Prémios Emmy distinguem série “Shōgun”, “Baby Reindeer” e “Hacks”

A série sobre o Japão em que os portugueses têm um papel importante, “Shōgun”, fez história ao vencer o Emmy de Melhor Série Dramática na 76ª edição dos Emmys, que decorreu em Los Angeles e também fez triunfar “Baby Reindeer” e “Hacks”.
“Shōgun” é a primeira série de língua não inglesa a vencer o Emmy de Melhor Série Dramática, depois de ter chegado a esta edição dos prémios da Academia de Televisão como a mais nomeada, com 25 indicações. Venceu 14 nas categorias técnicas e quatro das mais importantes nesta madrugada.
Retrato ficcional sobre o Japão do século XVI, “Shōgun” tem no elenco o português Joaquim de Almeida e o luso-canadiano Louis Ferreira. A consagração como série do ano aconteceu depois de os protagonistas terem levado as estatuetas de representação na categoria de drama.
“Foi um projecto em que o oriente encontra o ocidente”, declarou Hiroyuki Sanada, vencedor do Emmy de Melhor Actor, no discurso de aceitação. “Quando caminhamos juntos, podemos fazer milagres. Podemos criar um futuro melhor”, afirmou.
Antes disso, foi Anna Sawai quem triunfou pelo seu papel em “Shōgun”, agradecendo a distinção de lágrimas nos olhos. “Obrigada à FX por acreditar na nossa história”, disse a actriz japonesa, que interpreta Toda Mariko na série. “Isto é para todas as mulheres que não esperam nada e continuam a ser um exemplo para toda a gente”, acrescentou. A série recebeu um total de quatro Emmys esta noite, incluindo Melhor Realização para Frederick E.O. Toye.

Uma história de abusos

A outra grande vencedora foi “Baby Reindeer”, a produção da Netflix que quebrou recordes de audiência quando estreou, em Abril, e levou quatro Emmys na noite mais importante da televisão. “Obrigado à Netflix por me ter deixado contar esta história ao mundo”, disse Richard Gadd, que venceu os Emmys de Melhor Escrita e Melhor Actor na categoria de Minissérie, série de antologia ou filme.
“Há dez anos, estava no chão. Nunca pensei que conseguiria endireitar a minha vida”, disse Gadd, que escreveu a série com base na sua própria experiência pessoal. “Digo isto como encorajamento para quem está a passar por um mau bocado neste momento, para que perseverem”, acrescentou.
A sua coprotagonista, Jessica Gunning, venceu Melhor Actriz Secundária e mostrou-se “incrivelmente orgulhosa” da série e do elenco.
Nesta categoria, o rol de vitórias de “Baby Reindeer” foi interrompido por Jodie Foster, coroada como Melhor Actriz por “True Detective: Night Country”.
Na comédia, uma grande surpresa: a terceira temporada de “Hacks” sobrepôs-se a “The Bear”, algo que não era esperado. “Hacks” não só foi a Melhor Série de Comédia como deu a Jean Smart o Emmy de Melhor Actriz em comédia e valeu o prémio de Melhor Escrita para comédia a Lucia Aniello, Paul W. Downs e Jen Statsky.
A noite também distinguiu “The Crown”, com a estatueta de Melhor Actriz Secundária em série dramática para Elizabeth Debicki, “Fargo”, dando a Lamorne Morris o primeiro Emmy, para Melhor Actor Secundário em minissérie, série de antologia ou filme, e Billy Crudup, que foi Melhor Actor Secundário em série dramática por “The Morning Show”.
Na escrita para série dramática foi Will Smith (não o actor) quem venceu por “Slow Horses”, da Apple TV+, enquanto Steven Zaillian obteve o prémio para Melhor Realização em minissérie com “Ripley”.

