Andreia Sofia Silva EventosExtensão do Douro Filme Festival acontece hoje no Consulado [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]contece hoje no auditório do consulado-geral em Macau a extensão do Douro Filme Festival, um festival de cinema mudo em Portugal que, pela primeira vez, chega ao Oriente, com o apoio da Casa de Portugal em Macau (CPM). Criado há dez anos, no Porto, o festival traz este ano um conjunto de películas no feminino, filmadas por 11 realizadoras com películas de super oito milímetros. Os filmes serão acompanhados pela música de Miguel Andrade e Paulo Pereira. A vinda do festival a Macau pela primeira vez visa celebrar os 120 anos do cinema português, na pessoa de Aurélio da Paz dos Reis, e recordar a realizadora portuguesa Noémia Delgado, que faleceu este ano. Para Cristiano Pereira, actor e um dos responsáveis pelo projecto, o Douro Filme Festival é um “festival com características únicas”, sendo “único em Portugal e um dos poucos exemplos no mundo”. “Os filmes são todos rodados em película, temos o apoio da Kodak, e são todos rodados com o equipamento de uma nova produtora do Porto, a OPPIA (Oporto Picture Academy). É talvez o festival em todo o mundo que é projectado em película.” Cristiano Pereira confirmou ainda ao HM que a ideia é estabelecer um curso de filmes feitos com estas películas e criar um festival com base nas películas realizadas pelos alunos. “Queremos trazer um curso de cinema em películas de super 8mm, que inclui um curso completo, cinematografia, revelação dos filmes e rodagem, e um festival local. Estamos em Macau neste momento a trabalhar nessa possibilidade, através da amabilidade da CPM e consulado. A ideia é que, no âmbito desse curso os filmes realizados possam levar a um festival local”, apontou. A vinda a Macau pretende ainda ser uma ponte para o mundo lusófono. “É nossa ambição levar o festival aos países lusófonos, e também apresentaremos este projecto à CPLP”, rematou Cristiano Pereira. O festival decorre apenas hoje, a partir das 19h. Filmes em exibição “O Amor eterno não é um mito urbano”, de Isabel Venceslau “A cabeça no ar ou O ar na cabeça”, de Mariana Figueroa [Menção honrosa] “Memória, substantivo feminino”, de Luísa Sequeira [Menção honrosa] “Super 75”, de Patrícia Vieira Campos (Pat) [1º Prémio] “Ariadne e o Minotauro”, de Filipa Gomes “sem título”, de Amarante Abramovici “Bailarina amparada”, de Ana Tinoco “Entranhas”, de Patrícia Nogueira “Confia que o tempo também devolve”, de Marina Zincovitch Botelho “Autumn”, de Mervi Junkkonen [Menção honrosa] “Tons”, de Diana Oliveira “Aurélia, mulher artista” e “Urbión”, ambos de Cristiano Costa Pereira e “PortoPorto”, de Sério Fenandes