Macau Art Garden | Curtas de Ao Ieong Weng Fong exibidas amanhã

Decorre amanhã mais um festival de cinema no Macau Art Garden, onde serão exibidas três curtas-metragens do realizador Mike Ao Ieong Weng Fong a partir das 21h30. Às 22h30, começa uma sessão de perguntas e respostas com o cineasta amador e artista. Serão exibidos os filmes “The Mutation”, de 2007, com 12 minutos, que venceu o prémio “Louvor do Júri” na categoria “Macau Indies” no Festival Internacional de Cinema e Video de Macau. Segue-se “Sleepwalker”, de 2014, e “Macao Disease Manual”, de 2017.

Destaque ainda para a vertente de fotógrafo de Mike Ao Ieong Weng Fong, que expos a sua primeira mostra individual de fotografia, intitulada “Silly Goods”, no Armazém do Boi em Dezembro de 2012.

Convidado de uma das edições do festival literário Rota das Letras, o realizador licenciou-se na Escola de Comunicação Visual da Universidade de Ciência e Tecnologia de Yunlin, em Taiwan.

Com o filme “Blue Amber”, produzido na China continental, ganhou o prémio de melhor cinematografia para Novos Talentos da Ásia, na edição de 2018 do Festival de Cinema de Xangai. É também um dos realizadores de ‘Estórias de Macau 2 – Amor na Cidade’, que foi a primeira longa-metragem de produção inteiramente local.

13 Out 2023

Música | Recital “Those Who Want to Catch Time” sábado no Macau Art Garden

Ellison Lau, engenheiro de som, empresário e compositor, junta-se aos amigos músicos num recital que acontece este sábado, a partir das 21h, no Macau Art Garden. “Those Who Want to Catch Time” apresenta um repertório de músicas compostas para teatro e cinema por Ellison Lau

 

“Those Who Want to Catch Time” [Os que querem aproveitar o tempo] é o título do recital de música que acontece este sábado, a partir das 21h, no espaço Macau Art Garden. O espectáculo é protagonizado pelo músico, compositor e engenheiro de som Ellison Lau, fundador da empresa SoundMist. Lau irá tocar piano e far-se-á acompanhar em palco pelos músicos Daniel Leong Chon Hang, violoncelista, Leung Yan Chiu, tocador de Sheng, um tradicional instrumento musical chinês, e Pn Lam, guitarrista.

Ao HM, Ellison Lau explicou que o conceito principal deste espectáculo está muito ligado à pandemia e aos sucessivos confinamentos e encerramentos que as sociedades têm enfrentado nos últimos meses, o que acarreta uma nova noção de tempo.

“Nestes dois anos, quando temos tempo, pudemos planear o nosso futuro. Mas há planos que, neste tempo de pandemia, podem não acontecer, então tentamos aproveitar todo o tempo de que dispomos. Não sabemos se na próxima semana não haverá outro surto que nos impeça de realizar este espectáculo, por isso há esta ideia de aproveitar o tempo antes que aconteça qualquer coisa que nos impeça de fazer o que queremos.”

Ellison Lau confessa que já tem experiência de palco com estes músicos que, desta vez, se deslocaram a Macau para passar os feriados do ano novo chinês. “Nestes dois anos, em que a pandemia afectou as nossas vidas, cada vez que nos encontramos [é especial]. É este o conceito por detrás deste espectáculo.”

O programa do recital inclui composições que Ellison Lau tem vindo a desenvolver nos últimos anos para filmes e peças de teatro, sendo que muitas delas foram ajustadas para serem tocadas por outro tipo de instrumentos.

“As músicas que iremos apresentar têm alguma ligação com o estilo clássico, mas não tem apenas essa aproximação. Quem participou nos meus espectáculos nos últimos anos percebe que a minha música está mais virada para o novo clássico, mas acho que este recital está aberto a todos os tipos de público”, disse Ellison Lau.

Tudo menos tradicional

O protagonista deste recital não se assume como um músico tradicional. “Diria que a minha experiência não é muito habitual porque eu próprio não sou pianista, não estudei música. Sou engenheiro de som e faço pós-produções de música para filmes. Neste sentido, não sou um músico tradicional.”

Ellison Lau espera que o novo público que não conheça o seu trabalho possa ganhar “uma nova perspectiva” das suas composições com este recital. Questionado sobre as dificuldades de ter uma empresa nesta área em Macau, o engenheiro de som confessou que enfrenta alguns desafios.

“Diria que sou uma das primeiras pessoas em Macau a fazer trabalhos de engenharia de som de forma profissional. Não diria se é fácil ou difícil iniciar uma empresa como esta, mas tento focar-me nas coisas que verdadeiramente gosto de fazer. Quero mudar o padrão que existe na indústria”, rematou.

9 Fev 2022