16 Set 2024

Emmy’s | “Succession”, “The Bear” e “Rixa” levam maiores prémios

Decorreu na madrugada desta terça-feira em Los Angeles, EUA, mais uma noite dos Emmy’s, os grandes prémios de produções televisivas, tendo saído vencedores a série “Succession”, transmitida na HBO, bem como “The Bear” e “Rixa”

 

A série “Succession”, transmitida na HBO, foi a grande vencedora da 75ª edição dos Emmy’s, principais prémios da indústria televisiva e de streaming, que decorreu na madrugada desta terça-feira em Los Angeles, nos EUA. A série da HBO tinha 27 nomeações e venceu seis das principais categorias de drama, incluindo Melhor Série, Melhor Actriz para Sarah Snook, Melhor Actor para Kieran Culkin, Melhor Actor Secundário para Matthew Macfadyen, Melhor Realização para Mark Mylod e Melhor Escrita para Jesse Armstrong.

“Esta é uma série sobre família e também sobre o que acontece quanto política partidária e cobertura noticiosa se misturam com política divisionista de direita”, disse o criador Jesse Armstrong. “Depois de quatro anos de sátira, este é um problema que creio que resolvemos”, ironizou.

“Rixa”, da plataforma rival Netflix, foi outra das grandes vencedoras da noite. Levou quase tudo o que importava na categoria de Minissérie ou Série de Antologia: Melhor Série, Melhor Actriz para Ali Wong, Melhor Actor para Steven Yeun, Melhor Realização e Melhor Escrita para Lee Sung Jin.

“Quando me mudei para LA, a minha conta bancária ficou negativa em 63 cêntimos e tive de depositar um dólar para evitar ficar a descoberto”, contou Lee Sung Jin, lembrando que o sucesso que conquistou não estava garantido. Quando voltou a subir ao palco, agradeceu aos fãs que partilharam com ele histórias pessoais, inspirados pela série que criou.

“Vivemos num mundo desenhado para nos manter separados”, afirmou. “Quando vivemos num mundo assim, alguns de nós começam a pensar que não há maneira de alguém nos entender, gostar de nós, ou sermos amados”, continuou. “A maior alegria de fazer ‘Rixa’ foi trabalhar com estas pessoas que amaram tão incondicionalmente”.

O urso da comédia

Foi também de amor e família que falaram os protagonistas de “The Bear”, a série que varreu múltiplos prémios na categoria de comédia. Foi a Melhor Série, deu a Jeremy Allen White o prémio de Melhor Actor, rendeu a Ayo Edebiri a Melhor Actriz Secundária e a Ebon Moss-Bachrach Melhor Actor Secundário.

Chris Storer também foi distinguido pelo trabalho na série da FX com Melhor Escrita e Melhor Realização, elevando para seis os Emmys atribuídos esta noite. “Esta é uma série sobre a família que se encontra e também a família real”, disse Ayo Edebiri, agradecendo a presença dos pais na cerimónia. “Obrigada por me amarem e me deixarem sentir linda e negra e tudo isso”.

Apesar do domínio destas três séries, houve prémios individuais que distinguiram os trabalhos noutros títulos. Ainda em comédia, Quinta Brunson quebrou a espiral de vitória de “The Bear” ao vencer o Emmy de Melhor Actriz, pelo papel em “Abbott Elementary”.

Em drama, Jennifer Coolidge foi a Melhor Actriz Secundária por “The White Lotus”, uma vitória consecutiva para o papel de Tanya McQuoid. “Eu tinha um sonho na minha pequena cidade que todos me disseram ser impraticável”, disse Coolidge no discurso de aceitação. “Mas aconteceu, por isso não desistam dos vossos sonhos”.

Na categoria de minissérie ou antologia, foi Niecy Nash-Betts quem levou o Emmy de Melhor Actriz Secundária, pelo papel na série “Monstro: A história de Jeffrey Dahmer”, da Netflix. “Quero agradecer a mim própria por acreditar em mim e fazer o que disseram que eu não podia fazer”, afirmou Nash-Betts num discurso de aceitação entusiasmado, em que gritou “Sou uma vencedora, baby!”.

