Hoje Macau China / ÁsiaVendas da BYD superam pela primeira vez as da Tesla A maior fabricante de veículos eléctricos chinesa, a BYD, registou, pela primeira vez, receitas superiores às da rival norte-americana Tesla, apesar de a guerra de preços na China ter prejudicado as margens de lucro. As receitas da BYD no terceiro trimestre ascenderam a 201 mil milhões de yuan, ultrapassando os 25,2 mil milhões de dólares em vendas que a Tesla reportou na semana passada. O fabricante chinês de automóveis vendeu um recorde de 1,1 milhão de carros entre Julho e Setembro, impulsionado por novos subsídios atribuídos pelo Governo chinês para a compra de veículos eléctricos. O aumento de 24 por cento nas vendas foi, no entanto, alcançado às custas de uma queda das margens brutas da BYD, de 22,1 por cento, no ano passado, para 21,9 por cento no terceiro trimestre. O lucro líquido fixou-se em 11,6 mil milhões de yuan, um aumento de 11,5 por cento, em termos homólogos. Em vez de oferecer descontos directamente, a BYD lançou nos últimos meses modelos de gama mais alta equipados com características mais avançadas a preços mais baixos do que as versões antigas. Esta estratégia ajudou a BYD a consolidar a liderança no mercado, numa altura de concorrência feroz, mas fez baixar o lucro líquido do grupo por veículo, de acordo com analistas. Novos caminhos A guerra de preços no maior mercado automóvel do mundo está a afectar as margens de lucro das marcas chinesas e dos fabricantes de automóveis estrangeiros. Devido a um elevado nível de integração vertical, incluindo o controlo sobre a produção de baterias e ‘chips’ semicondutores, a margem bruta da BYD de 21,9 por cento ainda está muito à frente dos 17 por cento da Tesla e dos rivais chineses Zeekr, com 14,2 por cento, e Xpeng, com 6,4 por cento. Analistas defenderam que a expansão no estrangeiro será fundamental para o crescimento futuro da BYD, num contexto de crescente proteccionismo ocidental. Na terça-feira, a União Europeia (UE) decidiu impor taxas alfandegárias adicionais de 17 por cento sobre as importações de veículos eléctricos da BYD, para além das taxas de 10 por cento já existentes. Apesar de a BYD ter aberto recentemente uma fábrica na Tailândia – a primeira base de produção fora da China – as vendas no estrangeiro representaram apenas 7,9 por cento do total das vendas mensais em Setembro, face a 9,8 por cento no ano anterior.
Hoje Macau China / ÁsiaAutomóveis | BYD planeia controlar subsidiária que mantém com Mercedes O grupo BYD quer adquirir a restante participação na Denza, a subsidiária de veículos eléctricos da Mercedes-Benz. A indústria automóvel chegou à campanha presidencial norte-americana, com Donald Trump a prometer aumentar tarifas sobre veículos chineses fabricados em unidades que não existem O grupo chinês BYD, maior fabricante mundial de veículos eléctricos, planeia adquirir os 10 por cento que ainda não controla da Denza, subsidiária de eléctricos topo de gama a Daimler, atual Mercedes-Benz, segundo a imprensa chinesa. De acordo com o portal de notícias económicas Yicai, que cita fontes da BYD, a empresa chinesa está a aguardar a aprovação dos reguladores e espera que a operação seja realizada durante o segundo semestre do ano. A plataforma de informação corporativa Tianyancha mostra a Denza como subsidiária integral da BYD desde o dia 14 de Setembro, e indica também que o executivo da Mercedes-Benz Hans Georg Engel deixou já a direcção da subsidiária. A empresa chinesa não exclui a possibilidade de a Denza colaborar com a Mercedes-Benz noutros sectores no futuro, e o grupo poderá também procurar novas oportunidades de cooperação com o construtor automóvel alemão no segmento eléctrico. A BYD e a Daimler fundaram a Denza em 2010 como uma subsidiária 50-50, com a empresa chinesa a fornecer baterias, motores e tecnologias de controlo eléctrico, e a empresa alemã a ficar encarregue do fabrico dos automóveis. O primeiro modelo da empresa, o Denza 300, chegou ao mercado em 2014, mas as suas vendas anuais não ultrapassaram as três mil unidades entre 2015 e 2018. Em meados de 2022, a BYD concluiu a compra de uma participação de 40 por cento, assumindo o controlo da filial e deixando a Mercedes-Benz com 10 por cento. Depois de lançar o MPV de luxo D9 e os SUV N7 e N8, as vendas do Denza ultrapassaram as 127 mil unidades em 2023 e totalizam quase 80 mil unidades nos primeiros oito meses deste ano. Na Terra do Oz O candidato presidencial norte-americano Donald Trump repetiu falsas alegações de que fabricantes chineses estão a construir grandes fábricas no México e prometeu aplicar tarifas alfandegárias de 200 por cento sobre automóveis produzidos por estas supostas fábricas. Trump também