Fundação Macau | Apoios diminuem 168 milhões em 2023

Quase 32 milhões de patacas foram enviados para o Interior para pagar a construção dos edifícios da Escola Secundária da Aldeia de Heshi, na província de Jiangxi. Os maiores apoios tiveram como destino a construção de escolas, compra de material para o Hospital Kiang Wu e o funcionamento das associações

 

No ano passado a Fundação Macau gastou menos 167,4 milhões de patacas em apoios financeiros, de acordo com os dados publicados no portal da instituição.

Segundo o somatório dos apoios distribuídos ao longo de 2023, a Fundação Macau atribuiu 476,1 milhões de patacas.

O montante foi o resultado de 67,2 milhões de patacas distribuídos no primeiro trimestre, 275,7 milhões no segundo trimestre, 133,9 milhões no terceiro trimestre e 99,6 milhões no último trimestre.

Em comparação com 2022, o último ano totalmente afectado pela pandemia, registou-se uma redução de 26 por cento nos apoios distribuídos.

Segundo os dados oficiais, em 2022 a Fundação Macau tinha distribuído 643,8 milhões de patacas em apoios financeiros. Para este número contribuíram os 73,9 milhões de patacas distribuídos no primeiro trimestre, 252,5 milhões de patacas no segundo, 97,1 milhões de patacas no terceiro e 220,3 milhões de patacas no quarto trimestre.

Os apoios da Fundação Macau não ficaram todos na RAEM, alguns dos mais elevados foram mesmo enviados para o Interior. A instituição está a financiar a construção dos edifícios da Escola Secundária da Aldeia de Heshi, do Distrito de Xiushui, na província de Jiangxi, e enviou para lá 31,4 milhões de patacas. O primeiro pagamento foi feito no segundo trimestre do ano passado, no valor de 17,8 milhões de patacas e o segundo no quarto trimestre, com mais 13,6 milhões de patacas.

Outro dos apoios mais significativos distribuídos pela Fundação Macau no ano passado, teve como destino a Associação de Apoio à Escola Pui Tou de Macau, que está a construir uma escola de ensino infantil na Taipa. A associação recebeu dois apoios, de 19,1 milhões de patacas e 38,3 milhões de patacas, num total de 57,4 milhões de patacas.

Também a Associação Comercial de Macau recebeu 5,5 milhões de patacas, para fazer face às despesas com o projecto de Ampliação da Escola da Ilha Verde.

 

Apoios ao hospital

Em relação à compra de material médico, o maior apoio individual foi distribuído à Associação de Beneficência do Kiang Wu, no valor de 24,9 milhões de patacas para equipamento hospitalar adquirido pelo Hospital Kiang Wu, em 2022.

A mesma instituição, nesse trimestre, recebeu mais 1,2 milhões de patacas referente à aquisição de 2018, de equipamentos médicos igualmente para o Hospital Kiang Wu.

Na lista dos apoios distribuídos constam ainda o pagamento de despesas de funcionamento de várias associações locais e também da Escola Portuguesa de Macau.

A associação tradicional a receber mais dinheiro foi a União Geral dos Moradores de Macau, com apoios no valor de 39,9 milhões de patacas, em 17 subsídios diferentes.

Por sua vez, a Associação Geral das Mulheres de Macau recebeu 30,2 milhões de patacas em 10 apoios diferentes, enquanto a Federação das Associações dos Operários de Macau que ao longo do ano, em cerca de nove apoios, recebeu 19,3 milhões de patacas.

A nível das associações de matriz portuguesa, a Casa de Portugal recebeu cinco apoios, no valor aproximado de 6,9 milhões de patacas. Por sua vez, a Escola Portuguesa de Macau recebeu 5,3 milhões de patacas.

Ao longo do ano passado houve ainda uma associação a quem foi cancelado o financiamento, a Associação Geral de Ópera Chinesa e Arte Musical de Macau, por ter realizado uma actividade subsidiada que se afastou muito do que tinha sido apresentado â Fundação Macau, aquando do pedido de apoio financeiro. Segundo o portal da FM, a consequência limitou-se ao cancelamento do apoio, não havendo indicações sobre outros aspectos, nomeadamente criminais.