Também nesta categoria, Paul Walter Hauser venceu o seu primeiro Emmy ao ser distinguido como Melhor Actor Secundário por “Black Bird”, da Apple TV+. A 75.ª cerimónia de entrega dos prémios Emmy pela Academia de Televisão decorreu no Peacock Theater, em Los Angeles. Tinha sido adiada em Setembro passado devido às greves dos argumentistas e actores.

16 Jan 2024

Televisão | Emmys distinguem “A Guerra dos Tronos” como Melhor Série Dramática

“A Guerra dos Tronos” ganhou o prémio de Melhor Série Dramática, mas acabou por perder outras estatuetas para as quais estava nomeada este ano. Os prémios de televisão distinguiram ainda as séries “Chernobyl” e “Fleabag”. Billy Porter fez história ao tornar-se no primeiro actor gay afro-americano a ganhar a estatueta de melhor actor

 

[dropcap]A[/dropcap] 71.ª cerimónia dos prémios Emmy coroou na madrugada passada “A Guerra dos Tronos” como Melhor Série Dramática do ano, fechando em 59 a soma das estatuetas entregues pela Academia de Televisão durante as oito temporadas da saga.

“Fleabag” recebeu o Emmy de Melhor Série de Comédia e “Chernobyl” conquistou o prémio de Melhor Minissérie, sendo que ambas levaram várias outras estatuetas nas respectivas categorias, emergindo como grandes vencedoras da noite. Durante as três horas da cerimónia, que este ano não teve apresentador, ficou claro que “A Guerra dos Tronos” não teria a noite de apoteose que se poderia prever por ser a última temporada.

Quando o actor Michael Douglas anunciou a distinção de Melhor Série Dramática, a quarta vez que este Emmy foi entregue aos criadores do título da HBO, foi desfeita a dúvida que pairou no ar do Microsoft Theater, em Los Angeles, durante toda a noite: apesar de ter batido o recorde de mais prémios para uma série, “A Guerra dos Tronos” perdeu quase todas as estatuetas para que estava nomeada em 2019.

A série recebeu apenas dois prémios Emmy, com Peter Dinklage (“Tyrion Lannister”) a ser o único actor a vencer na categoria de representação para que estava nomeado, Melhor Actor Secundário numa Série Dramática.

Entre Emmys de representação, realização e argumento, a série criada por David Benioff e D.B. Weiss perdeu para “Killing Eve”, “Pose”, “Ozark” e “Succession”, respectivamente, depois de uma temporada final que suscitou reacções mistas por parte da crítica e dos espectadores.

Ainda assim, “A Guerra dos Tronos” bateu a competição na categoria mais cobiçada, onde concorria com “Better Call Saul”, “Bodyguard”, “Killing Eve”, “Ozark”, “Pose”, “Succession” e “This Is Us”.

A somar aos 10 prémios entregues na semana passada durante os Creative Arts Emmy, a oitava e última temporada da série recebeu um total de 12 estatuetas, tendo sido a mais premiada da 71.ª edição dos prémios.

No discurso de vitória, David Benioff agradeceu a George R.R. Martin por ter criado este universo e ter apostado em dois produtores que nunca tinham feito isto antes.

“É incrível que vocês ainda estejam todos vivos”, disse D.B. Weiss, depois de elogiar o esforço da equipa de produção e dos actores, que filmaram a última temporada em condições muito difíceis, com 70 dias consecutivos em temperaturas extremamente baixas em Belfast, Irlanda.

“Os últimos dez anos foram os melhores da nossa vida, e para todos os que trabalharam nisto, não consigo acreditar que terminámos, não consigo acreditar que o fizemos”, disse Benioff.

Outras recompensas

Na maior noite da televisão em Hollywood, a série “Fleabag”, criada e protagonizada por Phoebe Waller-Bridge, foi uma das grandes surpresas pela consistência das distinções: quatro Emmy nas categorias de comédia.

O título da Amazon Prime Video levou para casa a estatueta de Melhor Série de Comédia, ultrapassando “Barry”, “The Good Place”, “The Marvelous Mrs. Maisel”, “Russian Doll”, “Schitt’s Creek” e “Veep”.