afirmou, na terça-feira, durante um evento no estado de Michigan, que concentra grande parte da indústria automóvel dos EUA, que se a vice-presidente democrata Kamala Harris for eleita em Novembro, deixará de haver esta indústria no país, porque a montagem de veículos eléctricos será deslocada para a China. A declaração surge após dados oficiais mostrarem que o emprego na indústria automóvel cresceu desde que o Presidente Joe Biden assumiu o cargo, em Janeiro de 2021, após cair durante o primeiro mandato de Trump. “Se eu não ganhar, vocês não terão indústria automóvel dentro de dois a três anos”, disse Trump. “Não vai haver fábricas de produção. A China vai apoderar-se de toda a produção por causa dos carros eléctricos”, acrescentou. O candidato disse que faria com que as fabricantes estrangeiras construíssem fábricas nos EUA, impondo taxas punitivas sobre automóveis importados. “Vai ser como tirar um doce a um bebé”, disse Trump. Os empregos no sector automóvel caíram 0,8 por cento durante o mandato de Trump para pouco mais de 949 mil, em Janeiro de 2021, quando deixou o cargo, de acordo com dados oficiais. Desde que Biden assumiu o cargo naquele mês, os empregos no sector aumentaram 13,6 por cento, para 1,07 milhões, em agosto.
Hoje Macau China / ÁsiaUber / BYD | Parceria para instalar eléctricos na UE e América Latina A empresa de serviços de transporte partilhado Uber e a BYD anunciaram ontem uma parceria para introduzir 100.000 veículos eléctricos da fabricante chinesa na plataforma Uber na Europa e na América Latina. O acordo vai oferecer aos motoristas da Uber acesso a preços favoráveis, seguros, financiamento e outros serviços para os veículos da BYD, disseram as empresas em comunicado. Os planos prevêem que a parceria se expanda para o Médio Oriente, Austrália e Nova Zelândia. As empresas afirmaram que o acordo vai ajudar a acelerar a transição para os veículos eléctricos e que também planeiam colaborar na introdução de veículos eléctricos autónomos na plataforma Uber. A BYD, o maior fabricante de veículos eléctricos da China, tem vindo a expandir rapidamente o seu alcance para os mercados mundiais depois de passar a produzir exclusivamente veículos eléctricos e híbridos em 2022. O rápido aparecimento de veículos eléctricos de baixo preço provenientes da China está a abalar a indústria automóvel mundial de forma inédita desde a chegada dos fabricantes japoneses durante a crise petrolífera da década de 1970.
Hoje Macau China / ÁsiaBYD volta a perder liderança para Tesla após queda de 42% nas vendas A fabricante automóvel chinesa BYD registou uma queda de 42 por cento nas vendas, entre Janeiro e Março, face ao último trimestre de 2023, permitindo à norte-americana Tesla recuperar o título de líder no mercado dos veículos eléctricos. A fraca procura e o aumento da concorrência no mercado chinês reduziram as vendas da BYD para 300.114 veículos eléctricos, no primeiro trimestre do ano, segundo o relatório enviado na segunda-feira à Bolsa de Valores de Hong Kong. A empresa com sede em Shenzhen ultrapassou a Tesla nas vendas de veículos eléctricos no último trimestre de 2023, quando comercializou 526.409 carros, em comparação com 484.507 vendidos pela Tesla, entre Outubro e Dezembro. A Tesla anunciou no mesmo dia que vendeu 386.810 carros, nos primeiros três meses de 2024, abaixo dos 450.000 esperados, mas mais do que o seu rival chinês. Ao incluir híbridos, juntamente com carros movidos a bateria pura e hidrogénio, a BYD registou um volume de vendas trimestral de 626.263 unidades, um aumento de 13 por cento, em relação ao período homólogo. Foi o ritmo de crescimento mais lento das vendas desde o segundo trimestre de 2022. Mas a Tesla também está sob maior pressão devido ao aumento da concorrência e ao envelhecimento da sua linha de produtos, algo que pode fazer com que a BYD a ultrapasse novamente nas vendas de veículos eléctricos nos próximos meses. A Tesla tem sofrido um abrandamento na China, o maior mercado de veículos eléctricos do mundo, onde enfrenta uma concorrência crescente por parte dos rivais locais, muitos dos quais continuam a baixar os preços e a apresentar novos modelos. O director executivo Elon Musk já avisou que o crescimento durante 2024 seria “notavelmente inferior” aos níveis do ano passado. Embora o crescimento das vendas da Tesla tenha sido impulsionado pelos seus automóveis Modelo 3 e Modelo Y, o grupo não deverá lançar o seu próximo modelo antes do final de 2025. Época de saldos A BYD reduziu os preços de quase todos os modelos da sua gama desde o início do ano sob o lema “a electricidade é mais barata do que o petróleo”, seguida pelos seus concorrentes, incluindo a Geely e a SAIC-GM-Wuling, à medida que a