Hoje Macau SociedadeConcessionários explicam mau aproveitamento do Vale das Borboletas [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m grupo de concessionários de terrenos situados no Vale das Borboletas veio a público esclarecer as razões do atraso dos projectos de desenvolvimento previstos para aquela área. A clarificação foi feita em resposta a “comentários” que deixaram os responsaveis pelos terrenos insatisfeitos. Em causa estão as declarações do presidente da Associação da Sinergia de Macau, Lam U Tou, que alegou na passada quinta-feira que os concessionários não fizeram nada para o desenvolvimento industrial, inicialmente previsto para aqueles terrenos. Lam U Tou referiu ao Jornal do Cidadão que existem casos, como o do Vale das Borboletas e das zonas C e D do Largo de Nam Van, que apesar de terem um plano de desenvolvimento específico, estão com projectos que não se adequam para o fim estabelecido. Aquela área estaria destinada, inicialmente, para fins industriais, finalidade que foi alterada para fins residenciais. Para Lam U Tou, esta alteração não se justifica e terá sido feita apenas porque estavam implicados interesses económicos. Para o responsável da Associação da Sinergia de Macau a finalidade dos terrenos não deveria ter sido alterada porque nunca se tentou fazer nada no sentido de respeitar a finalidade industrial. Culpa do Governo O grupo de concessionários responsável pelos terrenos sitos no Vale das Borboletas publicou no Jornal Ou Mun um anúncio, que acusa Lam U Tou de prestar declarações falsas. Os concessionários argumentam que quando o Vale das Borboletas foi concedido, nos anos 80, pelo Governo português, aquelas terras se encontravam numa situação em que era dificil trabalhar nelas. De acordo com o anúncio publicado, os solos foram descitos como terras rochosas e de dificil acesso, “quer a pé, quer de carro”. “Com estas condições não era possível desenvolver qualquer indústria na zona e os terrenos não foram utilizados de imediato por necessitarem de ser nivelados”, justificam os concessionários. No anúncio é acrescentado que em 1993 a finalidade dos terrenos foi alterada para residencial depois de o Governo se ter depararado com dificuldades na construção de infra-estruturas básicas. Além disso, os concessionários acusam os serviços do Governo de lentidão quanto aos processos de execução de obras para justificar o não aproveitamento em tempo útil das terras.