 17h, a Casa Garden acolhe “Música em Património Mundial”. Este Verão, nos meses de Julho e Agosto, a OM não esteve parada e apresentou o ciclo de concertos “Episódios de Verão”. Cerca de três mil pessoas reservaram bilhetes para os seis espectáculos incluídos neste programa, com mil inscrições efectivas. Em parceria com o Centro de Ciência de Macau, a OM apresentou ainda os concertos “Festival de Ciência e Música – Desfile Nocturno dos Animais”, vistos por 280 pessoas e com cerca de 800 inscrições.
Hoje Macau SociedadeMGM Cotai, Morfeu e Okura distinguidos pelos Prémios Hotel Verde [dropcap]A[/dropcap]s unidades hoteleiras MGM Cotai, Hotel Morfeu e Okura ganharam a distinção ouro no “Prémio Hotel Verde 2018”, organizado pela Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), que distingue práticas amigas do ambiente no sector hoteleiro. A escolha foi feita de entre um conjunto de 19 hotéis do território. A DSPA aponta, em comunicado, que os “hotéis premiados tomaram as devidas medidas para reduzir o fornecimento de bebidas em garrafa de plástico descartável, nomeadamente a instalação do sistema de água potável filtrada para substituir dispensadores de água de garrafão, a instalação de locais ‘self-service’ ou diminuindo ou até suspendendo o fornecimento de água engarrafada em garrafas de plástico”. Além disso, o MGM Cotai, Okura e Morfeu destacaram-se na “melhoria evidente nas vertentes da conservação de energia e a poupança de água, redução de resíduos e recolha de resíduos recicláveis, e o controlo da poluição do ruído e da luz”. Em Junho, realiza-se a cerimónia para atribuir os louvores aos diversos hotéis premiados. Além dos três hotéis premiados com o ouro, cinco hotéis ganharam o prémio de prata, quatro o prémio de bronze e três o prémio de excelências. A DSPA nota também que “o sector hoteleiro de Macau tem vindo a concretizar a gestão de resíduos alimentares e em quase 64 por cento dos hotéis galardoados já foi efectuada a recolha de resíduos alimentares”. Foi também notado que “80 por cento dos hotéis premiados efectuaram acções relativas à reciclagem de resíduos recuperáveis, as quais incluem papéis usados, garrafas de plástico, latas de alumínio, garrafas de vidro e pilhas e baterias usadas, entre outros, sendo a quantidade total de recolha acumulada de mais de 21 toneladas métricas”. O mesmo comunicado dá conta de que 20 por cento dos hotéis vencedores utilizam veículos eléctricos.
Hoje Macau EventosMGM Cotai | Esculturas de Ju Ming até 7 de Abril [dropcap]F[/dropcap]oi inaugurada esta segunda-feira uma exposição no MGM Cotai que apresenta as esculturas do artista Ju Ming, e que estará patente até 7 de Abril. De acordo com um comunicado divulgado pela operadora de jogo, as 40 peças em exposição revelam “a busca de Ju Ming pelas relações humanas com ênfase no conceito estético da emergência da arte na vida, e da vida na arte, algo que está em perfeita harmonia com a missão do MGM de fazer da arte algo mais acessível junto do público”. Os trabalhos expostos “são inspirados nas experiências multiculturais [do artista], e com 30 anos de desenvolvimento, Ju Ming aplica materiais tradicionais e contemporâneos, tal como madeira e aço inoxidável”.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeMGM Cotai | Grant Bowie confiante na renovação da licença de jogo depois de investimento de 3,4 mil milhões [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] CEO da MGM China, Grant Bowie, garantiu ontem não estar preocupado com a questão da renovação das licenças de jogo, tendo em conta o investimento que a concessionária fez no Cotai. “Não é motivo de preocupação. O Governo tem sido muito claro de que não vai dizer nada e não posso acrescentar mais nada. Merecemos a extensão do nosso contrato de concessão. Se investimos 3,4 mil milhões de dólares não vamos abandonar Macau e estamos a responder aos requisitos e estratégia do Governo.” “A renovação dos contratos não tem a ver com o