Estudo | Residentes pedem mais certificações profissionais

Um inquérito realizado pela Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) sobre formação profissional, apresentado ontem, conclui que existe uma grande procura por certificação de cursos.

Isto porque cerca de 70 por cento dos entrevistados disse esperar pela criação de plataformas oficiais que certifiquem formações profissionais, tendo estes números sido apresentados por Fong Ka Fai, vice-presidente da FAOM.

Além disso, mais de 20 por cento dos entrevistados considera que as actuais plataformas e mecanismos de certificação são insuficientes. Fong Ka Fai sugeriu que o Governo crie um sítio de base para a formação profissional que concentre todos os dados e informações sobre cursos. Esta base deve ter critérios uniformes estabelecidos a fim de dar resposta à procura pela certificação profissional existente no contexto da região da Grande Baía.

Leong Sun Iok, também vice-presidente da FAOM e deputado à Assembleia Legislativa, apontou que 72 por cento dos entrevistados confirmaram que os cursos trazem um impacto positivo no desenvolvimento da carreira, enquanto 55 por cento dos inquiridos pretende obter um certificado depois de terminar essas mesmas formações. O inquérito foi realizado entre Abril e Setembro deste ano, tendo sido realizados 1.100 questionários válidos.

15 Out 2024

Macau adere a processo Kimberley de certificação de diamantes

[dropcap]M[/dropcap]acau assinou ontem, em Pequim, um acordo para a aplicação do processo Kimberley, que controla as exportações de diamantes e a sua comercialização legal, anunciaram as autoridades.

O acordo promove “o desenvolvimento da indústria transformadora de Macau ao rumo de alto segmento e de elevado valor acrescentado”, mas também “impulsiona a diversificação adequada das indústrias”, afirmou o secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, em comunicado.

A aplicação do processo Kimberley no território contribui, também, para a construção da plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os países lusófonos, já que “facilita a interconexão entre a regulamentação do comércio de diamantes de Macau e a de nível internacional”, refere a mesma nota.

Criado em 2003, o processo Kimberley tem como objetivo determinar a origem de diamantes e evitar a transação de pedras preciosas procedentes de áreas de conflitos, conhecidos como “diamantes de sangue”.

O acordo foi assinado na capital chinesa entre a Secretaria para a Economia e Finanças de Macau e a Administração Geral das Alfândegas da China, que vai explorar, com o território, “novas medidas de cooperação, como a facilitação das formalidades alfandegárias, a fim de acompanhar a construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”.

Em junho, Macau assinou um acordo com a Bolsa de Diamantes de Xangai, para ser um centro de comércio de diamantes, aproveitando o papel de plataforma entre a China e os países lusófonos, que têm a matéria-prima, como pedras preciosas.

O acordo de cooperação foi assinado entre o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) e a Bolsa de Diamantes de Xangai para desenvolver a indústria de diamantes e jóias no território.

16 Out 2018