Eleições | Fotografia de Josie utilizada para atacar o pai e deputado Ho Ion Sang

O que era para ser um simples publicação numa rede social desencadeou uma série de paródias e rumores contra Ho Ion Sang. O analista Larry So acredita que o deputado dos Kaifong está a ser vítima de uma “campanha negra” típica das eleições

 

Josie Ho, filha do deputado Ho Ion Sang, colocou uma fotografia na rede Instagram a promover a abertura da primeira loja da Lego em Macau. Mas, o que parecia uma publicação de uma “influencer” local sem consequências, desencadeou uma onda nas redes sociais, que está a servir para visarr o deputado apoiado pelos Kaifong.

Foi este mês que a loja da Lego abriu as portas num casino local, onde Josie Ho trabalha como assessora. Após a abertura, a cantora que integra o grupo MFM, com o macaense Adriano Jorge, fez uma publicação sobre o espaço em que aparecia a segurar um produto da marca dinamarquesa. No entanto, o caso fez com que surgissem imediatamente rumores apontar que Josie teria utilizado o seu cargo como assessora para aceder a ofertas grátis da marca, que de outra forma não teria recebido.

Os rumores ganharam força e as ligações familiares de Josie levaram a várias paródias políticas nas redes sociais, que visam Ho Ion Sang. Numa das imagens mais populares do denominado “Lego Gate”, o internauta é mesmo desafiado a escolher o seu pequeno-almoço Lego favorito, numa alusão a um dos casos das eleições de 2017, quando a lista 2, de Ho, terá oferecido refeições com apelos ao voto.

Só que os desenvolvimentos não se ficaram pelas paródias, e as últimas alegações anónimas, e sem qualquer tipo de imagens de conversações que as substanciem, apontam para ameaças de processos à divulgação da história.

Na sequência do sucedido, o HM tentou ouvir Ho Ion Sang sobre o caso e a forma como estava a ser visado, apesar de não ter tido qualquer intervenção no caso. Porém, o deputado limitou-se a responder que não estava a par do sucedido.

Magia Negra

Se por um lado, a situação não tem qualquer ligação com as actividades políticas de Ho, por outro, não é de excluir que estas situações se repitam, até com outros candidatos, porque estamos em ano de eleições. É esta a opinião do analista Larry So, que inclusive fala em “campanha negra”.

“Estamos numa altura em que vai haver mais ataques a potenciais candidatos às eleições porque estamos a seis ou sete meses do dia das decisões. Este vai ser o tópico principal do ano para diferentes grupos de pessoas, principalmente as mais activas na política”, afirmou So. “Estamos numa altura em que se discutem e se falam das listas candidatas. Por isso, é normal que grupos de candidaturas opostas comecem a fazer campanha e a adoptarem tácticas para causar danos na imagem dos adversários”, acrescentou.

Para Larry So, a utilização de “memes” e outras formas de comunicação mais próximas de um eleitorado jovem a visar Ho Ion Sang também não surpreendem. “O senhor Ho faz parte dos Kaifong, um grupo com um forte apoio de uma geração mais idosa. As gerações mais novas [que usam este tipo de formas de comunicação] preferem outro tipo de associações, têm uma certa distância das forças que percepcionam como mais tradicionais, conservadoras e envelhecidas”, justifica.

O analista considera ainda que o que está a acontecer com Ho Ion Sang tem sido igualmente utilizado para visar outros candidatos, mesmo com cores diferentes. Um dos exemplos apontados por Larry So foram as informações que visaram Au Kam San, que em 2017 foi acusado de ter tido um caso com uma estagiária. A relação nunca foi provada, e num vídeo apenas se via os dois a entrarem e saírem de um gabinete. “Quando pensamos nas Eleições Legislativas, tem havido sempre o recurso aos ‘conteúdos negros’. É uma forma que contribui para chamar a atenção dos eleitores e passar a mensagem que um certo candidato está longe de ser ideal e focar os aspectos que são vistos como negativos nesse mesmo candidato”, explicou.

Face a este contexto, e pensado nos próximos meses, Larry So acredita que o episódio tem potencial para se repetir nos próximos tempos e com outros candidatos: “Antes de sabermos que vão ser os candidatos e vamos ouvir muitos rumores sobre os nomes escolhidos e vai haver acções de campanha negra. O que estamos a assistir é um prenúncio para que vamos ver nos próximos meses”, conclui.