21 Fev 2024

Projecto ‘O Regiões’ reúne profissionais ligados a Macau

Apesar de ser um jornal que vai apostar no interior de Portugal, o director promete não descurar “as diásporas portuguesas e os países da CPLP”. Na edição de ontem, apresentava alguns artigos sobre Macau

 

O período pandémico, marcado por restrições e isolamento, resultou, no entanto, na criação de um jornal em Portugal. O projecto ‘O Regiões’ foi lançado ontem, em formato online, e tem como fundador Fernando Pires, jornalista português que passou pelo território, assim como várias pessoas também com ligações a Macau.

À agência Lusa, Fernando Pires admitiu que o projecto foi pensado quando atravessou o isolamento da covid-19 e começou a contactar pessoas que tinha conhecido em Macau. “A ideia surgiu quando estive fechado aquando da covid-19 [pandemia]. Pensei o projecto e fui contactando pessoal do meu tempo em Macau”, afirmou o fundador d’O Regiões.

Além da versão online, em finais de Abril vai também ser publicada uma edição semanal em papel e ainda uma revista mensal de encarte. Estão também pensados conteúdos de vídeos e podcast.

Dos mais de 60 colaboradores, entre jornalistas, repórteres, fotojornalistas, cartoonistas, cronistas, comentadores, ‘designers’ e administrativos, surgem vários nomes com ligação a Macau.

Nuno Silveira Ramos, Miguel Brandão, Angelina Ritchie, Joaquim Magalhães Castro, João Pedro Martins, António Mil-Homens, António Bondoso, Paulo Godinho, Isaías Rosário, Joaquim Correia são alguns dos jornalistas e colaboradores com ligações ao território.

 

Atento à diáspora

Fernando Pires realçou que, apesar de o plano ser pensado localmente, “este jornal não estratifica a temática informativa, procurando antes captar a atenção da generalidade do público leitor”. “A notícia é a essência do nosso trabalho”, vincou.

O projecto assenta nos capitais próprios do director e tem um parceiro líder de mercado em publicidade.

Sobre as práticas da casa, Fernandes Pires promete independência e um jornalismo de qualidade: “’O Regiões’ pauta-se pelo exercício de um jornalismo livre, exigente e de qualidade, recusando o sensacionalismo, as notícias não confirmadas e a banal comercialização do que se entende por informação”, explicou o director.

Outro dos aspectos que o jornal promete não descurar, é a ligação com “as diásporas portuguesas e os países da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa]”. No entanto, este é um jornal que nasceu em Castelo Branco e que vai focar mais o interior do país.

8 Fev 2023

Homem que estava em observação foge do hospital

Foto divulgada pelo CPSP

[dropcap]U[/dropcap]m homem que estava em observação, depois de ter estado em Wuhan, fugiu do Hospitalar Conde São Januário e é procurado. O caso foi revelado hoje pelo Corpo de Segurança de Polícia Pública e o homem de 44 anos estava isolado, após ter apresentado sintomas como febre, nariz entupido, e dores na garganta. Todavia, as autoridades garantem que os exames deram negativo e apelam a que não se entre em pânico.

Foi devido ao sintomas apresentados, que podem indicar uma possível infecção com a Pneumonia de Wuhan, que o individuo tinha dado entrada no hospital. No entanto, quando estava em observação, aproveitou uma falta de atenção das autoridades e fugiu. O episódio aconteceu as 19h00 de ontem e a última vez que foi avistado foi na Estrada dos Parses, perto da imediações da unidade hospitalar.

Após a realização dos exames clínicos os resultados terão dado negativo. Porém, o homem que esteve em Wuhan entre 20 e 24 de Janeiro é procurado não só porque fugiu às autoridades mas também porque tinha entrado de forma ilegal em Macau.

31 Jan 2020