Hoje Macau China / ÁsiaComércio | Pequim aprova 13 novas marcas registadas de Ivanka Trump A China concedeu na segunda-feira a aprovação final para a 13.ª nova marca registada de Ivanka Trump, filha do Presidente dos Estados Unidos, um número alcançado nos últimos três meses, noticiou a agência Associated Press (AP) [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]o mesmo período, Ivanka Trump, que é assessora na Casa Branca, conseguiu ainda do Governo chinês o aval provisório para mais oito marcas registadas. No total, as marcas registadas permitem-lhe comercializar produtos que vão desde cobertores para bebés a caixões, bem como perfumes, espelhos, maquilhagem, taças, móveis, livros, café, chocolate e mel. A filha de Donald Trump deixou de gerir a marca e colocou os activos num fundo fiduciário familiar, mas continua a lucrar com os negócios, o que levanta a questão de um conflito de interesses com a Casa Branca. “A recusa de Ivanka Trump de se alienar dos seus negócios é especialmente problemática, até porque a sua marca continua a expandir-se para outros países estrangeiros”, alertou Noah Bookbinder, director executivo do grupo Cidadãos para a Responsabilidade e Ética em Washington, citado pela AP. “Isto levanta questões sobre corrupção, já que levanta a possibilidade de estar a beneficiar financeiramente da posição e da presidência do pai, ou que pode o desempenho [de Ivanka] ser influenciado pela forma como os países tratam os seus negócios”, indicou. Sob influência Preocupações sobre a influência política sobre Ivanka e Donald Trump têm sido levantadas, de forma mais particular na China. Responsáveis chineses sublinharam que todas as marcas registadas são analisadas de acordo com a lei, enquanto Abigail Klem, presidente da marca Ivanka Trump, argumentou que “o aumento dos pedidos de registo de marca por terceiros sem relação com ela” levou a empresa a agir rapidamente para garantir seus direitos, sobretudo em regiões onde essa violação é comum. De acordo com dados oficiais chineses, a última vez que a companhia de Ivanka Trump solicitou a aprovação das marcas registadas foi a 28 de Março de 2017, um dia antes da filha de Donald Trump assumir funções na Casa Branca, como assessora. Na segunda-feira, os mesmos registos indicavam que pelo menos 25 marcas registadas de Ivanka Trump aguardavam análise, encontrando-se 36 activas e oito já com aprovação provisória.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia | Filha de Trump deixa a Coreia do Sul sem se reunir com Pyongyang [dropcap style≠’circle’]I[/dropcap]vanka Trump, filha e assessora do Presidente norte-americano, terminou a sua viagem à Coreia do Sul sem se reunir com a delegação norte-coreana que se deslocou ao encerramento dos Jogos Olímpicos de PyeongChang. Ivanka disse que se tratou de uma “primeira visita fantástica” à Coreia do Sul e agradeceu o “simpático acolhimento” do país asiático, numas breves declarações à imprensa antes de regressar a Washington, no aeroporto internacional de Incheon, na capital, Seul. A filha mais velha e assessora do Presidente dos EUA, Donald Trump, não respondeu, quando questionada sobre a aparente vontade de diálogo expressa pela delegação norte-coreana este fim-de-semana. A viagem de Ivanka Trump à Coreia do Sul tinha gerado expectativas de um possível encontro com a representação norte-coreana que também se deslocou a este país para o encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno, liderada pelo general Kim Yong-chol. Este Domingo, o general norte-coreano disse ao Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, que Pyongyang tem “vontade de dialogar com os Estados Unidos”, indicou, em comunicado, a casa presidencial de Seul. Durante o encontro, Moon