Airbus | Aberto primeiro centro de manutenção fora da Europa

A fabricante aeronáutica europeia Airbus inaugurou ontem em Chengdu, cidade situada no sudoeste da China, o seu primeiro centro de manutenção de aeronaves fora da Europa, de acordo com a imprensa estatal chinesa.

As instalações, com capacidade para acolher até 125 aviões, vão prestar serviços de estacionamento, armazenamento, manutenção, atualização, modificação, desmontagem e reciclagem de todo o tipo de unidades, segundo uma nota da Airbus citada pela agência noticiosa oficial Xinhua.

O centro, que ocupa 717 mil metros quadrados, é o resultado da colaboração entre a empresa aeronáutica TARMAC Aerosave e o grupo chinês Aerotropolis Xingcheng, com sede em Chengdu, a capital da província chinesa de Sichuan.

No início de Abril, durante a visita oficial do Presidente francês, Emmanuel Macron, à China, a Airbus anunciou a construção de uma segunda linha de montagem de aeronaves do modelo A320 de corredor único na sua fábrica em Tianjin, no nordeste da China.

A linha deve entrar ao serviço no segundo semestre de 2025, o que lhe permitirá duplicar a capacidade de produção do consórcio no país asiático, disse então o diretor- executivo da Airbus, Guillaume Faury, que integrou a delegação empresarial que acompanhou Macron na visita à China.

A actual fábrica em Tianjin não chega para responder à procura do país asiático, que representa cerca de 20 por cento das entregas da fabricante europeia.

A Airbus prevê que o tráfego aéreo chinês cresça a uma taxa de 5,3 por cento ao ano nos próximos 20 anos, em comparação com um aumento de 3,6 por cento, a nível mundial.

A visita do Presidente francês à China também resultou na aprovação pelas autoridades chinesas para formalizar um pedido de 150 aeronaves do modelo A320 de corredor único e dez do modelo A350, de corredor duplo e de longo alcance.

O consórcio aeronáutico assinou ainda um memorando de entendimento (MoU) com a China National Aviation Fuel Group (CNAF) para cooperar com vista a um maior desenvolvimento do chamado combustível de aviação sustentável (SAF), visando diminuir as emissões de carbono do sector.

28 Abr 2023

Número de mortes em sismo no sudoeste da China sobe de 46 para 65

O número de vítimas mortais devido ao forte sismo que na segunda-feira atingiu a província de Sichuan, no sudoeste da China, subiu de 46 para 65, segundo um novo balanço avançado pela imprensa estatal.

O terramoto, que provocou deslizamentos de terra e sacudiu edifícios, fez ainda centenas de feridos.

Pelo menos 16 pessoas estão desaparecidas, um dia depois de o terramoto de 6,8 de magnitude na escala de Richter, segundo as autoridades chinesas, e de 6,6, segundo o Instituto de Estudos Geológicos dos Estados Unidos (USGS), ter sacudido a vila de Luding, às 12:52, na segunda-feira.

A província de Sichuan, que faz fronteira com o planalto tibetano, onde as placas tectónicas se encontram, é regularmente atingida por terramotos. Dois sismos registados em junho passado causaram pelo menos quatro mortos.

O sismo de segunda-feira foi sentido a 200 quilómetros de distância na capital da província, Chengdu, onde a maioria dos 21 milhões de habitantes está confinada em casa para travar um surto de covid-19.

O fornecimento de energia foi interrompido e edifícios ficaram danificados, na cidade de Moxi, na prefeitura autónoma tibetana de Garze, onde 37 pessoas morreram.

A televisão estatal chinesa CCTV mostrou equipas de resgate a retirar uma mulher dos escombros em Moxi, onde muitos edifícios são construídos com uma mistura de madeira e tijolo. Outras 28 pessoas morreram na vila vizinha de Shimian, nos arredores da cidade de Ya’an.

As autoridades relataram ainda que pedras caíram das montanhas, causando danos às casas e interrupções no fornecimento de energia, segundo a CCTV. Um deslizamento de terra bloqueou uma estrada rural, deixando-a repleta de pedras, disse o Ministério de Gestão de Emergências.

O terremoto segue-se a uma onda de calor e seca que levaram à escassez de água e cortes de energia, devido à dependência de Sichuan de energia hidroelétrica. Isto junta-se a medidas de confinamento altamente restritivas, no âmbito da estratégia de zero casos de covid-19, adotada pela China.

O terramoto mais mortífero da China nos últimos anos, de magnitude 7,9, ocorreu em 2008, e matou quase 90 mil pessoas, em Sichuan. O abalo sísmico devastou cidades, escolas e comunidades rurais fora da capital provincial de Chengdu, levando a um esforço de reconstrução com materiais mais resistentes.

