Andreia Sofia Silva China / ÁsiaLiga dos Chineses em Portugal quer câmaras de comércio com a lusofonia O presidente da Câmara de Comércio de Pequenas e Médias Empresas Portugal – China, Y Ping Chow, disse à Lusa que estar a tentar criar estruturas similares com países lusófonos, algo formalizado com a Guiné-Bissau já na sexta-feira. “Posso já dar conhecimento que no dia 14 deste mês [hoje], em Lisboa, vai ser constituída a primeira câmara do comércio deste género entre Portugal, Guiné-Bissau e a China”, disse à Lusa, no Porto, Y Ping Chow. O responsável, que também é presidente da Liga dos Chineses em Portugal, disse à Lusa que especialmente os países africanos “têm uma boa relação com a China”, algo que a Câmara do Comércio de Pequenas e Médias Empresas Portugal – China (CCPC-PME) “reconhece”, havendo a “possibilidade de fazer alguma coisa” com essas boas relações. “Neste momento, estamos a tentar criar uma Câmara de Comércio entre Portugal, a Câmara de Comércio Portugal-China, que tem relações com a China, e os países de África e de língua portuguesa”, adiantou à Lusa. Y Ping Chow assumiu a vontade de “fazer várias câmaras de comércio de vários países diferentes”, mas com Portugal como plataforma. Além da Guiné-Bissau, o objectivo é “tentar criar Portugal-Angola-China e assim por diante”. Elo de ligação Falando antes da vinda Ho Iat Seng a Portugal, entre os dias 18 e 22 de Abril, Y Ping Chow disse que o papel da Região Administrativa Especial atribuído por Pequim “é relacionar-se com a CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa”. “Macau tem feito um bom trabalho nessas relações”, disse à Lusa, mas admitiu que “o resultado não está como se prevê”. “Embora se tenha criado o Fórum de Macau, estão lá os países representados todos, na minha opinião podia-se fazer muito melhor”, disse Y Ping Chow à Lusa. O responsável associativo disse ter “a certeza” de que a CCPC-PME, tendo uma “relação privilegiada com Macau, e especialmente com as províncias” chinesas, pode “servir como elo de ligação entre os países de língua portuguesa através de Portugal, a relacionar com Macau e até mesmo com a China interior”. Questionado acerca da saída de empresários lusófonos de Macau na sequência das medidas tomadas aquando da pandemia de covid-19, Y Ping Chow antecipou que passada a “fase de extremas exigências” quanto ao controlo da pandemia, voltarão ao território. Carlos Ramos: “Precisamos de tudo para podermos evoluir” O presidente da comissão instaladora da nova Câmara de Comércio entre a China, Portugal e a Guiné-Bissau, Carlos Ramos, disse ao HM que, para o país africano, “é uma excelente iniciativa, porque temos esta ligação com a CPLP e é bom aproveitarmos isso para impulsionar uma maior relação com o sector privado do país”. Carlos Ramos, que é deputado municipal na Câmara Municipal de Sintra, presidida por Basílio Horta, já disse que este governante “deu luz verde para fazer parte do conselho estratégico” da nova câmara de comércio. Homem do Partido Socialista (PS) em Portugal, Carlos Ramos afirma que a Guiné-Bissau “é um país fértil em possibilidades”. “Precisamos de tudo para podermos evoluir, não só em termos de comercialização como no sector agrário ou a nível tecnológico. É necessário investimento do sector privado, que está a dar os seus passos. Neste momento somos um dos principais exportadores do mundo de castanha de caju. O que falta para darmos um maior impulso ao país é esta ligação com as empresas chinesas e portuguesas, para podermos elevar-nos e adquirirmos o ‘know-how’ que os chineses e os portugueses possuem”, concluiu. Com Lusa
Hoje Macau DesportoFederação Internacional de Ténis apoia árbitro português Carlos Ramos [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Federação Internacional de Ténis (ITF) respaldou ontem a atuação do árbitro Carlos Ramos no incidente protagonizado pela norte-americana Serena Williams, na final feminina do Open dos Estados Unidos. Em comunicado, a ITF destaca o trajecto e a correra atuação do árbitro português, face à atitude daquela tenista, na final que veio a perder ante a japonesa Naomi Osaka. “Carlos Ramos é um dos árbitros mais experientes e respeitados no ténis. As decisões (…) estavam de acordo com as regras pertinentes e foram reafirmadas com a decisão da organização do US Open em multar Serena Williams pelas três ofensas que fez”, refere o comunicado. De acordo com a ITF, “é compreensível que este incidente grave e lamentável deva provocar um debate”. “Ao mesmo tempo, é importante recordar que o senhor Ramos assumiu as suas funções como funcionário de acordo com o regulamento correspondente e atuou sempre com profissionalismo e integridade”, reforçou a ITF. Serena Williams, recordista de títulos em Grand Slams (com 23), provocou um incidente polémico na final feminina, protestando de forma intensa e reiterada e insultou mesmo Carlos Ramos, a quem chamou “ladrão e mentiroso”. No sábado, a japonesa Naomi Osaka conquistou o seu primeiro título do ‘Grand Slam’, ao vencer Serena Williams por 6-2 e 6-4, na final do Open dos Estados Unidos.