insistiu na necessidade de diálogo entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, que servirá também para melhorar as relações entre Pyongyang e Seul. No entanto, Washington confirmou ao final da noite de Domingo que Ivanka não manteve “qualquer interação com a delegação norte-coreana”. A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, assegurou também num comunicado que a administração norte-americana espera que a oferta de diálogo que a Coreia do Norte mostrou signifique “os primeiros passos na direção da desnuclearização” da península da Coreia. Diplomacia desportiva Seul acredita que o “descongelamento olímpico” entre as duas Coreias, que tecnicamente continuam em guerra, pode servir para que a Coreia do Norte e os Estados Unidos da América retomem o diálogo, após um 2017 marcado por repetidos testes de armamento norte-coreano e ameaças de ambas as partes. Também este Domingo, a Coreia do Norte classificou as mais recentes sanções unilaterais dos Estados Unidos como um “acto de guerra”. Na passada Sexta-feira, Trump anunciou novas medidas para isolar a Coreia do Norte, definindo-as como “as mais pesadas sanções já impostas contra um país”. Em causa estão limites a 27 empresas marítimas registadas ou sediadas em países que mantêm relações com a Coreia do Norte. “Consideramos qualquer tipo de restrição contra nós como um acto de guerra”, disse o ministro das Relações Externas da Coreia do Norte, Ri Yong Ho. O Ministério dos Negócios Estrangeiros prometeu ainda “subjugar” os Estados Unidos, caso sejam alvo de “provocações”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Empresa que fabrica sapatos Ivanka Trump rejeita acusações [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma empresa chinesa que fabrica sapatos para a marca da filha do Presidente norte-americano, Donald Trump, rejeitou ontem as acusações de salários baixos e tempo de trabalho excessivo feitas por três activistas que se encontram detidos ou desaparecidos. Hua Haifeng, um dos investigadores da organização não-governamental norte-americana China Labor Watch, foi detido por vigilância ilegal, segundo avançou a agência The Associated Press. Dois colegas seus – Li Zhao e Su Heng – estão desaparecidos. Os três estavam a elaborar um relatório sobre as condições de trabalho na Huajian, empresa chinesa que produz sapatos da marca Ivanka Trump, que incluía acusações de salários baixos, tempo de trabalho excessivo e abuso de estagiários. “Estamos chocados”, disse Long Shan, porta-voz do grupo Huajian, num e-mail enviado à Associated Press. “Vocês avançaram com informações falsas que não são baseadas em factos, e sem o nosso consentimento”, refere. Long afirmou que a empresa parou de produzir sapatos Ivanka Trump há vários meses e revelou que Hua Haifeng trabalhou no grupo em Maio, por menos de uma semana, enquanto Su Heng entrou para a fábrica no final de Abril, mas saiu pouco tempo depois. A porta-voz do grupo disse ainda desconhecer onde estão os dois homens. Problemas de expressão Long disse que acusações de que os patrões abusavam verbalmente dos funcionários, inclusive insultando-os, têm como base mal-entendidos. “É o dialecto local a ser utilizado como linguagem de gestão”, disse. A porta-voz afirmou ainda que a Huajian está a investigar alegações sobre o uso impróprio de estagiários. Nos últimos 17 anos, a China Labor Watch tem investigado as condições de trabalho nos fornecedores chineses de algumas das empresas mais conhecidas a nível mundial, mas nunca tinha atraído o escrutínio do aparelho de segurança chinês, segundo Li Qiang. O caso levantou questões sobre se os interesses comerciais da família Trump na China podem influenciar a posição norte-americana na promoção dos direitos humanos.
