Hoje Macau China / ÁsiaVisita | China e Hungria são bons amigos, diz Xi Jinping A China e a Hungria são bons amigos e bons parceiros de confiança mútua, afirmou o Presidente chinês, Xi Jinping, num discurso escrito ao chegar esta quarta-feira a Budapeste para uma visita de Estado à Hungria. “Estou muito satisfeito por fazer uma visita de Estado ao belo país da Hungria, a convite gracioso do presidente Tamas Sulyok e do primeiro-ministro Viktor Orban”, disse, estendendo as sinceras saudações e votos de felicidades ao governo e ao povo húngaros em nome do governo e do povo da China, indica o Diário do Povo. Observando que a Hungria é conhecida pela sua história consagrada pelo tempo e profunda herança cultural, Xi disse que o povo húngaro é trabalhador, inteligente, aberto, inclusivo, pioneiro e criativo. Nos últimos anos, o governo e o povo da Hungria têm avançado com determinação, fazendo progressos impressionantes no desenvolvimento económico e social, disse, acrescenta a publicação. “Como bons amigos e parceiros estratégicos abrangentes, nós, na China, tanto o governo como o povo, regozijamo-nos sinceramente com vossas conquistas.” Em 1949, a Hungria foi um dos primeiros países a reconhecer e estabelecer relações diplomáticas com a República Popular da China. Em 2004, os dois países decidiram estabelecer uma parceria amigável e cooperativa. Nos últimos anos, os dois lados têm visto frequentes intercâmbios de alto nível, confiança mútua aprofundada, resultados frutíferos na cooperação da iniciativa Uma Faixa, Uma Rota, intercâmbios interpessoais e culturais vibrantes e estreita coordenação e colaboração em assuntos internacionais e regionais, afirmou Xi. “Juntos, demos um belo exemplo de construção de um novo tipo de relações internacionais caracterizado pelo respeito mútuo, imparcialidade, justiça e cooperação de benefício mútuo”, disse. Fazer o futuro Este ano marca o 75.º aniversário das relações diplomáticas China-Hungria, trazendo uma oportunidade importante para o crescimento das relações bilaterais, continuou o Presidente chinês. Xi disse que espera reunir-se com o presidente Sulyok, o primeiro-ministro Orban e outros líderes húngaros e que eles delinearão conjuntamente um novo plano para a cooperação e o desenvolvimento, com vista a conduzir a relação China-Hungria a grandes passos e levá-la a um nível superior. “Acredito que, não importa como o cenário internacional evolua, a China e a Hungria verão sempre e abordarão a relação bilateral a partir de uma perspectiva ampla e uma visão de longo prazo”, disse. “Através de esforços vigorosos e determinados, trabalharemos juntos para o objectivo de construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade e daremos a nossa devida contribuição para a paz, a estabilidade, o desenvolvimento e a prosperidade do mundo”, acrescentou. “Estou confiante de que, com os esforços concertados dos dois lados, esta visita será um sucesso total e inaugurará um futuro ainda mais brilhante para as relações China-Hungria”, disse ainda.
Nunu Wu PolíticaAPN | Membros de Macau elogiam discurso “apaixonante” de Xi Jinping Os membros de Macau na Assembleia Popular Nacional (APN) exultaram com o discurso de Xi Jinping no encerramento da sessão anual do órgão nacional. Em declarações ao jornal Ou Mun, o chefe da delegação da RAEM Lao Ngai Leong sublinhou que a sessão da APN que terminou ontem comprova a elevada atenção prestada pelo Presidente Xi Jinping e o Governo Central ao desenvolvimento de Macau e Hong Kong e à forma como está intimamente ligado à construção de uma nação forte. O representante afirmou ainda que a integração de Macau no desenvolvimento nacional é inevitável, assim como a participação no processo de modernização da nação, através da presença activa nos projectos de cooperação como a construção da Grande Baía e da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin. Por sua vez, Kou Hoi In declarou que os interesses da população foram temas nucleares no discurso de Xi Jinping, assim como a união de todos para prosseguir o objectivo de construir um país socialista moderno. O presidente da Assembleia Legislativa sublinhou ainda que apesar do discurso do Presidente Xi não ter sido longo, grande parte das suas palavras foram dedicadas a Macau e Hong Kong. Já o deputado Chui Sai Peng referiu que, além da atenção dada às regiões administrativas especiais, o discurso teve como teve como destaque as missões inquestionáveis do Grande Rejuvenescimento da Nação Chinesa e a promoção firme da reunificação da pátria. Todos os membros de Macau ouvidos pelo jornal Ou Mun categorizaram o discurso de Xi Jinping como “apaixonante e incentivador”.