Phoebe Waller-Bridge também venceu o Emmy para Melhor Actriz numa Série de Comédia e Melhor Escrita para uma Série de Comédia, com Harry Bradbeer a levar a estatueta de Melhor Realização numa Série de Comédia por “Fleabag”.

Nas categorias de Minissérie ou Filme para Televisão, foi “Chernobyl”, da HBO, que levou os prémios mais cobiçados, vencendo Melhor Escrita para Minissérie ou Filme e Melhor Realização em Minissérie ou Filme, além de Melhor Minissérie. A seguir a “A Guerra dos Tronos”, foi segunda série mais premiada nas duas noites de entregas de Emmy, com um total de 10 estatuetas,

Seguiu-se “The Marvelous Mrs. Maisel”, com oito, “Free Solo”, com sete, e “Fleabag”, com seis. Os Emmy, devido ao número elevado de categorias, são habitualmente entregues em duas cerimónias, com a segunda a ser transmitida ao vivo a partir de Los Angeles.

“Last Week Tonight With John Oliver” levou o Emmy de Melhor Série de Variedades – ‘talk show’ e “Saturday Night Live” recebeu o prémio de Melhor Série de Variedades – ‘sketch’. “Bandersnatch (Black Mirror) foi o Melhor Filme para Televisão.

História feita

A cerimónia dos Emmys ficou ainda marcada pela entrega do prémio de Melhor Actor em Série Dramática a Billy Porter, que se tornou no primeiro gay afro-americano a receber o Emmy.

Na mesma categoria feminina, não houve a vitória histórica que se esperava: se Sandra Oh tivesse vencido, seria a primeira actriz de ascendência asiática a levar para casa a estatueta de Melhor Actriz em série dramática. No entanto, foi Porter quem fez história, ao ser distinguido pelo papel de Pray Tell que interpreta na série do canal FX “Pose”, cuja acção mostra a subcultura da comunidade LGBTQ na Nova Iorque do final dos anos oitenta.

“Tantas pessoas me ajudaram a chegar aqui ao longo do caminho”, notou Billy Porter no discurso de vitória, depois de afirmar que “todos têm o direito” de andar no mundo e sentir que pertencem.

“Nós, como artistas, somos aqueles que mudam a estrutura molecular dos corações e mentes das pessoas que caminham nesta Terra”, afirmou, terminando com um pedido que foi reiterado por outras personalidades ao longo da cerimónia: “por favor, não parem de dizer a verdade”.

Para levar a estatueta para casa, Porter teve de bater concorrentes de peso, incluindo Kit Harington, da favorita “A Guerra dos Tronos”, Jason Bateman, de “Ozark”, Sterling K. Brown, de “This Is Us”, Bob Odenkirk, de “Better Call Saul”, e Milo Ventimiglia, de “This is Us”.

Na categoria de Melhor Actriz em série dramática, Sandra Oh perdeu para a sua co-protagonista em “Killing Eve”, Jodie Corner, que interpreta Villanelle na série da BBC America.

24 Set 2019

Televisão | Emmys distinguem “A Guerra dos Tronos” como Melhor Série Dramática

“A Guerra dos Tronos” ganhou o prémio de Melhor Série Dramática, mas acabou por perder outras estatuetas para as quais estava nomeada este ano. Os prémios de televisão distinguiram ainda as séries “Chernobyl” e “Fleabag”. Billy Porter fez história ao tornar-se no primeiro actor gay afro-americano a ganhar a estatueta de melhor actor

