Macau Water | Volume de água consumida baixou 25 por cento em 2020

A pandemia da covid-19 e a consequente quebra no número de turistas no território levou a uma redução do volume de água consumida na ordem dos 25 por cento o ano passado, aponta o relatório e contas da Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau (Macau Water) publicado ontem em Boletim Oficial (BO).

Este número representa uma “redução anual de 8 por cento ou 93 milhões de metros cúbicos de bombagem anual” em relação a 2019, o que constituiu “um desafio imprevisto”. Ainda assim, a concessionária acredita que conseguiu “cumprir as obrigações ao longo do ano passado ao assegurar a estabilidade no abastecimento de água, mesmo sob a conjuntura adversa da pandemia”.

Em 2020 foi também concluída a construção da Estação de Tratamento de Água de Seac Pai Van “com sucesso”. Esta infra-estrutura “irá permitir uma distribuição de água ainda mais abrangente em Macau baseada na complementaridade entre os sistemas do Norte e Sul, contribuindo para garantia e reforço da segurança no abastecimento de água na região”, aponta a empresa.

16 Jun 2021

SAAM | Quebras de 20% e descida histórica no consumo de água

Devido à pandemia e à falta de turistas, o abastecimento de água em Macau registou uma queda de 8 por cento em 2020, um “recorde”, segundo Nacky Kuan, directora da Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau. Contas feitas, os lucros caíram 20 por cento para 70 milhões de patacas, valor equivalente ao de 2016. O preço da água para agregados domésticos deverá manter-se este ano

 

Em 2020, a Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau (SAAM) registou uma quebra de cerca de 20 por cento, alcançando lucros de 70 milhões de patacas. O registo que, segundo a directora executiva da SAAM, Nacky Kuan, coloca a empresa ao mesmo nível dos lucros obtidos “em 2016 ou 2017”.

Segundo a responsável, a razão pela qual os resultados de 2020 caíram a pique deve-se ao impacto provocado pela pandemia de covid-19, levando a que menos turistas viessem a Macau e, indirectamente, o consumo geral de água no território recuasse.

“Devido ao impacto da covid-19 tivemos prejuízos avultados de cerca de 20 por cento, gerando lucros de apenas 70 milhões de patacas. Os nossos lucros para este ano também devem cair mais de 20 por cento. Isso quer dizer que vamos voltar aos níveis registados há três anos atrás, correspondentes a 2016 ou 2017”, explicou ontem Nacky Kuan, por ocasião do almoço de Primavera com os meios de comunicação social da SAAM.

Apontando que “os hotéis de Macau têm um peso de 20 por cento no consumo de água [do território]” e que houve uma descida de 24 por cento no sector comercial, a directora executiva da SAAM partilhou ainda que o abastecimento de água de Macau registou uma descida de 8 por cento em 2020, valor que traduz “o recuo mais acentuado da nossa história”. “É uma descida recorde”, acrescentou, referindo-se aos 93 milhões de metros cúbicos de água consumidos em 2020.

Questionada sobre quais as expectativas de recuperação para os próximos tempos, Nacky Kuan revelou esperar que os consumos possam subir cerca de 3 por cento ainda este ano, mas que ainda levará algum tempo até se atingir os níveis registados em 2019.

“Se os turistas voltarem a Macau nos mesmos níveis registados em 2019, acreditamos que os consumos vão crescer novamente e esperamos também que o consumo de água cresça cerca de 3 por cento ainda este ano, em relação ao ano passado. No entanto, não será ainda possível chegar aos níveis de 2019, porque acreditamos que ainda irá demorar à volta de um ou dois anos para alcançarmos os níveis registados nessa altura”, sublinhou Nacky Kuan.

Garantias e futuros

Ainda à margem do almoço de Primavera da SAAM, a responsável assegurou também que, apesar da evolução negativa, o preço da água não vai sofrer alterações em 2021.

Garantido também está o nível de abastecimento de água. Pese embora a baixa precipitação registada na província de Guangdong, Nacky Kuan afirmou que “o nível das reservas de segurança de água é estável” e que haverá cooperação com o Governo de Zhuhai.