sucesso dos casinos mas com a diversificação do sector, e quando Edmund Ho [ex-Chefe do Executivo] liberalizou o sector era esse o objectivo”, lembrou o CEO. Com um discurso francamente optimista, Grant Bowie adiantou que as salas VIP abrem portas em meados deste ano e de que serão operadas por cinco empresas junket. Quanto ao número de mesas, o MGM transferiu 77 das 100 mesas que já possuía no empreendimento da península. “Estamos a usar os bens que já tínhamos de forma efectiva, tal como todas as restantes concessionárias. Todos têm mesas sem utilização e temos cerca de 100 mesas. Pensámos em colocar 77 mesas de acordo com a nossa estratégia para o Cotai. Vamos gerar mais retorno com estas mesas no MGM Cotai do que aquele que estávamos a obter no MGM Macau”, frisou o CEO da operadora. Pansy Ho, directora-executiva da MGM China, defendeu que a concessionária deverá levar cerca de oito anos a ter o retorno do investimento feito no Cotai, e Grant Bowie não quis contrariá-la, apesar de não ter avançado números concretos. “Não vou desafiar as previsões de Pansy Ho, mas não tenho uma previsão especial em relação ao tempo que levará a termos o retorno do investimento. Com um investimento de 3,4 mil milhões de dólares teremos a oportunidade de satisfazer as necessidades dos nossos clientes. Os atrasos no projecto não levaram ao aumento do investimento e queríamos abrir na altura certa.” Tendo adiantado que ainda estão a ser feitas algumas reparações aos estragos que a obra sofreu aquando da passagem do tufão Hato, Grant Bowie garantiu que vai demorar algum tempo até que o novo empreendimento tenha uma presença forte mercado. “Não vou comprometer-me com nada e vai levar algum tempo para que o nosso empreendimento possa mostrar a posição face aos projectos das restantes concessionárias. Vamos fazer de tudo para termos o retorno do investimento para os nossos accionistas.” Hainão? “Já ouvi muitas histórias” O MGM viu-se obrigado a adiar a data de abertura do seu empreendimento no Cotai diversas vezes, mas Grant Bowie garantiu que o objectivo foi sempre o de inaugurar o novo resort na fase certa. “Este é um período mais forte para nós e não tenho grandes previsões a fazer em relação ao retorno que vamos ter. É muito importante abrir agora e pode ser um período muito sólido. Agora temos resorts integrados e muita gente vem com as suas famílias, não apenas para jogar. Investimos muito dinheiro e o retorno será elevado.” Grant Bowie lembrou que, numa altura em que o mercado começa a tornar-se mais maduro, todas as previsões devem ser feitas a longo prazo. “Não deveríamos fazer uma análise para daqui a um mês, porque Macau está a tornar-se num mercado maduro. Queremos fazer o reforço em termos de mercado do turismo e do entretenimento, que é onde estamos posicionados em Macau.” Questionado sobre o excesso de turistas, tendo em conta que uma das apostas da operadora é o mercado de massas para o jogo, Grant Bowie adiantou que o objectivo não é o de trazer uma maior pressão a quem vive no território. “Sou professor universitário na área do turismo e posso desenvolver uma dissertação sobre essa matéria. Não estamos focados no número de pessoas mas sim na qualidade. Queremos assegurar que não vamos trazer pressão para as comunidades locais. Esta é a estratégia que devemos desenvolver no futuro.” Questionado sobre as notícias de que o Governo Central estaria a ponderar a abertura de um empreendimento de jogo em Hainão, Grant Bowie não se mostrou preocupado. “Esta talvez seja a sexta ou a sétima vez que ouço essas histórias de haver jogo em Hainão. Vai continuar a haver este tipo de histórias com certeza. O jogo na China é um desafio e o Governo da China vai trabalhar sobre essa matéria. Claro que são pessoas com grande empreendedorismo que levantam essas questões”, concluiu.