guerra de preços se intensifica no maior mercado de veículos eléctricos do mundo. Li Yunfei, director-geral da marca e das relações públicas da BYD, afirmou numa publicação recente nas redes sociais que a empresa enfrenta “um grande confronto com os automóveis a gasolina”. “Comprar um carro a gasolina neste momento é como comprar um pager quando os telemóveis estão já disponíveis”, disse Li, quando o grupo lançou uma nova versão dos dois modelos híbridos da marca com um preço inicial de 79.800 yuan. A iniciativa da BYD acontece num momento em que surgem sinais de abrandamento da procura na economia chinesa. Dados da Associação de Automóveis de Passageiros da China mostraram que as vendas chinesas de carros com bateria pura e híbridos, que o Governo considera como “veículos de energia nova”, aumentaram 36 por cento, no ano passado, abaixo de um aumento de 96 por cento, em 2022.
Hoje Macau China / ÁsiaBYD | Investimento de 13 mil ME em veículos inteligentes A maior fabricante de veículos eléctricos do mundo, a BYD, vai investir o equivalente a cerca de 13 mil milhões de euros no desenvolvimento de carros inteligentes, informou o portal de notícias de negócios Yicai. A notícia foi revelada esta semana pelo fundador e CEO do fabricante chinês de automóveis, Wang Chuanfu, que não referiu um prazo ou outros detalhes sobre o investimento, mas disse que, depois da electrificação, os sistemas inteligentes vão ser o próximo campo de batalha para a indústria. Entre os 90.000 funcionários da empresa, cerca de 4.000 estão dedicados à condução inteligente, dos quais três quartos são programadores e os restantes são engenheiros de equipamento e algoritmos. Durante um evento corporativo na terça-feira, Wang apresentou o sistema de condução inteligente da BYD, o Xuanji, que integra tecnologias relacionadas com a inteligência artificial, redes de quinta geração (5G) ou funções de painel de instrumentos inteligentes, permitindo que o veículo perceba mudanças no ambiente interior e exterior e faça ajustes em tempo real para melhorar a segurança e o conforto. Uma das razões pelas quais as marcas chinesas estão a ganhar tracção no mercado dos eléctricos é devido ao foco em sistemas inteligentes e painéis digitais, prestando atenção a recursos como controlos de voz, reconhecimento facial, estacionamento automático e compatibilidade com telemóveis. “A BYD, conhecida pelas suas baterias de alta qualidade, está a tentar recuperar o atraso [neste domínio] em relação a rivais nacionais como a Nio e a Xpeng. Por isso, está a investir fortemente em [sistemas] inteligentes para manter o ritmo de crescimento das vendas”, afirmou Cao Hua, parceiro da Unity Asset Management, citado pelo South China Morning Post, um jornal de Hong Kong. No início deste mês foi anunciado que a BYD ultrapassou a Tesla como o maior vendedor mundial de carros eléctricos no quarto trimestre de 2023.
Hoje Macau China / ÁsiaBYD | Recorde em Outubro com mais de 300.000 vendas A BYD, a maior fabricante de automóveis eléctricos na China, bateu o seu recorde mensal de vendas em Outubro, ultrapassando a barreira dos 300.000 veículos vendidos, pela primeira vez, num único mês. Em comunicado, a empresa também anunciou que atingiu, no mês passado, a marca de seis milhões de veículos produzidos desde a sua fundação. Isto surge após a BYD ter atingido, no início de Agosto, a marca de cinco milhões de veículos eléctricos produzidos, o que significa que a empresa produziu um milhão de unidades nos três meses seguintes. A fabricante de automóveis, que já não fabrica carros com motor de combustão, disse que as suas vendas aumentaram quase 70 por cento, nos primeiros dez meses do ano, atingindo 2,4 milhões de unidades e as já referidas 301.833, só em Outubro. Para além da presença na China, a BYD investiu fortemente na América Latina, onde confirmou recentemente um acordo para a construção de um complexo de três fábricas no Brasil. No ano passado, foram vendidos na China quase seis milhões de carros eléctricos – mais do que em todos os outros países do mundo juntos. A dimensão do mercado chinês e os generosos apoios estatais propiciou a ascensão de marcas locais, incluindo a BYD, NIO ou Xpeng, que ameaçam agora o ‘status quo’ de uma indústria dominada há décadas pelas construtoras alemãs, japonesas e norte-americanas. Em 2014, o líder chinês, Xi Jinping, afirmou que o desenvolvimento de carros eléctricos era a única forma de a China se converter numa “potência do sector automóvel”. O país estabeleceu então como meta que os carros eléctricos deviam representar 20 por cento do total das vendas até 2025. Esse valor foi ultrapassado no ano passado, quando um em cada quatro veículos vendidos na China era eléctrico.