11 Fev 2021

MGM | Pansy Ho nega concerto de Josie Ho nos casinos em Macau

A filha mais velha de Stanley com Lucina Laam impediu a banda da irmã de dar um concerto nos casinos da MGM em Macau. Segundo Josie, a decisão não terá sido política, apesar de alguns membros do seu grupo serem abertamente pró-democracia e pró-manifestantes

 

[dropcap]P[/dropcap]ansy Ho impediu a irmã mais nova, Josie Ho, de dar um espectáculo com o grupo de que faz parte, “Josie Ho and the Uni Boys”, nos casinos MGM, em Macau. A história foi avançada, ontem, pelo jornal Apple Daily que sublinha que muitos dos membros do grupo da filha mais nova de Stanley Ho com a segunda mulher, Lucina Laam, têm visões pró-democracia e têm mostrado o apoio aos manifestantes de Hong Kong, nos últimos meses.

Ao Apple Daily, Josie Ho não recusou a ideia que “factores externos” possam ter pesado na decisão, mas frisou que o factor principal foi o facto de Pansy ter considerado que o género musical rock não é apelativo para os clientes que frequentem os casinos da MGM em Macau.

O pedido do concerto tinha entrado há vários meses na empresa MGM Macau, mas só recentemente teve uma resposta. A resposta foi acompanhada por uma explicação durante um jantar de família. Segundo Josie, durante a refeição, Pansy apontou que o tipo de música não é popular entre os clientes e que por isso não seria do interesse da MGM receber o concerto. A irmã mais nova Pansy admitiu ainda ter compreendido e aceitado a decisão.

O HM tentou obter uma reacção da MGM China a este incidente e perceber se houve uma consideração política na decisão, mas até ao fecho da edição não recebeu uma resposta às perguntas enviadas.

Apesar do revés para a carreira, Josie Ho tem reconhecido a importância de Pansy no facto de ter sido autorizada pelo pai a seguir uma carreira no mundo das artes. Por exemplo, numa entrevista ao New York Post, em Janeiro de 2008, Josie explicou que o pai, Stanley, não queria que ela fosse artista e que nessa altura o apoio de Pansy, que ficou do lado da irmã, foi fundamental para que seguisse o seu sonho. Por outro lado, Josie desvalorizou a situação e disse que de momento tem outros projectos em que se pode envolver.

Pansy anti-manifestações

O facto de alguns dos membros do grupo “Josie Ho and the Uni Boys” terem expressado posições pró-manifestações faz com que tenham uma oposição oposta à de Pansy Ho.

A magnata já condenou publicamente os manifestantes e esteve mesmo presente numa reunião da Organização das Nações Unidas a defender o Governo de Hong Kong e a acusar os protestantes de terem sido alvo de uma “lavagem cerebral”.

“Um número alarmante de crianças está a fugir de casa para se tornarem em lutadores radicais da linha da frente e cometerem actos criminosos. Há crianças de todas as idades a serem vítimas de lavagens cerebrais com ódio à polícia e crenças anti-sistema na Internet, o que também esteve na origem das mobilizações para as greves nas escolas”, referiu na altura.

Apesar do discurso, quando esteve em Macau, Pansy Ho recusou fazer qualquer comentário sobre o tema. Além de ser uma das principais accionistas da MGM China, que detém os casinos MGM Macau e MGM Cotai, Pansy tornou-se recentemente uma das mais influentes figuras da administração de outra operadora, a Sociedade de Jogos de Macau.

9 Out 2019

MGM | Pansy Ho nega concerto de Josie Ho nos casinos em Macau

A filha mais velha de Stanley com Lucina Laam impediu a banda da irmã de dar um concerto nos casinos da MGM em Macau. Segundo Josie, a decisão não terá sido política, apesar de alguns membros do seu grupo serem abertamente pró-democracia e pró-manifestantes

 
[dropcap]P[/dropcap]ansy Ho impediu a irmã mais nova, Josie Ho, de dar um espectáculo com o grupo de que faz parte, “Josie Ho and the Uni Boys”, nos casinos MGM, em Macau. A história foi avançada, ontem, pelo jornal Apple Daily que sublinha que muitos dos membros do grupo da filha mais nova de Stanley Ho com a segunda mulher, Lucina Laam, têm visões pró-democracia e têm mostrado o apoio aos manifestantes de Hong Kong, nos últimos meses.
Ao Apple Daily, Josie Ho não recusou a ideia que “factores externos” possam ter pesado na decisão, mas frisou que o factor principal foi o facto de Pansy ter considerado que o género musical rock não é apelativo para os clientes que frequentem os casinos da MGM em Macau.
O pedido do concerto tinha entrado há vários meses na empresa MGM Macau, mas só recentemente teve uma resposta. A resposta foi acompanhada por uma explicação durante um jantar de família. Segundo Josie, durante a refeição, Pansy apontou que o tipo de música não é popular entre os clientes e que por isso não seria do interesse da MGM receber o concerto. A irmã mais nova Pansy admitiu ainda ter compreendido e aceitado a decisão.
O HM tentou obter uma reacção da MGM China a este incidente e perceber se houve uma consideração política na decisão, mas até ao fecho da edição não recebeu uma resposta às perguntas enviadas.
Apesar do revés para a carreira, Josie Ho tem reconhecido a importância de Pansy no facto de ter sido autorizada pelo pai a seguir uma carreira no mundo das artes. Por exemplo, numa entrevista ao New York Post, em Janeiro de 2008, Josie explicou que o pai, Stanley, não queria que ela fosse artista e que nessa altura o apoio de Pansy, que ficou do lado da irmã, foi fundamental para que seguisse o seu sonho. Por outro lado, Josie desvalorizou a situação e disse que de momento tem outros projectos em que se pode envolver.