 
[dropcap]A[/dropcap] 71.ª cerimónia dos prémios Emmy coroou na madrugada passada “A Guerra dos Tronos” como Melhor Série Dramática do ano, fechando em 59 a soma das estatuetas entregues pela Academia de Televisão durante as oito temporadas da saga.
“Fleabag” recebeu o Emmy de Melhor Série de Comédia e “Chernobyl” conquistou o prémio de Melhor Minissérie, sendo que ambas levaram várias outras estatuetas nas respectivas categorias, emergindo como grandes vencedoras da noite. Durante as três horas da cerimónia, que este ano não teve apresentador, ficou claro que “A Guerra dos Tronos” não teria a noite de apoteose que se poderia prever por ser a última temporada.
Quando o actor Michael Douglas anunciou a distinção de Melhor Série Dramática, a quarta vez que este Emmy foi entregue aos criadores do título da HBO, foi desfeita a dúvida que pairou no ar do Microsoft Theater, em Los Angeles, durante toda a noite: apesar de ter batido o recorde de mais prémios para uma série, “A Guerra dos Tronos” perdeu quase todas as estatuetas para que estava nomeada em 2019.
A série recebeu apenas dois prémios Emmy, com Peter Dinklage (“Tyrion Lannister”) a ser o único actor a vencer na categoria de representação para que estava nomeado, Melhor Actor Secundário numa Série Dramática.
Entre Emmys de representação, realização e argumento, a série criada por David Benioff e D.B. Weiss perdeu para “Killing Eve”, “Pose”, “Ozark” e “Succession”, respectivamente, depois de uma temporada final que suscitou reacções mistas por parte da crítica e dos espectadores.
Ainda assim, “A Guerra dos Tronos” bateu a competição na categoria mais cobiçada, onde concorria com “Better Call Saul”, “Bodyguard”, “Killing Eve”, “Ozark”, “Pose”, “Succession” e “This Is Us”.
A somar aos 10 prémios entregues na semana passada durante os Creative Arts Emmy, a oitava e última temporada da série recebeu um total de 12 estatuetas, tendo sido a mais premiada da 71.ª edição dos prémios.
No discurso de vitória, David Benioff agradeceu a George R.R. Martin por ter criado este universo e ter apostado em dois produtores que nunca tinham feito isto antes.
“É incrível que vocês ainda estejam todos vivos”, disse D.B. Weiss, depois de elogiar o esforço da equipa de produção e dos actores, que filmaram a última temporada em condições muito difíceis, com 70 dias consecutivos em temperaturas extremamente baixas em Belfast, Irlanda.
“Os últimos dez anos foram os melhores da nossa vida, e para todos os que trabalharam nisto, não consigo acreditar que terminámos, não consigo acreditar que o fizemos”, disse Benioff.

Outras recompensas

Na maior noite da televisão em Hollywood, a série “Fleabag”, criada e protagonizada por Phoebe Waller-Bridge, foi uma das grandes surpresas pela consistência das distinções: quatro Emmy nas categorias de comédia.
O título da Amazon Prime Video levou para casa a estatueta de Melhor Série de Comédia, ultrapassando “Barry”, “The Good Place”, “The Marvelous Mrs. Maisel”, “Russian Doll”, “Schitt’s Creek” e “Veep”.
Phoebe Waller-Bridge também venceu o Emmy para Melhor Actriz numa Série de Comédia e Melhor Escrita para uma Série de Comédia, com Harry Bradbeer a levar a estatueta de Melhor Realização numa Série de Comédia por “Fleabag”.
Nas categorias de Minissérie ou Filme para Televisão, foi “Chernobyl”, da HBO, que levou os prémios mais cobiçados, vencendo Melhor Escrita para Minissérie ou Filme e Melhor Realização em Minissérie ou Filme, além de Melhor Minissérie. A seguir a “A Guerra dos Tronos”, foi segunda série mais premiada nas duas noites de entregas de Emmy, com um total de 10 estatuetas,
Seguiu-se “The Marvelous Mrs. Maisel”, com oito, “Free Solo”, com sete, e “Fleabag”, com seis. Os Emmy, devido ao número elevado de categorias, são habitualmente entregues em duas cerimónias, com a segunda a ser transmitida ao vivo a partir de Los Angeles.
“Last Week Tonight With John Oliver” levou o Emmy de Melhor Série de Variedades – ‘talk show’ e “Saturday Night Live” recebeu o prémio de Melhor Série de Variedades – ‘sketch’. “Bandersnatch (Black Mirror) foi o Melhor Filme para Televisão.