Olhando para o futuro, para além da perspectiva de aumentar a capacidade diária de abastecimento de água de Macau de 390 mil para 520 mil metros cúbicos para com a ajuda das estações de tratamento de Seac Pai Van e a 4.ª conduta de abastecimento, os planos da SAAM passam também pela inclusão de sistemas inteligentes na zona A dos novos aterros.

“Vamos (…) instalar sensores online para monitorizar a qualidade, pressão e fluxo da água. Será possível saber qual a situação do abastecimento de água na Zona A, já que os dados serão enviados directamente para a nossa central (…) em tempo real”, partilhou a responsável.

4 Mar 2021

Macau Water | Abastecimento aumentou três por cento face a 2017

[dropcap]A[/dropcap] Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau (SAAM), ou Macau Water, registou um aumento na ordem de três por cento no abastecimento de água no território em 2018, num total de 100 milhões de metros cúbicos.

De acordo com o relatório do conselho de administração da empresa, ontem publicado em Boletim Oficial (BO), o aumento deve-se à “abertura da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e ao estabelecimento de grandes hotéis e instalações recreativas”, pelo que “o número total anual de visitantes atingiu cerca de 36 milhões, resultando num volume anual recorde de água abastecida”.

A Macau Water afirma ainda estar atenta às políticas de protecção ambiental, tendo em conta a publicação do Relatório Especial sobre o Aquecimento Global de 1,5ºC por parte das Nações Unidas. Nesse sentido, a empresa tem “aderido à política global de protecção ambiental da empresa matriz, a Suez Environment”.

Além disso, a concessionária “tem também procurado avançar destemidamente no sentido de encontrar novas soluções para o funcionamento global da empresa, nomeadamente, a nível da conservação energética, do aumento da eficiência e da reutilização de águas residuais, com vista a reduzir o impacto das operações sobre o meio ambiente e a contribuir para o desenvolvimento sustentável do planeta”, lê-se no mesmo documento.

Este ano será “cheio de desafios e oportunidades” para a Macau Water, com previsão de investimento ao nível da “inovação a nível tecnológico e cultural para liderar a equipa, no sentido de contribuir para uma Macau mais próspera e harmoniosa”.

20 Jun 2019

Governo quer maior aumento das tarifas de água para casinos

[dropcap]S[/dropcap]usana Wong, directora dos Serviços para os Assuntos Marítimos e da Água (DSAMA), disse ontem ao HM que ainda não há uma decisão final sobre a percentagem de aumento das tarifas de água, mas que este irá incidir sobre as grandes empresas a operar no território.

“Já temos dados que recolhemos e que estudámos sobre a percentagem de aumento. Vamos aumentar menos as tarifas sobre o consumo de água na rede doméstica porque é uma necessidade diária, mas para os casinos e clientes especiais haverá uma tarifa mais alta, e é essa a política que iremos seguir. Vamos tentar que os clientes paguem o valor mais alto possível e que os consumidores domésticos paguem o menos possível”, apontou.

A decisão final só deverá ser tornada pública em 2019, acrescentou Susana Wong. “Só no princípio do próximo ano iremos anunciar a percentagem do aumento.”

Kuan Sio Peng, vice-directora da Macau Water, garantiu que os aumentos terão sempre em conta a situação económica do território.

A directora da DSAMA falou à margem da segunda reunião anual entre os responsáveis da Macau Water e o Governo. Outro dos pontos abordados foi o atraso na construção da estação de tratamento de águas de Seac Pai Van, que só deverá entrar em funcionamento na segunda metade de 2020.

“Da nossa parte, estamos a arranjar os tubos de fornecimento da água de Zhuhai até Coloane pela ilha de Hengqin. Devido às obras, esse projecto será adiado”, disse Susana Wong, que frisou que a construção deverá ficar concluída entre o primeiro e o segundo trimestre de 2019, sem afectar a entrada em funcionamento da estação de tratamento.

Kuan Sio Peng acrescentou que já estão em curso as obras para a construção das fundações, sendo que 26 por cento dos trabalhos foram concluídos. Além disso, está a ser preparado um concurso público para a realização de um estudo relativo à viabilidade da construção de um reservatório de água na zona da Taipa pequena.

