João Luz SociedadeCovid-19 | Máscaras KN95 voltam aos lares de idosos Os visitantes dos lares de idosos e centros de reabilitação e de desintoxicação “têm de usar máscara do tipo N95, KN95 ou FFP2 e não podem realizar quaisquer actividades que requeiram a remoção de máscara, como, por exemplo, comer e beber”, anunciou ontem o Instituto de Acção Social (IAS). As medidas anunciadas pelo IAS são justificadas com “o aumento do número de casos de infecção por covid-19 verificado nos últimos dias em Macau e com vista a salvaguardar a saúde dos idosos nos lares e os seus trabalhadores”. Também os funcionários, durante o período de trabalho “e, particularmente, quando tiverem contacto com os utentes, têm de usar máscara do tipo N95, KN95 ou FFP2”. Os trabalhadores só podem remover a máscara quando comerem ou beberem. Fora das instalações, utentes e trabalhadores, quando participarem em actividades que impliquem ou reuniões ou grandes aglomerados de pessoas, devem “usar máscara de padrão adequado”. Caso os visitantes de lares de idosos e centros de reabilitação e de desintoxicação apresentem sintomas como febre, fadiga, dores musculares ou sintomas respiratórios, tais como, dores de garganta, congestão nasal, corrimento nasal e tosse não devem entrar nos lares. Obviamente, a mesma exigência é alargada a quem está infectado com covid-19. Os utentes e trabalhadores, quando apresentarem os referidos sintomas, sistémicos ou respiratórios, devem realizar, pelo menos, durante três dias consecutivos, o teste rápido de antigénio para covid-19.
João Santos Filipe PolíticaRon Lam quer fim de circuito fechado face à redução de infecções O deputado considera que face à ausência de casos comunitários de covid-19, os trabalhadores dos lares devem poder sair do sistema de circuito fechado. Ron Lam destaca a extrema fadiga e cansaço psicológico dos funcionários, impedidos de verem a família há muito tempo Após cinco dias sem casos comunitários, Ron Lam pediu ao Governo para acabar com a implementação da gestão em circuito fechado nos lares de terceira idade e centros de reabilitação. O pedido foi feito através de uma opinião escrita, com o deputado a defender que as instituições não têm trabalhadores suficientes para permitir um sistema de rotatividade que permita o descanso fora do círculo. Actualmente, 36 lares e centros de reabilitação funcionam com este sistema, que implica que os trabalhadores fiquem isolados nas instalações com os utentes dos espaços, para garantir que não há contágios. A medida significa que em algumas das instituições, os trabalhadores estão desde 24 de Junho sem poderem sair do local de trabalho: “Desde 14 de Julho que algumas instituições conseguiram com sucesso permitir que alguns trabalhadores deixassem o circuito fechado e implementaram um mecanismo de rotação dos trabalhadores”, reconheceu Ron Lam. “Segundo alguns relatos nos órgãos de comunicação social, a 24 de Julho, um total de 16 instituições permitiu a saída dos circuitos fechados de trabalhadores, e 13 instituições que adoptaram um sistema rotativo. No entanto, a proporção de empregados que deixou o sistema de gestão é demasiado pequena, em alguns casos de apenas um por cento”, avisou. “Esta realidade mostra que algumas das instituições não conseguem garantir que os seus empregados deixem o circuito fechado. Mas mesmo quando as instituições têm mais pessoas, apenas uma pequena proporção é autorizada a sair”, revelou. Neste ambiente, Ron Lam afirma que o facto de o Governo não ter anunciado uma data para o fim da medida faz com que os trabalhadores estejam “sob enorme pressão e a sofrer mentalmente e fisicamente”, num clima de incerteza. Problemas Laborais Além de estarem retidos no local de trabalho, os funcionários destes espaços não sabem como vão ser compensados pelas horas extra. Apesar das instituições terem prometido agir de acordo com a legislação laboral, os trabalhadores não sabem como vão ser calculadas as folgas e dias de férias. O deputado acrescenta que nos últimos dias foi confrontado com vários pedidos de trabalhadores de lares, que afirmam desconhecer como é feito o cálculo dos períodos de folgas que poderão gozar. De acordo com os relatos recolhidos por Ron Lam, as instituições em causa também não se mostraram disponíveis para revelar a contabilidade feita para calcular as compensações a que os trabalhadores têm direito.