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeMGM Cotai | Empreendimento “está bem integrado na cultura de Macau” Tem mais de 1300 quartos de hotel, promete trazer quatro dos melhores chefes de cozinha do mundo e pretende ser uma junção de entretenimento, jogo e arte. O MGM Cotai abriu ontem portas dez anos depois do primeiro momento em que começou a ser planeado [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]a grande praça quase futurista cabe o restaurante do chefe Mauro Colagreco, que promete oferece os melhores bifes inspirados na cozinha mediterrânica. Há também espaço para a arte em forma de chocolates da chefe Janice Wong, natural de Singapura e conhecida em toda a Ásia pelas suas sobremesas originais. Há também o restaurante do chefe Graham Elliot, transformado em estrela de televisão. É com esta aposta na gastronomia, bem como na arte e no entretenimento, que o MGM Cotai pretende fazer a diferença no território, numa altura em que se encontram em construção a segunda fase do Studio City, a terceira e quarta fases do Galaxy e o empreendimento Lisboa Palace, da Sociedade de Jogos de Macau. O empreendimento abriu ontem portas às 19h30, mas antes os responsáveis máximos pela MGM China deram respostas sobre o resort integrado que começou a ser planeado há dez anos. Pansy Ho, directora-executiva da concessionária, disse que o dia de ontem “foi o mais importante”. “Estou muito orgulhosa deste projecto. Dez anos depois temos uma cooperação inovadora em termos de arte e entretenimento. Nos últimos dois anos a MGM China tem estado a trabalhar sem parar.” A empresária, filha do magnata de jogo Stanley Ho, lembrou que uma das grandes apostas da operadora do Cotai é a junção entre entretenimento de qualidade e arte. No empreendimento que foi desenhado para ser uma “caixa de joalharia” haverá lugar a várias exposições, de artistas da China e de Macau. “O MGM está bem integrado na cultura de Macau e vai assimilar a visão de futuro que existe para o entretenimento. Este é um dos maiores investimentos de toda a Ásia e podemos ter mais de 300 peças de arte expostas. Um total de 25 artistas da China virão apresentar as suas obras. Grant Bowie, CEO da MGM China, lembrou a atenção especial que a parceira de negócios dá ao mundo da arte. “Pansy Ho é uma grande patrocinadora de arte e demos esta oportunidade a artistas. Vamos criar novas oportunidades a jovens artistas que vão ter a oportunidade de expor os seus trabalhos e mostrarem a sua visão do mundo.” James Murren, director-executivo da MGM China e CEO da MGM Resorts International, sediada em Las Vegas, frisou o esforço pessoal que a filha de Stanley Ho colocou neste projecto. “Sei que a Pansy ama Macau e as suas pessoas. Todos os espaços foram desenhados para celebrar a cultura de Macau e da China. Esta será uma nova plataforma para o entretenimento global.” O empresário falou ainda da área da restauração como uma grande aposta. “No MGM Cotai vamos ter cerca de 400 opções para comidas e bebidas. Seria mais fácil continuar com os mesmos restaurantes que já tínhamos mas não iríamos agradar aos nossos visitantes.” Grant Bowie não deixou de dar destaque ao Spectacle, o primeiro teatro dinâmico da Ásia, que serve para dez configurações diferentes e que está preparado para receber duas mil pessoas. “Na última década procuramos fazer um resort integrado e para sermos competitivos tínhamos de melhorar. O entretenimento é a filosofia do MGM enquanto empresa. O teatro representa a No discurso proferido na conferência de imprensa, realizada horas da abertura oficial do MGM Cotai, Pansy Ho destacou os apoios governamentais que o projecto recebeu e a necessidade de estabelecer maiores ligações em termos de integração regional. “Temos de encontrar novas formas de competitividade e o MGM já está a preparar-se para a nova ponte Hong-Kong-Zhuhai-Macau, para fazer com que Macau se integre melhor na China. Haverá um fluxo cultural importante.” “Recebemos sempre o apoio do Governo de Macau e do Governo Central. Conseguimos ter um desenvolvimento extraordinário e uma nova visão”, concluiu a empresária.