12 Dez 2018

Tufão “Mangkhut” | Governo e Macau Water reuniram com Zhuhai

A Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e da Água (DSAMA) reuniu ontem com a concessionária responsável pelo abastecimento de água no território, a Sociedade de Abastecimento de Água de Macau (Macau Water) e a Companhia de Abastecimento de Água da Zona Económica Especial de Zhuhai a Macau, com o objectivo de discutir as “medidas de protecção contra o tufão e inundações, com vista a garantir o fornecimento regular e seguro de água bruta e canalizada durante a passagem de tufão”, aponta um comunicado oficial.

A DSAMA adiantou também que a Macau Water está preparada para o fornecimento de água canalizada a hotéis e habitações durante e depois da passagem do tufão “Mangkhut”. “Depois de ter examinado a situação actual das diversas estações de tratamento de água, a DSAMA confirma que a Macau Water está preparada para o tufão, os painéis de retenção de água estão bem colocados nas instalações de produção de água na Estação de Tratamento de Água na Ilha Verde e no Reservatório Central de Macau, cuja altura máxima é de 2,6 metros, enquanto a porta de estanque vai ser fechada.”

Além disso, a concessionária “já encheu todos os tanques de água elevados e vai estar atenta ao seu nível de água, a fim de garantir uma reserva suficiente para satisfazer as necessidades”.

Além disso, a Macau Water garante que vai aumentar “o número de funcionários em serviço e reforçará a inspecção das estações de tratamento de água”. “Na altura, os funcionários responsáveis pelo tratamento de água e rede de tubagens estarão em serviço na Estação de tratamento de água na Ilha Verde, no Reservatório Central de Macau e na Estação de tratamento de água de Coloane. Os funcionários responsáveis pela reparação dos equipamentos estarão em serviço na Estação de tratamento de água na Ilha Verde e no Reservatório Central de Macau”, explica o mesmo comunicado.

Electricidade garantida

No que diz respeito ao fornecimento de electricidade, o Governo também assegura que não deverão ocorrer problemas. “Está verificado e confirmado o funcionamento regular das instalações de fornecimento de electricidade de reserva em cada estação e o automóvel que gera energia de reserva pode ser utilizado.”

Além disso, a DSAMA “coordenou com a CEM sobre medidas de apoio de contingência, para reforçar a segurança de fornecimento de electricidade às estações de tratamento de água”.

Recorde-se que o ano passado, a 23 de Agosto, várias casas ficaram sem luz durante algumas horas após a passagem do tufão Hato, sendo que o fornecimento de água ficou suspenso durante vários dias em algumas das zonas mais afectadas no território.

15 Set 2018

Macau Water | Concessionária registou lucros em 2017

A Macau Water registou lucros, após dedução de impostos, no valor de 77,5 milhões de patacas o ano passado. Entre os ganhos, 50,61 milhões de patacas resultaram “do seu principal serviço, o do abastecimento de água, que registou um decréscimo de três por cento face a 2016”, aponta um comunicado oficial.

Neste sentido, a zona do Cotai registou um crescimento no consumo de água de seis por cento face a 2016. O ano passado a concessionária investiu um total de 233,3 milhões de patacas na construção de novas infra-estruturas, sendo uma delas a Estação de Tratamento de Águas de Seac Pai Van.

Para este ano, a empresa “espera que o montante total do investimento em 2018 aumente para 400 milhões de patacas”. Entre os projectos a desenvolver estão a construção da referida estação de tratamento de água, “o reforço e melhoria das medidas de precaução em todas as estações de tratamento contra tufões e inundações, a manutenção e substituição da rede de condutas de abastecimento de água e melhoria dos vários sistemas de aplicação e promoção de tecnologias Smart Water”.