Hoje Macau China / ÁsiaBYD | Lucro da fabricante de eléctricos aumenta 205% A fabricante de veículos eléctricos chinesa BYD obteve lucros líquidos de 10.954 milhões de yuan, no primeiro semestre do ano, um aumento de 205 por cento, em termos homólogos, segundo resultados ontem publicados. Na demonstração dos resultados, enviada à Bolsa de Valores de Hong Kong – onde está cotada -, a empresa informou que o volume de negócios aumentou 72,7 por cento, para 260.124 milhões de yuan. “O grupo alcançou um desenvolvimento substancial dos seus negócios apesar da concorrência cada vez mais acirrada”, afirmou a BYD, ao analisar o desempenho nos sectores automóvel e produção de baterias. A empresa destacou que a sua quota no mercado dos veículos eléctricos aumentou 6,5 por cento, para 33,5 por cento, mantendo a posição de liderança a nível global. A subsidiária de fabrico de componentes e montagem de telemóveis e outros dispositivos do grupo, a BYD Electronics, anunciou também ontem um acordo para comprar, por cerca de 15.800 milhões de yuan, duas fábricas na China da empresa norte-americana do segmento da indústria transformadora Jabil. As instalações incluídas no acordo são as fábricas de peças para telemóveis da Jabil nas cidades de Chengdu e Wuxi, que vão servir para fortalecer a presença da BYD Electronics naquele sector e melhorar a sua estrutura de clientes e produtos, disse a empresa. De acordo com o portal de notícias económicas Yicai, a Jabil é o quarto maior fornecedor de serviços para fabrico de produtos electrónicos, enquanto a BYD Electronics ocupa o sexto lugar, sendo a única empresa chinesa no ‘top 10’. No ano passado, foram vendidos na China quase seis milhões de carros eléctricos, mais do que em todos os outros países do mundo juntos.
Hoje Macau China / ÁsiaBYD | China insta Índia a estabilizar laços após chumbo de investimento O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, instou ontem Nova Deli a estabilizar os laços bilaterais, para “benefício de ambos os lados”, após a Índia ter chumbado um investimento multimilionário da fabricante de automóveis chinesa BYD. Wang, que é director do Gabinete da Comissão para as Relações Externas do Partido Comunista da China (PCC), reuniu com Ajit Doval, conselheiro de Segurança Nacional da Índia, à margem de uma reunião entre altos funcionários do bloco de economias emergentes BRICS, em Joanesburgo. O responsável chinês pediu medidas políticas para “aumentar a confiança mútua estratégica” e “focar no consenso e na cooperação”, de acordo com um comunicado difundido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da China. A forma como a China e a Índia se relacionam vai afectar directamente o respectivo desenvolvimento dos dois países e o cenário internacional, notou Wang. Acrescentou ainda que ambos os países devem aderir ao “julgamento estratégico” de que não representam uma ameaça um ao outro, mas antes oportunidades para o seu próprio crescimento. Nova Deli ainda não divulgou um comunicado sobre o encontro. De acordo com a nota divulgada pela diplomacia chinesa, Doval reconheceu que o “destino dos dois lados está intimamente ligado e é necessário reconstruir a confiança mútua estratégica e buscar o desenvolvimento comum”. “O lado indiano está disposto a trabalhar com o lado chinês para encontrar uma maneira fundamental de resolver a situação na fronteira, num espírito de compreensão e respeito mútuos”, disse Doval. Ultrapassar conflitos As relações entre os dois países vizinhos deterioraram-se, nos últimos anos, após lutas, com paus e pedras, terem despoletado, em 2020, ao longo da disputada fronteira, na região da Caxemira. Pelo menos 20 soldados indianos e quatro chineses morreram durante os confrontos. Pequim e Nova Deli mantiveram o diálogo. No início do mês, Wang reuniu com o homólogo indiano, Subrahmanyam Jaishankar, à margem de uma reunião entre os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático, em Jacarta. A Índia recusou esta semana uma proposta da fabricante de veículos eléctricos chinesa BYD para construir uma fábrica avaliada em mil milhões de dólares, em parceria com uma empresa local, de acordo