Hoje Macau SociedadeInfra-estruturas | Fórum termina com acordos em Angola e Brasil O 15.º Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infraestruturas terminou na sexta-feira com a assinatura de 38 acordos, os maiores dos quais envolveram projectos em Angola e Brasil, anunciou um dos organizadores. Numa resposta escrita, o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau disse à Lusa que foram assinados seis acordos envolvendo países de língua portuguesa, em áreas como fornecimento e distribuição de electricidade, transporte, portos, produção de materiais metálicos e infra-estruturas de água potável. Horas antes, o ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação de Angola, Carlos dos Santos, disse à Lusa que chegou a acordo com a empresa estatal chinesa China Road and Bridge Corporation para construir a primeira autoestrada do país. “Essa autoestrada, que tem cerca de 1.400 quilómetros, ligará a parte sul de Angola com a vizinha Namíbia, até à parte norte de Angola, com a República Democrática do Congo”, explicou o governante. O grupo chinês deverá concluir os estudos até ao “meio ou o final de 2025” e o ministro previu o início da construção “no final de 2025 ou em 2026”, com as obras estimadas em 2,5 mil milhões de dólares.
Hoje Macau SociedadeMais de 70 países e regiões participam em fórum sobre infra-estruturas Representantes de mais de 70 países e regiões, abrangidos pela iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’, vão participar, entre a próxima quarta-feira e sexta-feira, no 15.º Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infra-estruturas. Mais de 50 actividades, como discursos, fóruns, conferências, exposições, seminários temáticos, roadshows, bolsas de contactos e divulgação de índices, vão realizar-se ao longo dos três dias do Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infraestruturas (IIICF, sigla em inglês). “Várias conferências irão incorporar elementos sino-lusófonos e de Macau, focados em tópicos como a cooperação em infraestruturas entre a China e os Países de Língua Portuguesa, o papel da Plataforma Sino-Lusófona em projectos de construção e tecnologias e o rumo do desenvolvimento do sector de construção de Macau”, indicou o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), em comunicado. “As actividades visam fomentar o intercâmbio e a cooperação entre os sectores de infra-estruturas de diferentes regiões e aprofundar a cooperação sino-lusófona em infra-estruturas, produzindo resultados mais sólidos na construção da Plataforma Sino-Lusófona”, destacou. Primeiro passo No primeiro dia do IIICF, este ano subordinado ao tema “Inovação Ecológica, Conectividade Digital”, vai realizar-se o 10.º Fórum de Cooperação em Infra-estruturas entre a China e os Países de Língua Portuguesa e a Sessão de Intercâmbio Comercial sobre a Cooperação em Infra-estruturas entre a província de Shandong, no leste da China, Macau e os Países de Língua Portuguesa. A organização disse que, nesta actividade, a troca de opiniões estará focada na transformação ecológica e inovadora de infraestruturas. “Com a participação da província de Shandong, uma província fortemente competitiva na contratação de projectos e em equipamentos, o fórum terá o contributo de vários convidados para analisar formas de reforçar a cooperação em áreas como tecnologias verdes, economia digital, finanças verdes e energia limpa, com vista a assegurar um desenvolvimento verde e de baixo carbono de infra-estruturas no Interior da China, nos países de Língua Portuguesa e em Macau, assim como partilhar oportunidades de cooperação trazidas por novos projectos de infra-estruturas”, referiu o IPIM.
Hoje Macau SociedadeChina e países lusófonos com contratos de 101 mil milhões de euros [dropcap]A[/dropcap] China e os países lusófonos assinaram 5.620 novos projectos na área de construção de infraestruturas entre 2008 e 2018, no valor de 101 mil milhões de euros, segundo um relatório divulgado ontem pelo Governo de Macau. O número de trabalhadores deslocado pelos construtores chineses para os países de língua portuguesa, nesses 11 anos, atingiu os 203 mil, sendo que, destes, 19 mil estavam a trabalhar naqueles territórios no final de 2018, de acordo com o relatório apresentado na inauguração do 10.º Fórum Investimento e Construção de Infraestruturas (IIICF, na sigla em inglês), que terminou ontem. Os mais recentes contratos assinados por empresas chinesas em Angola atingiram mais de 8.500 milhões de dólares, mas caiu de forma significativa para os 2.200 milhões de euros em 2018, pode ler-se no documento encomendado à Associação Internacional de Constructores da China. Esta situação deveu-se a factores como a desaceleração económica e o aumento do défice fiscal, de acordo com o relatório. O número de contratos assinados por empresas chinesas em Cabo Verde e na Guiné Bissau registou uma tendência decrescente. Entre 2012-2018, o valor dos contratos e o volume de negócios associados a projectos de infra-estruturas financiados pelos países de língua portuguesas e que envolveram empresas chinesas atingiram, respectivamente, 36.200 e 39.300 milhões de dólares, sublinhando-se no relatório que este é o modelo predominante de financiamento na área da construção, seguido pelos empréstimos comerciais apoiados pelo governo chinês. Angola, Brasil, Moçambique e Portugal são os países lusófonos nos quais se regista um maior envolvimento de empresas chinesas no desenvolvimento de infraestruturas, conclui-se no mesmo documento. Dar trabalho Na sessão de abertura do fórum, o vice-ministro do Comércio chinês disse que a China está a criar 700 mil empregos/ano desde 2010 nos países onde está a investir em infraestruturas. Wang Bingnan garantiu que desde a primeira edição do fórum, em 2010, “foram criados anualmente 700 mil postos de trabalho” e investidos “30.000 milhões de dólares de financiamento para cooperação internacional para infraestruturas através de instituições financeiras chinesas”. O governante chinês sublinhou que entre as maiores 250 empresas de construção mundial 69 são chinesas, o que leva Bingnan a concluir que a iniciativa internacional de Pequim de construção de infraestruturas “Uma Faixa, Uma Rota” é “um pilar muito importante para o desenvolvimento económico nacional” chinês.
Hoje Macau SociedadeEconomia | Angola, Brasil e Moçambique participam em fórum sobre investimento [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infra-estruturas vai receber, a 7 e 8 de Junho, representantes de Angola, Brasil e Moçambique, não estando prevista a presença de Portugal, foi ontem anunciado. A nona edição deste evento vai contar com a “participação de mais de 1.500 pessoas, das áreas da política, comercial e académica de mais de 60 países e regiões, incluindo cerca de 50 funcionários governamentais”, afirmou, em conferência de imprensa, o vogal executivo do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, Sam Lei. Angola vai fazer-se representar pelo ministro da Construção e Obras Públicas, Manuel Tavares de Almeida, pelo vice-governador da província de Cabinda, Macosso Alberto Paca Zuzi, e pelos vice-governadores das províncias de Luanda e Luanda Norte, José Paulo Kai e Lino dos Santos, respetivamente. Já o Brasil vai estar representado pelo vice-governador do Estado da Bahia, João Felipe De Souza Leão, enquanto que representação de Moçambique vai estar presente o vice-ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Victor Tuacale. Este ano, não há representantes portugueses nem vão participar “empresas de Portugal”, anunciou Sam Lei, em resposta aos jornalistas. No ano passado, Portugal fez-se representar pelos secretários de Estado da Indústria e da Internacionalização, à data, João Vasconcelos e Jorge Oliveira, respectivamente. O evento vai ter a tónica no desenvolvimento de infra-estrutura e cooperação internacional através da inovação e de novos meios tecnológicos, mas também na promoção de construção de infraestruturas nos países do projeto chinês Uma Faixa, Uma Rota.