28 Mar 2018

Água | Instalação de canalizações fazem subir lucros da SAAM

A Sociedade de Abastecimentos de Águas de Macau (Macau Water) registou 70 milhões de patacas em lucros no ano passado. Segundo a directora geral da empresa, Nacky Kuan, o segmento de instalação de canalizações foi o responsável pelo aumento

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] cobrança pelos serviços de instalação de canalizações fizeram os lucros da Sociedade de Abastecimentos de Águas de Macau subir para 70 milhões de patacas no ano passado. Os números apresentados pela Directora Executiva da SAAM, Nacky Kuan, representam um aumento de cerca de 8 por cento, face a 2016, quando os lucros tinham sido de 65 milhões de patacas.

“Em relação ao serviços de água, os resultados vão ser muito semelhantes aos registados em 2016. No entanto, as receitas provenientes da construção de canalizações tiveram um aumento. É por isso que os resultados vão ser melhores do que no ano passado”, afirmou, ontem, Nacky Kuan.

“Em 2017, os resultados devem rondar os 70 milhões de patacas, depois de no ano passado terem sido de 65 milhões. Contudo, neste momento ainda estamos à espera de ter as contas auditadas para ter um número oficial”, explicou.

Sobre o consumo de água, no ano passado, Macau registou uma procura superior em dois por cento face a 2016. Assim, no ano passado, saíram das torneiras do território mais de 88 milhões de metros cúbicos de água. Para este ano, a SAAM espera um aumento semelhante, na ordem dos “dois ou três por cento”.

“Em 2018 prevemos um aumento no consumo de água que ronda os dois ou três por cento. Não prevemos problemas no abastecimento, até porque nos próximos anos esperamos ter em funcionamento a estação de tratamento de água de Seac Pai Van”, explicou a directora executiva da SAAM.

A estação em causa deve começar a funcionar em 2020. “As obras vão demorar cerca de dois anos, por isso estamos a contar que os trabalhos possam estar concluídos até 2020, a tempo do pico de consumo, ou seja, antes de Junho”, apontou.

Prevenir catástrofes

O ano passado ficou marcado pela passagem do Tufão Hato e pelo corte no abastecimento de água. Ontem, no almoço anual da SAAM com os órgãos de comunicação social, por alturas do Ano Novo Chinês, o tema voltou a ser abordado.

“Estamos a preparar-nos com medidas para o curto e médio prazo, caso ocorram situações deste género. Este ano, vamos completar a protecção para a ETAR da Ilha Verde. Vamos construir uma barreira que vai evitar inundações na estação”, afirmou Kuan.

“A repetição de cortes no abastecimento depende da subida do nível da água. Há situações que são muito difíceis de evitar. Mas a barreira que vamos construir tem uma altura superior em 1,5 metros face ao nível da água atingido durante a passagem do Tufão Hato”, revelou.

A companhia está igualmente a fazer o estudo de viabilidade para a instalação de tanques elevados, que vão aumentar para 12 horas a autonomia do abastecimento. Após a aprovação do Governo, a conclusão das obras vai demorar entre dois e três anos. O estudo deve ficar concluído ao logo deste ano.

8 Mar 2018

Água | Autonomia de abastecimento passa para 12 horas

A passagem do Tufão Hato colocou a nu as fragilidades do abastecimento de água em Macau e agora a Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau está a trabalhar para preparar uma resposta mais eficaz em caso de desastres naturais

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] território vai passar a ter uma autonomia de 12 horas no abastecimento de água, quando ocorrerem desastres naturais que danifiquem a rede. Actualmente a autonomia é de quatro horas, mas a Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau (SAAM) está a proceder a um estudo para expandir as instalações. O documento, que deve ficar pronto no próximo ano, vai depois ter de ser aprovado pela Direcção de Serviços dos Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA).

O andamento dos trabalhos foi explicado, ontem, por Nacky Kuan, directora-executiva da SAAM, à margem de um seminário organizado pela empresa sobre “abastecimento de água e plano de contingência durante catástrofes naturais”.

“Queremos aumentar a autonomia dos serviços de água de quatro para 12 horas. Consideramos que 12 horas são suficientes para termos tempo de fazer as reparações necessárias e implementar o sistema de resposta em casos de emergências”, afirmou Nacky Kuan.