O epicentro do sismo de segunda-feira situou-se numa área montanhosa a cerca de 200 quilómetros a sudoeste de Chengdu.

6 Set 2022

China | Chengdu, com 21 milhões de habitantes, entra em confinamento

As autoridades chinesas colocaram hoje sob confinamento total a cidade de Chengdu, que tem 21 milhões de habitantes, visando travar um surto do novo coronavírus, ao abrigo da estratégia ‘zero casos’ de covid-19 que o país tem aplicado.

Os moradores estão proibidos de sair de casa e cerca de 70% dos voos de e para a cidade foram suspensos.

Chengdu é um importante centro económico e de transportes do sudoeste da China. O início do novo ano letivo foi também adiado. Os cidadãos podem deixar a cidade apenas por motivos essenciais.

De acordo com as regras anunciadas na quarta-feira, apenas um membro de cada agregado familiar pode sair de casa, uma vez por dia, para fazer compras, e na condição de apresentar um teste negativo à covid-19 feito nas 24 horas anteriores. Não existe data prevista para o fim do bloqueio.

Medidas semelhantes deixaram milhões de pessoas confinadas nas suas casas na cidade de Dalian, no nordeste do país, e em Shijiazhuang, a capital da província de Hebei, que faz fronteira com Pequim. O surto em Chengdu somou cerca de 1.000 casos e nenhuma morte. Estas medidas extremas refletem a rígida adesão da China à estratégia de ‘zero casos’ de covid-19, apesar dos altos custos económicos e sociais.

O Governo chinês argumenta que as medidas são necessárias para evitar uma disseminação mais ampla do vírus, que foi detetado pela primeira vez na cidade chinesa de Wuhan, no final de 2019.

1 Set 2022

“Tenho como trabalho servir o povo”, disse Xi Jinping aos aldeãos dos subúrbios de Chengdu

[dropcap style≠’circle’]”T[/dropcap]enho como trabalho servir o povo”, disse na segunda-feira o presidente chinês Xi Jinping aos aldeãos locais nos subúrbios de Chengdu, capital da Província de Sichuan, no sudoeste da China.

Xi, também secretário-geral do Comité Central do Partido Comunista da China, fez as observações quando um residente sénior da aldeia de Zhanqi disse com excitação: “Você é o nosso bom líder e a estrela da sorte do povo chinês!” “Obrigado. Eu sou um servidor do público. Tenho como trabalho servir o povo”, respondeu o presidente.

Xi estava na aldeia para conhecer os avanços no uso da internet para ajudar a vender produtos locais. Uma mulher idosa quis dar um par de sapatos feitos à mão a Xi como presente, mas o presidente sorriu e insistiu em pagar.

Antes de vir à aldeia, Xi visitou Yingxiu, no distrito de Wenchuan, epicentro do terramoto de magnitude de 8 graus que atingiu a Província de Sichuan, no sudoeste da China, em 12 de Maio de 2008. Xi visitou as ruínas de uma escola secundária, onde ele colocou flores em memória de mais de 80 mil pessoas mortas no terramoto e heróis que morreram durante o trabalho de resgate. Xi disse que as ruínas devem ser protegidas para se tornarem numa base da educação sobre patriotismo. O presidente também viu as mudanças em Yingxiu nos últimos 10 anos depois do tremor de terra e visitou uma oficina de produção de chá local e um restaurante.

Durante a visita, Xi disse aos aldeãos locais que a China continuará a revitalizar as zonas rurais. “O desenvolvimento das zonas rurais não é apenas sobre o desenvolvimento de indústrias ou materiais, mas também sobre vidas espirituais e culturais”, disse.

Presidente visita ex-líderes

Além dos pobres, o presidente Xi Jinping e outros líderes chineses visitaram ex-líderes para dar saudações antes da Festa da Primavera. Os ex-líderes, incluindo Jiang Zemin e Hu Jintao, receberam visitas pessoais dos líderes actuais ou de seus representantes.

Xi, assim como os outros actuais líderes, desejaram aos ex-líderes uma boa Festa da Primavera, boa saúde e vida longa. Os ex-líderes expressaram o seu agradecimento pelas visitas e elogiaram as realizações históricas feitas pelo Comité Central do PCC com Xi Jinping no núcleo da liderança do Partido inteiro, exército e povo chinês de todas as etnias para alcançar novos avanços na causa do socialismo com características chinesas na nova era. Eles também expressaram apoio ao estatuto nuclear de Xi no Comité Central do PCC e em todo o Partido.

20 Fev 2018