História feita

A cerimónia dos Emmys ficou ainda marcada pela entrega do prémio de Melhor Actor em Série Dramática a Billy Porter, que se tornou no primeiro gay afro-americano a receber o Emmy.
Na mesma categoria feminina, não houve a vitória histórica que se esperava: se Sandra Oh tivesse vencido, seria a primeira actriz de ascendência asiática a levar para casa a estatueta de Melhor Actriz em série dramática. No entanto, foi Porter quem fez história, ao ser distinguido pelo papel de Pray Tell que interpreta na série do canal FX “Pose”, cuja acção mostra a subcultura da comunidade LGBTQ na Nova Iorque do final dos anos oitenta.
“Tantas pessoas me ajudaram a chegar aqui ao longo do caminho”, notou Billy Porter no discurso de vitória, depois de afirmar que “todos têm o direito” de andar no mundo e sentir que pertencem.
“Nós, como artistas, somos aqueles que mudam a estrutura molecular dos corações e mentes das pessoas que caminham nesta Terra”, afirmou, terminando com um pedido que foi reiterado por outras personalidades ao longo da cerimónia: “por favor, não parem de dizer a verdade”.
Para levar a estatueta para casa, Porter teve de bater concorrentes de peso, incluindo Kit Harington, da favorita “A Guerra dos Tronos”, Jason Bateman, de “Ozark”, Sterling K. Brown, de “This Is Us”, Bob Odenkirk, de “Better Call Saul”, e Milo Ventimiglia, de “This is Us”.
Na categoria de Melhor Actriz em série dramática, Sandra Oh perdeu para a sua co-protagonista em “Killing Eve”, Jodie Corner, que interpreta Villanelle na série da BBC America.

24 Set 2019

“Guerra dos Tronos” com recorde de nomeações para os Emmys 2019

[dropcap]A[/dropcap] corrida aos Emmy Awards 2019 – troféus que premeiam o melhor de cada ano na indústria televisiva norte-americana – foi anunciada na passada terça-feira, 15 de Julho, com a série “Guerra dos Tronos” (Game of Thrones) a arrebatar um recorde de nomeações: 32 nomeações em 26 categorias.

A série de culto da HBO, que este ano emitiu a sua 9ª e derradeira temporada, conseguiu estar representada nas principais categorias, incluindo a melhor série de drama, onde enfrentará as rivais “Bodyguard”, “Ozark”, “Pose”, “Succession”, “This is Us”, “Better Call Saul” e “Killing Eve”.

O elenco de “Guerra dos Tronos” está igualmente contemplado nas categorias de melhores actor e actriz numa série de drama, com Kit Harington e Emilia Clarke, melhor actriz convidada numa série de drama para Carice van Houten, três nomeações na categoria de melhor actor secundário para Alfie Allen, Nikolaj Coster-Waldau e Peter Dinklage, e quatro lugares na categoria de melhor actriz secundária para Lena Headey, Sophie Turner, Maisie Williams e Gwendoline Christie.

Apesar do coro de críticas dos milhões de fãs, que exigiram um novo final para a série, a história criada por George R.R. Martin vê assim o reconhecimento do trabalho nesta última temporada, que já em 2018 arrecadou o principal galardão de melhor série dramática. O anterior recorde de nomeações, numa só temporada, pertencia à série “NYPD Blue”, da ABC (American Broadcasting Company), que foi exibida entre 1993 e 2005.

E a Sra. Maisel

A segunda série a reunir mais nomeações foi a comédia da Amazon “The Marvelous Mrs. Maisel”, com 19 hipóteses de prémio, logo seguida pelo recente sucesso da mini-série “Chernobyl”, que recebeu 18 nomeações, e pela comédia “Barry”, com 17 nomeações, ambas produzidas pela HBO. O canal de televisão por assinatura é assim o grande vencedor, com um total de 137 nomeações nesta 71ª edição dos Emmy Awards, batendo as posições da Netflix com 117, da NBC com 58 e da Amazon com 47 nomeações.