Quando o tufão Hato passou por Macau, houve zonas do território que estiveram mais de 12 horas sem terem fornecimento de água. No entanto, a directora-executiva da SAAM frisou que os atrasos na reposição do abastecimento de água se ficaram a dever às dificuldades de acesso às instalações da empresa, que ficaram inundadas.

“A autonomia de 12 horas tem como referência a legislação de países da União Europeia, como o Reino Unido. Os problemas e atrasos na reposição do serviço durante o tufão Hato não tiveram a ver com as obras de reparação da rede”, apontou.

“Os principais problemas foram o transporte dos técnicos para a estação de abastecimento da Ilha Verde. Foi um processo que demorou cerca de quatro horas. Depois a estação estava inundada, tivemos de pedir ajuda aos bombeiros para resolver essa questão, porque não tínhamos electricidade para fazer com que as nossas bombas removessem a água da estação”, acrescentou.

Nacky Kuan afirmou também que a empresa já implementou medidas para resolver esses problemas e aumentou a capacidades dos geradores para bombear águas.

“Instalámos comportas nas nossas estações para prevenir as cheias. Claro que se a subida da maré for muito muito elevada ainda podem ocorrer inundações, mas se a altura for 1,5 metros, estamos bem preparados. Foram medidas temporárias que agora estamos a reforçar para serem permanentes”, clarificou.

DSAMA à espera

No evento esteve também presente o vice-director da DSAMA, Chou Chi Tak. O responsável explicou que o Governo está neste momento a aguardar pela proposta da SAAM sobre as medidas a adoptar para aumentar a capacidade.

“A autonomia vai ser aumentada com a instalação de tanques elevados, por isso precisamos de esperar que a SAAM façam um estudo sobre todas as instalações do fornecimento de água e sugestão de futuras localizações para os tanques. Podem optar por construir os tanques novos ou expandir os actuais”, disse Chou Chi Tak.

“Nesta altura temos dois tanques: um fica situado na Colina da Guia o outro na Colina da Taipa Grande. Só temos essas duas localizações e vamos ter de aguardar pela proposta da SAAM”, explicou sobre uma eventual abertura para instalar os tanques em áreas verdes, como Coloane.

Chou Chi Tak sublinhou também que na preparação do mecanismo de resposta a situações de catástrofes, que o Governo está a trabalhar para alargar o âmbito da cooperação com as autoridades do Interior da China. Este é um trabalho que deve demorar tempo, mas Chou considerou haver uma boa base com o mecanismo utilizado durante o tufão Hato, quando Zhuhai enviou camiões cisterna para abastecimento de águas nas zonas afectadas.

8 Nov 2017

Mais 5,9 por cento para a Macao Water devido à futura estação de Seac Pai Van

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo e a Macao Water chegaram a um acordo quanto à actualização do valor da taxa de serviço: até 2019, haverá aumentos anuais médios de 5,9 por cento. De acordo com a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA), a concessionária pretendia aumentar a taxa de serviço para 6,2 por cento por ano em média, entre 2017 e 2019, mas a Administração conseguiu baixar a percentagem de actualização.

Quando entrarem em vigor os novos valores, a taxa de serviço será de 5,45 patacas por metro cúbico (aumento de 33 avos). Em Janeiro de 2018, será de 5,77 patacas (aumento de 32 avos) e, em Janeiro de 2019, será de 6,08 patacas.

Este aumento prende-se com o investimento que a Macao Water está a fazer na Estação de Tratamento de Água de Seac Pai Van, explica a DSAMA, dando conta de que “o orçamento total nesta estação é aproximadamente de mil milhões de patacas, sendo um montante consideravelmente superior ao previsto no contrato de concessão”.

Em comunicado, a Macao Water congratula-se com o consenso alcançado e deixa detalhes sobre o projecto de Seac Pai Van, que será fornecido principalmente pelo quarto canal de abastecimento de água, construído em conjunto pelo Governo de Macau e pela província de Guangdong.