Hoje Macau China / ÁsiaONG questionam posição dos EUA sobre direitos humanos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]rganizações não-governamentais questionaram se os interesses comerciais da família Trump na China influenciam a posição norte-americana na promoção dos direitos humanos, após a detenção e desaparecimento de investigadores numa fábrica chinesa que fornece a marca Ivanka Trump. “A vontade de membros da família em fazer negócios na China, enquanto ignoram o histórico do país em Direitos Humanos e laborais é preocupante”, afirmou Nicholas Bequelin, director para o leste da Ásia da Amnistia Internacional. “Vamos ter que esperar para ver até que ponto os negócios estão a diminuir o capital diplomático norte-americano na promoção dos direitos humanos, direitos dos trabalhadores e democracia”, acrescentou. Um grupo de defesa de direitos cívicos denunciou na terça-feira que um homem que investigava condições de trabalho numa empresa chinesa que produz sapatos da marca Ivanka Trump foi detido e dois outros desapareceram. Os homens trabalhavam para a organização não-governamental norte-americana China Labor Watch na elaboração de um relatório que incluía acusações de salários baixos, tempo de trabalho excessivo e abuso de estagiários. Segundo o director executivo da organização, Li Qiang, os homens devem estar detidos pela fábrica ou pela polícia. Nos últimos 17 anos, este grupo tem investigado as condições de trabalho nos fornecedores chineses de algumas das empresas mais conhecidas a nível mundial, mas nunca tinha atraído o escrutínio do aparelho de segurança chinês, afirmou Li. A investigação da China Labor Watch tem também um alvo inédito: uma marca detida pela filha do Presidente dos Estados Unidos. “A marca da Ivanka deve imediatamente suspender a colaboração com este fornecedor, e a administração Trump deve inverter o seu curso actual e confrontar a China sobre abusos dos Direitos Humanos”, disse Adrienne Watson, porta-voz do Comité Nacional Democrata dos EUA, citado pela agência Associated Press. Ivanka Trump deve decidir “se pode ignorar uma aparente tentativa do Governo chinês de silenciar uma investigação sobre abusos no trabalho”, acrescentou. Negócios da China Os acessórios e vestuários da marca Ivanka Trump são quase todos importados da China, segundo dados oficiais. O Presidente norte-americano, Donald Trump, tem também várias marcas registadas no país, apesar de não ter uma presença forte no sector do imobiliário ou do retalho. No mês passado, a irmã de Jared Kushner, marido de Ivanka e conselheiro de Trump, esteve na China para promover o investimento de privados chineses num projecto imobiliário na cidade norte-americana de New Jersey. A mulher de Hua Haifeng, um dos investigadores detidos, informou que este foi acusado de vigilância ilegal, acrescentando que a polícia lhe ligou na tarde de terça-feira e, sem lhe dar qualquer detalhe, anunciou-lhe que não lhe iria ser possível ver, falar ou receber dinheiro do seu marido, que é o ‘ganha-pão’ da família. Li Qiang disse que os homens relataram que os funcionários trabalhavam às vezes mais de 18 horas por dia, por salários abaixo do mínimo legal. Os desaparecidos estavam a trabalhar para confirmar evidências de que os estagiários trabalhavam horas excessivas em tarefas que não estavam relacionadas com a sua área de estudo, em violação da lei chinesa.
Hoje Macau China / ÁsiaIvanka Trump registou três marcas na China [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] empresa de Ivanka Trump, a filha mais velha do Presidente norte-americano, Donald Trump, obteve autorização das autoridades chinesas para registar três marcas na China, durante a visita do Presidente chinês, Xi Jinping, aos Estados Unidos. Segundo a cadeia de televisão CNN, Ivanka foi autorizada a registar a sua linha de malas, jóias e um serviço de SPA na China, na mesma noite em que se sentou junto a Xi e à sua esposa num jantar no ‘resort’ de Trump na Florida. A empresa da filha de Trump, que desde há algumas semanas trabalha como assistente do pai, tem já 16 marcas registadas no país asiático. A advogada de Ivanka, Jamie Gorelick, argumentou que a filha do Presidente “não participou nas solicitações de registo da marca apresentadas pela sua empresa” ao Governo chinês, desde que renunciou à direcção da empresa. Gorelick defendeu ainda que as normas étnicas não obrigam a sua cliente a abdicar das responsabilidades na Casa Branca, em questões de política externa, só porque a sua empresa solicitou o registo num determinado país. O ministério dos Negócios Estrangeiros chinês qualificou ontem de “coscuvilhice” as informações de que Ivanka obteve autorização para registar novas marcas na China. “Alguns órgãos de comunicação estão interessados em coscuvilhice e em tentar exagerar as coisas”, disse em conferência de imprensa o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Lu Kang. A China “protege os interesses dos donos das marcas de forma igual”, acrescentou. O porta-voz chinês lembrou que “este processo é desenvolvido de acordo com a lei e não deveria dar-se excessiva importância ao assunto”.