Hoje Macau China / ÁsiaTradutores estrangeiros salientam aspectos do discurso de Xi Jinping O relatório lido no domingo por Xi Jinping, no 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCC), foi imediatamente vertido para diversas línguas (inglês, francês, russo, espanhol, árabe, alemão, japonês e lao) por tradutores estrangeiros que não deixaram de dar a sua opinião sobre o que leram ao fazer o seu trabalho. Ao irlandês Sean Slattery, por exemplo, pareceu um documento “muito voltado para o futuro”. “O relatório mostra grande visão, mas é também muito prático”, disse o irlandês. “Vai ter uma grande influência no desenvolvimento da China no futuro”. A cada um a sua modernização A “modernização chinesa” foi considerada pela maioria dos tradutores estrangeiros como sendo uma das principais mensagens do relatório de domingo. Descrevendo a modernização chinesa como “de grande importância” para o mundo, Slattery disse que as suas características especiais são distintamente diferentes dos caminhos que outros países escolheram no passado ao prosseguirem a modernização. “Conseguir a modernização para os 1,4 mil milhões de habitantes do país é um enorme passo em frente para a humanidade”, referiu, mas não deixou de considerar que “ao prosseguir a sua própria via de modernização, a China está a sublinhar a importância de cada país se modernizar através de um caminho que seja adequado às suas próprias condições e que o seu povo aceite e apoie”, concluiu Slattery. “Para os outros países em desenvolvimento, a modernização chinesa oferece uma nova escolha, baseada nas suas próprias condições e mais cooperação internacional, em vez de pilhagem, guerra e sangue”, disse Mustafa Yahia, 65 anos, que foi responsável pela tradução da versão árabe. Já Peggy Cantave Fuyet sempre quis saber como é o maior país socialista do mundo. O relatório ofereceu-lhe uma visão. “As pessoas”, “o ambiente” e “a paz” foram as suas principais conclusões do relatório. Para a especialista em língua francesa, as palavras indicam que a modernização chinesa é uma modernização que beneficia todos no país em vez de apenas alguns, que a China honrará as suas palavras ao atingir os objectivos de atingir o pico das emissões de carbono e ganhar neutralidade de carbono, e que o caminho que a China escolheu não é o imperialismo, o colonialismo ou o hegemonismo, mas um caminho de desenvolvimento pacífico. Uma década marcante O relatório resume as grandes realizações ao longo dos primeiros 10 anos da nova era na China. Uma grande mudança que tem sido testemunhada pelos próprios peritos estrangeiros. Francisco J. Ayllon, de Espanha, que está na China há 18 anos, maravilhou-se com o feito da eliminação da pobreza, já que assistiu a cerca de 100 milhões de residentes rurais saírem da pobreza em menos de 10 anos. “Este é um contributo significativo para a redução da pobreza global”, considerou. A especialista em língua russa K. Angelina observou que o povo chinês desfruta agora de céus mais azuis e água mais pura, e tem mais veículos de energia novos nas estradas. Para Verena Menzel, da Alemanha, que vive na China há 11 anos, os pagamentos móveis, as bicicletas partilhadas e as plataformas em linha trouxeram “muita surpresa e conveniência”. A alemã disse também que tem detectado também um sentimento cada vez mais forte de confiança cultural na China. Taguchi Nao, do Japão, diz-se impressionada com o sistema de segurança social da China, a Iniciativa China Saudável e as medidas para enfrentar o envelhecimento da população, um problema que também afecta o seu país. Pongtay Chaleunsouk, do Laos, assistiu recentemente a uma palestra espacial ao vivo na televisão, com interacções entre astronautas chineses a bordo da estação espacial da China e crianças na Terra. Para ele, foi “inesquecível”. “Embora tenha iniciado o seu programa espacial muito mais tarde, a China tornou-se líder na indústria espacial e está pronta a expandir a sua cooperação científica e tecnológica com outros países”, afirmou. “As tremendas mudanças na última década são de um marco importante, que provêm da forte liderança do PCC e dos incessantes esforços do povo chinês”, acrescentou. Compreender a China, compreender o PCC Uma das visões partilhada entre os tradutores estrangeiros passa pela noção de que “compreender a China implica uma boa compreensão do PCC, da sua história e da sua lógica de governo”. Entre as frases do relatório que, segundo eles, causaram maior impressão encontram-se: “O apoio do povo é da maior importância política”, “uma filosofia de desenvolvimento centrada no povo”, e “Este país é o seu povo; o povo é o país”. “Termos como estes sublinham realmente o quanto o Partido valoriza a sua estreita relação com o povo, estando de todo o coração empenhado em tornar as suas vidas melhores e em servi-lo”, disse Slattery. Mustafa lembra-se da primeira vez que esteve envolvido na tradução do relatório do congresso há cinco anos, quando o PCC prometeu no seu 19º congresso nacional assegurar uma vitória decisiva na construção de uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos. “Como esse objectivo foi alcançado como previsto, o PCC está agora a conduzir o país numa nova viagem para construir um país socialista moderno em todos os aspectos”. Acredito que irá honrar a sua promessa novamente”. Angelina, da Rússia, encontrou novos conteúdos cada vez que traduzia um importante documento do PCC. “Devo continuar a enriquecer-me para entregar boas traduções”. “O PCC é um partido com uma forte capacidade de investigação, acção, inovação, e de acompanhar os tempos”, referiu Cantave Fuyet, que obteve um doutoramento sobre a adaptação do marxismo ao contexto chinês. Chaleunsouk disse que, embora muitos termos no relatório sejam expressões únicas do PCC, tais como “tirar tigres” e “caçar raposas”, são vívidos e fáceis de compreender, ilustrando a resolução de exercer uma auto-governação e auto-reforma total e rigorosa do partido. Paz e inovação Para tornar a China num grande país socialista moderno em todos os aspectos, o PCC adoptou um plano estratégico em duas etapas: basicamente realizar a modernização socialista de 2020 a 2035, e “tornar a China num grande país socialista moderno que seja próspero, forte, democrático, culturalmente avançado, harmonioso, e belo de 2035 até meados deste século”. “A palavra ‘inovação’ apareceu muitas vezes no relatório”, disse Menzel, observando que está “ansiosa por mais cooperação entre a China e a Alemanha, ambos países impulsionados pela inovação”. “A China precisa de um mundo pacífico para se desenvolver e, ao mesmo tempo espera contribuir para a paz mundial com o seu desenvolvimento”, disse Slattery, tirando esta conclusão dos objectivos que o PCC está a tentar alcançar, especificados no relatório do congresso. “O mundo é como uma família que partilha o bem e o mal”, disse Cantave Fuyet, observando que “ao promover uma comunidade com um futuro partilhado para a humanidade, o PCC mostra que se preocupa com o bem-estar do mundo inteiro e que está determinado a tornar a sua grande visão numa realidade”. Mustafa recorda que Pequim, há 20 anos, só tinha duas linhas de metro, quando chegou à China pela primeira vez. Agora, a rede de metro de Pequim estende-se em todas as direcções, e o município tornou-se na única cidade do mundo a receber tanto os Jogos Olímpicos de Verão como os de Inverno. À medida que o país se desenvolveu nas últimas décadas, Mustafa disse estar confiante de que a China conseguirá a modernização. “Espero testemunhar o grande momento histórico juntamente com o povo chinês”, concluiu.