A nova fábrica poderá fornecer um total de 130 mil metros cúbicos de água por dia, pelo que o abastecimento diário total do território aumentará dos actuais 390 mil metros cúbicos para 520 mil. A construção está prevista para o início de 2019, sendo que deverá estar concluída no final desse ano. A Macao Water espera que a nova estação possa responder à necessidade de água da cidade na próxima década.

Nos últimos anos, indica a concessionária, a população de Macau aumentou em quase 26 por cento e o consumo de água em 44 por cento, com as ilhas a sentirem o maior crescimento. Estima-se que o uso geral de água continuará a aumentar gradualmente nos próximos dois a três anos, a uma taxa anual entre dois a quatro por cento.

15 Jun 2017

Governo reuniu com Macau Water para debater deterioração de canalizações em edifícios

O mau estado das canalizações dos edifícios antigos continua a ser a principal preocupação da Macao Water. Porque o problema continua a ser uma realidade, a empresa convidou especialistas para ajudarem a encontrar uma solução

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Macao Water continua preocupada com o estado das canalizações dos edifícios antigos. O problema que aparentemente tende a crescer, e sem solução à vista, levou a companhia a pedir auxilio a duas empresas especialistas: a Macau Association of Concrete Inspection, Maintenance and Waterproofing e a Macao Association of Buildings Diagnosis.

A informação foi dada ontem através de um comunicado à imprensa, depois da primeira reunião deste ano da Macao Water.

“Com o aumento do número de edifícios antigos no território, os problemas associados a infiltrações começam a surgir”, lê-se no comunicado. O problema tem diferentes origens e estão ligadas, por um lado, aos diferentes tipos de fugas de água e, por outro, ao mau estado das canalizações. De acordo com a companhia, a razão essencial que leva à deterioração dos canos está associada à má manutenção dos edifícios.

O resultado que a Macao Water afirma estar a presenciar é “o desperdício deste recurso que se manifesta na qualidade da água e na higiene ambiental”, factores que afectam a vida diária dos residentes que vivem em edifícios antigos.

Dada a gravidade da situação, a companhia considera que esta é uma matéria que deve “ser encarada de forma séria”.

Para resolver o problema, a Macao Water convidou duas empresas para que possam dar a conhecer tecnologias a serem usadas no tratamento de problemas de infiltração e os serviços disponíveis para ajudar na resolução do dilema.

Já na reunião de há um ano, a companhia manifestou preocupações idênticas, sendo que dizia, na altura, estar “muito preocupada com a situação”. A empresa garantia ter discutido soluções possíveis com os representantes do Governo presentes na reunião, nomeadamente com a directora para os Assuntos Marítimos e da Água, Susana Wong. A responsável disse que esperava que “os donos dos edifícios, as empresas gestoras dos condomínios ou os agentes registados cumprissem as suas obrigações e fizessem um trabalho melhor na manutenção das redes de água”, já que a empresa “nada podia fazer em relação às redes particulares”.

Uso moderado

Na reunião de ontem, Susana Wong fez uma apresentação das medidas que têm sido tomadas na conservação da água e que, considera, estão a surtir efeito. “Dado o aumento para fins residenciais e comerciais, consequência do desenvolvimento social e económico, o consumo de água está com níveis considerados moderados”, explicou. Entre as medidas adoptadas, os serviços salientaram o uso de dispositivos de armazenamento e poupança de água, o ajustamento de tarifários e o projecto de conservação de água.

 

 

DSAMA só recebeu dois pedidos para iates

Susana Wong, directora dos Serviços para os Assuntos Marítimos e da Água (DSAMA), disse ontem, à margem da reunião com a Macao Water, que o organismo só recebeu dois pedidos de visto individual para utilização de iates desde a inauguração do percurso de embarcações entre Macau e Zhongshan. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, Susana Wong disse que a pouca adesão dos turistas está relacionada com os elevados custos com o depósito e taxas a pagar à entrada na fronteira com o interior da China, bem como com as altas taxas de inspecção que têm de ser pagas na fronteira com Macau. Caso haja mais embarcações a vir para Macau, a DSAMA vai estender a zona de ancoragem até à entrada do canal de Shizimen, explicou a directora. Quanto ao terminal marítimo do Pac On, Susana Wong garantiu que pode ser utilizado a partir de segundo trimestre deste ano. No entanto, a DSAMA não tem ainda uma data concreta para o início das operações.