com a imprensa indiana. O governo indiano rejeitou o plano da BYD e da Megha Engineering and Infrastructures Ltd., com sede em Hyderabad, por questões de segurança nacional, segundo a mesma fonte. China e Índia são ambos membros dos BRICS, juntamente com Brasil, Rússia e África do Sul. Os conselheiros de Segurança Nacional dos países membros do bloco estiveram reunidos segunda e terça-feira em Joanesburgo. Os funcionários estão a avaliar um mecanismo de cooperação de segurança coordenado, num período de crescentes fricções geopolíticas. O bloco defende um modelo alternativo aos blocos liderados pelo Ocidente. Na segunda-feira, os conselheiros de segurança nacional da Bielorrússia, Burundi, Cuba, Egipto, Irão, Cazaquistão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos participaram de uma discussão dos “amigos dos BRICS”, sobre cibersegurança e inteligência artificial. A reunião precede uma reunião entre os líderes dos países membros, marcada para Agosto, para a qual 55 nações africanas foram convidadas, no que deverá ser uma das maiores reuniões entre líderes do Sul Global.
Hoje Macau China / ÁsiaVeículos eléctricos | BYD cria primeira fábrica fora da Ásia O investimento chinês em tecnologia verde vira-se para o Brasil com investimentos de quase 600 milhões de euros para produzir entre 150 mil a 300 mil veículos por ano A empresa chinesa BYD vai investir três mil milhões de reais (570 milhões de euros) no Brasil, na primeira fábrica de automóveis eléctricos fora da Ásia. A BYD planeia construir um complexo fabril no estado da Baía, no nordeste do Brasil, incluindo uma fábrica de automóveis totalmente eléctricos assim como de híbridos ‘plug-in’, para começar a operar até 2024, indicou num comunicado. A fábrica terá inicialmente capacidade para produzir 150 mil automóveis por ano, com potencial para atingir uma produção anual de 300 mil veículos. O complexo vai ter ainda uma fábrica especializada em chassis para autocarros e camiões eléctricos e uma unidade para processamento de lítio e fosfato de ferro para o mercado internacional. A vice-presidente da BYD, Stella Li Ke, disse que a empresa chinesa tem, também no Brasil, “um pequeno projecto de extração” de lítio, um metal raro essencial para o fabrico de baterias para automóveis eléctricos. A BYD previu que o complexo na Baía gere mais de cinco mil empregos directos, esperando que o investimento atraia fornecedores locais que se poderão especializar em partes e equipamento para veículos eléctricos e híbridos. Stella Li disse, na quarta-feira, numa entrevista à agência de notícias financeiras Bloomberg, que o complexo vai ser “um centro de inovação”: “como possuímos a tecnologia, temos a capacidade de ajudar” os fornecedores locais. Li disse que o mercado do Brasil tem potencial para se desenvolver da forma semelhante ao da China, com veículos híbridos a gradualmente dar lugar a veículos totalmente eléctricos, à medida que a infra-estrutura de carregamento melhora. De confiança As vendas de veículos híbridos ou eléctricos no Brasil representaram apenas 2,5 por cento do total em 2022, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores brasileira, devido à competição dos carros movidos a etanol de cana-de-açúcar. A consultora Bright Consulting disse num relatório que os veículos híbridos ou eléctricos devem representar 7 por cento das vendas de veículos ligeiros até 2030, muito abaixo da média mundial estimada de 37 por cento. O anúncio da BYD surge depois de uma visita do Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, à China em Abril, que incluiu uma reunião com a direcção da BYD. “Este é um país em que confiamos e este é um governo em que confiamos”, disse Stella Li numa entrevista em São Paulo, no sul do Brasil. À margem da visita de Lula da Silva, o governador da Baía, Jerónimo Rodrigues Sousa, disse à Lusa em Xangai que gostaria que a BYD recuperasse um parque industrial detido pela norte-americana Ford, em Camaçari. A BYD produz já autocarros elétricos e painéis fotovoltaicos em Campinas, no estado de São Paulo, e tem uma fábrica de baterias para veículos eléctricos em Manaus, capital do estado do Amazonas.