A 71ª edição dos Emmy Awards está marcada para o dia 22 de Setembro, no Microsoft Theater de Los Angeles, manhã de 23 de Setembro, segunda-feira, aqui em Macau.

19 Jul 2019

Emmy’s | Distopias e actualidade lideram estatuetas

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] histórico ‘talkshow’ Saturday Night Live, o drama familiar “Big Little Lies” e “The Handmaid’s Tale”, dominaram os prémios Emmy, que distinguem as produções televisivas norte-americanas.

A 69.º edição da entrega dos prémios decorreu numa cerimónia em Los Angeles em que a política e o Presidente Trump foram as “estrelas” convidadas.

“The Handmaid’s Tale”, baseada na adaptação de um romance homónimo de Margaret Atwood sobre uma América nas mãos de uma seita totalitária, venceu a melhor série dramática e dominou a noite dos prémios de televisão com um total de cinco Emmys.

A série que retrata a violência contra as mulheres ganhou também o prémio para melhor actriz de série dramática (Elisabeth Moss), melhor actriz secundária em série dramática (Ann Dowd), melhor realizador de série dramática (Reed Morano, segunda mulher na história que ganha nessa categoria) e melhor guião de série dramática (Bruce Miller).

A mini-série “Big Little Lies”, sobre as mães de família, os seus filhos e os seus dramas na Califórnia, venceu noutras cinco categorias, com os prémios de melhor mini-série, melhor realizador (Jean-Marc Vallée), melhor actriz de mini-série (Nicole Kidman), e melhores actores secundários em mini-série (Alexander Skarsgard e Laura Dern).

Comédia apreciada

O histórico ‘talkshow’ Saturday Night Live (SNL) foi outro dos vencedores da noite, com nove troféus, incluindo cinco de carácter técnico.

Saturday Night Live, que este ano se destacou pela crítica ao Presidente norte-americano e à sua administração, criado pelo produtor Lorne Michaels, em 1975, soma perto de 830 emissões e, até à data, tinha conquistado um total de 45 Emmys.

O programa de humor, que conta com 42 temporadas consecutivas, na cadeia NBC, estava nomeado em 22 categorias, a par da série “Westworld”, e a meio da cerimónia já tinha conquistado quatro estatuetas, incluindo uma para Alec Baldwin e outra para Kate McKinnon, pela sua imitação da ex-candidata presidencial, Hillary Clinton.

O sucesso de SNL na 69.ª edição dos Emmy foi além das estatuetas conquistadas.

“Sabíamos que a maior estrela de televisão do ano passado foi Donald Trump. E Alec Baldwin”, certamente, ironizou o apresentador da noite, Stephen Colbert, em referência ao actor que personifica Trump no Saturday Night Live (SNL).

“Finalmente, Sr. Presidente, aqui está o seu Emmy”, disse Alec Baldwin ao receber o galardão, numa referência ao show “The Apprentice”, um ‘reality show’ que foi apresentado por Donald Trump e em que executivos competem por um cargo em uma das empresas do multibilionário.

Baldwin acrescentou que depois de ter tido três filhos em três anos, a sua mulher não deu à luz no ano passado, um ano em que a sua interpretação do papel do Presidente dos Estados Unidos impulsionou as audiências do SNL para um nível recorde.

“Quando alguém usa uma peruca cor de laranja (como a cor do cabelo de Donald Trump), isso funciona como um contraceptivo”, afirmou.

O antigo porta-voz da Casa Branca Sean Spicer, que cessou funções em Julho, fez uma aparição surpresa nos prémios Emmy, sob o olhar divertido de Melissa McCarthy, que ‘veste a personagem’ no SNL.

Alec Baldwin já tinha, alás, na conferência de imprensa saudado Spicer pela arrojada entrada na cerimónia dos Emmy.

“Já fiz alguns trabalhos que vocês não devem respeitar ou admirar (…) Temos isso em comum”, disse.

19 Set 2017