26 Abr 2017

Água| Novas tarifas entram em vigor amanhã

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ajustamento das tarifas de água tem início amanhã. A informação, divulgada em comunicado pela Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e da Água (DSAMA), pretende “promover o papel de mecanismo regulador das tarifas de água como alavanca económica e aumentar a motivação para a poupança de água”.

O aumento previsto será moderado, informa a DSAMA, e as tarifas de consumo residencial correspondentes aos quatro escalões será de 4,48, 5,18, 6,04 e 7,27 patacas por metro cúbico,  sendo que mais de 90% dos utentes “irão pagar um aumento inferior a 4,5 patacas.

“Com o ajustamento, tornar-se-á maior o fosso entre os escalões implementando o princípio de quem mais consome , mais paga”, lê-se em comunicado. A mesma ideia é aplicado ao consumo não residencial em que o metro cúbico passa a ter o valor de 6,04 patacas e o Governo apoia com um subsidio de 1,7 patacas por unidade de medida, num total de 22%.

Por outro lado, e de modo a promover a poupança, a DSAMA continuará a implementar o Plano de Bonificação. “Durante o período entre Outubro de 1016 e Março de 2017, de entre todos os utentes de água da torneira de Macau, a quem tiver economizado de 10% a 30% face ao período homólogo do ano transacto, será atribuída a bonificação”, explica a entidade, avançando que esta “ajuda” pode ir das 30 às 250 patacas.

31 Out 2016

Macau Water | Previsto aumento do consumo até 3% para este ano

Não reduziu o ano passado e vai aumentar este ano. A abertura de mais casinos vai ajudar à subida do consumo de água, diz a directora da Macau Water

A Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau (SAAM) prevê um aumento do consumo de água no território até um limite máximo de 3%. A garantia foi dada ontem por Kuan Sio Peng, directora-executiva da empresa, que explica que os empreendimentos no Cotai vão ajudar à subida.
“Devido à abertura dos novos casinos esperamos um aumento do consumo de água este ano na volta dos 2 a 3%”, disse a responsável à margem de um almoço de Primavera com os meios de comunicação social.
Relativamente ao ano passado, o consumo de água teve um aumento “modesto” de 1,7%. “Apesar de ter havido um decréscimo do volume de negócios, a verdade é que o consumo de água continuou a aumentar, devido à abertura dos novos casinos e algumas infra-estruturas construídas pelo Governo. Foi um ano bom para a Macau Water”, disse Kuan Sio Peng.
Não se confirmaram assim as previsões de redução do consumo em 2015 feitas há um ano pelo então director da Macau Water, Félix Fan, que disse que a empresa previa uma redução do consumo de água no ano passado devido ao alargamento dos horários das fronteiras, que incentivam trabalhadores em Macau a viverem na China continental.

Baixa pressão

O aumento das tarifas pagas pelo Governo à concessionária, em Outubro, ajudou a “aliviar as pressões de operação”, sendo que a Macau Water não tenciona, para já, pedir ao Executivo um novo ajustamento da tarifa, revelou Kuan Sio Peng. Os resultados financeiros da empresa relativos a 2015 vão ser revelados em Março, mas a directora-executiva da empresa garantiu que o ano passado a empresa registou “um bom crescimento”.
Até final deste ano, a Macau Water tenciona dar início à construção da quarta estação de tratamento de água em Seac Pai Van, a fim de assegurar com “maior segurança o abastecimento de água estável e o desenvolvimento global das ilhas”. Dividida em duas fases, a primeira fase deste projecto deverá ficar concluída já em 2019. A Macau Water garante que após a construção do quarto tubo de água bruta, uma iniciativa conjunta dos governos da província de Guangdong e Macau, o território terá então um sistema de abastecimento de água abrangente, cobrindo o sul e o norte da região, “facilitando o desenvolvimento sustentável e diversificado da cidade”, apontou a empresa em comunicado.

26 Fev 2016