Pansy anti-manifestações

O facto de alguns dos membros do grupo “Josie Ho and the Uni Boys” terem expressado posições pró-manifestações faz com que tenham uma oposição oposta à de Pansy Ho.
A magnata já condenou publicamente os manifestantes e esteve mesmo presente numa reunião da Organização das Nações Unidas a defender o Governo de Hong Kong e a acusar os protestantes de terem sido alvo de uma “lavagem cerebral”.
“Um número alarmante de crianças está a fugir de casa para se tornarem em lutadores radicais da linha da frente e cometerem actos criminosos. Há crianças de todas as idades a serem vítimas de lavagens cerebrais com ódio à polícia e crenças anti-sistema na Internet, o que também esteve na origem das mobilizações para as greves nas escolas”, referiu na altura.
Apesar do discurso, quando esteve em Macau, Pansy Ho recusou fazer qualquer comentário sobre o tema. Além de ser uma das principais accionistas da MGM China, que detém os casinos MGM Macau e MGM Cotai, Pansy tornou-se recentemente uma das mais influentes figuras da administração de outra operadora, a Sociedade de Jogos de Macau.

9 Out 2019

Música | Artistas locais apresentam livro e novos álbuns na FRC

São três jovens que actuam juntos e, pela primeira vez, lançam-se em obras a solo. Josie Ho, Hyper Lo e AJ apresentam em Agosto um livro e dois álbuns na Fundação Rui Cunha

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s três músicos de Macau Josie Ho, Hyper Lo e AJ vão lançar um livro e novos álbuns a solo já no próximo mês de Agosto. O evento acontece na Fundação Rui Cunha, onde os três vão também actuar ao vivo.
Os artistas fazem parte da editora SP Entertainment. Os músicos ficaram mais recentemente conhecidos por terem dedicado um tema ao lutador KK Ng, de Macau, sendo que, agora, se estreiam a solo.
Josie Ho escolheu o nome “Ho Chi Cheng” para o seu primeiro disco, sendo este aliás o seu nome em Chinês. O objectivo é mostrar-se a si própria através da música que faz. A cantora de Macau incorpora diferentes estilos, tanto ao nível do que produz sonoramente, como da sua própria imagem.
“Josie tem diferentes ‘looks’, que demonstram as várias facetas da sua personalidade, ao mesmo tempo que mostra o quão versátil se tornou”, começa por apontar a editora em comunicado. “Não só os fãs vão adorar, como também os ‘fashionistas’ vão apreciar a quantidade de trabalho que a sua equipa tem colocado no seu estilo.”
Não faz muito tempo que a cantora se juntou à SP Entertainment, mas a sua qualidade e reputação enquanto cantora e MC já “é evidente”, como se pode ler no documento.

Juntar culturas

Já AJ vai trazer a palco e dentro do seu CD a solo a fusão entre o Chinês e o Português. O músico é de origem macaense e pretende com o seu primeiro álbum aproximar mais as duas culturas.
“AJ quer mostrar e promover o seu background macaense, incorporando no seu álbum ‘Macanese’ elementos de azulejos, no seu estilo e design, mas também tentando misturar a Língua Portuguesa no Canto-Pop”, indica a SP. “A fusão das diferentes culturas e as características sensoriais vão sem dúvida proporcionar uma experiência refrescante às audiências das regiões vizinhas.”
AJ envolveu-se na composição musical recentemente, produzindo não só para si, mas para outros cantores.
Hyper Lo não se ficará, agora, apenas por Macau. O cantor, tido como “um artista de muitos talentos”, foi convidado para falar sobre a sua jornada de Hong Kong a Londres… de carro.
“Ele reconta os 45 dias da sua jornada e partilha as suas experiências no seu novo livro de viagens intitulado ‘My Driving Experience from Hong Kong to UK’”, indica a empresa de entretenimento.
Hyper tem já singles lançados ao longo dos anos, sendo que, no livro, apresenta um álbum com 12 das suas músicas.
Os três artistas vão estar na Fundação Rui Cunha no dia 4 de Agosto, pelas 15h00. O evento será a cerimónia oficial para o lançamento das novas obras, sendo que haverá, além da actuação ao vivo, uma sessão de autógrafos. A entrada é livre. J.F.

28 Jul 2015